Loucos

Foto de Raiblue

Santo pecado!

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No Olimpo dos sonhos
Seremos Deuses e loucos
Quebraremos as correntes
Que aprisionam os desejos
Algemaremos toda forma de preconceito
Criaremos nossas próprias leis
Umedecidas pelo vinho, pela vida
Pelo sangue bombeado pela vontade
De arder até o último suspiro da noite...
Abriremos as cortinas do tempo
Tocaremos a eternidade
Em um mágico momento...
Samurais e arcanjos
Lutaremos vorazmente
Sob os domínios da lua
Em busca do néctar sagrado
No Santo Graal
Dos nossos corpos molhados...
Profana ceia, santo pecado
Sob o manto sagrado das estrelas!
Misturaremos física, química e mística
Num cálculo impreciso, de uma geometria perfeita!
Tendendo sempre ao infinito
Do nosso espírito libertino...
Onde o desejo explode
Num cósmico delírio...
Misturando-nos ao universo
Em gotículas de prazer e ecos...

(Raiblue)

Foto de Daemon Moanir

Para quem escreve!

Escrever. Nada me gratifica mais que escrever um poema. Quando vejo o fim a aproximar-se mal posso esperar por ler aqueles versos, parecem tão perfeitos, não o são é claro, mas cada poema tem um valor indescritível para quem o cria. Parece então perfeito não por o ser mas pelo que lhe transmite, porque aqueles versos são para ele a sua história, talvez sonhos ou paixões ou desamores até. Independentemente do que seja há sempre algo do escritor na sua obra, tivesse ele vivido ou não o sonho ou a paixão ou o desamor.
Para alguns escrever é como um vício e, talvez por isso, um fardo, pra outros é a sua salvação do dia-a-dia, o seu refúgio. Há também os escritores loucos, os alegres, os que escrevem mais com a cabeça ou mais com o coração. Sejam racionais ou não, sejam verdadeiros ou não no que escrevem, seja o vício que o faz escrever ou a busca de uma paixão; somos todos iguais, todos escrevemos, somos todos poetas.

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"POÉTICA"

POÉTICA

E neste tempo enorme que tenho a meu dispor...
Vasculho minha mente insana...
Desprovida de subterfúgios e cheia de amor...
A procura de algo que realmente valha a pena!!!

Esbarro por cânticos angelicais...
Figuras de extrema beleza...
Ainda assim o que eu quero mais...
É ter o dom das palavras com extrema singeleza!!!

Mas isso foi dado para poucos...
E sei que tenho muito que aprender...
Os poetas são quase todos loucos...
Mas eles sabem o que querem dizer!!!

E é a veia poética que tanto quero ter...
Escrever e emocionar muita gente...
É isto que eu quero fazer...
E se um dia, lágrimas alguém derrubar com minhas palavras...
Feliz e realizado poderei ser!!!

Foto de jlp

Aplausos dos loucos

Desagua em mim
Um sonho de realidade.
Onde estou e porquê.
Porquê sempre os porquês.
Quero acabar, deixar de existir,
Pelo puro prazer de gostar de ser o que sou,
Sem mais.
Hoje não sou,
Nem sei se por acaso alguma vez fui.
Quero deixar de ser,
Numa coerência de quem por ela é o que é.
Riqueza ou alienação
De quem não sabe ser diferente.
A vida é um palco,
Sinto os aplausos dos loucos.

Foto de Sonia Delsin

DOIDOS

DOIDOS

Correm como dois loucos.
Dos sonhos, das esperanças.
Deixaram que morressem as “crianças”...
Correm como dois tolos.
Do amor que sentiram.
Deixam para trás o vazio.
O leito frio.
Deixam para traz seco um rio.

Foto de CarmenCecilia

SENTIMENTOS

SENTIMENTOS

Sentimentos que afloram...
Misturam
Curam
Que rivalizam. Dualizam!

Um diz vem pra mim
O outro que não
Um só chão... Razão
O outro só emoção

Um leva-me pra direita
O outro pra esquerda
Um que me estreita. Espreita!
O outro me inquieta!

