Medida

Foto de MarvinCesvaz

Crônica da Felicidade

Sustentamos como evidentes estas verdades:
Que todos os homens são criados iguais
e que são dotados por seu Criador
de certos direitos inalienáveis.
Que entre estes estão:
A vida, a liberdade e a busca da felicidade

Engraçado como isso não faz sentido, não?
Penso;
A felicidade, é algo que não se procura.
Se lhe dissessem que tem o direito de ir atrás de seus sonhos e,
se Deus quiser, isso te faz feliz, provavelmente acreditaria. ( mentira? )
Talvez eu esteja errado, e não que eu tenha razão ou seja vidente, no entanto,
só não esta implícito como é evidente; e Deus me perdoe e eu estiver errado...
Mas evoluímos condicionados a isto: "A busca da felicidade e sua falsa Promessa."
Esquecendo-nos ou nem nos dando conta de que, pode ser surpresa e surpreendente,
e não estar somente (ou nem um pouco) nos objetivos e ideais. Não é isso que é felicidade.

...Semântica?
Não, é filosofia!
A felicidade é intangível, é uma emoção.
Não pode ir a sua busca.

Então um de nossos fundamentos está enganado?
Se quiser considerar desta forma, é exatamente isso.
A felicidade não é um causador;
É causa! Não é dinheiro, objeto ou um estado.
Não é uma ciência física, não é estratégia, uma invariável nem material.
A felicidade é simplesmente felicidade.
Algo derivado e que se deriva.
Não se planeja não encomenda, simplesmente vem; vem-nos; chega
E não procuramos nem buscamos.
Primeiramente, ela não esta perdida!
Segundo pode se dizer que simplesmente, ela não nasceu.
Está para nascer, esperando, ou ainda não fomos apresentados.

As vezes indesejável (indesejada), as vezes de proveta.
Por fim, quando nasce ou se apresenta
É um bebê, um filhote, é uma constante e mutável.
O emprego da(de) felicidade na construção de frases pode ser um recurso estilístico que confere ao trecho empregado uma forma mais erudita ou que chame atenção do leitor ou do ouvinte.
Ou ela pode não ser empregada, e ser autônoma (na integra desempregada);
Um cachorro sem dono, um gato sem lar ou simplesmente ser vida e/ou vivida.
Finita ou infinita não importa.
Pode ser limitada ou ilimitada, durar 100 anos ou 10 minutos.
E, a felicidade pode ter vários nomes,
Se chamar "Pai", "Mãe", "Filho";
Se chamar "Amante", "Esposa" ou "Amigo".
Pode também não ter nome nenhum.
Cada um tem sua visão, seu ponto de vista.
Opinião pessoal, sua intuição e tradução específica, ou singularidade; diferencial.

Há quem conhece a felicidade ainda inocente
Pode alguém também levar uma vida inteira sem saber o que de verdade seja isso.
Talvez eu tenha mais dez anos em vida,
Talvez não acorde para contar história, ou que viva dez vezes em anos o que já vivi e conquiste, quiçá até lá, meu nome no livro dos recordes (“O Homem mais velho”) e contudo, poderia eu morrer sem conhecer ou saber o que é:

“F-E-L-I-C-I-D-A-D-E”

Irrefutável espírito
Espírito em estado e não estado de vida, nem status
Felicidade, estado de espírito e não vida balizada.

A minha (por exemplo) pode vir das esperanças de um sonho
Uma vida em comunidade, uma rua de mão única, ou, uma conquista profissional.
Ou, pode se encontrar depois de uma encruzilhada,
(Seguida confim) N’uma casinha com cercadinho branco, pequenina e no alto do morro
E pode estar sujeita a mudar e ser em uma mansão, ou naquele AP apertadinho do centro;
Em um bairro afastado (é indiferente), no entanto, recheada com esposa e lindos filhos.

Não importa! A felicidade é o inesperado, como disse,
Indiscutível, irretorquível e indescritível anseio.
Felicidade é contudo, passar pela porta estreita.

