Liberdade

Foto de Fernanda Queiroz

Apenas por um momento...

Apenas por um momento...

Apenas por um momento
Eu queria acreditar
Que o sol da liberdade entoada em hino
Iria brilhar neste instante
Que a igualdade que se diz penhor
Seria conquistada por pernas fortes
E há liberdade um dia bradada
Seria desafio até a morte
Pátria, amada
Brasil!

Que o sonho intenso vivido
Em 180 milhões de corações
Em amor e esperança
Resplandecesse no céu
Onde o azul infinito desponta
As estrelas resplandecem
E que o gigante por natureza
Belo, forte fosse mesmo virtuoso.
E não desrespeitasse tua grandeza
De terra adorada
Pátria amada.
Brasil!

Mas caminhando placidamente pelo gramado
Ao som onisso de um brado profundo
Entregastes a taça do hexa
Deixando de ser campeão do mundo
Impondo que a Bandeira em haste
Seja enrolada por mais quatro anos
Onde teus campos de matas verdes
O verde tornou-se dólar
De um bosque sem vida
De um amarelo com cor de ouro
Onde as maiores estrelas
Perderam o brilho que cegava os olhos
Que umedecidos acompanharam os abraços
De um acordo bem feito
Que fez doer dentro do peito

Mas amor será nosso eterno símbolo
E nossos corações serão as estrelas
Onde um tapete verde aguarda tua chegada
Mesmo amarelados pela omissão
Do compromisso com tua Nação
Relembraremos glórias passadas
E jamais fugiremos a luta
Adoraremos-te até a morte
Porque és tu Brasil
A minha Nação
País do meu coração
Mesmo que por um momento
Tenha sido esta enorme decepção.

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de Fernanda Queiroz

Voar...

Voar...

A paisagem passa depressa
Patas velozes rasgam o caminho com flecha
Diminuindo a distância entre mim e o mundo
Meu corpo se eleva em ritmado balanço
Pés firmes desprovidos de açoite
Mãos apertadas junto ao cabresto livre
Desprovido de freios
Ganhando liberdade
Correndo para o mundo
Ou do mundo fugindo
Correndo contra o tempo
Ou do tempo fugindo
Fugindo de mim
Ou do que restou de mim
Apenas vultos em minha paisagem
Cores se confundem
Cinzentas se agitam ou gritam
Como se tivesse vozes na cor
Como se entendesse de dor
A velocidade aumenta
Voar é minha meta
Mais depressa
Tenho pressa de chegar
Mesmo que seja o abismo
Meu destino certo
Onde tudo é incerto
O ar que foi brisa
Tornou-se vento
Que mesmo em tormento
Calça-me de coragem
Tira a dor de minha bagagem
Preciso continuar
Fugindo de mim
Ou do você que existe em mim
Do meu passado presente
Ou do meu presente passado
Do meu vazio intenso
Onde transborda solidão
Apenas por um momento
Senti a sensação
Que seguravas em minha mão
Mas eram as rédeas do destino
Que se encarregou de atá-las
Que fecundas como as marcas
Batentes cravadas no solo
Impõe-me o peso real
Da realidade mortal.
Eu não posso voar.....

Fernanda Queiroz
Direitoa Autorais reservados

Foto de JGMOREIRA

SOUTAMÉRICA

SOUTAMÉRICA

Na América do Diabo
brilha a lua,
inocente e bela
sem saber que a espreitam
espanhóis e portugueses
somente por brilhar amarela.

Para trazer Deus aos silvícolas
urgem espadas, algemas, arcabuzes
bestas de todos os tipos.
Cortez, Pizarro e outras delas,
com a empunhadura em cruz
das lâminas afiadas
esfolam ouro nas peles que, dígnas,
postaram-se contra a fidalguia esparolada
dos cristãos que movem cruzadas
ocultando ouro na fé, esmeralda e muita prata.

Em busca do Eldorado
devastaram Potosí, Montezuma
Ouro Preto.
Venceu os índios o deslumbro,
não a força ou medo.

A América do demo propiciou,
com sua riqueza,
o requinte das realezas,
que se reerguessem reinos falidos
às custas do negro e do índio.

Contraste que emociona o esteta:
a morenez do índio
o negrume do preto
as pepitas amarelas
que guardava o chão
florindo sobre a terra
riqueza de aluvião.

América, açúcar preparando
ouro.
Negro cativo, índio massacrado,
ouro.
Ouro abrindo as portas do céu expansionista
financiando grandes conquistas.
Acumulado na matriz
gera empresas, centros urbanos
Hércules de potentíssimos neurônios
restando a América do abandono.

