Luz

Foto de Pedro Rodrigues1969

Dia Sº Valentim…

Dia Sº Valentim…

Dia dos namorados…
Abro o meu livro das memórias…
A uns anos a traz…
A traz de um balcão…
Sentia um vazio em mim…
A porta abriu-se… fez-se luz…
Eras tu… eras tu…
Teu ar de menina… angelical…
Fez-me pensar…sonhar…
No amor a primeira vista…
O teu olhar e sorriso…
Preencheu-me …conquistou-me…
Tu eras quem eu esperava…
E com esse sonho fiquei…
Sorte do acaso… obra do destino…
Foi Deus… não sei…Mas encontrei-te…
Minha namorada… amada…companheira…
Autor
Pedro Rodrigues

Foto de Pedro Rodrigues1969

Foi a tua voz…

Foi a tua voz…

Falas-te da força do teu olhar
Que com ele tudo consegues
Mas foi a tua voz
Que me fez despir de preconceitos
Dancei a dança dos ventos
E fizeste-me cantar
Sem jeito para tal

Mas vou continuar a cantar
Em quanto te sentir como
A luz que entra todos
Os dias em meu quarto

Vou saborear ao máximo
Tua alma, teu ser
Em quanto quiseres ser minha
Continuarei a ter este sonho farto

O sonho do amor pleno
De pura emoção
Sentir sempre o nosso abraço
Envolver-te em meus laços

Encostar
Nos teus lábios…e boca
Sentir teu gosto
Ficar desorientado e louco

No anoitecer
No amanhecer
No acontecer da vida a dois
Autor
Pedro Rodrigues
4:30 14-12-09

Foto de Arnault L. D.

Tinta vermelha II

Aqui, no papel,
eu posso chama-la de amor.
A vestir, despir, dispor...
Caminhos infindos, carrocel...

E posso assim,
transpor distancias e leis
e ao que quiser, eis...
Trarei a luz, meio e fim.

No compor múltiplas folhas,
sem deixar pautas em branco.
Das cores, primas; dos sons o canto.
Ao destino contraponho as escolhas.

Já que a realidade limita.
faço sonhos, escrevo poesia,
quebro a linha tênue que atavia
ao que o amar vem e me dita.

Minha mão lhe acaricia enquanto grifa
A caneta segura a mão que lhe afaga,
Que ela, sua boca me traga, enquanto traga,
no beber de seu beijo que me rifa...

Se não as ler nem palavas são
pois, reverberam apenas no sentir
e elas estão fora de mim, e onde ir.
Eis-me do avesso, tinta vermelha do coração

Foto de Marilene Anacleto

Chove

Chove. Vejo a lagoa pelo vidro da janela.
Na casa verde, crianças debaixo das cobertas,
Sequer se pode deixar a porta aberta.

Gotas abalam a projeção da água,
Afogam as formas outrora espelhadas.
Somente círculos em constante caminhada.

Peixes continuam seus desígnios.
Embora na superfície haja perigo,
O fundo é segurança e abrigo.

O vento, ao fazer cócegas nas árvores,
Provoca-lhe risos, descompassa os galhos,
Devolve à terra, o orvalho armazenado.

Mas, quem assiste vê choverem diamantes
Iluminados pelo fugitivo raio errante
Que, entre nuvens, atira a luz fulgurante.

Aos olhos, extasiados pela beleza,
Acontece o caos nas águas da Lagoa
Da parceria entre vento e luz acesa.

Com estranhos movimentos dançantes,
Entre lâminas de águas nas janelas,
Segue a vida no interior da casa verde.

Foto de Marilene Anacleto

Até que a Morte Os Separe

Um casamento de sonho
Com dois filhos preciosos
De repente, a doença que devora.

Lividez de lua
E a alma nua
Na cama, imóvel, espera.

O homem forte e bom,
Motorista de caminhão
Agora, já não mais corre.

Ela, olhos marejados
Não deixa cair a lágrima
Para que ele não chore.

Desfaz-se em boas comidas
E em noites mal dormidas
Para manter a vida acesa.

Que desça sobre a família
O invisível Espírito Celeste,
Invocado e implorado em preces.

E que tenham luz e amor
E recebam carinho e afeto
Enquanto a cortina não desce.

Foto de Marilene Anacleto

Asas de Manteiga

Asas de manteiga, atraídas pela beleza
Das ondas esmeraldadas, mergulha com firmeza.

E, com as asas pesadas, traída pela pureza
Da luz, pelo sol acesa, crê-se no mar afundada.

Mão generosa chega, toma firme a borboleta.
Com um sopro delicado torna-lhe as asas secas.

Leva-a às dunas distantes com vigorosa relva.
As asas já movimenta, retorna à vida primeva.

Quisera que em meus amores, esfacelados de sonhos,
Houvesse uma mão amiga para me tirar do abandono.

Voaria sobre dunas douradas e, com brilhantes asas leves,
Viva um novo amor no tapete orvalhado de relva.

Estive assim tão presa num espelho que não era.
E, meu intenso amor foi apenas uma quimera.

Foto de Carmen Vervloet

Rafael, Luz da Minha Vida

Você chegou, doce criança,
trazendo luz para meu lar
e neste tempo de bonança,
ondas de felicidade no ar.

