Loucura

Foto de Paulo Gondim

Monitoração

MONITORAÇÃO
(Paulo Gondim)
06.07.2000

Não me diga o que eu posso ou não
É o meu viver
Medido pela solidão
Esculpido no sofrer
Alimentado pela paixão

E o sonho se perde
Na loucura dos meus pensamentos
Vejo a morte
Fujo da vida
No canto triste desse meu lamento

Não me diga o que eu quero ou não
É o meu sonhar
Nascido da dor
Dessa cega crença
Que da tua ausência
Não vou me livrar

E sem rumo certo
Vai meu caminhar assim
Trilhado na tristeza
Cercado de incerteza
Pois sei que meu calvário
Nunca terá fim

Não me diga o que eu sinto ou não
Não me faça preso de sua vontade
Não me tire a força de minhas palavras
Amargas, frias
Sem fantasias
São apenas ecos de sua saudade

Foto de Soninha Porto

DORMI COM VOCÊ!

Dormi leve
sentindo teus olhos em mim...
espantados
gulosos
tocando-me suaves
quase deu pra sentir
a ânsia louca
a voz rouca
indecente a tecer
finos acordes do tesão
da paixão.
Desfrutei ...
virei vertedouro
de minha loucura por tii
versos tocaram meu ser
o puro eu...
ah, poeta...
trazes alegorias
às alas da minha existência
tão suavemente!...
Esfogueado tomas meu corpo
lírico amante
enfeitiça meus desejos
exibes o cerne impetuoso
sedento...
fragmentos desvendados
de vivências amorosas
tão encantadoramente...
o sono reteve teus abraços
os sonhos teus beijos
desenhou na alma
o profundo gozo
escreveu no tempo
o nosso lindo amor.

SONINHA PORTO

Foto de Daemon Moanir

Sejamos paixão

Toma a loucura que em mim à tanto perdura,
Ama-a e torna-a, também, tua.
Vivamos os dois juntos, na mesma casa, na mesma cama.
Troquemos os segredos para aliviar a vida de nossos pesos.
Partilhemos lábios e língua e coração,
Caibamos um dentro do outro, então.

No final seriam gritos e espasmos de tensão a aliviar,
O prazer das tuas mãos e coxas a abrandar,
Mas a dares-te a um prazer ainda maior
A paixão do corpo a amor da alma se tornar.
Que em desfecho sejamos apenas duas almas juntas
Ficando na suave inércia do momento a pairar.

Foto de Paulo Gondim

E o sonho... acabou?

E O SONHO... ACABOU?
Paulo Gondim
01.10.2006

Vejo o sonho definhar
Perdido em mil preconceitos
Vindo em jatos imperfeitos
De uma plebe rude, vulgar
Que nem sequer sabe sonhar

E cospe no prato aberto
Do pouco que tem por perto
Essa gente insana, desumana
Que se alastra como grama
Na sua pobreza, na sua prole
De pouco caráter, de pouca índole

E vão cobertos de vergonha
Escondidos, em caravanas
Como predadores, meros impostores
Inconscientes, porém lascivos
Figuras marcadas, velhos conhecidos
Se vendem por pouco
Por um preço vil
É assim que é
E sempre existiu

E o sonho... O sonho findou?
Talvez, pra quem muito sonhou
E na sua loucura, até ousou
E se viu só, na sua amargura
Desolado, decepcionado
Posto de lado, pobre criatura

Necessário sonhar, sonhar é preciso
Como navegar, como a vida, é preciso

Um sonho pequeno, um sonho esquecido
De poucos desejos, de tempo perdido
No pelejar diário, incompreendido
Que a muitos se deu, e se tem dado
E hoje se vê, por todos negado

Essa gente bronca, essa gente à toa
Não sabe que afunda em sua canoa
Mesmo assim insiste, na trama persiste
Na obscuridade, na falsidade
E rir de si mesmo, de sua desgraça
Não ver o perigo que lhe ameaça
Diz não ao sustento e nesse momento
Mergulha no escuro, num negro futuro
Que se avizinha, pra logo chegar
Para esses incautos, não tardará
É o fim do sonho, num mundo medonho
Pra quem quis sonhar.

Foto de Civana

Chegando aos "enta"... (Escrito em 7/09/2002)

Faltam nove dias pra passar dos "enta"... Como será isso? Olhando no espelho não ocorreram muitas diferenças, alguns pequenos traços de mágoas do tempo. A cabeça, embora lute incansavelmente com as deprês do dia a dia, está muito boa. Lembranças tristes insistem em marcar presença, mas as boas quando querem ser lembradas superam qualquer expectativa.

Vivi muito? Não sei, acho que não. Talvez metade do caminho, pois tenho muita sede de viver ainda! Posso até dizer que vivi muito, quando vejo mulheres na minha idade que não conheceram, nem experimentaram metade do que eu tive oportunidade. Vivi muito porque fui ao Rock In Rio I. Vivi mais ainda porque pude recepcionar todos os grandes cantores que fizeram parte daqueles dias mágicos! Na época trabalhava no Aeroporto Internacional do RJ.
Vivi a loucura da Madonna e o delírio dos Rolling Stones no Maracanã! E voltando pra muito, muuuuito tempo atrás mesmo, vivi no mesmo Maracanã o show escandalizante do Kizz! E muitos outros que não deixei de comparecer, como Aerosmith, Bon Jovi, Titãs...Sempre Titãs! Discoteca? Sim, freqüentei muito!!! Inclusive a que ficava no Pão de Açúcar, que vista!
Futebol? Não ligo, sou Fluminense e nem lembro. Mas época de Copa do Mundo enlouqueço, viro outra pessoa, brigo se ficarem na frente e discuto os passes com meus irmãos, rs. Que santo é esse que baixa, ainda não identifiquei.

