Martírio

Foto de fer.car

Saudade

Sentimento sem fim, dor latente em mim
Saudade... símbolo da ausência, o vazio em meu ser
Saudade é quando as primeiras lágrimas brotaram
Do riso fez-se o pranto, dos sonhos a escuridão de dias
Saudade a brasa que arde, e a alma que clama
O martírio de viver sem o que mais se quer
Saudade é sentir saudades antes mesmo que se vá
E longe morrer aos poucos
Saudade é não ter por onde olhar
A não ser em sua direção olhar
É ter não o que falar
A não ser seu nome calar
Saudade é o tudo e o nada
É a magia de lhe ver, o vazio de não lhe ter
Esgota-me as forças, mostra-me a alegria
E depois me restam saudades...
Mostra-me a paz, o viver
E depois me restam saudades
Saudade foi olhar em seu olhar
E ver que sente também muita saudade
E ver que em seu gesto está o meu gesto
E em suas palavras o retrato do que fomos
O amor que ainda sentimos
Eis a saudade

Foto de fer.car

APENAS AMA...

Este corpo pulsa sua presença
Esta tez necessita de seu toque
Meus dias tão ocos, tão vazios
E nas minhas palavras ainda vê-se a dor latejando sobre meu ser
Por que este martírio? Que pecados mil cometi?
Olho tão ao longe e memorizo o que se passou
Seu choro na face enrubecida
Minha voz procurando um perdão Mãos repelidas por atitudes agressivas
Somos o que somos, nada mais
Não adianta recriar novas pessoas baseadas em mentiras
Se o meu amor lhe foi pouco
E minhas demonstrações nada representaram
Se minhas lágrimas foram motivo de escárnio
E minhas cartas,meras palavras sem sentido em seu viver
Apenas digo que sinto muito
Quem sabe você tenha acreditado me amar
Mas saiba...
Quem ama perdoa
Quem ama cala
Quem ama aceita
Quem ama, ama
Apenas ama...

Foto de Fernando Inazumi

SABOR UVA

Pensamentos se esvaem de minha mente, como as cinzas de um fogaréu que queima em meu peito.
Minhas cinzas se transformam em palavras, sentimentos profundos da essência recalcada de minha ignorância.
Transformo em arte, as palavras da vida, que abriu as portas às percepções.
Como um livro, traço meu caminho, escrevo minha história no presente momento, estado natural da vida cotidiana.
Meu pensamento vai de encontro ao seu, harmonizando espaços ocupados por nossos corpos. Mentes e espaços unidos, transformando em perfeição o momento vivido por dois indivíduos, dois mundos distintos, igual ardor.
No meu mundo, querer é poder. Poder transformar palavras, em sentimentos concretos.
A vida imita a arte. Meu corpo quer o seu.
Pensar em você é meu martírio e minha fraqueza.
Quando penso em você, um mundo de coisas vem à minha mente.
Coisas boas, desejos, eloqüências de amor e paixão, transgredindo barreiras impostas por você.
Guardo no peito, a figura de um menino, apaixonado por uma menina, que não dá valor aos sentimentos alheios. Digo, aos meus sentimentos.
Você diz que não me ama, ama, e eu sou duro contigo.
Traço valores a seu respeito. Pura fantasia.
Quero estar ao seu lado, ver a beleza latente de seu corpo junto ao meu. Eu sei, sou apenas eu a dizer.
Entristeço, pois sei que não me ama. Ao menos são estas, as palavras que saem de sua boca. Ahh!!! Doce boca sabor uva, me faz sofrer.
Indigestão.

Fernando Inazumi
sexta-feira, 29 de dezembro de 2006.

Foto de angela lugo

Não me deixes!

