Mal

Foto de Sonia Delsin

O AMOR É COMO UM RAIO

O AMOR É COMO UM RAIO

O amor é como um raio que corta os céus.
Ele chega e muda tudo.
O branco e preto se colore inteiro.
O amor é tiro certeiro.
O coração de quem ama se despedaça quando o ser amado parte.
Algo nele se reparte.
E um todo nunca volta a ser em todo seu viver.
O amor é loucura doce.
É bem que mata.
É mal que cura.
O amor é isto que não se explica.
E que tudo esclarece.
O amor é silenciosa prece.
O amor é cavalo galopando em noite enluarada.
É estrela caída na calçada.
O amor é lareira em noite gelada.
É um raio que atravessa mundos...
O amor é isto que me faz sobrevoar o abismo.
E observar o istmo.
E observar a bailarina novata na corda bamba.
Temendo o tombo.
E ainda assim arriscando...

Foto de Rosinéri

AMA- ME

Ama-me pela vida afora
Independente do tempo, do espaço e da hora
Ama-me toda, ama-me até a loucura
Porque, sou parte de você agora
Ama-me com ternura
Ofereça-me sua paz, seus beijos e abraços
Tenho um amor imenso, que mal cabe no espaço.
Ama-me com toda força, sem egoísmo, com calma
Ama-me como se estivesse amando a minha alma

Foto de ivaneti

Solidão

Tive mulheres! a todas eu enganei...
Não me leve a mal, não tive tempo para amar!
Se perderam na inocência! sei que errei
Jurava-me amor! não quis escutar!

Nesta solidão! lembro-me de alguém
Me esforço prá não chorar
Que noite triste sem ninguém
Fiquei sozinho neste lugar!

Sou homem, posso errar...
Só me ensinaram fazer o mal
Agora estou aprendendo a amar!

Quero ir prá outro lugar
Não quero pensar em dor
Quero encontrar uma porta prá entrar.

Ivaneti

Foto de Edilson Alves

Vida Ida

Leve
Neve
Cai.
Vida
Ida
Vai.
Nossa
Prova
Vem,
Lira
Ira
Sem.
Ova
Prova
Cal,
Cala
Fala
Mal.
Sino
Ino
São,
Mera
Era
Mão.
Mima
Rima
Seu,
Ano
Nono
Meu.

Foto de JGMOREIRA

POEMA DO MENINO JESUS - ALBERTO CAEIRO

Poema do Menino Jesus

Num meio-dia de fim de Primavera
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.

Tinha fugido do céu.
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu tudo era falso, tudo em desacordo
Com flores e árvores e pedras.
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem
E subir para a cruz, e estar sempre a morrer
Com uma coroa toda à roda de espinhos
E os pés espetados por um prego com cabeça,
E até com um trapo à roda da cintura
Como os pretos nas ilustrações.
Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças.
O seu pai era duas pessoas -
Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque nem era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.
Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe,
E que nunca tivera pai para amar com respeito,
Pregasse a bondade e a justiça!

Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.
Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz
E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o Sol
E desceu no primeiro raio que apanhou.
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras aos burros,
Rouba a fruta dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E que toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas
Que vão em ranchos pelas estradas
Com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias.

A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as coisas.
Aponta-me todas as coisas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão
E olha devagar para elas.

Diz-me muito mal de Deus.
Diz que ele é um velho estúpido e doente,
Sempre a escarrar para o chão
E a dizer indecências.
A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia.
E o Espírito Santo coça-se com o bico
E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.
Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.
Diz-me que Deus não percebe nada
Das coisas que criou -
"Se é que ele as criou, do que duvido." -
"Ele diz por exemplo, que os seres cantam a sua glória,
Mas os seres não cantam nada.
Se cantassem seriam cantores.
Os seres existem e mais nada,
E por isso se chamam seres."
E depois, cansado de dizer mal de Deus,
O Menino Jesus adormece nos meus braços
E eu levo-o ao colo para casa.

Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é o humano que é natural.
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.

E a criança tão humana que é divina
É esta minha quotidiana vida de poeta,
E é por que ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre.
E que o meu mínimo olhar
Me enche de sensação,
E o mais pequeno som, seja do que for,
Parece falar comigo.

A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena.

A Criança Eterna acompanha-me sempre.
A direcção do meu olhar é o seu dedo apontado.
O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.

Damo-nos tão bem um com o outro
Na companhia de tudo
Que nunca pensamos um no outro,
Mas vivemos juntos e dois
Com um acordo íntimo
Como a mão direita e a esquerda.

Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas
No degrau da porta de casa,
Graves como convém a um deus e a um poeta,
E como se cada pedra
Fosse todo o universo
E fosse por isso um grande perigo para ela
Deixá-la cair no chão.

Depois eu conto-lhe histórias das coisas só dos homens
E ele sorri porque tudo é incrível.
Ri dos reis e dos que não são reis,
E tem pena de ouvir falar das guerras,
E dos comércios, e dos navios
Que ficam fumo no ar dos altos mares.
Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade
Que uma flor tem ao florescer
E que anda com a luz do Sol
A variar os montes e os vales
E a fazer doer aos olhos dos muros caiados.

Depois ele adormece e eu deito-o.
Levo-o ao colo para dentro de casa
E deito-o, despindo-o lentamente
E como seguindo um ritual muito limpo
E todo materno até ele estar nu.

