Maior

Foto de Joaninhavoa

PREGÃO NA MADRAGOA

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PREGÃO
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NA
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MADRAGOA
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Vou escrever algo qu`ensejo
Vejo! Meu coração apregoa
Como um pregão na Madragoa
Aquele bairro perto do Tejo

O Rio que corre para o mar
Cantando ao som da guitarra
O fado que sempre amarra
O coração amante e o ar

Que respiro é d`alguém
Com quem remo d`amar
Vem! És o meu par
Não quero mais ninguém.

«Há sardinha fresca…»
Grita a mulher em dó maior
«Há dourada fresca escamada…»
«Carapau fresquinho um primor...»

E se eu lançasse um pregão
Iria pr`ò ar em forma de flecha
Faria cá um eco levado da breca
Ah! D. Solidum... Lá vai pregão

«AMOR, ESTÁS-ME A OUVIR?».

Joaninhavoa,
(helenafarias)
08 de Setembro de 2008

Foto de Rozeli Mesquita - Sensualle

Minhas Reações ( versão Due com Marcos Loures)

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Meu pensamento adivinhou
Minha boca explorou, beijou, sugou
Teu desejo estampou meu corpo
com tuas garras de homem no cio
Entre amarras, corpos uniram
Despiu-me com sofreguidão
apertou, mordeu...
Minhas reações percebidas:
arrepios, liquidos, cheiros
Veio apagar a chama
que queima, arde...
tomou meus corpo,nele enroscou
Meus seios, com maestria sugou
Não morre, mas renasce no prazer
no desejo de romper, entrar, invadir
e me fazer sentir
o maior prazer desse mundo.
**Rozeli Mesquita**

Romper tuas defesas e invadir
Os mais sublimes cômodos da casa.
Num frêmito fogoso que ao sentir
No teu doce rocio já se abrasa.

Tocando esta umidade com meus lábios,
Roçando a tua pele, seios, pernas.
Os dedos em carinhos fartos, sábios,
As horas vão passando, loucas, ternas...

O furioso vento dos prazeres
Encharca a nossa cama e nos lençóis
Suores que se exalam de dois seres
Rebrilham muito além de vários sóis.

Numa explosão conjunta, o Paraíso
Chegando de repente, sem aviso...
**Marcos Loures**

Foto de fina

texto tirado do livro "o pequeno principe"

"Tu te tornas eternamente responsável pelo que cativas...Cada um que passa em nossa vida passa sozinho, pois cada pessoa é única, e nenhuma substitui outra.Cada um que passa em nossa vida passa sozinho, mas não vai só, nem nos deixa sós.Leva um pouco de nós mesmos, deixa um pouco de si mesmo.Há os que levam muito; mas não há os que não levam nada.Há os que deixam muito; mas não há os que não deixam nada.Esta é a maior responsabilidade de nossa vida e a prova evidente que duas almas não se encontram ao acaso." "Tu te tornas eternamente responsável pelo que cativas...Cada um que passa em nossa vida passa sozinho, pois cada pessoa é única, e nenhuma substitui outra.Cada um que passa em nossa vida passa sozinho, mas não vai só, nem nos deixa sós.Leva um pouco de nós mesmos, deixa um pouco de si mesmo.Há os que levam muito; mas não há os que não levam nada.Há os que deixam muito; mas não há os que não deixam nada.Esta é a maior responsabilidade de nossa vida e a prova evidente que duas almas não se encontram ao acaso.
" ninguém que ja leu o livro, jamais esqueceu..

Foto de Carmen Vervloet

Perdão

Sentimento que brota do coração
Expurgando qualquer ressentimento
Jamais espera compensação
Nem mesmo reconhecimento!

A alma como pluma a voar
Leve tênue pétala ao vento
Conjugar do verbo amar
Alegria imantada no tempo!

Muda a face cerrada do rancor
Preenche a vida em luz e cor
Sentimento por Deus abençoado
Escudado por anjos alados!

Trás a paz, sua maior companheira,
Sol nascente dourando a cordilheira!

Carmen Vervloet

Foto de Samantapaz

Não Queria..

Não queria te perder
não queria te deixar
não queria que acabasse os nossos sonhos.
Não queria te ver com outra
não queria chorar
não queria que me enganasse
não queri que eu me enganasse.
Não queria te olhar
com um olhar de tristeza
com um olhar de decepção.
Não queria ver as pessoas rindo e mim.
Não queria que meus olhos enchessem de lagrimas
larimas que não poderiam ser vistas por voce.
não queia te deixar
não queria esquecer os nossos momentos
não queria esquecer os nossos sorrisos.
Não queria chorar
não queria te esquecer
não queria que voce me esquecesse.
Não queria te perder
não queria te deixar.
Mas hoje não sei o que sentir
não sei o que fazer
mas sei que a dor é menor do que ontem
e maior do que amanhã.
Valeu a pena esar com você,
você não queria que nossos momentos acabassem.
E mesmo não querendo,
você me magoou,
você me machucou.
Um dia tudo se acerta.
Só queria que soubesse....
Não queria te perder
Não queria te deixar.
mas aos poucos você me perde
e aos pouco você me deixa.

