Melhor

Foto de Enzo 7231

N123; UMA PARTE DE MIM 01: AUTO-APRESENTAÇÃO (POESIA, DESCRIÇÃO)

Olá, sou o Enzo 7231
Como está? Muito prazer
Este poema descreve um pouco como sou
Assim fica a melhor me conhecer

Não sou magro, não sou gordo
Sou alto, sendo castanhos os meus olhos
Sou moreninho, musculado
E pretos são os meus cabelos

Um tipo normal
Assim sou fisicamente
Como vêem, nada de especial
Agora, como sou interiormente

Enigmático, surpreendente
Simples e divertido
Cavalheiro, paciente
Modesto e Amigo

Sou muitas vezes um chato
Teimoso até mais não poder
Já fui muito ciumento
Disse bem "fui"- deixei de o ser

Sincero, frontal e directo
Tenho cuidado para não magoar com o que digo
Digo só o que tenho a dizer com razão
A si, a um amigo ou desconhecido

Sou muitas vezes realista
E ao mesmo tempo sonhador
Assim como sou bom ouvinte
E ao mesmo tempo conversador

Sou calmo, dedicado
Fiel e amoroso
Sou lutador, compreensivo
Meigo e atencioso

Romântico q.b.
Carinhoso ao extremo
Mauzinho quando posso
Atrevido quando quero

Sou estranho, sou rebelde
Sou avariado do sistema
Sou livre, sou diferente
Sou uma mistura explosiva

BY:Enzo 7231
31/08/03
00:05

Foto de Paulo Master

O Mal Irremediável

Nascer, crescer, morrer. Um ciclo necessário para o bem da humanidade, não apenas um mal irremediável, mas uma realidade sublime, uma dádiva. A função da morte é primariamente permitir a evolução.
Eu vejo a luz! Expressão que ironicamente deixa de existir a partir do momento em que nos deparamos com ela. Após a morte é possível ver a “luz”? No momento em que a luz se tornar visível passará a ser impossível afirmar sua existência. Pacientes terminais que vivem experiência quase morte tem a convicção afirmativa que estiveram lá. A fé não apenas nos leva a creditar a morte, nos faz também acreditar que estamos vivos e podemos seguir adiante.
Na mitologia nórdica, as valquírias eram deidades menores, servas do deus Odin, belas jovens mulheres que montadas em cavalos alados e armadas com elmos e lanças, sobrevoavam os campos de batalha escolhendo quais guerreiros iriam morrer.
No campo real essa hipótese deixa de ser uma opção viável, pois é difícil aceitar uma perda. Como seguir em frente sozinho? Um sentimento corrosivo, destrutivo e desleal entra em cena nos tomando as forças, forçando-nos a digerir o triunfo da morte. A definição da morte extrapola o senso comum, um termo pejorativo que exprime um sentimento desagradável e mordaz.
Poderíamos aceitar a concepção da morte como a volta do filho pródigo, aquele que voltou para o seu verdadeiro lar, os braços do pai. A morte como uma entidade sensível é um conceito que existe em muitas sociedades desde o início da história. Uma linha tênue. Os que continuam a viver seguem em um mundo de equilíbrio precário, frágil paz de espírito, uma simples lembrança pode destruir toda sua harmonia. As lembranças são imagens diáfanas de contornos além do surreal, mas que carregam uma figura caracterizada pelo uso de uma referência evanescente. Sucumbir à difícil transição é um ato doloroso. A teoria da “extinção absoluta” personifica a morte, tornando-a real e absolutamente possível embora duramente aceitável.
O escritor sábio do livro de Eclesiastes disse que o dia da morte é melhor do que o dia em que se nasce. (Eclesiastes 7:1).
O sentimento condescendente é complacente a dor de outrem cria uma ligação profunda entre os seres humanos. Afirmações de profundo pesar; pêsames que exprime ou inspira tristeza sombria; fúnebre. Contudo, já nascemos obstinados ao fatídico fim, estigmatizados ao necro acontecimento. A morte, aceitando-a ou não, faz parte do ciclo da vida. O nascimento é o precursor da morte.

Foto de Marilene Anacleto

O Amor Que Foi Embora

Se é que viemos de Deus e vamos voltar para Deus,
Isso vai demorar um pouco.

