Mal

Foto de Maria Goreti

O TREM DA VIDA

Lá vai o trem...
Leva pessoas...
Traz recordações...

“Café com pão, manteiga não!”

Ainda bem pequenina,
A menina cantarolava.
Mal sabia caminhar, mas sabia distinguir
O ruído do trem do murmúrio das ondas do mar.

Da janela acenava para a vida a passar...

E a vida passou...

Hoje,
Já não mais tão menina,
Ainda ouve o barulho das ondas do mar.

E o trem...
Continua levando pessoas...
Não as mesmas, outras...
Ela, a menina, continua a acenar...

Da janela, nem percebeu a vida passar!

Lá vai o trem...
Leva pessoas...
Deixa recordações...

E ela a cantarolar:

“Café com pão, manteiga não!”

©Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES - 22/03/07

Foto de filipa felizardo

o egoismo

quem nao aprendeu a rir
nao me peça pra ficar
quem nao sabe o que e ouvir
nao me peça para explicar
quando a alma esta so e o corpo tambem esta
nao tens porto de abrigo nem sequer um amigo pra te ouvir gritar

es so tu e so tu teu egoismo
tu es rei e senhor do teu egoismo
nao e nada pessoal nao te desejo mal
só quero alguem
que tambem saiba do que estou a falar

Foto de Sentimento sublime

Menina Rita... Osvania Souza

Menina Rita...

Menina valente.
Com sete meses do materno ventre surgiu.
Paralisia infantil...
Tuas palavras eram meigas e gentis.
Movimentos dos membros
Nunca os sentiu
Se, movimentavas...
Somente tua cadeira de rodas o viu,
Porém tu falavas
Tu sorrias
Tu cantavas
Tu ouvias.
Tens olhos negros como a noite
Que nos ferem como açoite...
Onde muitos sonhos se escondem.
Pele branca como a lua
Com sua luminosidade constante.
Que nos procura pelas ruas
Boca vermelha....
Sempre sorrindo
Com seu sorriso a nos alegrar
Menina Rita, hoje mulher.
Mas para todos, tu menina é.
Aos 32, derrame cerebral.
Sobreviveu, mulher fatal.
Menina guerreira está me ensinando
Que para viver, não é fácil não.
Hoje perdeu a fala tão somente ouve,
E tão somente vê
Mas eu bem sei o que diz o teu olhar
Que pela vida você apaixonada está.
Menina Rita...
Hoje aos 45 mal engolindo...
Porém seus olhos
E ouvidos ligados estão
Vivem seguindo a todos por onde quer que vão.
Menina Rita, muito obrigada.
Por partilhar comigo seu caminhar.
E no final dessa jornada
Quero na eternidade
Poder um dia te reencontrar.
Osvania

Foto de Carmen Lúcia

Jesus Cristo dos Shoppings

As ruas das cidades engarrafadas,
Criaturas com embrulhos, de sacolas carregadas,
Num corre-corre pra lá e pra cá, agitadas,
Surpreendem-me, exasperam-me, atropelam-me...
Será esse o espírito de natal?
Levando as pessoas, ou por bem ou por mal,
A competirem...satisfação pessoal,
Por uma vaga de estacionamento
Num Shopping Center Magistral?
Numa explosão de fúteis sentimentos,
Extirpando valores, preciosos bens sociais!
Contemplo abismada o óbvio discrepante,
Imagino formigas gigantes em escadas-rolantes,
Em zigue-zague, buscando futilidades...
Cidades modernas, viadutos arqueados,
Amplas avenidas, reluzindo nos megawatts,
Tudo reluz, tudo conduz ao desejo assoberbado
Do poder de aquisição, de exposição, de ter e nada ser.
Soam as doze badaladas!
É Natal! Jesus nasceu !(E morreu!)
O trânsito congestionado é testemunho cínico
De um povo congelado, sentimentos flagelados,
Com a comprovação de meu olhar profundo e clínico.
As lojas estão cheias e os templos vazios
(Mesmo os que habitam em nós)
De orações, de devoções, de boas intenções...
Hoje o Natal foi destituído,
Por um termo genérico substituído...
A essência que outrora comemoramos
Trocada por "Festas de Fim de Ano..."
Nada mais é como era antes,
Das vendas, Cristo é um estimulante.
E às crianças famintas(mas esperançosas),
Assustadas pela violência...O que dizer?
(Recomendo a consciência, para esclarecer)
Após a ceia farta e amigo-oculto...
Feliz Natal ou Boas Festas?
Que belo indulto!