Muitos até individualizam felicidade com paixão absoluta
Embora não seja somente isso!
E outros, vêem felicidade como um mercado fechado
Apenas segurança se esquecendo do sentimento.
Se formos focalizar, por exemplo, felicidade quando confundida a contos de fadas
Relacionadas ao coração (tolos aqueles que se limitam apenas à)
Obteremos então um caminho mais abrangente.
Assim, é legal por hora, lembrar que
Na vida real, os amores não são como nos contos de fada.
A pessoa escolhida para ser amada é bem concreta, com defeitos e qualidades.

Aos quinze anos, espera-se que o príncipe encantado venha montado num cavalo branco.

Aos vinte, a exigência torna-se menor: o cavalo pode ser pardo.
Aos vinte e cinco, admite-se a possibilidade de que o cavalo nem é mais necessário, pode vir num jegue mesmo!

É mais ou menos assim que as expectativas de felicidade (em amor) vão se acomodando dentro do coração da gente à medida que o tempo passa.
Quanto menos enxergamo-nos a nós mesmos, mais são as exigências que fazemos.
Isso deveria nos fazer parar para rever nossos conceitos. (“Que isso, pura bobagem!”- sociopatia)

Entretanto a vida é real e, por ser real, os cavalos não são tão brancos, os príncipes não são tão belos e as princesas têm frieiras nos dedos dos pés.

No momento em que percebemos a inadequação entre o sonho e realidade,
descobrimos que tal felicidade e o amor que pensávamos que tínhamos pelo outro na
verdade não passava de uma projeção de carência e idealizações.

Não podemos nos esquecer de que o amor humano só é possível a partir da precariedade. Somos a mistura de qualidades e defeitos, de belezas e feiúras.
O amor só é verdadeiramente consistente no dia em que descobrimos o que o outro tem de melhor e de pior.
O problema é que, na projeção de nossas necessidades, cegamo-nos para o real, para o verdadeiramente possível.

Assim, nos tornando passivos no sentimento, à uma emoção inerte,
Ignorada e posta a morte, enquanto amamos e felizes somos na passiva ate que, amor ou felicidade não tenha passado de mais um conto d’uma pagina em nosso livro.

Com isso, passamos a esperar o que não existe, o que não se dará justamente por estar fora do horizonte de nossas possibilidades (ou exigências/conceitos e pré conceitos mal formados) e que, a felicidade (assim neste aspecto) se torna utópica e então criamos além e também, inúmeras e varias outras, e barreiras, que não caberia de impedir um bem maior. (o que infelizmente se sucede)

Assim sendo, o seu príncipe tão esperado pode até existir.
E a sua princesa tão desejada pode estar escondida em algum lugar, mas por favor, seja realista!
É preciso baixar as expectativas.
O amor de sua vida e sua felicidade virá, mas não creio que seja tudo isso que você espera.

Cavalos brancos e pote de ouro no fim do arco-íris são muito raros nos dias de hoje.
É mais fácil o seu príncipe chegar num fusquinha azul clarinho modelo 67 e sua felicidade se encontrar em uma casinha na beira de um pequeno lago.

E a sua princesa, até creio que ela esteja esperando por você, mas não que ela esteja numa torre, envolvida numa atmosfera de encanto.
É mais provável encontrá-la atrás de um balcão de padaria ou até mesmo no caixa de supermercado mais próximo.

Não tem problema...
Embora os moldes sejam diferentes dos contos de fadas, todos têm o direito de viverem “felizes” para sempre!

Simplesmente espero que, não tenham certo julgamento a respeito de felicidade.
Amor é amor, alegria é alegria e Felicidade é felicidade e não “Feliz-Cidade”!
Abram os olhos, não está a “olho nu” e sim além...
A felicidade está em você, a felicidade agrega, é você; somos nós!
E não se acomode ou acanhe por conta da sociedade
Pois você se conhece, os outros, só te imaginam...!” ( MarvinVaz – Crônica da Felicidade )