Tenho tanto a aprender, tenho tanto para ensinar,
É melhor deixar fluir.

Então preciso amar, sorrir, bendizer, cantar,
Tudo que chega a mim.

O sorriso que concorda, o não positivo em certa hora,
Aceitação pela vida afora.

Aos amores correspondidos, agarro-me de corpo e alma.
Seguimos, assim, de mãos dadas, bem grudadas, palma a palma.

E dançamos borboletas, e explodimos em pólen.
Dormimos quando acordamos, acordamos enquanto se dorme.

Amores por toda parte, sem vergonha, sem disfarce,
Até que a empatia acabe.

Tudo é certo. Não há linhas tortas. O olhar enviesado entorta
O que Deus escreveu de bom.

E o amor que foi embora, e deixou-me em transtorno,
Pensando ser a pior,

Saiu da minha vida bem na hora em que Deus me enviou
O, hoje, meu grande amor.

Foto de fabricioadriel

Ouça minha Oração

Deus acredito nos seus milagres
e na sua proteção,
mas te peço por favor
ouça minha oração.

Mesmo muitas das vezes
não estando certo
sei que esta por perto.

Pra nos comfortar
e nos da forças pra vencer,
te agradeço por mesmo sendo fraco
nunca nos esquecer.

Quando pensei que tudo
estava acabado,
me mostrou o caminho
que não havia enxergado.

Meu Deus porque as vezes sofro demais?
só quero um pouco de paz.

Será que só estou vendo
o que é ruim,
e não estou acreditando
em mim?

Os meus sonhos que não realizei
era seus planos
ou é porque não acreditei?

Posso hoje não entender
o porque tudo isso aconteceu
mas no momento certo vai me mostrar
que dentro de nós sempre temos
forças pra superar.

Qualquer coisa que possa acontecer
mas muitas delas
é para amadurecer.

Umas são doloridas
são essas quando perdemos
as pessoas queridas.

Mas esquecemos que o outro
seguiu seu caminho
e isso não podemos mudar
mais apenas aceitar.

Porque não sei conviver com perda
isso me afringe demais,
saber que não vou ver
quem amo nunca mais.

Sei que foi pra um lugar seguro
mas não consigo aceitar,
pode ser que tenha seguido seu caminho
mas me de forças pra caminhar.

Quando não consigo perdoar
vejo quanto sou fraco sem ti,
pois mesmo quando erro
sempre esta aqui.

Pra ouvir minha oração
pois tu sabes as palavras
que alegram meu coração.

Tu nos deste o livre-arbitrio
para aprendermos viver
e deixaste sua palavra
para nos fortalecer.

Tudo nessa vida
é um grande aprendizado
melhor é sabermos que Deus
sempre estará ao nosso lado.

Foto de JORMAR

Hoje ...

Faz hoje dois anos
Que separados por uma janela digital
Estando frente a frente
Nos conhecemos num clique
Nossos dedos percorreram o teclado
Pronunciando palavras em silêncio
E fomos nos revelando um ao outro
Tentando, quem sabe, mostrar os nossos valores
Talvez dizendo o que nos animava e nos aproximava
Nesse universo inanimado, porém não estático
Depois, passados dias, vejo-te e sou visto por ti, mas nunca nos tocamos
Tu estavas aí e eu aqui
E fizemos companhia um ao outro
Noites inteiras trocamos palavras, ideias, elogios, atracções e gostos
Depois trocamos carinhos, fantasias e prazer
E decidimos num clique
Que queríamos conhecer-nos
Depois de nos conhecermos
Trocámos beijos, beijos intensos,
Como aqueles que as imagens recordam,
Beijos desejado,
Beijos que nos completou aos dois,
Os beijos da forma adequada,
Os beijos com o sabor do desejo na flor da nossa pele,
Os beijos da nossa vontade,
Os beijos que fazem o nosso pensamento,
Os beijos que fizeram as nossas bocas e o nosso corpo querer um novo beijo outra vez.
O melhor beijo foi o beijo sem tempo, que hoje ainda perdura,
O tempo não conta, enquanto se beija o tempo para,
E nesta inércia do tempo só sinto a louca vontade de mais um beijo.
Sinto a tua língua que de encontro com a minha,
Faz um passeio suave e excitante, humedecendo a minha libido.
Posso sentir a língua que viaja na minha boca.
Sinto a língua que acarinha os meus lábios.
A língua, que me percorre, que me navega e que me lambe...
O melhor beijo é o beijo em que a língua faz o beijo.
E o beijo faz o sexo
E o sexo a paixão
E a paixão o amor
E o amor para sempre
E para sempre nesse amor a amizade perene
Hoje festejo esse divino amor, recordando os beijos……