Foto de Daemon Moanir

Nem sabes a falta que de ti sinto

Estás tão longe e continuo a pensar
Se terei errado assim tanto no meu passado
Para que tenha de sofrer desta maneira.
Por estar tão acustumado,
Quase me alimento do sofrimento e pecado
E sorriu ao ver o mal.

Talvez seja verdade,
Talvez não te mereça.
Talvez nem a ti nem a ninguém
A dureza e o frio que me estão inatos
Talvez não os mereças.
Tu mereces muito mais, mais calor, mais bondade
Mais paixão, mais do que aquilo que sou.
Não te censuro, eu também não quereria.

Magoa ver-te, falar-te, amar-te
Mas também magoa fechar os olhos e ignorar-te.
Peço o meu perdão, pois não estou a conseguir
E suplico ao mesmo tempo a Deus
Que me deixe olhar em frente,
Que me deixe esquecer-te,
Que me mude,
Que eu aceite perder-te,
E que eu em ti não veja o fim.

Foto de Sentimento sublime

A você Dumont... Osvania Souza

A você Dumont!

Deus não deu asas reais aos homens.
Mas deu a um único ser.
Humilde nascido no interior de minas.
Cidade que teu nome veio a ter.
Em homenagem a você.
Alberto Santos Dumont.
Recebestes então as asas da imaginação.
Para inventar o avião.
Fazendo o ser humano voar.
Com sua inteligência e coragem.
Persistência e bravura.
Esse homem cheio de louvor.
A quem de louco o povo o chamou.
Com seu invento “maluco”.
Seus aviões em todo o mundo.
Não param nem por um segundo.
Transportando pelos ares.
Cargas, pessoas e atravessando mares.
Para todas as partes e lugares.
Mas o que você Dumont não sabia!
Que seus aviões um dia.
Para sua maior tristeza e agonia.
Os homens com toda certeza.
Nas guerras os fossem usar.
Com maldade e frieza.
Matando seus irmãos e a natureza.
Perdoe querido inventor.
Esses homens maliciosos.
Utilizando-o de modo errado.
O avião por você inventado.
Correndo atrás de riqueza e poder.
Usando o teu avião que poderia ser.
Um instrumento que levasse ao mundo.
A união dos povos, alegria e lazer.
Penalizo-me em ter que te dizer.
Que a cidade que te viu nascer e crescer.
O mundo não a quis reconhecer.
Somente um pouco ela veio a crescer.
Mas tenha certeza Dumont.
De que tua inteligência e mãos.
Enriqueceu nossa nação.
No intercâmbio entre irmãos.
Ao saber do mal uso de seu invento.
Não agüentou você tanto sofrimento.
Que lamento!
Morrendo em sua casa no Guarujá!
Deixo aqui minha homenagem singela.
Sei que não é perfeita e nem a mais bela.
A você querido Dumont...
Osvania

Foto de Osmar Fernandes

Sou...

Sou...