Um dia sonhamos...
...um dia o sonho acaba.

Foto de Cecília Santos

PULA, PULA NA PANELA (POEMA INFANTIL)

PULA, PULA NA PANELA
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Coloquei os grãos de milhos.
Dentro da caçarola.
Mas eles são tão travessos.
Logo começou a euforia.

Todos de roupinhas amarelas.
Um verdadeiro batalhão.
Rolavam pra lá e pra cá.
Na maior agitação.

Pula, pula na panela.
Pula, pula sem parar.
Está um calor danado.
Que não da mais pra parar.

De repente a caçarola.
Quietinha se tornou.
Ao destampar a panela.
Vejam só o que encontrei!

Os travessos milhozinhos.
Agora estavam branquinhos.
Iguais pedacinhos de algodão.
E nuvenzinhas no céu.

Com cheirinho delicioso.
Foram logo descobertas.
E as crianças felizes.
Se juntaram na cozinha.
E num piscar de olhos.
Devoraram as pipocas.

Direitos reservados*
Cecília-SP/08/2008*

Foto de Darsham

A vida do Pesadelo

De quando em vez, em momentos inesperados, carregados de significados surgem no meu pensamento pequenos pedaços da vida, vistos de diferentes vertentes e ocasiões, que me fazem pensar…
Pensar, analisar, questionar o nosso papel como seres humanos, individual e colectivamente neste mundo que nos foi dado, e que posteriormente e numa constante e frenética actividade se modifica ao nosso bel-prazer e à existência das nossas pseudo necessidades.
É-se mil pessoas numa só e ao mesmo tempo não se é ninguém.
Somos os catalisadores das nossas destruições…somos fúteis, e buscamos o prazer momentâneo sem nos preocuparmos com as futuras consequências, que se traduzem na devastação completa de tudo o que temos desde que nos entendemos por gente.
Foi-nos dada a possibilidade de podermos ter o direito de escolher, de ter sempre dois caminhos por onde seguir, sem nada ser imposto nem obrigado, mas com a consciência advertida de que existe um mau e um bom caminho, e que nos cabe a nós construir a nossa consciência, estruturando-a de acordo com a capacidade de distinguir o certo do errado. Esta capacidade traduz-se pelos valores, os nossos valores e que nos comprometemos a viver de acordo com eles, por serem comuns a todos e para que seja possível uma existência pacífica e um usufruto repartido, consciente e justo sobre tudo o que nos é dado sem ser pedido nada em troca: os nossos bens mais preciosos e que são determinantes para a continuidade da nossa existência, os nossos pontos de orientação que nos permitem perceber que a nossa liberdade acaba quando começa a do próximo.
Afirmo com toda a intensidade, que somos abençoados com pequenos privilégios que se estendem pelos nossos 5 sentidos e nos deixam extasiados…sensações únicas, momentos inigualáveis, visões que mais parecem alucinações, ilusões, sons que nos penetram a alma, deixando marcas em nós e ainda a capacidade de podermos esboçar um sorriso de felicidade quando, sem sequer precisar de olhar, sentimos que alguém querido veio até nós (eu sorrio só de pensar).
Somos seres dotados de extrema sensibilidade e inteligência e temos uma exclusividade que nos torna diferente de qualquer ser vivo que exista no mundo…podemos sentir o amor, sentimento tão sublime, que ninguém, em parte alguma o consegue descrever com precisão e exactidão. Sublinho, somos abençoados, 1, 2, 3 vezes, mil vezes por acordarmos para um novo amanhecer, em que abrimos a janela e nos deixamos lavar pela vida …
Verdade, somos acima de tudo ridículos por ter tudo e passarmos a vida acreditar e a lamuriar que nada se tem, destruindo assim, gradualmente o que na nossa cegueira de querer sempre mais, não vemos, ou vemos e ignoramos, já que é essa a nossa natureza, desvalorizar coisas importantes…
Por vezes temos rasgos de sanidade e prometemo-nos a nós próprios que vamos modificar a nossa atitude perante a vida e os outros, mas depressa nos esquecemos, e promessas são levadas pelo vento…
Vivemos numa guerra constante, connosco e com os demais, pelas mais diversas razões, de uma forma continuada e impensada, porque agimos através de ímpetos, que não procuramos controlar, de impulsos que se assemelham aos dos animais, como se todo o mundo fosse uma selva.
Construímos muros em cima de histórias, colocamos pedras sobre o ar que respiramos, valorizamos o mau em detrimento do bom, por o vivificarmos e vivenciarmos constantemente sem dar espaço para a alegria entrar…nós sufocamos a alegria e o bom senso…