A América do inferno
Édem terrestre de outrora
esburacada, vazia, destripada,
assesta seus milhões de famintos
contra a América do sonho
que, herdeira protestante da crueldade cristã espanhola,
Escraviza, dizima, espezinha
impera, destrói e desola.

A América, herdeira de Espanha e Portugal,
ensarilha suas baionetas úmidas
arma seus soldados comerciantes
com desprezo por quem não lhe é igual.

Da América do sacrifício
ouve-se a voz do índio:
‘Pai de todos os pobres, de todos
os miseráveis e desvalidos,
ajudai-me a fugir de Tinta!’

Clama a voz no fundo da mina.
O pai de Todos não escuta clamores,
adormecido no seio Inca.
Mastigando coca, ouvindo tambores,
esqueceu-se dos irmãos da Mita.

‘Pai de todos os tortos, entrevados
e opressados nessa liça,
ajudai-me a fugir da Mina’’
Clama outra voz no céu de Tinta

Túpac Amaru, para falar aos índios,
necessita de língua, perdida em Wacaypata
necessita de sua cabeça, em Tinta
do braço direito, em Tungasuca
do esquerdo, em Carabaya
da perna esquerda, em Santa Rosa
da direita, em Livitaca.
Túpac quer seu tronco
lançado em cinzas no Watanay,
quer ouvir seus filhos, enviados
para o lado direito do Pai.
Amaru quer regressar à vida
para tirar de dentro da Mita
seus irmãos que clamam ajuda
contra a força que os executa.

Túpac Amaru, sentado no chão batido
de uma tribo no olvido das batalhas
chora em Potosi, Zacatecas, Guanajanauto,
Outo Preto, Colque, Porto, Andacaba, Huanchaca.
Cura as feridas gangrenadas
de Atahualpa, do Caribe, dos Maias,
Tenochtitlán, Cajamarca,
Cuzco, Cuauhtémoc, Guatemala.

Observa, com olhos sulfurados,
Colombo, Fernão Cortez, Pedro de Alvarado
Fere, com mágoa, a lembrança de Pizarro.

’Ó Pai de todos os mendigos,
inimigo dos dueños de la tierra,
ajudai-me a fugir dessa América!’
Gane uma voz no sétimo inferno da Mita
com os pulmões endurecidos de sílica

Túpac Amaru, sem lágrimas ou ferocidade,
abre seus braços de morto que dão a única fuga
abrigando, em sua redoma, os irmãos da Mita
que rapidamente ascendem aos céus de Tinta.

Os índios centro-sul americanos
acolhem-se na morte aos braços da liberdade

Foto de caxinha

PAZ

Palavra tão pequena
tão linda e singela
que todos nós
lutamos por ela
Como podemos
querer a paz
se por muitas vezes
começamos as guerras
em nos mesmos.
Só conquistaremos essa
paz o dia que formos capaz
de sentir essa paz
dentro de nos mesmos.
Conquistaremos essa Paz
quando deixarmos de viver
e sentir como pássaros
presos em gaiolas...
somos seres livres
pra voar, temos
que voar como
a beleza e o encanto
de um pássaro que tanto
voa mas sempre retorna
em seu ninho
Só sentiremos essa paz
quando nos libertarmos de
nos mesmos e nos deixarmos
voar com a liberdade
batendo nossas asas
rumo a nossa felicidade..
Paz...

Foto de JGMOREIRA

A MÃO QUE ACENA

A MÃO QUE ACENA

Toma essa mão que acena adeus
que desentrava toda a tristeza do mundo.
U'a mão pálida
um olhar soturno. E toda a tristeza do mundo.

Mergulho meu dia na luz malsã do mercúrio
passando o dia todo, todos os dias
passando por mim,
pensando que passo no mundo.

Não! Não farei como os poetas abnegados
que deixaram nomes encravados em placas
largaram obras belíssimas aos olhos do mundo.
Passarei em claro, deitarei em escuro e terá sido tudo.

E será tudo passar assim pelo mundo ?
Se olho, não vejo; se vejo,não escuto.
Se amo não odeio; se quero, discuto.
Discuto comigo nas serras da minha cabeça
procurando caminho na aurora
aurorescendo que esse caminho aconteça.
Que aconteça de repente, feito nascimento
para que todos os caminhos desapareçam
só restando um caminho
e eu seja criança que se alimenta
de um caminho que a abasteça
que me faça dono do mundo,
senhor das coisas e da razão.
Criança vestida de homem
posando para retrato no jardim
enquanto espoucam as luzes dos dias na sala.
II
AH, toma essa mão que acena adeus.
Repousa todas as mãos e restará essa
que desentranha toda a tristeza do mundo.