Foto de Carmen Vervloet

Sem Limites

O minuto que passa já faz mais velha a hora
E o tempo transpassa os anseios da alma
Na pele o sulco feito na quietude das desoras
Desassossega-me e me faz perder a calma.

Ontem eu tinha a benção da inocência
E meus sonhos voavam livres, sem laços...
Mas perdi, entre escalas, minha santa paciência
E nada mais me satisfaz nesse sufocante espaço.

Nem sei se o que desejo tem nome e é real
Busco algo maior, melhor, intenso, sensacional...
São emoções nunca por mim vividas
São desejos prementes desta alma incontida.

Quero agarrar o ilimitado entre as horas que se vão
Quero desprender, do corpo, correntes e laços
Não quero ver minha alma acorrentada por aço
Preciso voar... voar... tirar meus pés do chão!

Agarrar sensações totalmente desconhecidas
Talvez uma verdade inventada
Que pode até não me levar a nada
Mas que mobilize afeto e emoção
Mesmo que me arrisque à vertiginosa queda
E parta em pedaços meu coração!

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Setembro – Capítulo 7

Essa noite eu tive um sonho estranho. E esse sonho, por assim se dizer, foi muito complicado de se decifrar. Nele, os absurdos imperaram. Os seres, sem serem claramente separados como na nossa realidade, lutavam entre si. E os fracos subjugavam os fortes, os devoravam, sem que lhes sobrassem sequer os cadarços. Tremulavam estranhas bandeiras, de estranhas causas, e estranhos países. Crianças mandavam em adultos, que as obedeciam. Outros homens, rendidos, suicidavam-se, alegando merecer o falecimento. Hinos desconexos ecoavam nas paredes pelas ruas tumultuadas. Senti, se é que é possível sentir algo com um sonho, um desejo por uma inquieta tranqüilidade, uma tranqüilidade quase que inviável diante da necessidade das evoluções e modificações. Houve uma voz que conclamava, chamava os santos adormecidos para a fúria das incertezas e das discórdias. Carros aceleravam, carros indomáveis aceleravam com um sorriso irônico em sua parte dianteira. Ouviam-se sirenes, buzinas, caos. Não assimilei bem o que o sonho me passou. Também, não deve ser algo importante...
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O tempo se seguiu.

- A dona Clarisse é boa! A dona Clarisse passou para o nosso lado!

O burburinho tinha razão de o ser. Comentava-se, à boca pequena, que o nosso líder estava mancomunado com os seres dominantes. E o nosso líder não deixava por menos. Ele estava bem mais contido nos discursos de contrariedade aos nossos inimigos. Diferentemente da dona Clarisse. Ela, segura de si apesar das provações que lhe ocorreram, se colocava cada vez mais como uma liderança para toda a comunidade, e com o ponto positivo de se impor de maneira pacífica na resolução dos problemas do gueto em geral. Sendo mais específico, ela era a ponte entre a comunidade e o nosso líder. E esse, cada vez mais distante das necessidades, vinha perdendo a sensibilidade que o levou a ascender à branda influência que exercia aos seres de sangue quente.

- A dona Clarisse é a nossa esperança de vitória!

Tomava corpo uma nova representante do existir do gueto.
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A torta me olhava.

- Dimas...

Era a única que me chamava pelo nome.

- Dimas...

Novamente a ignorei.

- Dimas...

Eu me recolhi. Tinha nojo da torta. Engraçado sentir isso dela. O normal é os outros se enojarem comigo.

- Dimas, você pode até me ignorar, mas saiba que eu te amo e isso é uma verdade.