Foto de Darsham

O Amor...Incómodos à parte

Tenho um problema com o amor, um grave problema! Ouço dizer por aí, pelas bocas do mundo, pelas letras soltas que vejo e revejo em papéis perdidos em cada canto de vida que o amor é a coisa mais bela que existe…
Chega a cansar os meus ouvidos de tanto ouvir a palavra AMOR!!!
Enaltece-se de uma forma sublime…em filmes…em palavras…em livros…em poesia…na música…Vê-se e ouve-se amor em todo lado (para os ouvidos e corações atentos, claro está) que chego a sentir-me profundamente enjoada.
Não, ao contrário do que possam pensar, eu não sou uma pessoa insensível, pragmática, vazia, distraída…Eu escrevo poesia, sou a voz do amor para quem não pode ouvir… Eu ouço Beethoven, Chopin, fado…choro ao ver uma peça de ópera, comovo-me com filmes românticos, voo para longe enquanto leio cada linha que Nicholas Sparks escreve…e tenho em mim todos os sonhos do mundo…
O que me incomoda não é a existência do amor, ou até é, não sei…é tudo muito dúbio…
Incomoda-me a banalização, o dizer por dizer, o falar por falar…e o coração? Será que ainda alguém sabe o que é amor? Amor sem razão, daquele que nos atraca o coração e nos despe a alma? Daquele que nos sacode os bolsos da sensatez…daquele que nos amarra sem cordas, nos cala a voz…daquele que nos tira a respiração e nos faz acreditar que vamos morrer por não termos espaço em nós para estacionar este avião que invadiu o nosso coração…
Será que entre a pausa para o café, e os pagamentos do mês ainda se tem tempo para reflectir sobre o amor? Será que todas as bocas que expressam a palavra amo-te atribuem o verdadeiro valor a este sentimento tão sublime e majestoso?
Incomoda-me, claro que me incomoda ver almas vazias e desprovidas de sensibilidade, que faria revirar na sepultura grandes poetas que a historia não esquece, verbalizar, assim, como se fosse uma pancadinha nas costas a palavras amo-te…amar não é só falar, é praticar, é encher-se de vida e gritar ao mundo que no peito nada cabe mais…
Incomoda-me também que não existam teses sobre o amor, em que expliquem tudo o que há a ser explicado sobre ele, para que o possamos conhecer e reconhecer, para que saibamos quando encontramos o nosso amor, o verdadeiro, a outra metade de nós, que nos completa…podemos viver toda uma vida com a pessoa errada, sem sabermos onde está a certa, ou sabermos, mas nada podermos fazer, porque o tempo já é outro e construíram-se outras histórias, das quais não fizemos parte, por termos construídos outras, paralelamente…
O amor rege a nossa existência; determina quem somos; representa-se nas nossas convicções, princípios, crenças e atitudes e descreve a sua rota nas linhas do nosso rosto, no brilho do nosso olhar, abrigando-se no nosso sorriso…à espera da noite…ou do dia…
A dualidade do amor… isto também me incomoda, de verdade, esta sombra dúbia que me chicoteia por dentro, que me finta o discernimento e me espanca a razão…tanto nos pode elevar às estrelas, como nos faz cair e bater em cheio com a cara no chão…sussurra ou grita-nos, queima-nos ou gela-nos, dá-nos o sorriso ou a lágrima, protege-nos ou abandona-nos…e aquilo que é contrário do bom, não é bom e dói…
Quando temos amor por alguém a vida fica tão mais fácil, não temos medo de nada, somos capazes de atravessar o mundo se for preciso e sorrimos muito, muito mais …se o amor parte, uma parte de nós também vai com ele e tentamos dia após dia, encontrar razões que nos façam sorrir, procurando formas de conviver com a solidão, para que não doa tanto…o coração fica apertado e lentamente vamos encontrando o nosso caminho, descobrindo novos horizontes, navegando para outras margens…renascemos numa nova vida e colocamos mais uma pedra no castelo da nossa identidade e unicidade. Encontraremos outro amor, que nos devolverá o sorriso, de uma forma espontânea e tudo faremos para que os erros que sejam cometidos nesta nova história (sim, porque os erros fazem parte de nós) tentem ser compreendidos e ultrapassados, tentando edificar estruturas sólidas em termos relacionais…
Porventura, voltará a suceder-se o mesmo e o ciclo recomeça, ou poderá realmente dar certo naquela vez, mas por mais voltas que a vida dê, por mais labirintos que percorramos, haverá sempre uma porta aberta para o amor.
O amor transporta-nos em viagens alucinantes por caminhos desconhecidos no nosso interior…já procurei mil e uma maneiras de descrever este sentimento tão…tão…indecifrável e transparente ao mesmo tempo e nunca consegui passar para as letras a magnitude, a cor, o som, a temperatura, a textura, o odor, a mistura, a mescla de coisas unas e simples que nos invadem a alma e nos descabelam a lucidez que se apossa de nós quando experimentamos o amor…
Porém, encontrei uma “definição” que até hoje me pareceu a mais perfeita e a mais simples. É uma pequena parte de uma passagem da Bíblia, que integra «1Cor.13», e é assim:
“…O amor é paciente, o amor é prestável, Não é invejoso, não é arrogante, nem orgulhoso, nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita nem guarda ressentimento. Não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade.
Tudo desculpa, tudo crê. Tudo espera, tudo suporta…”

