Maldade

Foto de Boemio

Anjo caido

Nunca vi tanta maldade junta em um só coração
Tenho vontade de chorar mas não consigo,
Perdi minhas asas ao cair,
Chamei meu pai
Mas parece que ele quer que eu fique aqui
Por que meu Deus?
Fui trancado numa jaula pra apresentações de circo,
Eles jogavam amendoim em mim e riam de mim,
Pediam para pular e fazer caretas engraçadas,
Da minha auréola jogaram disco,
Calçaram-me sapatos de marca, calça jeans e gravata social,
E tive de trabalhar 8 horas por dia,
Deram-me um barraco na favela
E todos os dias eu volto de ônibus lotado
E sou assaltado na esquina.
Minha jaula não tem luz pra iluminar,
Quando tenho tempo de orar ao Senhor
Logo tenho de acordar,
Meu Criador me ajude
Estou sofrendo muito aqui
Minhas asas estão demorando a crescer
O que eu faço?
_ “Meu anjo, esta é uma provação que estou lhe impondo
Faço isso pra ver o quanto se parece com eles
E o quanto sua fé se equivale a deles,
As pessoas que lhe fazem agora sofrer
Oram todos os dias mas não pedem pra suas asas crescerem,
Você é um anjo e deves lhes proteger
Mesmo para que isso aconteça deixe de existir...
“Mas meu Senhor o que eu posso fazer,
“Teu filho aqui morreu, imagine o que farão comigo...”
“Tens muito medo, deixe que lhe protejo
anuncie o que foi anunciar, que logo Eu vou voltar.”
O anjo foi trancado no calabouço frio do esquecimento,
Seu Senhor voltou pra lhe buscar, suas asas cresceram, ele não quis voar.

Foto de andrepiui

Vida

Idéias me vem em massa
Incentivo que faltou
Nas ruas tanta desgraça
A fome dominou

Cada rosto um olhar
Relatando o que passou
Tentam acreditar
No ensinamento do criador

Pelas calçadas
Cobertor de papelão
Crianças marginalizadas
Pronto, formado mais um ladrão

Que fazer, quando desistir
Às vezes é melhor do que lutar
Se até o simples ato de sorrir
Dá vontade de chorar

Infelizmente e ou felizmente
A vida hoje e a muito é assim
Cheia de maldade, verdades em cores diferentes
Mas o nascer do sol não demora a surgir

Como, quando e onde
Vou continuar a me perguntar
A certeza que me vem constante
No firme compasso de meu pulsar...
(Autor: André dos Santos Pestana)

Foto de Senhora Morrison

Oh! Gente amiga

Terás o dia
Oh! Gente amiga
Que do peito escorrerás
O pretume pertinente
De travadas batalhas
E corações doentes
De olhares incisivos
A um só umbigo (o próprio)

Musculaturas tensas
E línguas afiadas
Agridem almas
Mesmo que armadas

Chegarás o dia
Oh! Gente amiga
Em que a neblina do egoísmo
Exalada de nossos poros
Encobrirá todos os olhares
Endividando os dignos
Com tanta soberba
Que tomaram isso como benefício

Retornarás ao dia
Oh! Gente amiga
Inconscientemente a memória infante
Abaixo da sombra dos errantes
Onde de constante a derradeiro
Foram o teu e o sorriso alheio
Num todo verdejante, colorido.
Perguntarás enfim:
_ Como terás se extinguido?

Refletirás o dia
Oh! Gente amiga
Todo infortúnio e fúteis bravezas
De se por a vaidade
Do que a gentileza
Por um instante em seu leito
Perceberás
Que de com ferro as flores
E a tantos amores
A ferida estagna ao peito

Reconhecerás um dia?
Oh! Gente amiga
Que o sofrimento a ti pertence
Em ter sido tão pertinente
Virando as costas à divindade
De uma vida sem maldade
Em troca de satisfações temporárias
Em corridas contrárias
Devastando a si e a teu redor
Deixando tudo cada vez pior
Esquecendo-se do fato nocivo
Que para morrer basta estar vivo

Renegarás os dias
Oh! Gente amiga
Que os fantasmas de sua condolência
Nutridos com tanta veemência
Submeterá-lhes ao condigno penar
De para trás não poder voltar
Bestificado então com a demência antes honrada
Depara-se com a realidade macabra
De ter contribuído ao fim
De um mundo deixado não só a mim

Senhora Morrison
09/04/2007

Foto de Pré-seleção para coletãnea anual

Pré-seleção Senhora Morrison

Olhando para trás

Já faz tempo que ando para trás
Que observo as costas do mundo
Que transcedentalmente tudo me chega

No limiar de tudo deparo-me em ser
Em ter a superação de todos os meus subterfúgios
Sem deixar meu suspiro
No pulmão alheio

Não estou aqui para fazer parte
Dos seus terceiros planos
E nem para virtuosamente
Vencer tudo que me for maléfico

Fragilizo-me com palavras rudes
Abato-me com a maldade
Tanto alheia quanto minha

Não temos como escapar...
Faz parte de toda essa franqueza ausente
De toda essa mendicância de afeto
Onde não temos coragem de nos mostrar
Por pura defesa

Nesse mundo as avessas
Onde tudo se procura
Onde tudo se é possível
Onde tudo se é cabível
Onde nada se acha

Entre anormalidades corriqueiras
Tudo é supérfluo, indiferente.
Continuo meu caminhar...
Para trás.