Representamos na maior longa-metragem alguma vez feita, numa constante troca de papéis, e nunca acabamos por perceber qual é realmente o nosso. Em vez de nos regermos pelos nossos supostos valores, estamos mais preocupados em agradar este ou aquele, pensando o que poderemos obter dali. Vivemos na era da hipocrisia. Estamos sempre prontos a apontar o dedo, a julgar, como se nós próprios fossemos o modelo inquestionável de perfeição. Representamos o chefe sisudo, de mal com a vida, porque já não ganha tanto como ganhava com o negócio; a colaboradora, que desconhece o simples significado de sorrir, e mostra claramente que está ali a fazer um frete; o médico que nos passa a receita sem sequer olhar para nós; a senhora reformada que passa as tardes no café, falando da vida de toda a gente, criticando e apontando o dedo; a proprietária do pronto-a-vestir, que nos diz que a roupa nos assenta como uma luva, quando nos vemos ao espelho e nos assemelhamos a algo parecido com um ET; o senhor que vende peixe no mercado, e que afirma estar fresquinho, quando o peixe já está completamente vermelho de tanto gelo que levou em cima para parecer “fresquinho”; o político que faz promessas que nunca se virão a cumprir; a professora que está mais preocupada em que os alunos façam tudo certinho e em silêncio, do que propriamente em ensinar, orientar e formar futuros cidadãos; o polícia que está mais preocupado em caçar multas do que velar pela segurança da comunidade; a eterna mãe preocupada e sofredora, que vive num constante receio no que diz respeito ao caminho que os seus filhos irão seguir e que faz disso uma obsessão; o pai que sai do trabalho, cansado e que em vez de ir para casa, segue para o café, onde bebe cerveja atrás de cerveja, até que lhe vão buscar ou até ao fecho do café e que quando vai para casa culpa a mulher por todos os seus infortúnios; o (a) filho (a) certinho (a) que segue à risca tudo o que lhe é incutido no seu seio familiar e que não constitui problemas em contraste com o (a) filho(a) despreocupado(a), que quer curtir e vida, sem perder tempo com coisas que não interessam, procurando sensações cada vez mais arrebatadoras, fortes e loucas, porque é nelas que conseguem agarrar, ainda que efemeramente estados de completa euforia que acreditam conter o segredo milagroso para uma vida plena, e principalmente sem tristeza; a menina gordinha, que na escola é ignorada e gozada pelos seus colegas, em contraste com a menina popular, com quem todos querem brincar; a eterna sonhadora que acredita que a vida é um sonho construído em cima de um castelo de areia; o casal, que cheio de dívidas mal consegue dormir e discute a toda a hora questionando-se sobre como a vida de ambos teve aquele rumo…
Os ricos…os pobres… os arrogantes…os educados…os maus…os bons…os egoístas…os altruístas…os sensíveis…os insensíveis…eu…tu…os outros…nós…
Somos uma mescla de matéria mexida e remexida, produto de nós mesmos e dos nossos ardis, onde a genuinidade se extinguiu…
Vivemos assentes numa liberdade ilusória, mascarada…vivemos mais presos que um detido por homicídio. Nós construímos as nossas próprias barras de ferro, fechamo-nos dentro de algemas e jogamos a chave fora.
E a simplicidade? E a alegria de estar vivo e sorrir sem ser preciso ter um motivo? E a partilha? E a vida, só por ser vida e vivida?
Só existe esta e enquanto não tivermos a plena consciência desse facto e que também passa muito depressa vamos cavando lentamente a nossa própria sepultura e acabamos por ser autores, em parte da nossa passagem para outro mundo que não este.
Sonho e anseio por um dia em que todos nós vamos acordar e perceber que não somos personagens de um pesadelo constante e irreversível, mas sim de uma vida que teimamos transformar nesse pesadelo que já pensamos viver…
Vamos então todos juntos acordar num grito de esperança??? Um dia…um dia, quem sabe…

Foto de Coyotte Ribeiro

Paixão

Aqui estou...
Em silêncio, a beira do mar...
É fim de tarde e o sol já adormece
A lua procura seu espaço
Buscando a iluminação
Observo então o som do vento
Que suave como a sua voz
Carrega o seu perfume
Sinto o cheiro da nossa paixão
E com grande emoção
Nasce a vontade de correr
Pular, gritar, aplaudir
Tamanho é a alegria de te amar
E nada que não possomos superar
Nada é capaz de nos atrapalhar
A inveja, o ódio, a angústia
A condenação sem culpa
O julgo sem razão...
NADA é capaz de obstruir esse amor
Que nasceu em plenitude divina
E viverá eternamente
Por saciar o maior dos prazeres
Em aprender a suprir todas as
Dificuldades que existirem
E bem sei que juntos
Saberemos como superar
A cada desafio que surgir
Basta apenas ouvir ao
Coração um do outro
Acreditar que podemos vencer
E fazer merecer a existência
De um na vida do outro
Em simples palavras
TE AMO!
Em simples atitudes
TE AMO!
Em pequenos detalhes
TE AMO!
Não importa como, desde quando
Ou porque...
Simplesmente e confiantemente
TE AMO!!