Digo que para mim esta é a definição mais perfeita do amor que já li, pela sua simplicidade e no entanto faz-me questionar e pensar tantas coisas…ou o amor entrou em vias de extinção, e as únicas espécies sobreviventes que o encarnam vivem no outro lado do globo, ou então esta pequena passagem sobre o amor, que tanto gosto, não passa de uma utopia, um discurso naif…publicidade enganosa?
O certo é que, aparte as utopias, a publicidade enganosa e os incómodos de que me queixo, o amor é o pão-nosso de cada dia, é o nosso alento, a nossa motivação, muitas vezes o perdão…sem ele, o amor, a vida é a preto e branco, o mar é só uma enorme porção de água, os dias não têm propósito, a música é só mais um barulho que chega aos nossos ouvidos, somos gelo…somos parasitas...
Incomodam-me muitas coisas no amor, mas o que me incomoda de verdade, é não amar, muito mais do que não ser amada…ao não amarmos não reconhecemos nem valorizamos o sentimento do outro, não sentimos, não somos, não se é! Porque o amor é o milagre, é o sentido, é a matéria de que somos feitos, é como que um culto a seguir…
Porque o amor é querer ser muito mais do que ter! É a harmonia entre histórias, atitudes, pessoas, credos, cores, partidos, clubes…a vassoura da diferença e indiferença, é a medida certa…qb (quanto baste) …
Prefiro amar, e só amar, ainda que nunca amada, pois de contrário não serei abençoada…
Beberei eternamente pelo cálice do amor, mesmo que sede não tenha e darei a beber de quem da secura padeça…

Depois de dar nós ao cérebro para tentar tirar o itálico do resto do texto, acabei por desistir, antes que o computador ficasse com ferimentos graves (risos). Se alguém me puder ajudar agradeço!

Beijinho
Darsham

Foto de Sonia Delsin

LIVRO DE ESTANHO

LIVRO DE ESTANHO

Tive um sonho tão estranho.
Eu lia um livro de estanho.
As palavras ali gravadas vão ficar para sempre guardadas.
Eu lia e absorvia.
Eu lia e sentia.
Que à medida que lia eu morria.
Que outra pessoa em meu lugar nascia.

Foto de Sonia Delsin

AMO EM TI

AMO EM TI

Amo tuas mãos.
Pequenas fadas que deslizam no meu corpo.
Amo tua boca.
Sempre e sempre ela me deixa louca.
Amo tua voz.
Ela é gostosa e vai me penetrando.
A medida que ela vai entrando eu vou me despojando.
De todos meus receios.
Fico cheia de anseios.
Belo amor meu.
Amo em ti tua postura.
Tua formosura.
Tua alma pura.
Amo em ti o que tenho guardado.
De hoje, de ontem e lá distante...
Do passado.

Foto de Sonia Delsin

A MEDIDA DO AMOR

A MEDIDA DO AMOR

O amor não tem medida não.
Amor é sentimento.
Se ele vai embora com o vento?
O amor quando é amor faz morada.
No coração encontra pousada.
E deita-se.
O amor se espreguiça todo.
Diz.
Aqui eu sou rei.
É isto que eu sei.
Que o amor não tem medida.
És a razão da minha vida.

Foto de HenriqueCardoso

Vida

"A nossa vida não é medida por o seu conteúdo para por as nossa acções!"

.

