Mulheres

Foto de Bruno Silvano

O Hotel

Eram 19h, a noite a noite começava a chegar, o vento fazia barulhos desconfortáveis que aliados a tempestade que estava chegando dava tons aterrorizantes para aquela pequena e isolada cidade, esquecida no meio do mapa.
Não era dali, mas estava hospedado em dos mais nobres hotéis da região, era bastante antigo e lembra em muito um cortiço, o que reforçava ainda mais o cenário bucólico. Era as férias de julho e chegará ali por um antigo sonho de meu pai, o de viver em um lugar calmo e seguro, ou que ao menos acreditava-se de lá.
Tínhamos mapas antigos e meus pais haviam ido a uma vendinha da região atrás de mapas atualizados quando a tempestade começou. O céu escureceu rápido e estava lá, sozinho, preso naquele fúnebre e bucólico quarto, sentado em uma cadeira que mais parecia um balanço, sendo embalado sorradeiramente pelo vento que se atrevia a abrir a janela, e sendo seduzido pelo barulho ensurdecedor do assobio do vento. As ruas, os campos, o ceú da cidade, ficaram ainda mais desertos, até os menores seres se retiraram. O vento se intensificava cada vez mais, foi quando em um só solavanco a janela se abre por inteira, e mais embaixo vejo vindo do infinito uma bela garota ao meu encontro, se aproximando, e quanto mais ela se aproximava mais vultos se criavam ao meu redor.
A noite acará de possuir por completo o sol e a cidade toda estava sem energia. Havia conseguido arrancar a porta que trancava o quarto, comecei a ouvir sussurros e gemidos, que começavam baixos e iam aumentando, sai desesperadamente em direção a recepção, mas estava tudo trancado, corri em direção a cozinha em busca de velas, mas estava fechada, não havia mais ninguém dentro do hotel. O ar-condicionado havia ligado de repente e consigo começaram a escorrer sangue pela parede. Os gemidos aumentavam e vinham do ultimo andar, fiquei receoso em subir até lá. As escadas haviam suado e estava escorregadias, mas com bastante esforço cheguei até lá em cima, encontrei uma garota bastante pálida e chorando apontando para o quarto 666 – Não era muito ligado a crenças, mas mesmo assim me custei a entrar no quarto -. Ao entrar quase não pude ver nada, achei não ser tratar de nada, até que a porta do quarto bate e se tranca, bati desesperado para abrir, mas os gritos de choro da criança sumiu, e eu estava mais uma vez trancado.
Minha respiração começava a ficar aguniada, sentia cianeto no ar. Não enxergava nada até que duas lâmpadas vermelhas se acenderam rapidamente no quarto, via muitas mariposas, e dois corpos amarrados em pé, totalmente ensangüentados, começaram a sair sanguessugas de dentro deles, até que em um deles solta um grito sorrateiro e acabado batendo na parede e desmaiando.
Fiquei em coma por alguns dias, quando acordei recebi umas das piores noticias da minha vida, que a do meu pai havia sido atacado por sanguessugas e morreu lentamente.
Minha mãe me fazia companhia no hospital, porém teve que sair e fiquei trancado dentro daquele quarto de hospital, esta convencido de que lá era seguro. Quando de repente de algum lugar surge misteriosamente uma enfermeira, com uma espécie de Teres medicinal para mim tomar, dentro dele formaram-se as palavras “Sangue”, “Choro,”Menina”,”Missão”, “Sanguessuga”, “Morte” e “Cemitério Funerário das Capivaras”. Achei ser coisa da minha cabeça, e continuei tomando, até que meus olhos ficaram todo branco e meus dedos todo cortados.
O Tempo passou sem sobre naturalidades, até que tomei coragem pra ir ao cemitério onde meu pai estava, procurei por vários túmulos até eu o achar na lapide de numero 666, e ao seu lado havia três mulheres enterradas, uma menina de aparência pálida, uma adolescente e uma enfermeira, que coincidentemente morreram em ataques de sanguessugas, que foram provocadas por causa do desmatamento ilegal, que meu pai estava comandando na região.

Foto de Maria silvania dos santos

È a mais Divina de todas as mulheres

È a mais Divina de todas as mulheres

MAMÂE!

