Lembranças

Foto de Cecília Santos

O TEMPO COMANDA AS HORAS

O TEMPO COMANDA AS HORAS
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Meu rosário desfiei, conta por conta, eu contei.
E no final totalizei.
Dias longos, noites intermináveis.
Horas que não passam, segundo que se eternizam.
Meses cheios de saudades.
O tempo não pára, segue a diante.
A vida segue os rumos que lhe foram designados.
A cada piscar de olhos, o sentido da vida de modifica.
As nuvens que ontem brincavam no céu.
Hoje não são as mesmas, mas o céu é mesmo.
Assim é o viver da minha vida.
O caminhar de hoje, não é o mesmo de ontem.
Mas o caminho, continua o mesmo.
É como folhear um livro.
À cada página virada a historia transmuda.
O livro da minha vida é difícil de ser lido, e de ser entendido.
Pois nele contém o passado, e o presente.
O agora, momento presente em que vivo.
É de saudades, recordações, momentos felizes que já vivi.
Lindas lembranças trago comigo, o sorriso que não se apaga
na minha lembrança, a alegria, seus olhos verdes.
Mas ainda me dói muito falar de você!
Sei que só o tempo é que vai amenizar minha dor, e curar as feridas.
Mas pra sempre vou levar comigo as cicatrizes.
Dois anos depois da sua partida.
O relógio continua marcando, os segundos e as horas.
O tempo não parou...
O sol continua brilhando todos os dias...
As flores continuam lindas e perfumadas...
Os anjos continuam chegando e indo embora...
Assim como um dia chegaste, e partiste.
Assim como a noite que chega e me convida .
A admirar a estrela com o mais lindo lume do firmamento.
Fico à admirar a estrela maior e mais bonita.
Que me sorri através do seu brilho.
Esta estrela é a minha favorita.
Que vou admirar pra todo o sempre.
Pois ela simboliza você... meu amor maior!!!

Direitos reservados*
Cecília-SP/10/09/08*

"Dedico este poema à minha filha Fernanda, que hoje faz dois anos que está brilhando no firmamento como a mais linda de todas as estrela"

Foto de Graciele Gessner

Encarcerada Pelo Tempo. (Graciele_Gessner)

Uma história complicada.
A vida não tem sabor e nem amor.
A minha existência é estar aprisionada.

Uma história que poderia ser diferente.
Muito além do horizonte que vivo,
Totalmente fora do limite.

Meus versos transcorrem no tempo
O dia que nos beijamos e fomos felizes.
Beijo inocente, muitos desejos...
Lembranças encarceradas pelo tempo.

06.06.2008

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Izaura N. Soares

Mágicas Lembranças

Mágicas Lembranças
Izaura N. Soares

Na doce poesia, a alegria,
Que é dona de si e senhora,
Adoça os corações em agonia
Recorda a magia de outrora.

Nas mágicas lembranças
Que se findou no paraíso,
Escrevo os versos em abundâncias,
Escrevo amor e escrevo amigo.

Soletrando seu nome em flor,
Nas margens de um rio
Descobrir o amor,
Que me aqueceu do frio.

Senti-me enrolada num véu,
Flutuando na sua poesia
Onde tudo parecia
Com uma nuvem branca no céu.

Os seus braços me trazem
O aconchego do abraço
A energia e o calor
Desfaz todo o meu cansaço.

Nos meus sonhos dourados
Tudo será possível...
Mesmo sendo o impossível
Será fácil de ser alcançado.
Alcance você também
Os seus sonhos dourados!

Foto de carlos alberto soares

AMOR DESFEITO

O NOSSO CASO ACABOU
VOCÊ NÃO QUER MAIS ME TER
EU TENTO EM VÃO, NUMA FÚRIA SEM FIM
ROUBAR OS SEUS BEIJOS
TRAZE-LÓS PRA MIM.

MAS VOCÊ NÃO É MAIS A MESMA MULHER
PELA QUAL EU ME APAIXONEI
COMETI DESVÁRIOS E JURO QUE AMEI.

MAS O AMOR NÃO É ETERNO
E O MEU SE ACABOU.

EU MOSTRO AS LEMBRANÇAS
DAS JURAS DE AMOR
QUE FALANDO ME FEZ

SÓ NÃO SE ESQUEÇA
QUE VOCÊ AS DESFEZ,
EM SILÊNCIO PROFUNDO
SEM QUE EU SOUBESSE PORQUÊ.

NÃO DÁ MAIS PRA ESCONDER,
TANTA ANGÚSTIA
QUE NO PEITO GUARDEI
POR PENSAR QUE ME AMAVA
LOUCAMENTE EU TE AMEI.