Um riso gratuito, tagarela...
Conversa até com os gerânios da janela
e perfuma todo o ambiente
deixando meu coração sempre contente.

Lá fora o inverno que arrepia,
aqui dentro a primavera discordante...
Botão que se abre em alegria,
néctar que se faz mel tão abundante!

E eu adivinho seus pensamentos
e volto junto a você a ser criança
correndo de mãos dadas pelo apartamento,
brincando de pique com a esperança.

Foto de Izaura N. Soares

Nas Águas do Destino (SONETO)

Nas Águas do Destino
Izaura N. Soares

Dos sonhos que um dia, eu sonhei no passado,
Foi só aquele bem sonhado no verão,
Enquanto o sol brilhava em meu coração,
As ondas do mar dançavam a nado.

Ouvia-se o som no alto mar ondulado,
A navegar se, sobre as ondas do amor,
O grito que gritava sobre um clamor,
Era o mesmo som suave e apaixonado.

O amor navegava se, em luz do luar,
Entre os sonhos do verão que se passou,
Que buscava se, esse amor em beira-mar.

Um breve instante de desejo atuou,
Permitiu a paixão nas águas serenar...
E o encanto do destino; serenou!

06/10/2011

Foto de Rute Mesquita

VIAGEM

Sentada com o sol poente imagino-te em viagem… baloiçando os pés, tento despistar este nervosismo, em contornos de uma ansiedade que me esmiúça, encontro-me envolvida em pensamentos… e pouco tenho para imaginar. A nossa ligação forte faz-me chegar até ti e sentir-te.

Olhando o sol que se despede de mim e o céu a decompor-se em tons laranjas avermelhados, brotam-me as saudades pelos vales do meu corpo, pelas fossas das minhas experiências, pela minha pele ainda jovem que se arrepia por vasculhar sozinha, este manto extenso, diante os meus olhos.

Em viagem estás meu amor, enquanto desabafo e me pinto deste céu malhado de tecidos aquecidos.
Fecho os olhos, num respirar profundo, abraço-me fazendo do meu braço esquerdo, o meu cachecol. Aquele teu mimo… ainda te lembras? O afago que de longe me mandaste ao vento, quando a palavra ‘distancia’ ainda tinha uns quilómetros acrescidos pelo nosso querer faminto.

Deixando-me levitar pelos momentos que visiono sem ver, pelos sentires que sinto intensamente, sem sentir (literalmente), recordando-me e alegrando-me por ser eu, uma das tuas viagens favoritas e habituais vejo-te, sem que nunca cesses, num dedilhar delicado, tocando as minhas veias de aprendiz, como se de uma linda e melodiosa harpa se tratassem. Sinto-te soprar o meu coração, enchendo-o do teu ar puro, fá-lo bombardear, fá-lo executar a sua função, mas mais que toda a complexidade do meu ser (humano), fazes-me viver assim, desta forma tão viva, tão humana. Fazendo de mim deusa, sereia ou qualquer outra figura mitológica, lanças-me a este mar imenso de sonhos.

Hoje, na tua ausência, adormeço assim que a lua me inunde com a sua luz de neve, numa brisa suave que me fará encolher e dormitar aconchegada. Adormeço sem pressas de acordar… dormirei sem que o tempo me seja uma preocupação tentadora e para esta viagem paralela à tua, trago todos os meus projectos de vida a teu lado para a nossa realidade e vivo-os por intensos momentos, quando sem dar por isso, regressas em passos de veludo, para me acordar com beijos suaves e sussurrares angelicais.

Foto de janie

TEMPO BOM QUE NÃO VOLTA MAIS!

saudades da minha infância!
Meu tempo de adolescência!
tempo duro, sem regalias...
Mas que os vivi com alegria!

Saudades da amada escola
Onde hasteava a bandeira!
cantando o hino nacional...
Foi que aprendi a letra inteira!

Saudades de uma harmonia
De quando família se unia!
Filhos, netos e afilhados...
Aos mais velhos obedecia!

Saudades da casa simples
antigo piso de madeira!
se polia com um escovão!
Não tinha luz, nem enceradeira!

Saudades da penumbra...
da luz de um lampião!
Saudades do cheirinho bom
Da mamãe assando pão!

Saudades das luas cheias
Saudade das nossas fogueiras!
das modas dos violeiros...
Da sanfona e dos pandeiros!

Saudade de escalar arvores
Supondo que o céu tocaria!
E quanto mais alto subia...
Mais sonhava e me iludia!

Saudades da capelinha...
Tão longe de casa ficava!
Saudade da mestra Aninha...
Com paciência me ensinava!

Saudade da era dance!
Que eu dançava até ficar torta!
"Dos embalos de sábado à noite"...
Olivia Newton e John Travolta!

Saudades do samba rock!
Das rodas de samba e saia rodada!
Saudade das travessuras...
Saudade até das chineladas!

Saudades lá da represa...
Dos banhos de água gelada!
Do meu medo de atravessar
Uma pinguela que balançava!

Saudades da água de poço
Não tínhamos água encanada!
Conseguiamos com o sarilho...
E um balde na corda amarrada!

Saudades daquele tempo...
tão bom que não volta mais!
Não se usava fechar as portas...
mesmo assim se dormia em paz!

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