Montanhas

Foto de Henrique Fernandes

TU E EU

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Tu e eu somos o que quer dizer o pensar da vida
Perdemos saber quem somos ao sentir esta paixão
Eu perco totalmente o controle por causa de ti
Perco-me nas palavras que digo ao beijar-te
Numa série de aspectos que falam em tons de amor
Que não é falado por falar e tão fácil de entender
E mesmo assim perco o controle quando me olhas
Desse jeito de me dizer o quanto habitas em mim
Há algo nos teus olhos dizendo que esta noite
A vida vai-nos abrir a porta e já não somos crianças
Para entrarmos numa nova vida emocionante
Algo que me diz que já não há ninguém como tu
Fazes-me perder o controle quando estou perto de ti
Porque algo nos teus olhos é amor á primeira vista
Como uma flor que desabrocha para a eternidade
Dilatada pela minha paixão por ti que apenas quer
Que tu conheças os segredos da vida entre tu e eu
Se olhares bem para mim saberás enfim quem sou
E não sou nada mais de quem pensa constantemente
No que está escrito nas linhas da tua vida
E no ser que és tão bem escrito dentro do teu coração
O sobre mim que não sabes são montanhas que derrubo
Com o nós de nós que apenas tem um sonho
Encontrar um lugar para o amor que partilhamos
Um ninho de entregas onde nos possamos esconder
Porque apenas fomos criados para nos amarmos
Um ao outro agora e sempre sem dias a mais
Estou sério e tão curioso como nunca estive antes
Fazendo parar o tempo desta minha vida inocente
Na culpa da minha voz ao dizer saber o que é o amor
Desejo-te mulher e sempre desejarei sem jurar
Mas podes acreditar que vou estar sempre
Ao teu lado até o dia que eu morrer

Foto de Paulo Gondim

É assim o meu amor

É ASSIM O MEU AMOR
Paulo Gondim
08/04/2008

Infinitamente, te amarei
Mesmo que tudo conspire contra mim
Eu enfrentarei todos e tudo
Não medirei esforço, gritarei te amo!
De peito aberto. Jamais ficarei mudo

Mesmo que todo o mundo fique contra
Encontrarei forças para continuar
Tornar-me-ei forte, destemido
Jamais terei medo de te amar

É assim o meu amor por ti
Capaz de remover as mais altas montanhas
Escalar picos, romper oceanos
Um amor forte, como a natureza
Capaz de realizar todos os meus planos

E por onde quer que vás
Contigo estarei, ali, sempre por perto
Nos meus sonhos, na minha saudade
Na lembrança terna de tua ausência
Para meu prazer, para minha vaidade

Foto de killas

O EREMITA

Fui para longe viver,
Tornei-me no eremita,
Não tenho nada a perder,
Não tenho uma vida bonita.

O meu coração inconstante,
Só fazia sofrer,
Das muitas raparigas,
Todas vim a perder.

Assim fui para as montanhas,
Em período de reflexão,
Sobre o meu coração,

Revolvi as minhas entranhas,
Revolvi o meu próprio ser,
E assim foi até morrer.

Foto de Henrique Fernandes

GESTOS DE BELEZA

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Pouso a mão no horizonte
Sombreando o rosto de saudade
Olhando a distancia sem ponte
Sobre a passadeira da idade

Solto um suspiro além cumes
Das montanhas que me sufocam
E recebo em mim os perfumes
Das dificuldades que evocam

De braço dado com o vento
Persigo um ar de paz
E solto a voz do descontento
Cúmplice do que sou capaz

Deixo-me levar pela natureza
Como um menino ao colo
Bebendo gestos de beleza
Partilhados por todo meu solo

