Loucura

Foto de Anderson Maciel

JÁ NÃO DA PARA ESCONDER

Entre o brilho do seu olhar eu me perco
permeado de loucura e demasia
fico a sonhar com os momentos lindos
de uma noite encantada, ilustrada

Queria poder ser o garoto dos teus sonhos
a inspiração para os teus versos e poesias
cultivando aquele antigo amor
de uma moda antiga e fiel

Você é a mulher de minha vida
que me constrange em cada momento
me trazendo tudo quanto eu preciso
para poder ser feliz e viver. Anderson Poeta

Foto de Alexandre Montalvan

Delírios

Quero sorver pedaços do teu pensamento
Na confluência do sonho e da realidade
Perder-me na surpresa densa
Deste amor lento
Que me invade

Prenda-me em teus braços
Por entre ferros e aços
Em meio a fogo e chamas
Grita meu nome, me chama
Jogue-me nesta cama, me ama
Como quem ama a imensa chama que arde

Enrosque-se no meu corpo, o teu abraço
Ouça os ecos do meu próprio riso
Eu me enlaço em tua cintura, me desfaço
Quero beber o mel do teu sorriso.

E toda nua eu te encontro
Nesta loucura de meus sentidos
Neste fogo crescente estou perdido
Em meu louco coração que te ama

Arranca minha língua com teus dentes
Devaste o meu coração carente
Nesta chama que a minha alma transfigura
Neste amar que é a minha captura
Neste ato de delírio
Neste dor, neste martírio
Dos meus braços que se estendem á tua procura
Para te amar, minha chama pura.
Alexandre

Foto de Marilene Anacleto

Cheiro

Cheiro de terra, cheiro de mato,
Cheiro de grama, cheiro de pasto,
Cheiro de cascata, cheiro de regato.

Cheiro de santidade, cheiro de maldade,
Cheiro de flores, agradáveis odores
Pedra molhada, terra lavada,
Feliz borboleta na rocha seca.

Cheiro de Jair, cheiro de Nair,
Cheiro de Adair, cheiro de jasmim.
Cheiro de rosa, pessoa ou flor,
Amar o cheiro, prova de amor.

Não há dinheiro que a alma engane
Ou troque pelo cheiro de alguém que se ama.

No universo de cheiros, muitos olores,
Da flor da juventude à calma do regato.
Do jasmim, a doçura, do amor à loucura,
O cheiro mais doce é o som do abraço
Encontrado sem querer no teu regaço.

Concha na qual me apoio
Levemente, contente, dormente,
O colo de brilho infindo
Que sempre faz sentir-me gente.

Foto de Alexandre Montalvan

Destino

Meu destino me envolve
Sentimento que confunde, distorcido
Medo do desconhecido,
Medo de parar esta alucinante viagem
Que me tornou algo selvagem
Afastando-me de você

Esta dor me consome
Transformando em cinzas o que era dia
Despedaçando minha doce magia
Destruindo emoções, pensamentos, opções
Por entre o caos procuro caminhos
Alternativas, atalhos, soluções

Mas tão somente encontro espinhos
Que rasgam minha carne enfraquece meu ser
Persigo a loucura, continuo sozinho
Meu destino me envolve
Odeio meu destino

Com ferro em brasa queima minha alma nua
Com mãos de fogo reforma a forma
Que já foi tua
E na ferida aberta a dor confusa continua
Como um louco eu luto para abrir meu coração
Como um sensitivo percebo não há jeito
Um anjo maldito escreve a faca em meu peito

O teu nome é solidão.

Alexandre 14/03/2011

Foto de BIENVENUTI

Você...

Você...

Seu olhar, misterioso...
profundo como o mar...
Seu sorriso, o mais gostoso...
facil de se apaixonar...

Seu jeito moleca,
traz perplexidade...no ar
Parecendo uma boneca...
será você de verdade?
Será que posso acreditar?

Fixar-se em seu olhar...
loucura é se aventurar...
é perder-se em sua beleza,
é por você se apaixonar......