NÃO HÁ TEMPO A PERDER
E NÃO POSSO CHORAR
OUTRO AMOR NESTA VIDA
AINDA ESPERO ENCONTRAR.

SÓ É TRISTE SABER
QUE VOCÊ NÃO ME QUIS
E NÃO SOUBE DIZER
FOI PROS BRAÇOS DE OUTRO
ISSO EU NÃO POSSO ENTENDER.

TE PERDOAR NÃO PERDÔO
MAS TENTO ESQUECER
QUE VOCÊ TRAIU A SI MESMA
SEM SEQUER PERCEBER.

Foto de Sonia Delsin

QUEM CASA QUER CASA, QUEM DESCASA TAMBÉM

QUEM CASA QUER CASA, QUEM DESCASA TAMBÉM

Eu queria uma casa nova. Uma casa sem lembranças.
Tinham morrido todas as minhas esperanças.
Quem casa precisa de uma casa pra viver e quem descasa precisa de uma que o ajude a esquecer.
Era o que eu pensava.
Mas tinha já um lugar para morar. A casa que ficará pra meus filhos quando eu morrer.
O que eu podia fazer?
Botei pra vender.
Vieram alguns interessados. Diziam que a casa era bonita. Mostraram até algum interesse e não voltavam.
Fui ficando, algumas coisas nela mudando.
O tempo foi passando.
Não vendi a casa e hoje ela está mais bonita. Eu a enfeito, ajeito.
Meus filhos a adoram.
Tem horas que penso que nossas raízes vamos fincando.
Dia destes eu conversava com minha mãe, uma sábia criatura, e ela me falou.
Filha, você sabe por que nunca conseguiu vender esta casa?
Fiquei olhando-a ternamente e ela concluiu.
Você não vendeu porque minha oração tem mais força que a sua. Você pedia para que alguém comprasse e eu pedia para que ninguém por ela se interessasse. Esta casa, minha filha, é o seu lugar no mundo. É uma bela casa e no fundo, no fundo você gosta muito dela.
Abracei minha mãe dizendo que ela mais uma vez estava certa.
Onde quer que eu fosse as lembranças iriam comigo.
Só o tempo tem o dom de amenizar as dores e trazer esquecimento.

Foto de carlosmustang

...EMBALANDO CAMINHOS...

Tem alguém que chora,tem alguém que pensa
Que alguém que tem o instinto verbal,não recompensa
E mesmo por ai,sem ausência de malicia
Esse alguém é puro,no instinto acredita!

E se então se for,de tanta dor,não mais resistir
Espera lembranças de como foi-se, feliz
Cantando na grande verdade de viver
E em tudo que valeu nesse plano crer !

Apesar de acreditar em algumas injustiças
Esse mundo será e vai ser uma delícia
Sabendo amar com a digna razão!

Mesmo gritando uma grande ajuda
E os anjos não de atenção
As cornetas do céu, diras que tudo é emoção!

Foto de sidcleyjr

Perdendo o valor

Hoje tenho que distribuir meu cartão de visita diariamente
Ontem pensei de hoje todo o amor seria valor,
Afeto e sorriso.
Fazendo o bastante,
Correndo das habilidades da maquina
E o grito da sirene.
Perdendo o valor
O coração desconhece serias verdades sobre o amor
Fatos escuros
Semblantes amargos
E além de lágrimas
O poder cítrico da razão
Um único sorriso na escuridão.
Perdão constante
Lembranças
Lindo espaço
O rastro do amor me deixou sede
Diariamente inspiro a incompreensão humana
E sobrevivo com a essência da divindade de Deus.

'Macro

Foto de Sonia Delsin

ESTRAGOS IRREPARÁVEIS

ESTRAGOS IRREPARÁVEIS

Tinhas um olhar tão triste, tão triste.
Nos teus últimos anos de vida tinhas um olhar tão dolorido.
Dizias.
Tenho lembranças duras do passado.
Por um sorriso teu o que eu não teria dado?
Meu pai amado.
A depressão danos irreparáveis te causou.
Dizias que a vida te machucou.
Partiste.
O mundo sem ti mais vazio ficou.
Hoje parece que tenho os teus olhos na minha frente.
A me olhar tristemente.
Como a pedir.
Me ajude, filha amada. Me ajude a partir.
Era tua hora de ir.
Partiste me agarrando.
Como se eu pudesse de alguma forma te fortalecer.
Eras meu pai adorado.
Uma parte de meu ser.
Te vi morrer.
E fiquei em pranto... (naquele tempo eu não conseguia compreender).
Que temos nosso tempo aqui e partimos, mas continuamos de uma outra forma a viver.