Henrique Cardoso

Foto de caetano trindade

filosofia dionisíaca

A possibilidade efetiva é somente possível em vir ser todo movimento na dança. Uma diferença contrastante, uma distinta diferença, uma diferenciação distinta. Por que? Porque o valor na produção de valor exige que resulta a transformação e a produção de nova escala possível exteriormente em vida em movimento. A produção de expectativa transforma em produção de vida. Necessariamente viver é a tentativa da atividade de produção, o arriscar da manutenção na expectativa, então é a possibilidade de produção em auto-realizar e assim efetivamente ocorre transformação. O homem è a ponte viável na transformação, ele è esta travessia, esta passagem. Semelhante fim e ruína como travessia está o niilismo ativo, essa atividade da vontade de potencia na sua produção de criação. Isso como passagem não è puramente um naufrágio ou fim como o niilismo passivo, como o decadente, mas o corpo è conseqüência e, portanto o fisicamente sensível na detenção do corporal. criação è diferenciação. Ao contrastar testa-se o risco do homem experimentando na possibilidade de realização e transformação, implementação e concretização. À vontade para mais, quanto melhor. A fala é criação, a palavra é no querer o viver, o homem como querer para a corporalidade, a vivacidade e o movimento do corpo e a psique atuando radicalmente e, portanto transformando-se eficazmente. Ceifa e arbusto são exatamente e igualmente possíveis. Distinguir-se è o inicio para o discernir-se. O caminho de Zaratustra è transformação do sobre-humano, porque a transformação è atividade e a produção è autocriacao.
O caminho de Zaratustra é com a forma dionisíaca abundante – a manifestação da forma de vida saudável. O fraco vem transformar-se medonhosamente para o lado do sofrimento, somente podendo sofrer, padecer. Contra isso a natureza dionisíaca responde afirmativamente ao sofrimento e procura nele a origem ativa, ele não sofre no sofrimento pessimista, pelo contrario, ele è prazer na dor, como vontade para força, o prazer da potencia na dor, porque a grande saúde é a atividade da produção e obrigatoriamente produz a vontade destruindo esse lado do ser aí, do existente em sua vontade de aniquilação. Zaratustra è a forma da aniquilação da moral. A crença da fé crista è um produto humanamente produzido, o produto do decadente é o modelo de ídolo ideal. O ideal ascético da moral crista, a “santidade” ascética representa a contra vontade, a contra vida. Nietzsche è contra a delicadeza, a melancolia, a consciência do dever e do idealismo. Pode alguém pensar algo suavemente? A sua filosofia é da ousadia e do atrevimento. A verdade como inverdade é ao mesmo tempo o amor para verdade, mas não è o caminho para a verdade. Dionísio è o símbolo e a figura do modelo de afirmação positiva do instinto da vontade de vida. A existência trágica contra Apolo na “beleza do contemplar” e da “aparência bela”. Dionísio é a embriagues, o êxtase e unidade de todo o mundo. O intenso orgástico e o deter-se no animal, no selvagem e no elemento atacante que è também a inconsciência ou somente o enigmático consciente onde a indomável vontade aí movimenta o direcionar. Apolo na “idéia de arte” como o deus do puro conhecimento da forma è à vontade de pura representação da vida. Dionísio como pura vontade da arte da musica è a vida como desmedida (virá com isso também o sofrimento). Homero em oposição ao opulento - “tudo com medida”, o Estado dórico com sua educação espartana. A arte como terapia é modelo apolíneo. A musica è a arte dionisíaca – drama e tragédia. O cetro do ditirambo é a alucinação, a loucura pelo inteiro, a vivencia dissonante do ditirâmbico, do diletante, do delirante, do abundante. A tragédia significa a vitória sobre o sofrimento em profundo sofrimento.
O espírito é ferramenta do corpo, pois ele é possibilidade de desenvolvimento de altíssima produção e criação. Assim a vida è transformação em vir a ser o que é, porque somente a criação concede uma produção possível para o ser humano no produzir-se e no desenvolver-se. Zaratustra – um livro para todos e para ninguém – para ninguém porque Zaratustra è o primeiro e único espírito livre; para todos porque è com a necessidade inevitável da chegada da crise de todo ser humano. A idéia do eterno retorno è primeiramente em sua forma selvagem. A altivez dionisíaca e a riqueza de vida é obrigatoriamente na inteligência, esperteza em produzir realizando caminhos na esperança. Esta è a nova verdade para Zaratustra que ao desenvolver diferenciação produz distinção. Este caminho possível è a totalidade.
A distinção do “ser e vir a ser” são ilusões. A maioridade de Kant é a crença na “razão”, o racional, o dogmático – o doentio das categorias de juízo, o entendimento débil do homem. O “pensamento” em Kant è a preguiça, o estragado, a decomposição, a paralisia, “o pensamento que pensa”. É neste tom que Nietzsche critica a historia da metafísica como historia do “tu deves”. Nietzsche quer atividade, saudabilidade, composição da musica trágica, à vontade para ação, o querer. Kant diz “o que posso conhecer?” Zaratustra è o professor do sobre-humano e do circulo do eterno retorno da vontade de poder. À vontade de poder não é um ser ou vir a ser, mas um pathos, esse é um elemento realmente de fato”. E “o que eu devo fazer?” Fazer sem vergonha e sem obrigação.” “O que me permite esperar?” A esperança é “o mal da desgraça”. Esperar é o mito de Pandora. Nietzsche reponde contra o dualismo tradicional do corpo e alma no amor fati – a harmonia com destino. Devo esperar o eterno retorno do círculo, a espiral do mundo, da vida. Nietzsche não pensa o homem como dualidade “anima doente”, mas numa unidade do corpo. A religião como fenômeno da cultura. O cancelamento do místico da religião através da historia. Ele desponta algo sobre (assim como o sobre-humano) e não o histórico (a decadência). Ele critica a religião na fé da tranqüilidade. A morte de deus é o diagnostico do “deus do fraco”. O declínio de Deus “o grande Pã está morto” como disse Plutarco é a luta do cristão na aversão contra a vida, à negação do terreno, como “o meu reino não è deste mundo”, isso è patético, doentio. Assim a religião está no horizonte da cultura repressiva. A salvação trágica é através da arte trágica. A dança do corpo, a canção da alma e o riso do espírito vêm ser Dionísio como transformação. O homem forte é habilidoso, fortalecido, intenso, volumoso, robusto, enérgico, efetivo. O homem da força è vigor, energia, potencia, impetuosidade. Vontade è querer, desejar, intencionar.