Em casa, escutando sons familiares
louças que entretinem, água que jorra
parentes que falam...Essa é toda a vida.
Mas terá vida essa vida de família pelos ares ?
Será vida acalentar nesse quarto o sonho da vida ?
Será vida amassar mil papéis da vida ?
Escrever mil linhas e chamá-las vida ?

O que será viver se passo em branco
todos os meus dias? Não altero nada
não provoco nada, não amo nada
sinceramente. Desejo mil coisas
e passo por elas, tão perto,
que meu desejo fica contente

E ri meu desejo em minha boca
E presto atenção no gato do hotel
na senhora que lava o rosto na pia na área
na menina que grita mãe!
Nas danças de rua nas portas dos bares
Atencionado em tudo, estaciono
Paro. Mole e parvo, à beira de tudo
E não mudo nada, nada mudo
Por isso,
toma essa mão que acena adeus
Pergunta a ela
se é viver passar ao largo do mundo.

Mas pergunta ríspido e forte
que essa mão tonta
às vezes faz-se de surda
para passar sem resposta
a tantas perguntas absurdas.
III
Toma essa mão que acena adeus
Reconforta-a no desenho do teu seio
Aqueça-a com o calor do teu corpo.
Não tenha medo do homem atrás da mão !
O homem é uma coisa de pó
finíssimo, que toma a forma de jarro
onde derrama-se uma gota de poesia.
Forma-se o miraculoso barro

d'onde surge essa mão
que levanta-se do pó para tornar-se mão
para acenar adeus à própria vida
ou a vida do próprio irmão.

Quantas vezes o homem detrás da mão
bem oculto pelas falanges aneladas
esteve louco de tanto olhar
e não ver outra mão?

Eram jarros sem pingo de poesia
que marchavam lá fora
Rolavam, chocando-se com tanta força
que rompiam espalhando o pó
Pó tão espesso, tão pesado
que logo tomou a cidade
Cobriu o céu até não se ver estrela.
O pó alevantado não assentava
Tranquei-me em livros, armadilhas de amar,
em corpos frios de copos vazios
cofres antigos de segredos perdidos
Mas o pó me achou
A poeira pesou meus ombros
Eu a respirei
Quando abri a janela, não pasmei:

estava infecto, imundo, não ventilado
Aquele pó era o mundo
O mundo não cabia no vaso.

Toma, urgente, essa mão que acena
Beija-a, abraça essa mão que não repousa
que insiste acenando adeus
coberta de um pó que não se afugenta.
IV
Oiço tantos sons familiares
o relógio, a buzina, o assobio desafinado
os passos da menina, o grito do soldado
Nessa janela, abismado
confirmo com meus olhos
que minha família está pelos ares
Durmo preocupado
sonhando com o pó envenenado.
V
Vamos, toma logo essa mão
Não a deixa ao acaso
tentando erguer-se da mesa
estando o corpo anestesiado.
Não te apavores, amada, não te apavores!!
Hás de ver tantas mãos acanhadas
que hás de implorar pela minha mão que te acode
empurrando teus passos pela estrada.
Minha mão, no silencio da chuva que desaba
está fria, morta, quieta
lutando contra o vício que a descarna.
Minha mão não quer ser poeta
não quer o formol das estantes
não anseia taças
póstumas pousadas na sua palma sem semblante.
A mão quer a paz dos arvoredos
quer o canto das aves trinadoras
o vôo da rapina mais absoluta
a envergadura de asas perfeitas
Minha mão quer dormir um sono tranquilo
sabendo que a poesia pulou o muro
saiu do quintal esquisito
veio cá fora respirar ar mais puro.

Minha mão quer liberdade
quer justiça.
Uma justiça sem mãos
sem crinas
Minha mão que acena adeus
não quer abrigar sonhos em sua morada
Não quer estalar patíbulos
não escalar horas marcadas

Minha mão quer ser amada !
Quer que tu a toques com cada dedo da tua alma

Minha mão que acena adeus
acena a Deus
que do longe das estrelas
acena duas mãos perfeitas
à minha mão deformada.

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

DEMOCRACIA FORTALECIDA!!!