Foto de Gideon

O Nascedouro de Pedras

Bicuda Pequena. Lugar mágico nas montanhas da minha vida...
Escalo-a sem planejar. A minha vida me surpreende. Mas tem também a Bicuda Grande. Dizem ser irmã mais imponente que a Pequena... Não importa, o que vale é que estou feliz... Sorrindo das pedrinhas bicudas ao pé da montanha imponente...
Mete medo olhar o cume, parece que vai despencar, mas claro que não vai, é só impressão.
É que somos pequenos mesmo, percebo isto olhando admirado a enorme pedra. Me surpreendo com a música tocada pelo vento nos foles do vale... Ninguém parece ouvi-la, mas ela está lá nos meus ouvidos. Não sei o modo tonal, se maior ou menor, talvez nenhuma nem outro outro... Mas ainda sorrio, encantado com este milagre...

Ofegante quero parar de subir, mas não posso. A montanha não deixa. Parece que a gravidade lá funciona ao contrário... Tenho de chegar ao redil, na laje. Ovelha guiada pelo pastor...

O Nascedouro

De repente um sobressalto! Um nascedouro de pedras... Surpreendo-me e quase me precipito sobre ele. Equilibro-me no vento e me delicio com a visão. Centenas de pedras pontudas, lá em baixo, no vale. Combinam comigo, e com a música que ouço no vale...
Agora, queria ter uma montanha à minha destra, penso, para me proteger da vida... mas elas estão lá, esperando milênios para crescerem... Sinto-me um pássaro pousado na colina a olhar o vale... Que vontade voar, pular, quem sabe me tornar uma pedra, também do nascedouro...

As pessoas da montanha

Volto-me e vejo o redil... Ovelhas simples, rodeando seu pastor... Vou tocar hoje, uma música qualquer, que gosto muito... para as pedras do nascedouro ouvirem...
Toco na sua direção. As ovelhas ouvem-na primeiro, Mas a música é para as pedras do nascedouro, juro, e que se movem, suavemente, de um lado para o outro no ritmo e direção do som...

Olhos vivos, vestidos de chitas, corações despojados... Vida, muita vida ali, à beira do nascedouro. As ovelhas cantam, mostram-se com o seu belo que é belo. Gosto. Extasio-me, me delicio com a vida à beira do nascedouro.

O Som no Nascedouro

Meu som ecoa deslizando montanha adentro, vertendo os vales, fincando-se nas grutas.
Visitando as rochas, rios, cachoeiras... Mistura-se com a vida da montanha... As pedras do nascedouro dançam ao novo som... Divertem-se ao pé de sua imponente mãe...
Deixo o som lá. Ele se perde fugindo montanha a dentro como um cão fugidio, feliz... Importa não. O que vale mesmo é que vi o vale, o vale da minha vida, e percebi que sempre ao lado de um vale existe uma montanha imponente...

Mas na Bicuda, tem mais...

Tem também um nascedouro de pedras, que esmaga o meu coração, de pedra...

Foto de Ana Botelho

MIRAGEM POSSÍVEL

MIRAGEM POSSÍVEL

Atordoada, mil palavras me envolveram,
Recostei-me então, ao tronco da oiti,
Com a mente fervendo de tantas imagens
Adormeci e este primeiro soneto eu teci...

Minha cabeça rodou e voou para longe,
Viajou por seqüentes montanhas e prados
De repente, parou numa antiga estalagem
Onde inúmeros felizes pares enamorados

Recitavam os versos do mestre Khayyan
Que ao Deus Baco faziam total alusão,
À meia-luz e sentados em macios divãs.

Cantavam os prazeres da entrega total,
Parecia estarem em nirvana eterno,
Uma visão, um postal, que quadro divinal!