_ Você é a mais Divina de todas as mulheres, es doce, es pura!
Es dedicada a mim, e muitas das vezes esqueceu de te, es uma mulher protetora!
Es quem me deu a vida, es quem me ensinou a falar, me deu suas mão quando eu iria dar meu primeiros passos, es quem sempre me sempre compreendeu e me passou segurança quando me senti abalado (a) ...

MAMÃE

_ Ser mãe é um mistério de sucesso que nem todas mulheres conseguem ter!
Parabéns mamãe, você conseguiu, você conseguiu e soube transmitir seu amor, eu sou muito privilegiado de ser seu filho (a) eu te amo!
Você quem foi a mulher de coragem, garra e muita fibra que sem buscar descanso, com muita alegria e louvor, em seus braços me segurou, até que eu chegasse aqui...
Mamãe, a sua garra de lutar e a grande vontade de me fazer uma pessoa de bem, me ajudou a vencer!

Você plantou em meu coração a semente da harmonia, paz e alegria...
Viva mamãe, que longo seja seus dias!
Obrigada por me da a vida, obrigada por ser minha mãe!

Autora; Maria silvania dos santos

Foto de poetisando

Porque se entra na solidão?

Ninguém entra na solidão porque quer ou deseja, embora haja excepções. Quem entra na solidão muitas das vezes é porque foram rejeitados, ou pelos próprios pais que os despejaram ainda em bebés e deixaram de os acompanhar, fosse a ir visitá-los, a ir buscá-los para passarem uns dias com os pais, essa criança ficará sempre com magoas por ver os outros meninos a serem visitados pelos pais ou levados a fim de passarem umas ferias com eles, quem já passou por isso sabe o que dói ver isso, e vai acompanhar-nos pela vida inteira, é certo que também varia de pessoa para pessoa, mas estas crianças despejadas em instituições são mais vulneráveis, não é fácil esquecer. Temos também namoros ou mesmo casamentos interrompidos ao fim de por vezes anos de relacionamento, aqui a pessoa entra normalmente 1º numa tristeza digo eu “quase profunda” que lhe é difícil sair dela sozinha, precisa de amigos, amigos de verdade que a ajudem a atravessar essa fase, que a ouçam que estejam ao seu lado, que a incentivem a seguir em frente. Esta última que me refiro fica a maior parte das vezes sozinha, os que ela pensava serem amigos afastam-se, e quando não dizem coitada/o ficou maluco/a por ter perdido o marido, ou o namorado caso namorasse, como se não houvesse por aí mais mulheres ou homens, nestas alturas a pessoa prefere isolar-se a falar seja com quem for a desabafar, o que a pode até levar á depressão. Dou um conselho a todas/os que estão a atravessar uma situação destas, gritem chorem mas nas suas casas, o gritar e chorar também nos faz bem mas não se isolem não chorem ao pé dos outros, porque afinal quando vocês precisaram desapareceu toda agente que vocês tinham como amigos/as esses/as, se vos verem a chorar, são as/os 1º a dizerem que vocês são malucos, ou na “melhor” das hipótese, começam a ver-vos como umas coitadinhas/os. Não tem companhia para sair? E quem disse que precisamos de uma companhia que vai com agente só para fazer frete? Saiam se puderem viajar, viajem, se gostam da natureza porque não ir descobrir a natureza? Ou se morarem perto de praias, vão até á praia escolham sítios na praia que dê para vocês desabafarem, vão ver que o mar faz muito bem, aqui falo por experiência própria faço-o até muita vez. Sei bem que não é fácil ultrapassar essa fase, são dores muito fortes que só quem as viveu é que sabe o que custa ultrapassá-las, e fica sempre a cicatriz, como eu digo a uma amiga muito especial, eu coloco pedras em cima, mas de vez em quando as pedras caem, mas já consigo viver com as mágoas, com as dores do passado.
De: António Candeias

Foto de vânia frança flores

Por que você?