Foto de PoderRosa

A CONSTELAÇÃO

Amigos queridos

Estive ausente por um grande período, sentindo saudades da boa casa que sempre me acolheu tão carinhosamente e fiquei muito feliz ao receber a notícia que um amigo nosso ganhou o primeiro lugar de Crônicas Concurso Machado de Assis.
Como foi aqui que eu o conheci e que conheci a todos os poetas que sempre me trataram com tanto carinho e atenção, resolvi postar o texto em homenagem a este amigo.
Acredito que todos fazemos parte da constelação deste lindo e imenso universo e que há lugares pra todos, inclusive pra mim...

A CONSTELAÇÃO

No palco estelar de um imenso céu azul escuro, pequenos brilhos conviviam, iluminando os corações apaixonados de fãs que assediavam as mensagens poéticas das letras e das palavras, formando o cenário real e imaginário de raro espetáculo, ora impressionante, dramático, ora de enredo cômico e hilariante.

Uma estrela, em especial, relutava diante da constelação, em expor do seu interior o que possuía de mais fulgurante que era o seu passado e presente que a tornava a mais brilhante do ambiente. Por pura e singela modéstia de quem já nasceu grande e reluzente.

Eis que surge um cavaleiro andante, desses D. Quixote de La Mancha que impressionado pelo toque mágico de suas inebriantes palavras, se acerca, se aproxima e a convida a desvendar o seu próprio mistério.

Seu interesse? Conhecer o que se passa na alma dos poetas e por que tanto mistério em resguardar a sua identidade? Que para seu espanto completo se viu diante de um exemplar raro, nunca dantes visto assim de perto tão brilhante.

O cavaleiro se aproximara apenas para certificar-se de que a identidade de sua futura parceira de versos, não se tratava de mais uma farsante no mundo da arte e da poesia, tão repleto dessas subespécies que navegam suas dores, frustrações e desencontros afetivos à caça de um marido poeta.