Sou parte do pedaço de mim.
Sou o meio do complemento de alguém.
Sou o esotérico do sonho real.
Sou inteiro, estilhaço... metade...
Sou partículas e a essência das células.
Sou a matéria, o próton, o nêutron, a realidade.
Sou o encanto dos olhos perdidos.
Sou o perdido do encanto irreal.
Sou o ato e a esperança de Deus...
Sou a vida, o sangue que brota desejos.
Sou a fome, o pecado, o destino.
Sou o anjo de sonho menino...
Sou o grito prosaico da existência.
Sou o mito histórico da humanidade.
Sou a guerra entre o bem e o mal...
Sou o vício, a droga, a inverdade...
Sou o avesso, o capuz do homem-animal.
Sou a loucura, a morte, o rascunho da ciência...
Sou a inveja, a cor e a graça do dinheiro...
Sou os dois lados da moeda... o desespero...
Sou o luto... o esquife... o tudo e o nada...
Sou o santo, o bruto, a experiência.
Sou alguém sem dono... Dono de ninguém,
Sou... nem de mim, EU SOU...

Foto de Paulo Gondim

As Águas do Rio São Francisco no Sertão

As águas do Rio São Francisco no Sertão (Cordel)
Paulo Gondim
05/05/2005

Quando o assunto é Nordeste
É só discriminação
Muita gente torce a cara
Com medo da solução
Para o problema da seca
Querendo que prevaleça
Na mesma situação

É assim há muito tempo
Mas já foi bem diferente
O Nordeste já foi rico
Produzindo imensamente
Cana-de-açúcar, cacau
Ouro, prata e muito sal
Riquezas de nossa gente

Há gente que desconhece
A nossa história real
Despreza nossos costumes
E só sabe falar mal
Acho até que nunca ouviu
Que Salvador, do Brasil,
Foi a primeira Capital.
1

Houve até uma proposta
Pro Brasil ser dividido
Do Sul, com sua arrogância
“Feito menino enxerido”
Querendo toda riqueza
Sem se importar com a pobreza
Desse povo tão sofrido

É isso que envergonha
Ser chamado de indigente
Mas é preciso mudar
A cabeça dessa gente
Pois se há uma só terra
Pra que fazer tanta guerra
E querer ser diferente ?

Mas o sertanejo sonha
Com a vida diferente
Se houver água na terra
Nada há que não enfrente
Quer ver seu filho crescer
E poder permanecer
No meio de sua gente
2

Voltemos ao nosso tema
A velha seca de sempre
Um problema do Nordeste
O ganho de muita gente
Por isso que nunca muda
Nessa roleta absurda
Remando contra a corrente

Trazer água pro Nordeste
Sempre foi uma questão
De tão difícil deslinde
E de muita oposição
Se há água em tantos rios
Eis os grandes desafios
Pra irrigar o sertão

Já queria Dom João Sexto
Fazer a transposição
Das águas do São Francisco
Para irrigar o sertão
Mas falta boa vontade
Política de qualidade
Pra resolver a questão
3

Sempre há uma desculpa
Pra seca ser combatida
A vazão do São Francisco
Não pode ser transferida
Pois fere o meio ambiente
Mesmo que toda essa gente
Continue desassistida

É coisa de “ECO CHATO”
Que não sabe o que é sofrer
Pois tem comida na mesa
E água para beber
Sem saber de onde vem
Acha só que ele tem
O direito de viver

É só conversa fiada
De falso intelectual
Quero ver quem é que diz
Fale bem ou fale mal
Que água aqui no Sertão
Pra molhar nosso torrão
Causa impacto ambiental
4

O nosso problema é água
E o São Francisco tem
Qualquer coisa a gente busca
No Tocantins, mais além
Ou até no Araguaia
De onde quer que a água saia
É pra aqui que ela vem

Nossa questão é de clima
Da Bahia ao Ceará
Não é região de chuva
Nunca foi e nem será
Mas temos lençol freático
Um bom subsolo aquático
Mas é preciso cavar

Pra resolver o problema
Da seca no meu sertão
Qualquer esforço é pequeno
Mas falta disposição
De fazer poço ou açude
Até que a política mude
Pra prender tanto ladrão
5

Se na indústria da seca
Muita gente se dá bem
Por outro lado o caboclo
Não ganha e perde o que tem
Nossa política é corrupta
Nela vale a força bruta
Sem ter pena de ninguém

Os poderosos não querem
Com a seca exterminar
Para eles ela é boa
Para o pequeno explorar
A seca é um bom negócio
Pra quem só vive do ócio
Sem precisar trabalhar