Senti muito medo de ela estar sempre comigo, em todos os momentos que eu precisasse.
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Parece que tudo me é mais sofrido.

- Inúteis! Ou trabalham direito ou não vão poder comer!

Os mais fracos no gueto são os responsáveis pela produção e preparação dos alimentos, pela limpeza de vias e aposentos, pelos reparos gerais e pelos afazeres menos aceitáveis. Já os mais fortes, por sua vez, garantem a segurança e a fiscalização do cumprimento das regras na comunidade, sendo sustentados para tal, e mantendo o equilíbrio da nossa calma convivência comparada ao tormento horrível da subjugação aos seres de sangue frio.

- Trabalhem seus inúteis, trabalhem!

Até eu subir de vida, será assim.
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- Justo, venha.

A voz de Clarisse era doce e acalentadora.

- Justo, beba.

Clarisse poderia seduzir qualquer homem que bem quisesse. Era uma bela mulher. Poderia seduzir apenas com o nome, que de tão belo fazia jus ao seu significado, de clareza, em meio à escuridão do nosso mundo, rochoso, opaco. E Clarisse, uma pessoa de bem, uma figura moldada para conseguir o melhor e sempre o melhor, não simplesmente seduzia ao homem que bem entendesse. Clarisse, ao invés disso, seduzia o homem do qual precisasse.

- Justo, dorme, dorme...

Ele obedeceu, como em poucas vezes em sua vida.

- Morre... Isto... Morre...!

E com presteza nosso líder foi a óbito.

Foto de carlosmustang

MAIS UM....

E se olhar pra mim, sentira inveja
Sou o melhor, minha fama me fez
Dormi em seda, em merda acordei!
Mesmo idolatrando, inseja...

A vida e grande(basta decifra-la)
Sendo pequenos detalhes, delirante
Rendendo a uma pequena elucidante
Vitoria da luz envolvente

Que terra piso, bato o pé
Paixão simples, envolvente
Saudosa em encontros correntes

Linda me fez e faz até...
Bebe, existir sensual,outono
Inverossimel mulher

Foto de carlosmustang

MAIS UM....

E se olhar pra mim, sentira inveja
Sou o melhor, minha fama me fez
Dormi em seda, em merda acordei!
Mesmo idolatrando, inseja...

A vida e grande(basta decifra-la)
Sendo pequenos detalhes, delirante
Rendendo a uma pequena elucidante
Vitoria da luz envolvente

Que terra piso, bato o pé
Paixão simples, envolvente
Saudosa em encontros correntes

Linda me fez e faz até...
Bebe, existir sensual,outono
Inverossimel mulher

Foto de Rosamares da Maia

PAS-DE-DEUX

PAS-DE-DEUX
No espelho desafia-me a bailarina,
Suavemente rodopia, faz piruetas,
Seu olhar é terno, mas forte, arguto,
Contrastando os movimentos em rodopios
Questiona a minha existência - Olho no olho!
Assim, o dialogo é vigoroso, mas virtual.
Dizemos coisas mais próprias do sentir,
Mas ao paladar, ao ouvir e meditar.
Ela desliza, faz movimentos que eu não ousaria.
Nosso Pás-de-deux é quase mortal.
Eu concretamente vivo, mas toco o surreal.
Ela rodopia - graça e leveza. A certeza de bailar.
Eu caustico vislumbro realidades – o dia a dia.
Mostra-se no espelho, acompanha-me nas sombras.
Dança a melodia na chama flamejante d’alma.
- Eu danço conforme a música permite.
A imagem refletida baila, por motivo comum,
Companheira inevitável da mesma história.
Ela, prisioneira do melhor dos meus sentidos,
Reflexos do meu olhar que escapa do espelho.
Altiva, em estudada harmonia revida o desafio.

- Quem é a prisioneira de quem?

No espelho revelam-se os preconceitos.
Vem! Estendes a mão, instigas.
Fecho os olhos e mergulho profundo.
Ao emergir deixo os conceitos e amarguras
Do fundo da alma trago o espelho.
E transformo em música, traços, passos de bailarina,
Toda a alma, a minha e a tua, em versos,
Refletidas e tracejadas nas letras destas linhas.

Rosamares da Maia - 10.03.2011

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