Eu canto... Eu choro e imploro
Não me deixes aqui sozinha
Tenho medo!
Não sei viver sem você
Não quero enlouquecer
Com este martírio de não ter você
Porque me deixas na solidão
Procuro ocupar meu tempo
Para não pensar
Mas tudo que faço
Lembra-me você
Não! Por favor, não me deixe
Cansei de tanto sofrer
Odeio a solidão... Odeio a razão
De você me deixar aqui
No meio do nada sem fim
Porque sempre se vai
Fica somente esta noite
Quero te amar
Tenho saudades de seus beijos
De tuas caricias... De tuas mãos
Do teu corpo tão musculoso
Do teu abraço!
Vem... Fica comigo esta noite
Será que preciso implorar?
Porque me enganou... Por quê?
Dizendo que sempre me amou

Foto de Jamaveira

Rota morta

Rota morta

No martírio das lembranças
O pipocar das andanças
Que importa se houve glória
Se outro rumo tomou a história...
Abraçado ao desespero do agora
Amordaçado sem fala
Assisto debruçado no tempo
O sopro frio do tormento
Embarquei no trem errado
O bilhete trocado
A estação de desembarque
Hoje vazia não tem mais embarque
O banco de pedra solitário
Jaz ali petrificado no itinerário
Caminhos que levam ao nada
De cabeça baixa sou fumaça...

Jamaveira

Foto de Dom Quixote - crítico amador

Literaturas Lusófonas

Bem mais que dança, bailado;
que som, melodia;
que voz, sobrecanto;
que canto, acalanto;
que coro, aleluias;
que cânticos, paz.

Bem mais que rubor, saliência;
que encantos, nudez;
que imoral, amoral;
que bosques, fragrâncias;
que outono, jasmins;
que ventos, orvalho;
que castelo, arredores;
que metáforas, rios;
E um pouco além: tsunamis.

Bem mais que naus, sentimento;
que excelsa, nascendo;
que olho, contemplo;
que invade, arrebata;
que vitrais, catedral;
que versos, vertigens;
que espanto, tremor;
que êxtase, pranto;
que apatia, catarse.

Bem mais que contas, rosário;
que prece, amplidão;
que o menino, sua mãe;
que Império, regresso;
que palmas, martírio;
que anúncio, Jesus;
que Ceia, Natal.

Bem mais que alegria, ternura;
que espera, esperança;
que enlevo, paixão;
que adeus, solidão;
que dor, amargura;
que mágoas, perdão;
que ausência, oração;
que abandono, renúncia;
que angústia, saudade.

Bem mais que anciã, joyceana;
que lógica, onírica;
que o Caos, Amadeus;
que ouro, tesouro;
que ode, elegia;
que amiga, inimiga;
que insensível, cruel;
que signos, símbolos;
que análise, síntese;
que partes, conjunto.
E um pouco além: generosa.

Bem mais que efêmera, sândalo;
que afago, empurrão;
que clássica, cínica;
que exceto, inclusive;
que inserta, incerta;
que adubo, arrozal;
que oferta, procura;
que unânime, única.
E um pouco além: tempestade.

Bem mais que ouvida, vivida;
que austera, singela;
que pompa, humildade;
que solta, segredos;
que fim, reinício;
que um dia, mil anos.

Bem mais que reis, majestade;
que jus, reverência;
que casta, princesa;
que moça, menina;
que jóia, homenagem;
que glórias, grandeza;
que ocaso, esplendor;
que espadas, correntes;
que fatos, História;
que Meca, Lisboa.
E um pouco além: messiânica.

Bem mais que pingos, Dilúvio;
que água, Oceano;
que mares, o Mar;
que porto, Viagem;
que cais, caravelas;
que rochedos, neblina;
que vôo, Infinito;
que Abysmo, gaivotas.

Bem mais que a tribo, navios;
que lanças, tristezas;
que campos, senzalas;
que bodas, queixumes;
que soul, sem palavras;
que o tronco, maldades;
que ais, maldições;
que feitor, descorrentes;
que mandinga, orixás;
que samba, kizomba;
que “meu rei”, Ganga Zumba;
que olhos baixos, quilombos;
que discordo, proponho;
que cedo, concedo;
que escravos, Zumbi.