Eu preciso te ver, eu preciso dos teus abraços, dos teus beijos, dos teus carinhos, eu necessito de você.
O seu sorriso é lindo. Não só o seu sorriso, mas sim, tudo em você é lindo!
Eu preciso te ver, eu preciso dos teus abraços, dos teus beijos, dos teus carinhos, eu necessito de você.
E os melhores momentos, são os pequenos instantes ao seu lado. O melhor momento é quando você sorri pra mim,
sabe?“No meio de tantas duvidas, minha unica certeza é que eu amo você."
Eu te amo tanto, é tão difícil saber que você beija outras, que você se interessa por outra, que você ta amando outra. é tão difícil saber que tem outra , e o mais difícil é que nenhuma delas vai te amar como eu te amo, nenhuma vai te querer como eu te quero.
Sabe o que é? Eu me apaixonei, e esse é o grande problema. Sofro que nem uma louca, por uma pessoa que se “diz” gostar de mim, gostar é gostar
não é amar..
“Por que você? Logo você? Tão tolo, tão estupido, tão vagabundo…”
Meu coração é um retardado por ter escolhido você,
Você é o culpado, por ter esse sorriso perfeito, esse olhar penetrante, esse rosto lindo, esse jeito, esse timbre de voz, simplesmente por ser assim e além de todas tuas qualidades tu ainda consegue ser o cara mais filho da mãe que eu ja conheço, o mais safado, o mais vagabundo que só quer saber de pegar varias mulheres..
Eu sei, sei bem que é complicado, e sei também que as coisas não são simples. Só quero que saiba que esse amor é surpreendentemente lindo e enorme, então, eu não estou nem ai.pras outras.

Foto de poetisando

Alentejo

Lindos campos de trigais
Em tempos que já lá vão
Época em que até diziam
Que eras o celeiro da Nação
Tempos que já não voltam
Às paisagens dos teus trigais
Salpicados de lindas papoilas
Com o esvoaçar dos pardais
E quando chegava a época
De o trigo ter que se mondar
Era ver ranchos de gente
Homens e mulheres a cantar
Como era lindos os teus campos
Até na cor das suas papoilas
Como era o trigo mondado
Por rapazes e por moçoilas
Logo cedo pela madrugada
Era ver tanta gente a se juntar
Homens e mulheres faziam coro
Para com alegria irem mondar
Alentejo que tanto pão produziste
Desses tempos só recordações
Deixaste de ser o que eras
Só se vê a tua gente triste
Lindos eram os teus campos
Cobertos com teus lindos trigais
Hoje estas a ficar deserto
Tempos que não voltam mais
Que saudades têm a tua gente
Desses tempos que já la vão
Davas trabalho á tua gente
E que produzias tanto pão
Que lindos eram os teus trigais
Salpicados de lindas papoilas
Ouvir o teu cante alentejano
Cantado também por moçoilas
O que fizeram de ti Alentejo
Que deixaste de ter trigais
Fizeram de ti um deserto
Que já nem sustenta pardais
De: António Candeias

Foto de ushihaxandre

O CASAMENTO DE ADÃO E EVA

"Existem certas pessoas carentes de entendimento
Que acham que não foi Deus que criou o casamento
A principio lhes parece que não foi conveniente
Unir dois seres avessos, de fato bem diferentes
Mas nós que somos cristãos e temos boa memória
Conhecemos muito bem como surgiu essa história
Adão andava ocupado trabalhando com capricho
Se esforçando o dia inteiro pensando em nome de bicho
Era tigre, porco, tatu, macaco, alce, leão
Adão andava inspirado e foi mesmo abençoado com tanta imaginação
E é possível que o sujeito também tenha reparado
Que todo animal macho tinha uma fêmea do lado
E o Senhor demais atento sondando-lhe o coração
Sentiu que era preciso dar um fim a solidão e disse:
'Adão, filho querido, não quero te ver tão só. Far-lhe-ei uma companheira,
uma jóia de primeira, da costela e não do pó.'
E pondo Deus em ação aquilo que pretendia
Nocauteou o nosso Adão dando ínicio a cirugia
E Deus cerrou-lhe a costela pondo carne no lugar
E assim fez a princesa esperando ele acordar
Quando o varão despertou daquele sono pesado
O corte da cirurgia já tinha cicatrizado
Então, Deus trouxe a varoa e entregando a Adão
Ouviu um brado de glória e a seguinte exclamação:
'Ela é a carne da minha carne, ela é osso do meu osso'
E Adão foi prá galera e fez aquele alvoroço
A partir daquele dia o homem bem mais ocupado
Deixou pra trás muito bicho sem nome catalogado
E até hoje rola um papo machista e bem corriqueiro
Que o homem é mais importante porque foi feito primeiro
Algumas mulheres se irritam e afimam de arma em punho
Que a vida da obra prima vem sempre após o rascunho
Mas há também homens que falem e há quem acredite
Que Deus fez Adão primeiro para Eva não dar palpite
Mas isso é irrelevante para o sucesso da vida a dois
Para ser feliz não importa quem veio antes ou depois
Porque Deus fez tudo perfeito e discorde quem quiser
Mas o melhor da mulher é o homem e o melhor do homem a mulher.