A questão é bem mais séria
É de ordem social
Água aqui no meu Nordeste
É ponto fundamental
Pra combater a pobreza
Para aflorar a beleza
Dessa gente tão leal
6

A seca sempre foi um tema
Pra se ganhar eleição
É grande a compra de votos
Afora nesse sertão
E o coitado do caboclo
Por um dinheiro tão pouco
Vota a mando do patrão

E a desculpa continua
Pra água não vir pra cá
Um “ecologista” aqui
Outro “estudioso” lá
Sempre com um mau palpite
Pra que a gente acredite
Que jeito mesmo não há

Mas o jeito aqui é água
Seja do rio ou do mar
Já que com água da chuva
Nunca se pode contar
Se num ano a falta faz
Em outro ano é demais
O jeito mesmo é irrigar
7
Já passou pelo governo
Muito doutor presidente
Poliglota, professor
Se dizendo inteligente
Disse ter a solução
Pra combater o verão
Mas nada fez novamente

É assim há muitos anos
Só promessa, só engano
O rico fica mais rico
E o pobre no desengano
Com a indústria da seca
Onde há água, tem cerca
Onde tem cerca, tem dono

Foi preciso no governo
Um presidente “peão”
Nascido aqui no Nordeste
Que muito dormiu no chão
Mas com coragem e bravura
Sem temor e sem frescura
Retomou essa questão
8

Assunto tão delicado
Essa tal transposição
Das águas do Velho Chico
Aqui pro nosso sertão
Tem que ter coragem rara
Muita vergonha na cara
Pra tomar a decisão

Mas o Presidente disse:
-“Recurso não vai faltar
As águas do São Francisco
Vão o Nordeste irrigar
Eu assumo o compromisso
Nem que tenha para isso
Na cabeça carregar”

O projeto foi mostrado
Em toda televisão
Logo despertou a ira
De toda oposição
Que não quer a melhoria
“Esses tais da ecologia”
“Eco chatos” de plantão
9

Mas o caboclo responde:
-Tenha a santa paciência
Não me venha com a excrescência
Dessa “tal ecologia”
Aqui, nós queremos água
Pra lavar a nossa cara
Pra encher pote e bacia

Está certo o Presidente
E o caboclo também
Errados são esses chatos
Que nem sei de onde vêm
Com tal conversa fiada
Se a água for desviada
Não servirá a ninguém

Também acho que é preciso
Proteger o natural
Mas é muito ecologista
Morador da Capital
Dando palpite infeliz
Metendo em tudo o nariz
Em nome do ambiental
10

Tudo isso tá errado
Povo em primeiro lugar
Não é por causa de um sapo
Que a água não vai passar
Pra irrigar o sertão
Pra ter muita produção
Até pro sapo cantar

Por isso que esse projeto
Deve sair do papel
Bote força, Presidente
Nós cremos no seu plantel
Traga água pro Nordeste
Mostre que é “cabra da peste”
Pro senhor, “tiro o chapéu”

Pra tocar esse projeto
Vai ter muita resistência
Vai ter muito oportunista
Com muita experiência
Com a cara e a coragem
Vai querer levar vantagem
Pousando de inocência
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Vai ter muita gritaria
De Minas a Sobradinho
De tudo que é “eco chato”
De tudo que é ribeirinho
Com a velha posição
Ser contra a transposição
Que já está a caminho

Já tem morador da roça
Onde a água vai passar
Que pergunta presunçoso
Quem vai me indenizar ?
Mas na sua ignorância
Já desperta a ganância
De algum dinheiro arrancar

Por isso que há tanto tempo
Isso foi adormecido
De propósito ou intenção
Pra não causar alarido
Pois se um quer, outro não quer
Ou por bem ou por má-fé
Melhor deixar esquecido
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Mas não é assim que penso
Nem a gente do sertão
Eu quero é água na terra
Irrigando a plantação
Eu quero ver a fartura
Nascida da água pura
Que vem lá do Fransicão