Bem mais que brisas, Luanda;
que ondas, Guiné;
que amarras, Bissau;
que o azul, São Tomé;
que náutica, Príncipe;
que axé, Moçambique;
que opressão, Cabo-Verde;
que fragor, linda ao longe;
que injusta, perversa;
que abutres, pombinhas;
que trevas, pavor;
que rondas, terrores;
que bombas, crianças;
que tágides, ébano;
que o Sol, rumo ao Sol.

Bem mais que luar, nua e crua;
que longínqua, inerente;
que ornamento, plural;
que ira, atitude;
que abstrata, denúncia;
que conceitos, Nações;
que Camões, mamãe África.

Bem mais que ética, ascética;
que pro forma, erga omnes;
que embargo, recurso;
que emoções, decisão;
que rodeios, sentença;
que Direito, Justiça;
que leis, Lei Maior.

Bem mais que flor, Amazonas;
que improviso, jeitinho;
que frágil, incômoda;
que alvor, cisnes negros;
que escrita, esculpida;
que lírios, o campo;
que veredas, suindara;
que denúncia, ira e dor;
que bonita, pungente;
que amena, os sertões.
E um pouco além: condoreira.

Bem mais que lares, veleiros;
que adeuses, partida;
que feitos, missão;
que honras, repouso;
que canto, epopéia;
que mística, fado;
que areias, miragem;
que sonhos, delírio;
que vozes, visões;
que acaso, destino.
E um pouco além: portugais.

Bem mais que errante, farol;
que ânsia, horizonte;
que distância, presença;
que solo, emoção;
que países, Galáxia;
que estresses, estrelas;
que zênite, impacto;
que intensa, profunda;
que letras, magia;
que formas, sentido;
que textos, teoremas;
que idéias, princípios;
que imensa, perfeita;
que graça, milagre;
que arcanjos, fulgor;
que dádiva, Mãe.

Bem mais que luz, primavera;
que audácia, tumulto;
que estética, rústica;
que em paz, desinquieta;
que estática, cíclica;
que cercas, muralha;
que assédio, conquista;
que plantas, concreto;
que escombros, palácio;
que átomos, Deus...

Foto de ivaneti

Meu Cardiologista...

Meu Cardiologista...