AUTOR Pastor Claudio Duarte
ALEXANDRE FERNANDES

Foto de WILLIAM VICENTE BORGES

SARÇA ARDENTE

SARÇA ARDENTE
Por: William Vicente Borges
CANTO I

1
Há um fogo que arde na sarça.
Ela está na minha frente.
Eu tremo. A terra treme!
A sarça arde, mas não se queima.
Continua viva, continua verde,
continua sendo sarça.

2
Há um fogo que arde na sarça.
E meu coração é pequeno demais
para entender este fogo que não queima.
Esta sarça que arde e não se consome.
Esqueço quem sou quem eu fui,
esqueço de tudo, até de meu nome.

3
Há um fogo que arde na sarça.
O deserto está muito quente.
Mas o fogo, este é diferente.
Fogo sem combustível, mas ardente.
Não sei o que faço, se corro, ou fico,
mas não dá pra ficar indiferente.

4
Há um fogo que arde na sarça.
Nunca vi nada assim antes,
como isto pode acontecer?
Será miragem de sol escaldante?
Será que fiquei louco neste instante?

5
Há um fogo que arde na sarça.
Não consigo ver nada ao redor.
Só eu e esta sarça que arde.
O chão não pára de tremer.
Ou são minhas pernas que tremem.
Será aqui que vou morrer?

6
Há um fogo que arde na sarça.
Ouço o crepitar do verde que não queima.
Ouço o crepitar de meu coração batendo forte.
Meu peito também está ardendo.
Sabe que está diante de algo não natural.
Será isto do bem, ou do mal?

7
Há um fogo que arde na sarça.
Devo me aproximar, ou não?
Há algum perigo que a espera?
Não sinto o perigo, mas temo.
Sairei daqui, machucado? Ferido?

8
Há um fogo que arde na sarça.
Quem me trouxe aqui pra ver?
O acaso? O destino? Não sei.
Não acasos ou destinos, creio.
Há propósitos e caminhos,
há na minha mente muito receio.

9
Há um fogo que arde na sarça.
Minha vida, sempre sem pressa, espera.
Preciso aqui aguardar.
O que vem depois da espera?
Deveria ser outro neste lugar.
Não eu diante de estranho queimar.

10
Há um fogo que arde na sarça.
Não irei mais me preocupar.
Uma paz estranha invade minha alma.
Posso neste fogo confiar.
Quero ficar aqui afinal.
Não preciso realmente recuar.

CANTO II

11
Há um fogo que arde na sarça.
O tempo parece que parou.
Começo a pensar em muitas coisas.
Lembranças antigas de outro tempo.
Não sei por que penso nela aqui,
parece que encontrei o infinito.

12
Há um fogo que arde na sarça.
Lembro-me menino ouvindo histórias.
As histórias de um único Deus vivo.
Ouvi de um menino lançado num rio.
Que não foi almoço de crocodilos.
E se tornou um príncipe no Egito.

13
Há um fogo que arde na sarça.
O meu povo escravo naquele país.
Tantos anos longe da terra de seus pais.
Da terra dos antigos adoradores.
Terra que mana leite e mel.
Vivendo, hoje, todo tipo de horrores.

14
Há um fogo que arde na sarça.
As lembranças não param de vir.
De minha mãe ouvi tantas histórias sem fim.
Dos sonhos do jovem José, que sofreu,
que usava capa colorida,
e que em terra estranha venceu na vida.

15
Há um fogo que arde na sarça.
Que faz arder meu peito.
Tenho um povo, tenho uma missão?
Mas não volto mais de onde saí.
Estou velho, tenho medo, não sei falar.
Nada posso fazer nesta situação.

16
Há um fogo que arde na sarça.
Melhor eu parar de pensar.
Esta loucura tomou conta de mim.
Meus olhos doem, estou tonto aqui.
Não quero mais recordar tanto.
Não quero lembrar que fugi.

17
Há um fogo que arde na sarça.
Isso não faz o menor sentido.
Ou será que todo sentido faz?
Não parece haver caminho de volta,
Perdi o sentido de direção
Por quer arde tanto este coração?

