Fugias e vinhas e me deste o teu carinho
E o teu cuidado, mas como ondas do mar
Brincavas, ias e vinhas...
Querias que me acolhesse como pássaro,
Segura ao peito...
Quando vinhas, eu risonha a te esperar
Na febre do sonho, feliz te ver chegar...
Fugias e vinhas, nem um beijo ao partir
Pois era escuridão quando ias, fugias...
Há tempos vivo assim, aflita, cheia de desejos
E com o coração grave, cheia de mágoas, medos
E decepções...ando feito noite sombria e cheia de dor
Meus olhos rasos d’água, ofendida, retendo grito...
Como amei e como amo!
Um simples abraço, tudo dissipava e me via feliz,
Queria tanto que voltasse, sonho, não me cansei
E numa saudade sem par, espero ainda te encontrar...
Marta Peres