O minuto que passa já faz mais velha a hora
E o tempo transpassa os anseios da alma
Na pele o sulco feito na quietude das desoras
Desassossega-me e me faz perder a calma.
Ontem eu tinha a benção da inocência
E meus sonhos voavam livres, sem laços...
Mas perdi, entre escalas, minha santa paciência
E nada mais me satisfaz nesse sufocante espaço.
Nem sei se o que desejo tem nome e é real
Busco algo maior, melhor, intenso, sensacional...
São emoções nunca por mim vividas
São desejos prementes desta alma incontida.
Quero agarrar o ilimitado entre as horas que se vão
Quero desprender, do corpo, correntes e laços
Não quero ver minha alma acorrentada por aço
Preciso voar... voar... tirar meus pés do chão!
Agarrar sensações totalmente desconhecidas
Talvez uma verdade inventada
Que pode até não me levar a nada
Mas que mobilize afeto e emoção
Mesmo que me arrisque à vertiginosa queda
E parta em pedaços meu coração!
Comentários
P/Carmen Vervloet/CarmenCecilia
CarmenCecilia
Olá xará!
Maravilhoso poema...
Transportei-me para teu poema...Esse ideal de felicidade sem limites que procuras é o que procuro a todo instante...Há momentos que nada satisfaz e a busca torna-se incessante e frustrante pois parece que nunca alcançamos...Affffffffffffff essa eterna procura...
Beijosssssssssss e mais uma vez Parabéns
Carmem Cecilia
CarmenCecilia
Carmen cecília/Carmen Vervloet
Querida xará,
Creio que esta eterna procura de felicidade só acaba com a morte. Como estamos vivas e bem vivas (rs) vamos continuar correndo atrás dela.
Saudades de você!
Mil bjs e obrigada!
Carmen