Lume

Foto de Carmen Vervloet

Verde Olhar

Verde olhar

No outono da vida,
Parto em busca da esperança...
Quero cicatrizar a ferida
Aberta na crepuscular dança!

A coragem é meu alento...
Minha força é meu desejo...
Sigo entre as trilhas do vento...
Minha vontade manejo,
Ao som de harpas e realejo!...

Vôo por imensos espaços...
Persigo da andorinha, o rastro...
Pouso meu verde olhar
Num lume estelar...
Que pisca a me guiar!...

Faço uma curva no tempo...
Retorno por outro caminho...
Solta ao relento... Em passo lento...
Piso em tenras folhas de mansinho!...

Volto ao tempo de criança...
E no baú de meus guardados
Encontro à esperança
Entre sonhos empoeirados!...

Limpo a poeira...
E tudo fica iluminado!...

Carmen Vervloet

Foto de josedourondo

PENSO EM TI

Penso em ti quando enamorada
navegavas num mundo de ilusão,
teus olhos meigos na face rosada
eram liras dedilhadas com emoção.

Amar esses olhos como escravo,
beijar essa boca colorida,
e tuas lágrimas secar com afago
era o maior sonho da minha vida.

Meu amor era um rio em caudal,
era o pão na mesa do apaixonado
e o fruto amargo e desejado…

Era a dor que abraçava divinal,
o fel que me queimava como lume
e me enchia a alma de azedume.

Foto de Carmen Vervloet

Voa Coração

Voa Coração

Ouço o vento
Gemendo de paixão.
Abro a janela
E solto o coração.

Voa coração, voa livre...
Chega de dor e ilusão!
Ouça a voz do vento...
Siga-o...
Leve qualquer sofrimento,
Volte pleno... Isento... Ameno...
Siga o vaga-lume
Busque seu lume.
Entorne nas profundezas do oceano
Os seus desenganos.
Tire a sua âncora do outro coração.
Corte as amarras
Esqueça o tempo sofrido
Ilha sem comunicação
Barcos a pique
Você perdido em solidão
Amor um tormento
Folhas secas pisadas ao chão.
Um pranto, sem água,
Olhos sem brilho,
Você minguando de paixão.
Afogando-se em mágoas
Desagradável sensação.
Volte quando conseguir
Dizer adeus
Para um amor que jamais
Foi seu!

Carmen Vervloet

Foto de Lou Poulit

Donde Seu Olhar Me Entranha

Donde o seu olhar me entranha

n’alma a sanha de ser mais nobre

e de gastar cada cobre seu

pagando às estrelas lá do céu?

Donde? Ele arremeda um nicho,

espelhado mar de um calmo cais

onde o veleiro sonha com a paz,

repousa as lonas do capricho:

Devoção d’alma cessa jamais.

Donde o olhar sereno esconde

o lapso ingênuo, contundente?

A lápide aceita o nascente,

valente, inerte e soberana

de si, do sol e das estrelas,

de grandeza e miséria humana,

mísera de arroubos, querelas...

Dona das lágrimas de orvalho

deita o olhar, um pálio ao meu pisar,

passar do meu pesar doído,

de lembranças tão vãs vestido.

Donde água doce me oferece,

fadado a possuir carinho

de ondas que me assanham o coração,

ventos se arremessam ao caminho,

mastros, bandeiras e cordames?

Me acossam com fulgores infames,

que emprenham de múltiplas cores

minhas dores de parto, às portas

de íngremes versos, parcas rimas

que julgava, há muito, já mortas!

Como voltasse do vindouro

na mesma trilha em que me embrenho,

sob um poente quente e louro,

prestes a vestir o negrume...

A abraçar seu lume me empenho.

Porque seu olhar permanece

em mim e me vê quando, em prece,

reconstruo n'alma o seu altar.

Porque as dores, quaisquer que sejam,

nunca almejam vencer seu olhar.