Tentando achar qualquer resquício
De dignidade
Tanto minha quanto alheia

Senhora Morrison
13/02/2007

Foto de Vera Silva

Desamor

É crime não me amares como eu te amo,
Não escutares os versos que te declamo…
Ignorares a minha essência de mulher
Madura, que sabe o que quer.

É pecado continuares a agir assim,
Quase zombando de mim,
Que te dedico todo o meu amor,
E que transformas apenas em dor.

É loucura agora a minha vida,
Senti-la assim meia perdida.
Deitar ao vento tanto querer,
E pedir a Deus que acabe com este sofrer.

É uma verdadeira insanidade,
Talvez até pura maldade
Desejar-te tanto mal agora,
Voltar-te as costas e ir embora...

Foto de Dennel

Ferimentos da paixão

Por tuas transgressões fui ferido
Por tuas ações muito agredido
Sofri por tua fria indiferença
Ainda sofro por tua ausência

Foi de uma imensa maldade
Abandonar-me a triste realidade
Nunca vi tamanha negligência
Não esperava tanta maledicência

Outra vez hei de sorrir
As feridas que por amor sofri
Serão apenas tênues lembranças
Abro meu coração cheio de esperança

Recuperado, e pronto para amar
Sairei na rua a procurar
Lindos olhos que me fascine
Assim, meu coração determina

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2006 All Rights Reserved

Foto de Junior A.

Perdoas

Perdoas o que te fez o mal
Ainda que ao mal, chamas de amor
Doas ao melífluo, mesmo tendo sal
Para que não te entorpeças
Com esta nígua chamada dor
Perdoas, e para que tenhas calma
Veja-o como os despojos, reputeis,
Debelas o que te furta a alma
Ah não vês? Realças dor,
reluz ao ser desgraça
Quando acometes da maldita mágoa
Perdoas, para que ainda haja um raiar
Mesmo não dignando-se do infortúnio
O ser impiedoso que te fez chorar
Entregando-te ermo após latrocínio
Ao roubar-te, um mesquinho, mas amado, amar

Faças da dor a sirga, ante a proa
Ensinas, os que não se apercebem
Que amando ao poucochinho de verdade,
Aprende-se na maldade, e se perdoa...

Foto de Senhora Morrison

Olhando para trás

Olhando para trás

Já faz tempo que ando para trás
Que observo as costas do mundo
Que transcedentalmente tudo me chega

No limiar de tudo deparo-me em ser
Em ter a superação de todos os meus subterfúgios
Sem deixar meu suspiro
No pulmão alheio

Não estou aqui para fazer parte
Dos seus terceiros planos
E nem para virtuosamente
Vencer tudo que me for maléfico

Fragilizo-me com palavras rudes
Abato-me com a maldade
Tanto alheia quanto minha

Não temos como escapar...
Faz parte de toda essa franqueza ausente
De toda essa mendicância de afeto
Onde não temos coragem de nos mostrar
Por pura defesa

Nesse mundo as avessas
Onde tudo se procura
Onde tudo se é possível
Onde tudo se é cabível
Onde nada se acha

Entre anormalidades corriqueiras
Tudo é supérfluo, indiferente.
Continuo meu caminhar...
Para trás.

Tentando achar qualquer resquício
De dignidade
Tanto minha quanto alheia

Senhora Morrison
13/02/2007

Foto de Minnie Sevla

Vingança

Vingança

Existe uma dor que grita dentro de mim
É essa sua ausência sem fim
Existe uma dor que está me tirando o sono
É essa sua indiferença me machucando
Tenho vontade chorar, gritar, fugir,
Quem sabe assim você me ouve e volta pra mim
Não adianta me pedir
O que eu não posso cumprir
Pois esquecer você assim
É impossível pra mim
Estou como folha a vagar
Pelas ruas vazias, tristes, antigas
Meu coração a palpitar, está ferido, morrendo
E só você não vê que estou sofrendo
Por causa do seu orgulho me castigando
Por algo que eu nem sei o que é e que está me magoando
Talvez uma palavra dita sem pensar
Ou até mesmo meu amor a te incomodar
Não posso imaginar o que aconteceu
O porquê me esqueceu...
Para navegar n’outros caminhos
Conhecer outras mulheres
Sonhar outros sonhos
Depois sumir
E deixar na saudade quem contigo se iludir
Penso até que foi maldade, foi vingança
De um tempo de criança
Ou de quando adolescente
Que perdeu quem sabe um ente
E travou no coração
Esse tipo de emoção
Arrancou o sentimento
E plantou o sofrimento
E insiste em me dizer
Que é pra eu te esquecer

Minnie Sevla

Foto de Zedio Alvarez

Masturbação poética

Na tua desnudada beleza em versos
O erotismo encarna e fica me chamando,
Causando um rebuliço na curiosidade
E eu fico na espreita poetizando

O curioso e libidinoso cérebro,
Autoriza de imediato as nossas mãos
A baterem na porta da tua perdição...
Provocando a maldade na imaginação.

Com a tua poesia temperada de prazer,
Provocando a loucura do meu imaginário.
Fico com a vontade implícita de te amar
E a explosão seminal não tarda a chegar

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