DEMOCRACIA FORTALECIDA

Com o advento da prematura absolvição de Renan Calheiros, a Democracia Brasileira da um salto de credibilidade, pasmem, mas é verdade, leiam com atenção e vão entender do que estou falando, se Renan fosse cassado, a extirpação dos crápulas pararia por ai, a Democracia plena, é aquela que é soberana e inteligente, o Senado mordeu a isca e graças a este artifício faremos uma renovação.
Cai um dos últimos Baluartes do PT.
Aluisio Mercadante, antes tido como um exaustivo militante petista, se abstém do voto pela cassação de Renan, jamais poderia ter cometido este crime contra sua própria historia, teria que optar por um dos dois lados, e sentenciar seu voto, ao abster-se abriu precedentes a seus eleitores, para que possam cometer o mesmo deslize, a Democracia sai mais uma vez fortalecida, teria que ser assim mesmo, salvo pouquíssimas exceções, a grande maioria sobrecarregou o muro das incertezas, subindo atraz da cortina espessa do voto secreto, dezenas de Senadores votaram contra seus futuros mandatos, tenho certeza que o eleitor não irá perdoar aqueles que omitiram publicamente suas posições, e no próximo escrutínio serão execrados do cenário político Nacional.Renan só recebeu uma golfada a mais de ar nos pulmões,mas acabara em pouco tempo, analisando melhor, se tivesse sido cassado o Senado sairia fortalecido, e praticamente não haveria renovação através do voto.
A Democracia plena pregou uma peça aos ursupadores do poder, criou uma crise corriqueira nos dias de hoje, para que fossem expostas as viceras do Senado , ai então a Nação pode enxergar sem duvidas que a grande maioria esta podre, o voto secreto é a mais infeliz e covarde manifestação da canalhice dos crápulas. Quando o processo de escolha do regime de votação foi aberto, estabeleci um raciocínio, Se for voto aberto o Senado sai fortalecido, se for voto fechado, a Democracia sai vitoriosa.
Comemorei quando ficou decidido que seria voto fechado, este bando de sem cérebros cometeram o primeiro grande erro que os levara ao descrédito, finalmente a burrice de suas ações tinha aparecido, assim estabelecido a grande maioria sentenciou seu afastamento do cenário político Brasileiro, não agora, mas nas próximas eleições.
A Democracia venceu, esse episódio, comumente chamado de “balão de ensaio”, acabou por fazê-los morder a isca, o povo não precisa saber mais quem subiu no muro da enganação, é só observar quem fincou estacas em qualquer dos dois lados, merecem respeito, este é o fundamento da Democracia, liberdade de ideologia, mas os alpinistas ( que me perdoem os praticante deste esporte), mas é só uma infeliz alusão aos que do muro se utilizam.
Renan será cassado, senão nas próximas CPIs, na próxima eleição, o Senado será reestruturado, e a Democracia dará mais um passo a caminho de sua plenitude.
O Senado da Republica não pode em hipótese nenhuma deixar duvidas em relação a sua total integridade, mesmo porque, é quem fornece em caso da ausência do Presidente e seu Vice, o Administrador da Nação, em quase dois séculos de historia o Senado não foi tão mal freqüentado e representado, eu em nome do meu País, e acredito pelos interesses da grande maioria dos Brasileiros, “exijo” que se faça justiça, que se apurem as responsabilidades e que se punam os culpados, para que seja estabelecida a verdade ao povo Brasileiro.

SALVE A DEMOCRACIA!!!
SALVE OS BRASILEIROS!!!
SALVE O BRASIL!!!

Foto de JGMOREIRA

DISTINÇÕES

DISTINÇÕES

O poeta capitalista
Credicard Visa sobre a mesa
Procura pela rima
(que lhe saldará a dívida
contraída no shopping)
dentro da liberdade concedida.

O poeta socialista
Olho no Pravda sobre a cadeira
Considera suas rimas
Significante/significado obtido
Para não contrariar o partido
Dentro de toda sua liberdade permitida.

O poeta latino-americano
Fuzil ao alcance da mão
Atira rimas no papel
Como quem atira no inimigo-irmão:
Faz poesia não intervencionista
Implorando liberdade e vida.

O poeta brasileiro
Sentado na praça
Tira rima do nariz

Namorando a liberdade
Passeia pela cidade
Sem sobretudo, casaca, Sibéria, fuzil.

Com a matéria-prima da farta liberdade
Mãos dadas com a liberdade mais feliz
Faz poesia de graça.
Sem neurônios eficazes,
Tira rimas do nariz.