Foto de Carmen Vervloet

UM POUCO DA HISTÓRIA DO ES - Convento da Penha - 450 anos

Convento da Penha – 450 anos

Nos idos do mês de maio de 1535 fundeava na enseada da futura Vila Velha, até então terra dos índios goitacazes, a Caravela Glória trazendo o luso donatário Vasco Fernandes Coutinho que vinha tomar posse da Capitania, à qual deu o nome de Espírito Santo.
Encontrou aqui, beleza natural estonteante que deixou a todos sem fôlego! Muitos eram os pontos fortes desta então Capitania, mas dou destaque àqueles que sempre extasiam meus olhos e enchem de luz e paz o meu coração capixaba: A verde Mata Atlântica, com sua rica flora e fauna, palco de orquestra composta pelas mais variadas espécies de pássaros; Suas montanhas esculturais criadas pela mão da grande artista natureza, pedras que fecundam o próprio chão; E o seu mar pincelado com o verde liquefeito de suas matas e o azul liquefeito de seu céu que juntos lhe dão a cor verde-azul que se expande numa extensão infinita onde meus olhos pousam cheios de amor e admiração!
A esperança que dominava o nosso donatário ao desembarcar nas praias deste Novo Mundo foi aos poucos se apagando em razão das lutas entre os colonos e os índios.Vasco Fernandes Coutinho mandou vir de Portugal alguns padres missionários para que pacificassem os nativos.
No ano de 1558 chegou aqui o Missionário Espanhol Frei Pedro Palácios que trouxe na sua bagagem um belíssimo painel de Nossa Senhora da Penha, o mesmo que ainda se encontra no Convento da Penha. Procurou abrigo numa caverna no pé da montanha para onde levou seus pertences e também o painel de Nossa Senhora. Quando no dia seguinte acordado pelo gorjeio dos pássaros e o marulhar das ondas do mar que no seu vai e vem levavam e traziam de volta os seus sonhos de missionário depositando-os sob a forma de branca espuma sobre a areia morena, percebeu que o Painel de Nossa Senhora havia desaparecido. Preocupado saiu à procura do mesmo, no que foi ajudado por outros colonos e depois de longa e dolorosa busca, exauridos, arranhados, machucados, encontraram-no a 154 metros de altitude, bem no cume da montanha entre duas frondosas e verdes palmeiras. Levaram-no de volta para a caverna e no dia seguinte, segundo a lenda, lá estava Ela outra vez de volta ao cume da montanha, entre as mesmas duas verdes e frondosas palmeiras. Este fato aconteceu por três vezes, até que Frei Pedro Palácios percebendo que Nossa Senhora queria ter uma melhor visão sobre seus filhos para que pudesse protegê-los de todas as vicissitudes e perigos, atendendo a vontade da Santa, construiu a sua capela no lugar escolhido por Ela. Ele próprio, velho e alquebrado, mas homem de muita fé carregou lá para o píncaro os primeiros materiais para a construção da ermida. Realizado seu grande sonho, a poder de muito trabalho e esforço a capela foi inaugurada com toda a pompa merecida no dia primeiro de maio de 1970. Nesta mesma data, levado por Anjos, aos sons dos sinos da sua pequena capela partiu feliz o velho e santo missionário para sua morada eterna.
Hoje o Santuário da Penha abrange uma área de 632.226m2. No seu interior abriga séculos e séculos de história, de fé e esperança, de devoção e coragem e é sem dúvida considerado o maior atrativo turístico e religioso do Estado do Espírito Santo. Fica localizado no Município de Vila Velha, integrante da região da grande Vitória, Capital do Estado. A faixa de Mata Atlântica existente no Santuário da Penha é o mais importante pulmão verde da cidade de Vila Velha e abriga uma variada flora e fauna. A festa da Penha é considerada hoje a terceira maior festa religiosa do País.
Nas noites de lua cheia, guardo ainda a imagem que tatuei na minha alma de criança. O manto de Nossa Senhora entrelaçado junto ao manto do luar estendido sobre a nossa cidade protegendo-a de todas as ameaças e perigos envolvendo-nos nos seus braços de Mãe do Céu.

