Masmorras

Foto de Evandro Machado Luciano

Poetas da dor. Hipócritas do amor.

Estou tão seco de vida
Quanto um indigente ateu e solitário
Seco de palavras e rimas
Procuro o amor em cada lágrima caída
E minha inspiração em um dicionário
Com meu coração aprisionado em masmorras longínquas

Que espécie de poeta sou?
Perco horas procurando palavras
Que levantem o lábaro da alegria
Mas viro noites com Edgar Allan Poe
Lendo frases criadas
Para atiçar-me a agonia

E o que dizer de Byron?
A morte era o que lhe dava o prazer de viver
Não desejo esse mal a ninguém
Uns chamam de insanidade, outros de dom
Na verdade é a busca pelo sofrer
Por não ser hipócrita, admito: Já busquei por isso também.

Estas são as lamúrias de um pobre perdido
Como nos disse Álvares de Azevedo
“São as páginas de um livro não lido”

É a vida justificando a morte
O destino atirando suas facas
Sem medo de nos deixar cortes

Foto de Joaninhavoa

O Invisível Banquete!

*
O Invisível Banquete!
*

Naquele tempo confundia-te com a brisa
quando de leve me tocava
Com o veludo das pétalas da rosa
vermelha que aflorava
Os leflúvios aureos da minha pele
envolta de seda
Tecida pl`as lagartas! Amostras
de dóceis reptéis
Despontavam airosas
o banquete! Nos seus preliminares
a vida e sua absorção
Pl`os exércitos invisíveis
maquiavélicos
Delírios em masmorras
sanzonais
Ciclícas! Rotinas estruturais
Destróiem e vivem! Nesta batalha
de ninguém

Joaninhavoa
(helenafarias)
08/03/2009

Foto de Sirlei Passolongo

Castelos de criança

Desenham castelos
Como quem desenha sonhos.
Em cada uma das janelas
Pincelam esperança...
Nas torres deixam um pouquinho
Da sua curiosidade,
E imaginam o mundo do alto
Como se pudessem avistá-lo...
Nas pontes levadiças
Criam mistérios que só eles desvendam
Mas neles não riscam masmorras
Pois desconhecem o coração dos homens.

(Sirlei L. Passolongo)

Foto de myrian

Contraditória

Sou contraditória dentro das palavras
mortas, vazias,
da lágrima do culpado
da benção do inocente.
Dentro do meu castelo
sou o fantasma que teve medo.
Medo da morte.
Arrasto as correntes
tento escapar das masmorras
das janelas com grades.
Meu corpo estremece em convulsões,
minha alma parte em busca das paixões
perdidas.
Do outro lado da lágrima
está a mão estendida
mas inalcançável.
Quantos infernos terei que suportar
nesta invisibilidade psíquica?

Myrian Benatti

Foto de Auber Fioravante Junior

Tulipas Abençoadas

Encantadoras tulipas brancas
trouxeram-te envolta em tua aura azul e
com palavras ditas no silêncio de teu olhar
fui surpreendido em um filosofar do lirismo altivo,
entranhado em meu pranto que enxugaste com
pequeninos ósculos, dignos de um profeta
dos ventos letrados nas divinas ilhas do saber!

Atenuantes tulipas amarelas
te fizeram emergir em tuas pétalas violetas,
em tua face a simplicidade do sorriso, induzindo
a ternura da doce flauta em uma planar gentil
tirando dos porões do meu castelo, efêmeras cicatrizes,
para enfim doutrinar a brisa com tuas mãos de pelica
traçando em toques a magia do teu carinho!

Radiantes tulipas vermelhas
abriram-te em tua feminilidade cristalina,
soletrando a sensualidade e tendo a lua como álibi
discreto de um soneto, velado com teu coração
acrescendo em meu avesso uma viagem astral,
Eros de um de um novo milênio versejado
Nos rubros segredos da luz irmã!

Dançarinas tulipas cor de rosa
abençoaram-te em tua sensibilidade mulher
imaculando lúdicos desejos aprisionados
nas masmorras da minha alma, citando um poema
de uma única estrofe, tornando-se um texto de Camões
quiçá de um jardim prosaico e maestro
do amor do sempre Eremita da verdade!

25/03/20027
Porto Alegre – RS

Foto de Safirometh

PROVA MOR

Minha branca flor da nostalgia
A tua ausência me prende nas masmorras da melancolia
Atravessa-me deste Aquerontes funesto
Leva-me ao teu Éden

Toque-me a face
Olhe profundamente em meus olhos
Sentirás então uma enorme força
O maior sentimento dado aos homens

Envolva-me nos teus braços
Alegra minh'alma com teu sorriso
Ilumina meu semblante com teus olhos
Fortaleça-me com tua voz

Sou todo em ti
Dedicado a ti
Como o rio se dedica aos peixes
Feliz como um passáro no céu

Em meio a tantas virtudes
A toda uma complexidade simplória
Tentarei pôr todo um mundo
Em algumas palavras:

"Amo-te não por assim dizer
Amo-te por assim sentir."

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