18
Há um fogo que arde na sarça.
Quer confrontar minha identidade.
O que espera de mim?
Não respeita minha liberdade?
Como pode me afetar tanto
logo eu nesta minha idade.

19
Há um fogo que arde na sarça.
As lembranças, teimosas, vem e vão.
Objetivação ou subjetivação?
Sim, eu feri, eu matei, em vão.
Meus pecados queimam meu interior.
Não vou reviver mais esta dor.

20
Há um fogo que arde na sarça.
Não vou lutar com estas recordações.
Queria eu, não ter mais memória
Aqui fiz nova vida, estou muito feliz.
Tenho esposa, família, filhos.
Estou como sempre esperei e quis.

CANTO III

21
Há um fogo que arde na sarça.
Volto-me finalmente para o hoje.
Detenho-me diante deste instante.
Como a vida se me apresenta dura.
Mas nada muda o que observo
A sarça cujo fogo perdura.

22
Há um fogo que arde na sarça.
Numa desconhecida relação universal.
Neste dia de um tempo qualquer.
Quem sabe na história ficará.
Ou apenas na lembrança de um homem velho.
Definitivamente não sei o que será.

23
Há um fogo que arde na sarça.
Parece elaborar uma nova ordem.
Acabará com o caos da minha vida.
Sabe bem aonde quer chegar.
Irá iniciar uma jornada definida.
E nada vai lhe embaraçar.

24
Há um fogo que arde na sarça.
Não há como isto contestar.
Há saída para o sofrimento.
O mal não irá triunfar.
Há dia para o fim do tormento.
Heróis com ou sem medo irão lutar.

25
Há um fogo que arde na sarça.
Há belos hinos angelicais.
Há milagres sendo gerados.
Há ventos que sopram do norte.
Há uma obra metrificada.
Há cheiro de vida e de sorte.

26
Há um fogo que arde na sarça.
Há segredos que nele se escondem.
Há verdades que serão reveladas.
Estou perdendo a respiração.
O fogo não vai se apagar?
Não sinto mais nenhuma aflição.

27
Há um fogo que arde na sarça.
Algo que jamais irei esquecer.
Momentos que jamais passarão.
Parece sonho, mas é vulcão em erupção.
A sarça arde com grande poder.
Aumenta minha palpitação.

28
Há um fogo que arde na sarça.
Que beleza sem igual esta visão.
Que mais eu poderia ver depois disto?
O que me chamaria mais a atenção?
Nunca mais esquecerei tal dádiva.
Será minha maior recordação.

29
Há um fogo que arde na sarça.
E que grande ponto de interrogação.
Quantas perguntas me estrangulam.
Quão grande minha imperfeição.
De onde me virão respostas?
Quem me dará a solução?

30
Há um fogo que arde na sarça.
E ninguém segura minha mão.
Que profunda é esta situação.
Como roda minha mente.
Estou ficando sem forças.
Tenho que ficar alerta novamente.

CANTO IV

31
Há um fogo que arde na sarça.
O tempo vai passando sem passar.
Minhas pernas continuam bambas.
Há um silêncio difícil de explicar.
As respostas ainda não vêem.
E eu não paro de suar.

32
Há um fogo que arde na sarça.
Estou com os nervos à flor da pele.
Este lugar parece não existir.
Quero gritar, mas não consigo.
Como suportar este mistério?
Preciso que alguém fale comigo.

33
Há um fogo que arde na sarça.
Uma voz retumba no ar.
É perturbadora, forte, tensa.
Fico paralisado de pronto.
Meu coração reconhece o estrondo.
Minha emoção se torna imensa.
34
Há um fogo que arde na sarça.
Uma voz sem igual sai dela.
Uma voz que não confunde.
Não posso estar delirando.
Não é o calor do deserto
É a voz que estava esperando.

35
Há um fogo que arde na sarça.
Tudo está tremendo mais.
Eu tremo absurdamente.
Não haverá misericórdia?
Quantas coisas na minha mente.
O coração e a razão entram em discórdia.

36
Há um fogo que arde na sarça.
Não sou tão corajoso.
Algo então me acalma.
A voz entra no meu interior.
Sinto que ela me abraça.
Ela é expressão maior de amor.