À medida que se aproxima do foco de sua lente persistente, indo ao encontro daquela raridade, mais seus olhos se encantavam diante do que presenciava.

E assim nasceram duetos mágicos que deixavam alguns participantes com os queixos caídos diante do espetáculo saltitante do onírico, dos versos daqueles dois maestros das letras e dos sentimentos mais belos e nobres, naquele ambiente artificial, por onde antes só uma tênue luz se desprendia de uns poucos esforçados escritores, alguns é bem verdade, com talento e jeito para a sublime arte.

O que se viu adiante é que algumas, até então consideradas estrelas na constelação de poemas, começaram a ter questionado o seu brilho diante da inevitável comparação estelar. O que se chama de uma presença extasiante que apaga, ofusca, assusta, causa a pior das sensações e dos pecados capitais que é a INVEJA!

Então algumas estrelas que já possuíam luz própria se sentiram estimuladas a mirar-se naquela celebridade e mais ainda ensaiaram versos que enalteciam a presença feminina na magia da riqueza inesgotável da poesia.

No entanto, tamanha descoberta, despertou a ira nada santa de algumas até então notadas luzes, que aos poucos foram se transformando em toco de cigarro aceso e hoje poetam na sarjeta daquela privada fétida, por onde se destila o fel ardente e delirante de uma busca incessante de encontrar novamente a celebridade estonteante que revolucionou o manto do pecado que ela transformara em sagrado.

E tudo agora virou trevas... Entregue aos domínios da escuridão...

Hildebrando Menezes

1º LUGAR CRÔNICAS DO CONCURSO MACHADO DE ASSIS DA ''POEMAS À FLOR DA PELE''

Um abraço pra todos os amigos
Ro.

Poder Rosa, o poder da mulher.

Foto de manoel pereira da silva

CARTA DE UM MATEMATICO

CARTA DE UM MATEMATICO ( ZÉ POLINÕMIO)

Quadrante, 10 de 8tubro de 2008

Querida Com6São,

Elementos irracionais traçam planos para que eu saia pela tangente. Fiquei quociente quando analisei a questão. Considerei a hipótese que eu seja quadrado, mais não passei do limite. Pertenço ao um ciclo e não tenho razão para ser produto do meio. É natural fazer parte do x-tema e não sou radical em ver a coisa por outro ângulo. Às vezes ando em linha reta para cortar as curvas e nem por isto sou um produto notável. È falsa a afirmação que eu seja determinante sendo eu como seno vivo circulando de quadrante em quadrante e qualquer elemento não vazio pode ver meu sinal. Ontem, ao sair de ¼ fui taxado de descriminante sendo obrigado fazer uma mudança de base. Naquele intervalo acreditei ter o domínio e na mesma seqüência, observei um cateto, cuja imagem não parecia real. O tal cateto formava um ângulo e na medida em que eu dizia decimais, ele em seu ponto afirmava que era oposta a uma criatura cujo nome era Hipotenusa. Permutei algumas coisas fiz certos arranjos e senti quer mudei de expressão. Querida: juro 100% que se não tivesse potencia tinha mesmo saindo pela tangente ou quem sabe reduzido a uma simples fração ordinária. Con6são: em minha contagem tais elementos devem possuir um fator comum e necessito colocá-lo em evidência. Devo alinhar os pontos seguindo determinada proporção para não ser chamado de elemento neutro. Ah! Ia esquecendo: esses elementos dos quais te falei são Reais e por esta razão prefiro levá-lo em conta. Aceite os comprimentos integral deste que muito te ama.

Cosseno de “X”

Foto de Kiss_Kiss

SOMOS UM SÓ

Em teu corpo quero me perder
jamais me encontrar......
Em teus braços
encontro a razão
que faz meu coração bater
quado estamos juntos
nossos corações batem num só ritmo
não somos mais dois
somos um só
um só coração
um só corpo
uma só alma
em um só desejo
não preciso falar nada
só de mim olhar já sabes
o que quero......como quero
meu desejo
minhas fantasias
está sempre a realizar todos
Em teus braços me sinto realizada
Eu sei que o amor que sente por mim é
um amor sem medida

MIL....KISS_KISS
DOCE... COMO..... MEL

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