MIRAGEM POSSÍVEL
Atordoada, mil palavras me envolveram,
Recostei-me então, ao tronco da oiti,
Com a mente fervendo de tantas imagens
Adormeci e este primeiro soneto eu teci...
Minha cabeça rodou e voou para longe,
Viajou por seqüentes montanhas e prados
De repente, parou numa antiga estalagem
Onde inúmeros felizes pares enamorados
Recitavam os versos do mestre Khayyan
Que ao Deus Baco faziam total alusão,
À meia-luz e sentados em macios divãs.
Cantavam os prazeres da entrega total,
Parecia estarem em nirvana eterno,
Uma visão, um postal, que quadro divinal!