37
Há um fogo que arde na sarça.
Voz que é igual a de muitas águas.
Que faz até o céu enrolar.
Simplesmente Toda Poderosa.
Voz que tudo transforma.
E ao mesmo tempo formosa.

38
Há um fogo que arde na sarça.
Uma voz que está a me chamar.
Quem fala me conhece bem.
Sabe tudo o que sinto.
Sabe o que penso se,
digo verdades ou minto.

39
Há um fogo que arde na sarça.
Ela não se consome nunca.
Dela vem a voz não natural.
Nada pertence a este mundo.
É tudo para mim estranho,
Tudo é muito profundo.

40
Há um fogo que arde na sarça.
Sei agora que alguém comigo.
Nesta voz que tudo estremece.
Mas sinto nela um amigo.
Estou mais descansado,
Aqui se tornou meu maior abrigo.

CANTO V

41
Há um fogo que arde na sarça.
Há um comando que dela vem.
Ouço em alto e bom som:
E eu obedeço de pronto
__ Tira as sandálias dos pés.
Este lugar é santo!

42
Há um fogo que arde na sarça.
Há foco também na voz.
Há fogo em cada ordem.
Não há como não obedecer.
É a verdade personificada.
Sou parte do seu querer.

43
Há um fogo que arde na sarça.
Tirei as sandálias empoeiradas
Meus pés sentem o chão santo.
Nada é como dantes era.
O passado, o presente, o futuro.
Não existem mais nesta esfera.

44
Há um fogo que arde na sarça.
Uma voz que se deixa ouvir.
Um solo de santificação.
Pés descalços então.
Um poder que sente no ar.
E quase pára meu coração.

45
Há um fogo que arde na sarça.
Ouço atentamente quem fala.
A voz que os antigos ouviram.
O sonho que se tornou real.
O poder que os antigos sentiram.
Neste tom e sobrenatural.
46
Há um fogo que arde na sarça.
Ele esteve comigo no rio.
Guiou meus débeis passos.
O que quer ainda comigo?
Logo aqui no meu sossego.
O que quer meu amigo?

47
Há um fogo que arde na sarça.
Esse fogo existe e não come.
Muita coisa para este finito ser.
Diminuto verme neste mundo.
Tão pobre quanto inútil.
Um simples pastor imundo.

48
Há um fogo que arde na sarça.
A voz continua a falar.
E eu a ouço forte e potente.
O chão treme, estou tremendo.
Um misto de emoções me surpreende.
Mas eu escuto e compreendo.

49
Há um fogo que arde na sarça.
Eu vejo, escuto e sinto.
A cada dito sou atingido.
Não posso sair daqui.
Estou preso fora do tempo.
Não há nem como fugir.

50
Há um fogo que arde na sarça.
Tudo isso é tão possível.
Àquele que fala; àquele que vive.
Nunca de mim se esqueceu.
Em todo tempo me preparou.
Mas porque logo eu/

CANTO VI

51
Há um fogo que arde na sarça.
Ele ouviu o clamor dos aflitos.
E eu aqui livre e contente.
Sem ouvir de todos os gritos.
E daí, se um dia fui valente.
Hoje sou sombra de velho mito.

52
Há um fogo que arde na sarça.
Eu digo que não quero ir.
Vendo o fogo, ouvindo a voz.
Mesmo assim me mostro covarde.
Mas ele transforma a mão e o cajado.
Fortes argumentos de sua parte.

53
Há um fogo que arde na sarça.
Eu não imaginaria jamais isso.
Ter agora este “chama-mento”.
Sair da paz deste meu momento.
Para buscar um povo que chora,
Por que ele viu o seu tormento.

54
Há um fogo que arde na sarça.
Não há como a ele dizer não.
Convence-me de forma plena!
Subjugou minha teimosia atroz.
E quando me indagarem quem és?
Dirás que “Eu Sou” enviou a vós.

55
Há um fogo que arde na sarça.
Uma jornada de volta vou enfrentar.
Um grande inimigo me espera.
Mas este amigo me acompanhará.
Não sei o que verei daqui em diante.
Mas o poder me acompanhará.

56
Há um fogo que arde na sarça.
E tudo se transforma novamente.
Com Ele é assim, não há discussão.
Nada do que pensamos, quase? Vale.
Planos? São todos em vão.
Mas é melhor repousar em sua mão.