Desarticulam... Simulam...
Que tudo aturam...
Fruta madura...
Que avizinham e afastam...

Sentimentos de alegrias...
De água nos olhos
Que fantasiam nos meus...
Os teus olhos...

Sentimentos momentâneos. Instantâneos!
Ingênuos e às vezes estranhos...
Miscelâneas sensações
Invasões da alma. Ilusões!

Que unem corações...
E margeiam nossa calma
Que inflamam...
E a toda hora nos clamam

Sentimentos que nos movem...
Locomovem... Loucos movem...
Toda sorte de sentimentos!

Foto de Raiblue

Id(entidades)...

Meu analista enlouqueceu
E não descobriu quem sou
Sou tantos
Sou vários
Contrários
Secretos diários
Sou tudo que não digo...
Sou o avesso
De tudo que transpareço
Sou o devaneio...o vício...
Entre tantas id(entidades)
Há uma que mais parece comigo
Cigana que dança
Na contradança do tempo
Vem de muito longe
Acompanhando meu destino
É ela que escreve
E me remete
Aos mais loucos desvarios
Solta,livre,gira...
Sem direção
Guiada apenas pela emoção de existir
Assim, infinita...
Etérea....

(Raiblue)

Foto de Sirlei Passolongo

Quando fazem amor

     
     
Corpos se grudam,
Loucos e ousados
E como a natureza
Se completam em
orgasmos

Feito’ orgasmo
que há nos polens
que voam no vento
Corpos se entrelaçam
e formam flores.

Com a mesma excitação
do mar ao tocar a areia,
da aranha
ao tecer a teia...
Da rosa
ao receber o beija-flor

E feito a língua
ao tocar o céu da boca
Nossos corpos se realizam
quando fazem amor.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora
     

Foto de Ricardo Barnabé

Guerra de loucos

Guerra de Loucos
Cidades de Mouros

Inocentes transformados em alvos
por batalhas de petróleo,

Noites iluminadas pelo fogo das balas
Hotéis feitos em quartéis,
Inocentes feitos em muralhas,
Dedos de gatilhos, olhos de miras,
e palavras faladas entre fogo cruzado,
País guerreiro, povo desfeito
Memórias lançadas, à fogueira de uma sina,
Esperanças esquecidas, entre a miragem da justiça
Glorias de alma, gentes na palma da mão,
Lágrimas de Sangue, coroas de saudade
Ruas desabitadas, aldeias destruidas,
bares fechados, portas trancadas, janelas cerradas
abrigos escondidos, casas habitadas pela solidão
Joelhos no chão, vestes rasgadas, costas curvadas por uma migalha de pão
Mães assassinadas protegendo os seus filhos do rumo da bala
E pais de mãos atadas e tornados reféns, pelos soldados da farda da "Paz"

Mundo, de cobardes, inocentes vitimas de crueldades de uma guerra sem chão!

Cidades Feitas de odio, e ganancia de poder
Mares transparentes, cumprimentados por ondas de sangue

Loucos, perdidos, rivais, religiões de animais
Castigos de dor, Chicotadas de rancor
Familias desfeitas e divorciadas do amor
Mãos estendidas, braços roubados
escondes-te no véu, e no reverso
de um réu julgas com polvora de canhão.
Mortes, palavra já longa,pela marcha guerreira,
dos Soldados pagos para morrer,mas vencidos sem nunca vencer,

Tudo isto numa Guerra que Avança,
Contra a Paz que já foge, na Ponta da Lança.

Batalhas de loucos, Vidas Perdidas, por brigas de Politicas

E Tudo isto numa Guerra que Avança,
Contra a Paz que já foge, na Ponta da Lança.

Ricardo barnabé

Foto de CarmenCecilia

LANGUIDEZ

Languidez

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Soltas...
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Dedos...
Toques...
Eróticos...
Maviosos...
Delicados...
Doces...
Eloqüentes...
Amor...
Perfeito...
Presente!

Hildebrando Menezes

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