Exaurido ele passa...
Caminha lentamente
Buscando seu sonho perdido,
Já velho e cansado nada mais espera
Nem quer e nem ilusão de encantar
Tem cumprido.
Eis que passa...
Como desgraçado caminha,
Esquecido pára,
Busca sonho perdido.
Da janela o vejo sob a luz do poste,
Olha de um lado para o outro
Não sabe que rumo tomar...
E o velho fantasma
Fazendo fumegar o cachimbo
olha fumaça subir devagar...
Já se vê sem serventia,
O pobre nem como vento
Consegue assoprar...
Ali, parado na praça sabe
Não ter ninguém para assombrar.
E vai pachorrento o velho fantasma
Sem saber o destino a tomar.
O rio corre para o mar
E o sol percorre uma estrada
Como coche divino sobe, brilha
E se esvai...
Marta Peres