Quero ver o bem-te-vi
E ouvir o galo cantar
Ver o roçado crescer
E ver o gado pastar
Sentir o verde da serra
Com água molhando a terra
Que nunca mais faltará

Não quero ver nas cidades
Gente morando em favelas
Crianças abandonadas
Casas sem porta e janelas
Não quero ver minha gente
Infeliz e descontente
Sofrendo dessas mazelas
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Quero ver o sertanejo
Na sua terra morar
Do seu pedaço de chão
Nunca ter que se afastar
Sem precisar ir embora
Sem destino, mundo afora
Pra longe de seu lugar

Quero ver o meu sertão
Produzindo sem parar
Pra alimentar nosso povo
E o restante exportar
Com faz em Petrolina
Que tem uva da mais fina
Só porque tem água lá

Vamos mostrar que é possível
Transformar nosso sertão
Com água do São Francisco
Sem cometer erosão
Sem modificar seu curso
Sem perder qualquer recurso
Que vem de sua vazão
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Para proteger o rio
É só fazer “piscinão”
Ao longo de suas margens
Lá pra dentro do sertão
Quando a chuva do Sudeste
Correr aqui pro Nordeste
Ai eles se encherão

Pra tudo se tem um jeito
Só pra morte é que não tem
Quando o povo quer fazer
Não pede nada a ninguém
Vai na raça, vai no grito
Por isso que acredito
Que essa água logo vem

Acredito no meu povo
Na sua força e ação
Nas águas do São Francisco
Pra fazer a irrigação
De tanta terra perdida
Tão seca e adormecida
Mas que dará produção
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Por isso que quero ver
Essa tal transposição
Das águas do São Francisco
Tão logo pro meu sertão
Pra que o sertanejo ria
Sentindo a doce alegria
De ver a água no chão

Sei que a luta vai ser dura
E muito que esperar
Vai ter muita “cara feia”
Mas é preciso cobrar
Vai ter muita resistência
Ma a nossa paciência
Em breve triunfará

O que não pode é a gente
Olhar o tempo passar
Se conformar com a vida
Sem nada querer mudar
E o São Francisco correndo
Suas águas se perdendo
Quando despejam no mar
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Foto de Sentimento sublime

Passos! Osvania Souza

Passos!

Passos nada mais é.
Que pegadas silenciosas ou não.
De alguém que entra em quarto.
Ou apenas por um portão.
Seguindo-te na escuridão.
Ou em meio à multidão.
Seja teus passos bons ou não.
Saiba que eles te conduzirão.
Há algum lugar por algum motivo.
Ou simplesmente por alguma razão.
Nunca se esqueça!
Que em teu caminho pode ter alguém.
Que os teus passos seguem também.
Se para o bem ou para o mal.
Sempre terá alguém.
Seguindo teu ideal.
Que teus passos deixem marcas.
De um caminho alegre e feliz.
Para aqueles que te seguirem.
Sejam na vida feliz.

Osvania

Foto de Sentimento sublime

Heroi do cotidiano! Osvania Souza

Herói do Cotidiano!

Seja você mesmo pessoa simples.
Que sorri sofre e chora.
Que luta, cansa e não desiste.
De ser na vida feliz insiste.
Você um homem de sorte!
Que não fica esperando a morte.
Colocando o pão na mesa.
Suor digno com certeza.
Em tuas idas e vindas.
Não pára para curar tuas feridas.
São marcas da luta pela vida.
Tentando sobreviver.
Sai cedo chega ao anoitecer.
Mal tem tempo de ver teu filho crescer.
É teu orgulho sempre maior.
Vê-lo alimentado com teu suor.
Quando te achares cansado.
O futuro virou passado.
Não teve tempo de abrir a cortina.
Da vida que passa e você não vê.
Digo a você herói do cotidiano.
Mesmo que seja dura esta luta.
Seja feliz nada custa.
Guarde um tempo só pra você.

Osvania

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