Foto de Carmen Lúcia

"Prece"

Caminhe comigo, Jesus!
Abranda as batidas de meu coração,
acalma minha mente...
Tu podes!Tu ...somente!
Mostra-me a eternidade do tempo
reduzindo meu ritmo apressado,
ansioso, estressado...
E ao meu cotidiano, de agitações tamanhas,
apresente a tranqüilidade das montanhas...
E a brisa que vem aliviar
com o vai e vem das ondas do mar...
Que a musicalidade mansa das águas dos rios
seja serenidade para meus tensos músculos...
E nervos em desvarios...

Conceda-me o prazer de parar e contemplar
a beleza de uma flor...
Abraçar um amigo de infância...
Afagar uma criança...
Mergulhar na fantasia...
Ler uma poesia...

Abranda meu passo, Senhor!
Para que eu possa sentir
entre ruídos e lutas incessantes
a Tua presença constante...

Abranda meu passo, Senhor!
Para que eu abrace a esperança...
Ajude o meu próximo
e cale-me para ouvir Tua voz.

Abranda meu passo, Senhor!
E inspire-me a plantar e cultivar
em solo produtivo, valores duradouros...
Para que eu possa crescer até as estrelas
e cumprir minha maior missão!

(Carmen Lúcia)

Foto de Lonely_Eagle

Como me tornei Executivo III

Como estava contando no episódio anterior, no final de 1979, tive de enfrentar novo desafio. Descobriu-se q a Divisão de Finanças não vinha calculando corretamente o crédito de insumos (Matérias Primas e Materiais de Embalagem) usados em Exportações.... Explicando:
Normalmente qdo uma empresa compra Mat Primas ou Embalagem,
ela se credita dos impostos q vêm inclusos na NFF, e se debita na NFF de venda do produto final. Mas, como no caso dos defensivos agricolas, o produto final não é tributado, como forma de incentivo aos agricultores, a industria não se creditava qdo da compra dos materiais, pq ela não se debitava na saida. Porém, se tratando de exportações, como não fazia sentido exportar imposto havia uma necessidade de se calcular o imposto e se creditar...
E como;
-a nossa fábrica destinava 40% da nossa produção à Exportações;
- podiamos produzir 15 000 t/ano de Fungicidas à base de Cobre!
-nossa principal mat prima, Sucata de Cobre, era comprada à vista
e paga cash, custando US3000/ t, com consumo de ca. 500 t/mês.
- e isso fora as demais Mat Primas e Embalagens....
Peço desculpas pela explicação financeira acima, mas os valores de
q estamos falando são significativos, cerca de US$ 250 a 300 mil/a em tributos. Qdo se descobriu q o pessoal de Finanças não estava calculando corretamente os valores dos créditos, imediatamente começou uma discussão de quem é q saberia e poderia fazer tais cálculos... Bom vcs já devem ter advinhado quem foi o premiado!
Foi aí q passei o meu primeiro Natal fazendo Hora Extra.. Todas as Fábricas do Complexo pararam de trabalhar, dia 20 de Dezembro. Nosso churrasco de final de ano foi no dia 22... Eu parei no dia 23
qdo passei o útimo telex para SP informando os valores corretos!
Tinha conseguido marcar um tremendo Gol (US$150 mil a mais no Resultado da Divisão daquele ano) e descobri q tinha uma linha só minha, na D R E (Demonstração de Resultados do Exercício) da cia. Me senti muito importante, principalmente pq durante o churrasco de final de ano recebi um elogio do Gerente Industrial da Fábrica... E receber elogio de suiço é uma das coisas mais dificeis, pq para os
mesmos se vc fez bem a sua tarefa, cumpriu com a sua obrigação!
Para ser elogiado e públicamente como foi o caso, vc tem q fazer o maior feito q se possa imaginar. Pra eles tudo tem q funcionar bem.
Eles são relógios perfeitos, são suiços!!!
Bom a partir dessa data, eu já tinha conseguido justificar o salário q recebia e a partir daí comecei a minha ascenção dentro da cia...
No próximo texto irei contar como foi a minha primeira reunião em SP na matriz, rsrsrs .... Foi ótima!!!
continua...

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