57
Há um fogo que arde na sarça.
Jamais irei saber por que eu?
Diante de tantos outros mais fortes.
Logo a mim, fugitivo de outrora.
Um homem sem nome ou atrativos.
Completamente destituído de glória.

58
Há um fogo que arde na sarça.
Este fogo agora arde em meu coração.
Sigo em frente, cajado na mão.
A voz ressoando em meus ouvidos.
Caminho agora para minha missão.
Ouço como ele dos irmãos os gemidos.

59
Há um fogo que arde na sarça.
Fogo para consumir a escravidão.
Que faz tremer o pior opressor.
Ai dos que oprimem o povo do grande “Eu Sou”.
Ai daqueles que tocam em seus ungidos.
Pois é o povo que ele sempre amou.

60
Há um fogo que arde na sarça.
Olhando-os livres, e dançando após o mar.
Vendo os milagres que Ele realizou.
Vendo as mulheres sem correntes nos pés.
Ainda me ressoa a voz onipotente:
__ Agora vai! Moisés!

.................................

Foto de Gideon

Há tanto tempo Senhor - Uma oração.

Há tanto tempo Senhor - Uma oração

Há tanto tempo, Senhor,
Antes que as estrelas brilhassem,
Antes que a escuridão reinasse no Universo,
Antes que o ser existisse,
Antes que as memórias registrassem as lembranças,
Antes de tudo o possível
Tu me amaste e me desejaste.

Há tanto tempo, Senhor,
Que jamais mentes puderam imaginar,
Quando a ciência nem se esmerava em buscar,
Tu me adotaste, me quiseste,
E me separaste...

Senhor, o seu amor expressa-se
Na exclusividade misteriosa,
Que destes a mim neste imenso Universo.

Em criar-nos, homens e mulheres
Para sobrepujarmos as estrelas,
As nebulosas, os buracos negros,
As nuvens de poeiras celestiais, as galáxias.

Enfim, todos os astros fincados
Nas entranhas de sua obra, o Grande Universo,
Para sermos, Senhor, nós, simples humanos,
Seus prediletos adoradores.

Há tanto tempo, Senhor
Resolveste transcender o seu habitar
E nos amar, amar tanto
Ao ponto de fazer-se infinitamente
Pequeno como nós, para sentir as nossas dores,
Os nossos sofrimentos e alegrias.

Para caminhar em nossas sinuosas estradas,
Compartilhar dos nossos sentimentos de amizade,
Sofrer a traição e dialogar com os desprezados.

Fazer-se, por amor, tão humano ao ponto
De se submeter ao abandono, na hora da própria morte,
De quem jurara, na pequenez humana,
Momentos antes, dar a vida por ti.

Há tanto tempo, Senhor
E por inúmeras vezes estendeste os seus braços
Recebendo-nos de volta com um carinho,
desconcertante para nós,
Por não compreendermos tanto amor.

Senhor, mesmo quando sentimo-nos distantes
E sozinhos, tu esconde-se em nosso coração,
Finca as suas sandálias em nosso interior,
E aguarda paciente e cuidadoso,
O nosso clamor de socorro.

Nesta hora, sorri e nos olha profundo,
De dentro para fora,
Lavando-nos de nossas impurezas e mazelas,
E consolando o nosso choro.

Há tanto tempo, Senhor
Nos ama, nos deseja e nos aceita,
Que sabemos que nunca seremos órfãos de ti
E que podemos contar contigo
E nos refugiar em seus ombros.

Senhor, pela nossa pequenez
Fitamos os olhos nos céus estrelados
Deslumbrados com a imensidão das constelações
Que conseguimos alcançar,
E pensamos no privilégio que nos destes
De sermos eternamente, os seus protegidos adoradores.

Nesta hora, Senhor, regozijamo-nos pela esperança
De que voltarás aqui, vindo deste infinito Céu
E nos resgatará desta impura Terra,
Já tão contaminada pela devassidão do pecado,
Para um outro, dentre tantos lugares que criastes
Neste imenso Universo.

Lá, então, viveremos uma nova realidade
Em nada comparada com a de cá,
E poderemos para sempre louvar a sua glória,
A sua magestade e infinitude,
Sem mais o incômodo do pecado...

Obrigado Senhor.

Foto de Maria silvania dos santos

Meu desabafo vou contar, minha historia revelar.

Meu desabafo vou contar, minha historia revelar.