Foto de Homem Martinho

Fui falar com Deus

Um dia fui falar com Deus,
Montei-me no meu cavalo alado,
Percorri nuvens e mais nuvens
Até chegar a territórios seus,
Mandou-me entrar, sentiu-me cansado.
E logo me Perguntou “Ao que vens”
Respondi –Lhe prontamente:
“Venho em busca de felicidade
Não só para mim, mas para a minha gente”
Fitou-me nos olhos e Exclamou:
“Felicidade; Paz; Amor; Liberdade
Tudo isso, eu há muito vos dou,
Vós é que não vos contentais
Tendes tudo mas quereis sempre mais”
Fiquei como que petrificado
Não sabia o que Lhe responder,
Ele ao ver-me tão atrapalhado
Disse “Se vós vos preocupásseis em viver”
Pedi licença para me retirar,
Precisava voltar ao meu mundo;
Regressar á minha terra, ao meu lugar,
Precisava falar com as pessoas,
Dizer-lhes que tinha novidades,
Mas mais que isso, que eram boas,
Não, não lhes iria mentir
Somente dizer-lhes as verdades
Que temos andado com medo de ouvir.
Deus deu-nos a paz
Nós fizemos a guerra,
Deus deu-nos o amor,
Nós espalhámos o ódio pela terra,
Deus deu-nos a felicidade
Nós semeámos tristezas,
Deus deu-nos a liberdade
Nós fizemos dos outros presas.
Afinal para que pedimos paz, amor,
Ou até mesmo felicidade e liberdade
Se depois provocamos a dor
Em quem só nos pede a nossa amizade.
Admitamos a grande realidade
Só temos o que semeámos,
Destruímos a liberdade
E este Mundo que herdámos,
Esta é a grande verdade
Destruímos algo que não é nosso
Destruindo o futuro da nossa gente
É o quero, mando e posso,
Destruo quem se coloque na minha frente.

Francisco Ferreira D’Homem Martinho
2007/09/12

Foto de Ednaschneider

Liberdade

Madrugada
Estou sem sono
Estou preocupada
Por isso o abandono,
Do sono.

Pensativa na vida...
Uma mudança radical,
Uma etapa que será cumprida
Uma expectativa normal.

As amarras que estão para se soltar
Os elos que se enferrujaram;
E na ferrugem se romperam.
E a liberdade que veio me buscar.

Esta parecida com um anjo...
Veio silenciosa sem fazer alarde.
Trazendo apenas a luz em lampejos...
Anunciando seu nome: Liberdade.

Esta Liberdade vem com uma forma
Sua forma é amor...E paixão.
Por isso o anjo, não se conforma;
Em deixar-me na prisão.

Mas ainda é madrugada,
O anjo virá só quando o dia amanhecer
Por isso estou preocupada...
Mas agora começo a perceber:
Olho os primeiros raios, alvorada.
A liberdade já posso ver.

10/09/07 Joana Darc Brasil*
*Direitos reservados.

Foto de JGMOREIRA

DO HOMEM QUE SE TORNOU ESCRAVO DA VIDA

DO HOMEM QUE SE TORNOU ESCRAVO DA VIDA

Para.
Para de olhar com essa cara
de quem perdeu o gol do Vasco
Menino que quebrou o brinquedo

Fala alguma coisa que quebre o gelo
que encha o copo para ser servido
que eu sou todo ouvidos.

Passo por ti todos os dias
e nenhum alarme em ti dispara
Não vês na minha cara
que me fazes falta?
Que te quero todos os dias
na alegria e na tristeza?
Não percebes que te quero no colo
na cama, rindo de deslocar o maxilar
ou chorando teus fracassos?

Mas não quero te servir de descanso
Não quero ser teu amparo no desespero
se quando chego para falar-te de mim
tens sempre uma desculpa.
Do que é que tens medo?

De que me revele a ti, expondo fraquezas
Por acaso não pensaste que sou humana
e que não acabo na bunda nem na beleza?

Como queres que eu te ame se não falamos?
Não trocamos confidências
não existe afago em nossos "eu te amo"

Pensas acaso que quando desmontas
eu não fico tonta
Que fica faltando uma parte tua
quando no banho me escorres nas pernas nuas?

Para. Para de fazer de conta que me amas
e desata esse nó na garganta.
E me fazes crer que sou só tua
de uma cumplicidade criminosa
que me excitarás só de pensar que virás
para a casa que queremos lar
cheio de felicidades nossas.

A tão sonhada liberdade
que almejas com tanta vontade
só será alcançada
quando me completares minhas metades
quando me recheares com tuas verdades
quando, enfim, deixares de ser covarde
para ser homem que fala, sente, chora, ri
para que eu possa amar a ti
e não aquilo que me mostras todos os dias
que não passa de filosofia
com algum traço de poesia
que morre na beira da realidade
quando te calas e me deixas morta de saudade
do homem que conheci um dia

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