Fui simplesmente fazer uma consulta ao meu Cardiologista... como ja fazia
tanto tempo... ao chegar fiquei esperando a minha vez... ja que o
atendimento era por chegada... enquanto esperava.... de repente a secretaria
pediu que entrasse... estranhei havia acabado de chegar e tinhas umas 05
(cinco) pessoas na minha frente... fiquei surpresa... o porque ? Porque me
chamou ...por fraçoes de segundos imaginei... será que sente o mesmo...não !
não pode ser... entrei e estava no banheiro... saiu e seus olhos se
encontraram com os meus... senti um frio na barriga... quando ouvi sua voz a
dizer me quanto tempo que não a vejo... pensei que depois da ultima consulta
não mais viria aqui..depois da minha declaração de amor não voltaria mais...
não sabe o martírio que tenho passado.... pensando em você ...todos os
dias!... os meus dias são iguais ...em minhas noites fico vagando de um lado
para o outro... e tudo se tornou um grande tormento em minha vida... estive
procurando a mim mesmo por onde andaras o meu amor... o que estará
fazendo... e todos os meus dias foram assim ... não imagina a felicidade da
sua presença hoje aqui...
Enquanto se declarava... eu apenas observava... mais eu precisava parar
aquele assunto.... então pedi que não falasse mais nada ... e nada adiantou,
continuava a falar..falar da sua vida... do seu amor... e meu coração
acelerava... minhas pernas tremiam...
eu achava que ia cair naquele momento de tanta emoção... mais a minha
vontade ... oh! quando vi ... eu já estava calando a sua voz com meu
beijo...
estava de corpo e alma naqueles lábios quentes que me chamava para o amor...
quanto tempo ... ha quanto tempo não mais sabia o gosto de um beijo... e eu
apenas deixei meus desejos aflorar... então não queria lembrar do meu
casamento... dos dias tristes que vivo ao lado de quem não amo... e que
nunca tive forças para me separar...mãe de 04 (quatro) filhos... ainda
pequenos... precisava de um pai e uma mãe... parecia que não merecia viver
aquele momento... aquele amor... aquela vida...
Então naquele dia eu disse toda a verdade o porque o nosso amor não podia
ser... e ele tão carinhosamente me respondera que não se preocupasse com
nada... cuidaria dos meus filhos como se fosses dele... e para mim daria
todos os seus dias e em todas as noites eu teria os seus beijos o seu
corpo... que o nosso ninho seria completo... eu seria a deusa da sua vida...
queria apenas que lhe esperasse a todas as tardes em nosso ninho de
amor...que aceitasse aquele
coração tão sofrido... pois não queria mais chegar em casa e ver o vazio da
sua sala... da sua alma... não mais queria chorar no escuro daquele
quarto!... e o que queria na verdade agora era viver e mandar embora os
fantasma que o fazia sentir fraco... e sem vida... que tanto lhe
atormentava...
Eu estava ali... e precisava tomar uma decisão... simplesmente deixei a
razão de lado e atendi os apelos do meu coração...precisava mudar de
endereço...
o endereço da minha vida.... do meu destino.... e hoje ... hoje depois de
vinte anos... meu coração continua de poupa em ventos... e eu continuo
aqui...do seu lado... sendo a sua rainha.... e ele o meu verdadeiro amor.

Ivaneti

Foto de Gui❤Lari

Marcas da desilusão

Do que me adianta o sol brilhar,
Se no seu brilho vejo só tristeza
Infortúnio de não te lá ao meu lado
Cada manha me parece um martírio

Sofro calado, mais meus olhos já não escondem
A dor da solidão que hoje mora em meu peito
Pois desde quando se foi, levaste minha alegria.
Partiste e levaste consigo meu sonho de felicidade

Saudade das conversas intermináveis que tivemos
O que me resta hoje é contar os minutos que duram uma eternidade
Onde foi que eu errei me pergunto
O que teria feito com que você me visse com outros olhos

Ignoraste meus mais profundos sentimentos
Ontem paixão e amor
Hoje solidão e dor
Mais não tem como lhe odiar, nem guardo rancor.

Nunca soubeste o que realmente eu sentia,
Sempre me escondi atrás desta mascara
Que hoje chamo de timidez
Minha insensatez me fez te perder.

A se a vida me desse uma chance de recomeçar de novo
Tornar-me-ia mais dócil, e amável.
Pois por dentro deste homem de pedra
Existe um coração de vidro

É assim o fundo deste velho peito
Que guarda um coração partido
E mesmo se um dia volte a amar
Restarão para sempre as marcas da desilusão.

Foto de Natasha Luciana ferreira

Desilusão

Pelos amores deleitosos
Meus olhos enamorados entreguei
O peito quebrantado e convulso
Contigo se unia nos tempos que te amei

Senti tanto desgosto
quando por ti entregava a vida
E no seu trovar amava as outras
E eu que de amor por ti me consumia

Nesse meu fenecer tenebroso
Caem por terras as lágrimas puras
Não vivo mais essas doces ilusões
Que mantém tão falsa candura

Não digo que não mais te amo
Se meu peito febril queimava em delírio
Converto ese amor em ódio, e viverá
Comigo padecendo esse martírio!

Foto de NW

O amor que sinto

O amor que sinto

Pra te amar não preciso te ver
tampouco preciso ouvir tua voz
pois habitas os confins do meu ser
e lá dentro, ficamos a sós.