Ele dorme dentro da minha alma
E às vezes acorda de noite
E brinca com os meus sonhos.
Vira uns de pernas para o ar,
Põe uns em cima dos outros
E bate palmas sozinho
Sorrindo para o meu sono.

Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é.

Esta é a história do meu Menino Jesus.
Por que razão que se perceba
Não há-de ser ela mais verdadeira
Que tudo quanto os filósofos pensam
E tudo quanto as religiões ensinam ?

Foto de Marta Peres

Entra a Primavera

Entra a Primavera

Da minha janela teço sonhos
E nos sonhos vejo amores
Poesia e flores...

Da minha janela vejo meu jardim,
Encantado pela fada,
ouço pássaros cantando ali
E sei que há colibris...

Menina que brinca e canta
No meu jardim,
Em tempos louros de mim...

Brincando na chuva vejo a menina,
A correr daqui e dali
Nos galhos das árvores a sorrir
...mal-me-quer,
bem-me-quer!

E flores belas e rosas em botão
A menina desfolhando,
Cantando a mesma canção
...mal-me-quer,
bem-me-quer!

É primavera!
Flores se abrem,
Margaridas cobrem tudo
E cobrem tudo as onze horas,
Lírios de todas as cores
Cravos, hortências e jasmins

Lá no final, bem no cantinho
Do muro copos de leite
E os belo girassol,
A sorrir para mim!

Marta Peres

Foto de ivaneti

Meu MSN

Meu msn

Quando entrei... em busca do seu amor, não te encontrei...
Pensei, não atravessei o oceano, p’ra ficar sozinha...
Não sabia do tamanho do meu amor...
Eu somente senti a sua importância em minha vida...
Quando eu te busquei e não te encontrei...
Nem sequer no encontro marcado...
E do outro lado...
Quando lhe entregava todo meu ser... meu amor...
E tudo em toda minha volta ficava tão colorido...
Tudo porque eu tinha você... no meu msn...
E eu te amava...
A cada encontro eu te amava... cada vez mais...
Sentia o coração gritar pelo seu amor...
E naquele computador
Eu me agarrava como se fosse o único caminho
Que me levava ao teu encontro...
A espera já não era mais uma espera...
Era o começo do fim...
O dia mal começava e eu já estava louca
Em frente ao computador
Esperando a noite cair...
Para nos entregarmos em uma sintonia...
Onde apenas a tecnologia
Era a nossa única cúmplice e testemunha
Do nosso grande amor.

Foto de ivaneti

Você...

Você

Você...
Você é a minha luz... minha vida.... meu mundo...
Quando estamos juntos o mal se espanta
E o mundo se encanta...
Sou a poeta mas feliz e inspirada...
Seu amor é vida e ao mesmo tempo veneno...
Quando está distante fico só...
Meus versos morrem no meio do caminho.
Sem você o mundo não tem cor...
Tudo se transforma, é preto e branco...
Preciso cantar,
Sorrir... Fazer meus poemas...
Falar coisas da vida...
Levar amor onde falta carinho...
Onde falta um sorriso...
Levar o vento onde o tempo parou...
Despertar o sol com esta alma ferida...
Acordar a paixão adormecida...
Fazer brilhar a estrela nesta noite escura...
Riscar seu nome nesta areia perdida...
E apenas deixar a inspiração do desejo sonhar contigo...
E assim vou vivendo...
Falando das flores...
Contando as pedras no caminho e até encontrar você...
Para ser feliz!

Foto de ivaneti

Ausência

Ausência

O que faço? Tudo esta igual…
Suas lembranças me fazem chorar,
Me esforço para não pensar,
Mas meu coração vai mal!

É grande demais essa paixão.
Esse amor só sabe me destruir!
Quero fugir da vida, desta solidão,
Encontrar um cantinho só para dormir.

Quero o silêncio para esquecer sua voz,
Deixar os lábios mudos, sem dizer nada,
Já não leio poesia para não pensar em nós.

Aqui perguntam por você a toda hora…
Vou dar ordem para não falar seu nome.
Sinto muito! Preciso colocar um fim agora.

Foto de HELDER-DUARTE

Poetas IV

POETAS IV

Eis, oh poetas, algumas questões!

Para as quais, certamente haver, deve soluções...

E que não digamos, que toda a reposta, é a solução.

Porque é feito, com o coração...

Pensemos em : Democracia, o que é?

E temas outros até:

Política, homem, lógica e razão;

Teologia, Deus e religião;

Moralidades e éticas;

Sodomia e sexualidade;

Verdade, eternidade e liberdade;

Vida e Bioéticas...

Eutanásia, aborto e morte;

Teoria da evolução e destino ou sorte;

Humanismo, catolicismo e Fátima-fatismo;

Também em Papismo e todos os ismos...

Em verdade e mentira,

Em Apocalipse e na Bíblia,

Sem Israelita povo, o que o mundo, seria?

E que sentimento, Jesus Cristo, neste mundo, sentira?

Poetas... Pensai... Pensai!

Achai, achai, achai,

A verdade, destes temas...

E sobre eles, escrevei então, poemas!

E que com eles, tenha fim, o mal...

Mas... Que então...

Com esta acção...

Haja bem, afinal!!!

HELDER DUARTE

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