_ Sou uma pessoa sonhadora que chorando meu desabafo vou contar, minha historia revelar, por favor, não venha me julgar.
Sou uma pessoa igual a todos, Sou Casada tenho 3 maravilhosos filhos, sou muito amigável, amorosa em geral, muitas vezes até demais, sei respeitar da forma que cada um é, e que também me respeitam, não sou preconceituosa, sou muito curiosa, sincera e até com excesso. Odeio mentira, falsidades...
Como ninguém é, eu também não sou perfeita, sou cheia defeitos; Sou impulsiva, e me apego muito fácil com as pessoas.
Mas também sei ser dura quando é preciso.
Gosto de novas amizades com homens e mulheres de todas as idades, pois amizade pra mim não tem idade e sim qualidade, não importa a sexualidade.
O que me importa é que me respeitem, pois por mim, serão todos (as) respeitados (as), pois a amizade e o amor são nosso alicerces da vida.
Não gosto de falar sacanagem em MSN, pois tudo tem seu tempo e limites.
Gosto de um papo saudável.
Desejo tudo de bom para todos, e hoje com meu coração machucado

Chorando escrevo este meu desabafo, também sei, que este desabafo por vocês vai ir pelo vento, ele não vai ter menor sentido vai parecer tempo perdido, coisas de gente enlouquecida, e talvez comigo ainda ficam aborrecida (o).
Por favor, comigo não fique aborrecido (a) aqui hà muitas pessoas que eu não conheço, ateé mesmo parente que desejo muito conhecer, mas saiba vocês que sou uma grande amiga.
Por favor, não me pergunte o por que, mas se eu breve morrer, e não tiver tempo de lhe ver, porque isto pode acontecer.
Saiba que mesmo sem lhe conhecer aprendi com sinceridade amar vocês.
Aqui Hà pessoas que há anos procurei e por força do destino demorei muito mas os encontrei.
Hoje sei onde estão, e lembro destas pessoas com dor no coração, desde já peço perdão, pois um dia precisaram e por vários motivos não estendi as mãos.
Hoje sei onde estas e quero muito lhe abraçar, mas não sei se vou ter tempo para este sonho realizar!
Se eu morre sem o meu abraço a lhe dar, por favor no meu velório venha estar, pois apesar de não poder mais falar, quero meu adeus lhe dar as pessoas que misteriosamente mesmo sem conhecer vim a amar. Com sua presença é uma forma de meu adeus aceitar.
Sei que neste momento não vou poder falar, mas do outro lado vou estar por vocês a olhar. Também desde já, quero a vocês lembrar, que a lembrança de vocês durante minha vida, vivi a carregar na esperança de um dia um abraço puro e com muito amor lhe dar.
Beijos de uma pessoa sonhadora que teme pelo dia de amanha.
Muitas pessoas aqui saibam que também com eles estou a falar, então, por favor, não vem a inguinorar, pois este é um meio de me desabafar!

AUTORIA; MARIA SILVANIA
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Foto de Rosamares da Maia

Mulher - Anos 40

Mulher - Anos 40

Despertei surpresa aos quarenta
e descobri que ainda quero e espero
o meu cavalheiro andante.
Lancelot, Galahard, Arthur?
Não importa. Por que não esperá-lo?

Não será o primeiro é certo que não.
O último?... Talvez.
Será sempre um bravo pioneiro.
Sábio ou guerreiro. Talvez um menino?
Quem desbravará meu coração?

Se neste território onde habita o meu ser,
não houver mata virgem, encontrará recantos
todos originais, com muitos encantos,
Áreas inteiramente preservadas.

Sonho aos quarenta. Ainda desejo amar,
É justo, necessário e lícito sonhar.
E por que não sonhar?
E por que não realizar?

Sou pura essência, alma intacta,
Sem máculas, sem rótulo de validade.
Minha paixão não está contida na idade,
Não foi deserdada pelo tempo.

Este fogo é incêndio que brota no coração.
Simplesmente não se apaga.
É mar de larvas que se propagam.
Sempre em ebulição, pronto para a erupção,
Onde só queima quem arrisca e nada.

E se é verdade que o tempo tudo acalma,
Sou como o próprio vulcão que respira,
Contido medita, mas apenas dorme,
Aos quarenta! Viva a vida, pois nada morre.

Rosamares da Maia.

A todas as mulheres que aos 40, 50, 60 e infinitamente têm a coragem do Ser.

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