No meu coração, te carrego
Na minha mente, te levo
No meu espírito, te peço
para que ouças meu amor, que por ti é cego.

O que sinto por ti, transcende a razão
o que vejo em ti, é puro e casto,
o que tenho pra ti, é o meu coração
e o que quero pra ti, é um amor deveras vasto.

Sou feliz porque te conheci,
sou triste porque te magoei,
sou feliz porque tenho a chance de me redimir
sou triste, porque o que te fiz, ainda não reparei.

Mas o tempo mostrará,
ainda que passe os homens, ainda que passe a vida,
que o meu amor, firme, feliz te fará
e a dor que causei, aos poucos, estará desaparecida.

Porque fizeste me ver a luz,
e quando me dei conta da torpeza de meu ato,
senti em minhas fibras o terror a que conduz
o desrespeito, a desonra e a manutenção de um caráter fraco.

Já se disse, não sei por quem,
que errar é normal,
mas persisitir no erro é coisa de alguém
desprovido de inteligência, qual um animal.

Aos meus erros, quero lhes dizer
que estão mortos, definitivamente
e se neles há a esperança de reviver
melhor que desistam, pois minha resolução é assente.

Prostrado, pedi seu perdão,
por milagre, você o concedeu,
e neste ato, salvaste meu coração,
que pra sempre, será somente teu.

E agora é o início dos dias,
que se sucederão puros e felizes,
doravante só terei bons guias,
que me levarão a te amar, em todos os matizes.

E esses matizes são íntegros e verdadeiros,
são eles: meu corpo, coração, mente, conduta e espírito,
que contigo permanecerão até os dias derradeiros,
seja na alegria, na tristeza, às suas vistas ou longe delas, com ou sem testemunhas, na glória e no martírio.

Tudo que disse, tudo que te falei,
naquele momento de despero,
está dentro de mim escrito, e agora é lei
lei irrevogável, pétrea e que jamais do esquecimento sentirá o cheiro.

És minha vida, és a força-motriz
de tudo que sou, de tudo que quero,
só contigo serei feliz,
e por isso, cuidarei de ti com muito esmero.

Os teus olhos fulguram de beleza,
seu coração brilha de ternura,
tua alma reluz de pureza
e sua voz irradia doçura.

És única, és inquestionável,
és a jóia mais cara, a escultura mais imponente,
tua beleza resplandece incontestável
e aos meus olhos, tu consubstancia o Belo patente.

Nada em ti necessita de reparos,
nada em ti precisa de remédio,
tudo em ti a mim é muito caro,
tuido em ti afasta-me do tédio.

Versos e palavras são inúteis,
para descrever a sublimação que te envolve,
fazendo com que mão e boca sejam fúteis
e incapazes de mensurar o amor que por ti se move.

Te amo como o peixe ama o mar,
te amo como a planta ama a terra,
te amo como a coruja ama o luar,
te amo como a neblina ama a serra.

Te amo da forma mais plena, mais verdadeira,
te amo em tudo e te amo por tudo,
te amo não só de segunda à sexta-feira
mas também no sábado e no domingo,
e em todos os dias, e até quando não é dia,
te amo acordado e te amo dormindo,
te amo longe de ti e te amo quando tenho sua companhia,
te amo quando estou inteiro, te amo quando estou acabado,
te amo a qualquer tempo, em qualquer horário,
te amo porque em mim não existe outro lado,
porque o seu sorriso, é e sempre será o salário,
do meu coração, que palpita descontrolado,
quando sei que em ti poderei enriquecer o erário,
do amor verdadeiro, que jamais será comparado,
a qualquer amor terreno, que se guarda no armário,
pois amor assim não se guarda, só se liberta calado,
para que cante no palco da eternidade,
para que dance na pista da cumplicidade,
para que cresça no solo da fidelidade,
para que seja glorificado nas canções de liberdade,
para que se expanda no mundo da sinceridade
e para que sempre sorria no seu rosto,
que é o rosto da felicidade.

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