Enfim sou um ET? Não, tenho 40 anos e amo música, dançar, caminhar, falar, rir... Nossa, esqueci como eu gostava de rir! Era chamada pelos colegas no trabalho como a felicidade em pessoa, contagiava todo mundo. Estranho, essa "eu" se perdeu no caminho. Ahhhhhh... Não podia esquecer disso, até uma música fizeram pra mim, foi o Ronaldo Monteiro, o mesmo que compôs "Madalena", cantada pelo Ivan Lins no Festival da Canção. Nossa, que festivais no Maracanãzinho! Não me esqueço jamais da voz do Oswaldo Montenegro ecoando por todos os lados com "Agonia"! E o "Planeta Água" de Guilherme Arantes? Ai Ai... Onde foram parar nossos festivais? Onde foi parar nossa música?

Ops, volta a fita muié. A tal música que falei do Ronaldo, foi porque num verão em Arraial do Cabo eu o conheci junto com um grupo de amigos, cheguei a namorar um dos amigos dele. E a tal música acho que foi uma brincadeira dele com a gente. Nem imagino o nome da música, uma vez me falaram que era "Vida de Marisco", mas não tenho certeza. Nem muito menos sei quem gravou, pois fiquei sabendo dela quando cruzei rapidamente com ele no Aeroporto, numa de suas viagens. Uma pena, queria ter escutado... Gente, parece hora da saudade, mas os verões em Arraial do Cabo eram maravilhosos! Ai bateu uma tristeza... Fui pegar o cd do Oswaldo Montenegro e estou ouvindo Bandolins.
Bom, amanheceu o dia e nem dormi. Bom dia dona Insônia e Beijos pra vocês!

(Civana)

Foto de Osmar Fernandes

Mulher de verdade

Mulher de verdade
Tenho em casa.
Minha amada.
Felicidade.
É paixão de Amor.
Loucura de cama...
Encanto de flor
Que me ama.

Tem candura de menina,
Corpo de mulher.
Invasão que me alucina
É o que é.
Completa-me... É paixão.
Abusa-me... Minha tentação.
Mulher desse jeito,
Tenho dito: To feito!

Amor, amor, amor...
É canção no meu peito.
Tem mel e sabor,
Tem tudo perfeito.
Mulher eu te amo!
Sem você não sei viver.
Tira-me o sono...
Você é meu bem querer.

Foto de Daemon Moanir

Ó desepero eterno

Ó desespero eterno
Dai-me a vingança, o amor
Deixai-me com fervor, como dantes
Na altura em que a alma falava mais alto e melhor
Dai-me novamente as asas
Que tanto trabalho tive em construir.
Deixai-me entrar com lábios e língua e paixão
Em bocas doces, gentis, amantes
Concede-me este último desejo.
Dai-me meu anseio.

Bebo desesperadamente
À espera duma realidade mentirosa,
Para que me libertem e ame finalmente.
A uma liberdade completamente louca
Desenfreado em sentimentos assassinos
Sorriu, assim, com punhais nas curvas da boca
Ah! A loucura que a tanto me sabe,
Mas que tanto odeio apodera-se!

Foto de Naja

ESSE AMOR QUE ACABOU

ESSE AMOR QUE ACABOU

Esse amor que ficou no passado
Que se foi como folhas ao vento
Que já não tráz mais sofrimento
Que de lembrar, não quero mais
Foi um amor arrasador
Foi loucura, foi um sonho,
Foi ilusão, foi lamento que acabou.
Esse amor que no passado ficou
Não vou mais permitir que floresça
Não quero mais tanta tristeza,
Muito menos a incerteza,
se amada fui também.
Preciso de paz pra tanta dor
Se esquecer eu for capaz
Se não lembrar do que ficou pra trás
Se um dia esse amor relembrar
Talvez seja sem nem pensar
Que foi só eu a amar
Que seja sem nenhuma dor
Sem o coração e a alma vazios
Por tamanha solidão
Quem sabe poderei recordar
Sem sofrer, sem tanto chorar
E apenas a mim mesma dizer
Foi amor...eu amei..mas acabou!
naja
Publicado no Recanto das Letras em 13/11/2007
Código do texto: T736030

Foto de carlosmustang

PARANÓIC BLUES

Sistema de loucura
Laberinto dos deseperádos
Sem enxergar com os olhos abertos
Pensamento largado...

Sem deixar ouvir-se, dentro de um GRITO
Pulmões cheios de ar
Mas ansêia por mais ar...
Saúde perfeita
Mas, a "morte o espreita"!

Na beira do abísmo
Com os pés apoiados
No plano!
E engatinha-se...

A cabeça na tormenta...

TEC...TEC
Mais um cerébro se arrebenta!!!

Foto de Raiblue

Teatro Cotidiano

Nunca fui santa
Ando pelas raias da loucura
Não sou nenhum modelo feminino
Identifico-me com as mulheres do Modigliani
De traços imperfeitos e alma nua...
Da Monalisa talvez tenha o riso
Cheio de mistérios e de nuvens
Sou feita de azul
Céu profundo das telas do Magritte
Minha vida ,um encarte
Com cenas improvisadas, inventadas
Teatro cotidiano, monólogo
Sem título nem prólogo
Tudo em mim vaza
Não tenho margens
Sou peça inacabada
Entrelinhas , minha estrada...
Se quiserem um perfil de mim
Talvez uma tela do Dali
Possa revelar-me
Ali, do outro lado da realidade
Onde sempre estou
A me procurar
Em cada fragmento
Desse mosaico moderno
Retalhos colados
Do meu ser despedaçado
Sempre pronto
Para uma nova composição de mim...

(Raiblue)

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