Carmen Vervloet

Foto de NiKKo

Reflexão

Meu coração andou por terras áridas e solitárias,
em jardins de múltiplas flores como louco, a procurar.
Em meio a cume de montanhas voei numa incessante busca
sem contudo saber ao certo o que queria encontrar.

Confesso que nessa ânsia de encontrar algo especial,
mil vezes iludida me entreguei a fantasias e amores.
Criei mundos especiais e dourados castelos,
que depois de algum tempo ruiu deixando só dores.

Nessas minhas caminhadas eu sempre procurei
em cada rosto um olhar que em sonhos me perseguia.
E em todas as bocas um gosto especial eu desejava
mas em todas, sempre faltava algo que eu não definia.

Mas eu fui seguindo minha estrada, sem descanso.
Confesso que tive amores que me deram muita emoção,
Que vivi momentos de extremo carinho com muitas,
instantes maravilhosos que guardo como doce recordação.

E os anos foram marcando em compasso lento a minha procura
mas a falta de alguma coisa dentro de mim, jamais aplacou.
E mesmo com meus cabelos marcados pela neve do tempo
a inquietude vivida na minha juventude nunca suplantou.

Hoje amadurecida pela longa procura, feita em vão.
aprendi que o que me falta jamais vou encontrar.
Pois sempre procurei nas pessoas um sonho irreal
uma alma gêmea que pudesse me completar.

Porém as pessoas não são perfeitas como sonhamos.
Nem nós conseguimos a outra parte, inteiramente satisfazer.
Por isso buscamos sempre no horizonte, o nosso ideal
e deixamos muitas vezes, pela ilusão, a verdade de ver.

Pois embora com defeitos, tropeços e imperfeições
muitas vezes ao nosso lado temos quem deveríamos amar.
Mas por estar ao nosso lado sempre disponível,
acabamos feitos tolos, a esse amor, desprezar.

Foto de Henrique Fernandes

ESCULPIDO PELA TUA ARTE SENSUAL

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Poderei viver até á combustão dos tempos
Que já mais sentirei o toque de alguém
Como senti teu toque verdadeiro e fiel
Escrito na memória da força dos ventos
A corrosão do tempo desgasta a rocha mais dura
E do seu pó transforma montanhas
Mas não cansa a erupção do meu desejo
Esculpido pela tua arte sensual
Que retratas nos teus gestos distintos
Tão preciosa quanto o Sol para a vida
Quanto a água para viver por ela fora
Só tu me aqueces a pele sem pudores
E recheias de luz o reflexo do meu interior
Imensa como o mar tens a volúpia
Intensa das marés no teu colo que me ampara
Teu abraço é uma praia paradisíaca e extensa
Por um areal de esperança onde descansam
Minhas mãos suadas de lutar por ti
Tua voz domina os tornados do meu deserto
Nesta solidão sem amostra de oásis
E incertezas que ecoam no meu profundo
Que exponho no olhar que direcciono
Ás coisas boas da vida que ainda quero ter
Ao lado de ti a par dos sonhos de ambos

Foto de Carmen Lúcia

Pássaro mutante

De quantos vôos necessitas
Pra extravasar teus trinados?
De quantas cores te camuflas
Pra desmascarar camuflados?
Às vezes, suave passarinho,
Na construção de seu ninho,
Esposa, filhos, lar...

Por outras, és sabiá,
Entoas tristes gorjeios
Trazendo saudades de lá...
Ou então, um beija-flor...
Planando... Não sais do lugar,
Vôo rasante, apaixonante,
Rodeias a flor pra lhe falar de amor!

Transmutas-te numa gaivota
Quando queres reverenciar o mar...
Entre nuvens desapareces,
Em altas ondas ressurges,
Vôos coreográficos
Em azuis celestiais.

E quando ronda o furacão
És o condor que reaparece
E das grandes montanhas desce
Camuflando-se de negro tufão
Em defesa dos oprimidos,
No combate à corrupção.

Carmen Lúcia

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