Foto de TrabisDeMentia

Espera

Espera...
Deixa-me lembrar como foi bom
As tuas mãos nos meus cabelos...
No meu peito...
Pelas minhas costas...
Chegaste mansa com um segredo
Largaste-o na minha boca
Usaste o ímpeto do meu amor e te atiçaste
Lembras-te?
Do jeito com que te guiei pelos lençois?
Directa ao sonho, ao dislumbre?
Me escaldei em teu lume
Saltei do meu mundo pra mergulhar no teu!
"Vem, vem..."- dizias,
E eu?
Ía!
Corría sim!
Cheguei e ao te tocar parti...
Me igualei a ti em fantasias!
E quando em lume brando,
Já no rescaldo,
Veio um "te amo"
Foi tão bom de se ouvir!
Foi tão bom de escutar
Neste colo tão perfeito
Que é o eco do teu peito
O meu amor a palpitar...

Foto de M.Veríssimo

No Meu Poema

No meu poema
escrito em sangue,
escrevo com o corpo
da alma, nua
aberta e exangue
vaga no sentido
carregada de sentimento
pleno e pungente

No meu poema
choro a felicidade
de te ter respirado
de termos dançado nus
despidos de mágoa
vestidos de saudade
na dança dos sentidos
soltos, efémeros

No meu poema
esvaio-me exausto
derramado em jorros
de luz e sombra
delineando o teu contorno
venerando a tua imagem
gravada a lume
na carne viva
da minha memória

No meu poema
me entrego rendido
nos teus braços

Foto de laurinda malta

Brinde ao Amor

Brinde ao amor

Em taças de bom brinde,
Vinho de Porto moscatel,
Estimulo de cálice finde,
Amor em sincera lua-de-mel.

E o nosso luar romântico...
Gracejos de tímidos risos...
Olhares de meigo cântico...
Beijo acostado em sorrisos.

Cálices elevados em cume,
Elevam o espírito e o amor;
O corpo fica aberto em lume,
E o desejo brinca com o calor.

Amor apaixonado e sensual...
Brincadeira fresca de lençol...
Lua-de-mel em orgia cultural,
Pombinhos arrolham seu paiol.

Na oração de Deus benzida,
Para que no amor se prossiga...
Abençoados numa doce vida,
Amor casto em sabedoria viva...

Brindemos amor e compreensão,
Paz, tolerância e muito respeito;
Capacidade de resolver situação,
Em maturidade o tempo inteiro.

Foto de josedourondo

PENSO EM TI...

Penso em ti quando enamorada
navegavas num mundo de ilusão,
teus olhos meigos na face rosada
eram liras dedilhadas com emoção.

Amar esses olhos como escravo
e beijar essa boca colorida,
secar tuas lágrimas com afago
era o grande sonho da minha vida.

Meu amor era um rio em caudal,
era o pão na mesa do apaixonado
e o fruto amargo e desejado…

Era a dor que abraçava divinal,
o fel que me queimava como lume
e me enchia a alma de azedume.

Foto de DENISE SEVERGNINI

AMOR APAIXONADO

Busco nas estrelas o lume dos teus olhos
Farol precioso a guiar meu caminho
Pouco sou sem teu amor dedicado
Folha morta no solo jogada
Teu semblante acompanha meus sonhos
Velando horas do repouso sagrado
Amor das minhas noites apaixonadas
Onde busco meu celestial abrigo
Por estar a teu lado, anjo amigo
Entre quimeras, sonhos , utopias
Busco em ti, meus momentos de magia
Romântica , em teus braços encontro harmonia
As palavras doces proferidas por tua boca
Deixam em mim conforto e paz
Longe de ti, perco meu rumo
Como barco à deriva, longe do cais
Eu te amo com o mais puro sentimento
E no momento, em que tu chegas atrevido
Desperto minhas sensações mais íntimas
E te falo, mansamente, ao ouvido
Todo o prazer que sinto em teu amor

DENISE SEVERGNINI

Foto de Katia_Pimenta

O AMOR EM PORTUGUÊS DE PORTUGAL - MUSICA 2

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Luis Represas

Feiticeira

♥☆♥▄ ♥☆♥▄ ♥☆♥▄ ♥☆♥

De que noite demorada
Ou de que breve manhã
Vieste tu, feiticeira
De nuvens deslumbrada

De que sonho feito mar
Ou de que mar não sonhado
Vieste tu, feiticeira
Aninhar-te ao meu lado

De que fogo renascido
Ou de que lume apagado
Vieste tu, feiticeira
Segredar-me ao ouvido

De que fontes de que águas
De que chão de que horizonte
De que neves de que fráguas
De que sedes de que montes
De que norte de que lida
De que deserto de morte
Vieste tu feiticeira
Inundar-me de vida.

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