Foto de Comandos

Nada por você valeu apena

Nunca havia desejado a morte antes
Até pensar que a vida não teria sentido sem você
Eu cheguei a desejar a morte com todas as minhas forças
Pois pensei que sem você seria melhor morrer do que viver

Cheguei até a praticar a loucura do suicida
Com ódio no olhar e triste com a injustiça
Descidi tirar-me a vida
Mais não era a hora
Nem tão pouco o dia

Então...
Deus enviou dois anjos para salvar-me a vida
Abriram meus olhos
Me acordaram do sono da morte
Mais a dor ainda era minha agonia

Desejei não ter acordado
Mais no fundo fiquei grato
Pelos anjos terem me salvo a vida
Mais antes se eu tivesse morrido e acabado com toda aquela agonia

Quando abri os olhos do sono infinito
Vi que ainda estava vivo
Olhei para os lados
Mais você não estava comigo

Passaram-se as horas
Passaram-se os dias
E a tua ausência tornou-se minha agonia
Mais espera ai...

Onde você estava?
Onde estás agora?
Que não estava comigo quando abri os olhos do sono infinito
Onde?

A verdade é que você não existe
E nunca existiu
Você foi uma criação minha
Uma necessidade de meu coração

Uma fantasia cheia de mentira
Como que fui tão idiota
De tentar tirar-me a vida
Por uma pessoa que nem mesmo existia

Foto de Rute Mesquita

Doce delito

Num fervilhar louco de sentires e quereres ofegantes, paras por momentos a translação dos nossos mundos. Sais numa correria, de alma genuína, de corpo escorrido de transpirares gritantes e com um grito forte, declaras que me amas, abalando todas as moléculas do meu ar.
A alma foge-te louca e destemida, as palavras embatem apaixonadas no meu cortiço. Os teus olhos expressivos perfuram-me à medida que me desnudam. Espalhas pelo meu corpo beijos sentidos, toques que me queimam a pele, olhares contemplantes que implantas em mim. Sabes o quão sou tua, sabes como me dar vida assim como sabes como ma tirar.
No meio da loucura, da dança exibida dos nossos corpos, cometes um homicídio, matas-me (de ti) e logo a seguir suicidaste (de mim).
Foto de Nailde Barreto

MÁGMA DO AMOR.

Aqui, no quadrado que tenho como refúgio,
Te vejo, te sinto, te bordo, te devoro...
À minha maneira, inteira!
Isso me faz viajar na loucura,
E, seu arco-íris lilás me causa euforia...
Loucura? É pensar e descrever a imensa vontade
Que tenho de envolver-me em ti
Ao ponto de cansar o corpo e transbordar a emoção,
Seguida de uma bela noite, pós-erupção:
Mistura das suas cinzas com o meu vulcão.

Foto de Rosamares da Maia

VIVEIROS DE SOLIDÃO

Viveiros de Solidão

Mais uma pomba desgarrada parte,
Alça voo do sétimo andar.
Algumas de asas partidas,
Fustigadas pelo vento,
Em voo solo encontram o chão
Em fim, sepultam a sua solidão.
Pombas dos pequenos apartamentos,
Dos viveiros de solidão
Dos pombais de Copacabana.
Quitinetes entre soluços e sussurros,
Transpirando mar e lascívia.
Murmúrios e segredos de pó,
Aspirados num dólar barato,
Entre desencantos e crimes.
Viveiros de status e aparência,
Viveiros de solidão.
Soprados na fumaça do oitavo andar,
Que desce e me intoxica.
Canabis e panelas queimadas,
A loucura do striper no elevador.
Outra pomba salta do sétimo andar.
Voa até o mar, respira e morre.
Beija o sal da angustia e se liberta
Foge dos Viveiros de lascívia e solidão.

Rosamares da Maia

18 de outubro. 2011

Foto de Fernando ARC

Amor sem medo....

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Amar, simplesmente amar e viver apaixonado
Não amo porque quero, é uma força superior
é um sentimento vivido que se chama amor.

Nada procurar em troca, nada querer de valor
somente amar-te de noite e de dia
para sentir essa coisa chamada amor.

Sei que amo sem fazer condição
perdido na noite do sentimento
e sentir a loucura desta paixão.

Somente amar, sentir a dor
somente sonhar, para ter amor

Sei que amo sem medo,
sei que nada vou receber
Mas simplesmente por amar
alguma coisa poderá acontecer.

Se amar sem esperar amor
será como aquecer sem sentir calor.
Por isso amo sem medos
Porque não receio a dor.

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