Foto de Sonia Delsin

FLORES PARA QUEM PARTIU

FLORES PARA QUEM PARTIU

Ela caminhava observando tudo. Os pássaros livres a recordavam que também conquistara sua liberdade.
A máquina fotográfica dependurada no pulso. Os cabelos ao vento, um agasalho de caminhada, um bom tênis, óculos de sol.
Caminhar é tão bom. Respirar o ar da manhã.

Quatro anos se passaram. Quatro anos.
Uma outra vida dentro de sua vida.

Lara ia pensando que a vida é feita de ciclos. Recordou a infância, a juventude, o dia que se apaixonou por Leonardo. Como ele era bonito! Lindo mesmo...

Uma vida ao lado dele e o fim. Quatro anos se passaram desde aquele dia. O adeus doeu demais e ela sabia que precisava esquecer tudo que se passara. Tudo.

Mas esquecer vinte e tantos anos ao lado de alguém?
É possível esquecer do primeiro beijo ao último olhar, as últimas palavras?
O grande vazio que ficou?

Um pássaro tão lindo numa cerca lhe chamou a atenção. Claro que o fotografaria. Claro.
E as buganvílias floridas então! Não podia deixar de fotografar.

Ia distraída a olhar tudo e as lembranças começaram a aparecer como ondas que o mar insiste em trazer para a praia.

Ela era um rochedo. Nada a abalaria. Nada.
Virou a máquina e tirou uma foto de si mesma ao lado de um arbusto. Cadê o sorriso? Ele não chegou, mas a foto não ficou feia. Todos diziam que ela era linda quando sorria. Talvez mais tarde o sorriso chegasse.

Apanhou uma florzinha azul e lembrou do tempo que apanhava flores do campo para levar ao marido. Ele não a acompanhava nas caminhadas. Preferia ficar na cama deitado e depois se levantaria, tomaria um café e fumaria.
Como ela odiava vê-lo fumando tanto. Quando pedia que fumasse menos ele discutia. Nos últimos anos tudo era um pé de briga.

Esmagou as florezinhas na palma da mão. Tanto tempo e o esquecimento não chegava, não chegava.

Não que tivesse esperanças ainda. Não. Em absoluto. Compreendera neste tempo sozinha que não tinham afinidades. Nem conseguia crer que viveram tantos anos juntos. Mas ficara uma dor, uma vontade de mudar o que o já não podia ser mudado.
Não era remorso. Era vontade que tudo tivesse sido de outra forma. Sem discussões, sem lágrimas.
Mas existe um casamento que termina sem brigas? Pelo menos quando acontecia era algo raro. Ou não?
Ela queria que tivesse sido sem brigas. Queria... tanto isso. Sem brigas.

Passou por uma árvore carregada de amoreira carregada e resolveu apanhar algumas amoras madurinhas. Gostava tanto que nem ligava a mínima em sujar as mãos.

Continuou a caminhar e o pensamento mudou de rumo. Pensou noutras coisas. Esqueceu a dor. Era sempre assim. Aquela dor vinha e ia. Como ela e suas caminhadas.
Pegou rapidamente a máquina para fotografar duas andorinhas que revoavam ao seu lado. Esqueceu o passado. Pelo menos por hora.
Olhou o relógio no pulso. Era hora de voltar para casa. O sol já estava ficando forte e ela não passara protetor solar.

Outras manhãs a aguardariam até que o outro ciclo se fechasse. Ela apertou de encontro ao coração a máquina pensando que tirara boas fotos naquela manhã.
Não levaria flores. Ninguém a esperava. Ninguém.

Foto de Sonia Delsin

O JARDIM... DO ESPELHO

O JARDIM... DO ESPELHO

Acredito que para crescermos interiormente passamos muitas vezes por situações muito delicadas, muito difíceis, por fases dolorosas...
Algumas pessoas se revoltam com o sofrimento, tornam-se amargas. Perdem o amor pela vida. Mas às vezes ele é um mal necessário, mesmo que nem nos apercebamos disso.
Ninguém deseja sofrer e quando acontece de sofrermos precisamos sempre procurar tirar algum proveito disto no sentido de crescermos.
Vou contar aqui fatos ocorridos há muitos anos. Uma fase negra, que sei que devia ter apagado de minha alma, de minhas lembranças, de meu eu. Mas como nunca consigo encontrar o apagador... vez ou outra estas lembranças também voltam, vem à tona e agora mesmo estou me lembrando delas.
São dores que já não doem, doeram no seu tempo. Doeram demais e marcaram irremediavelmente minha vida.
Triunfei sobre esta fase e nem devia mais tocar no assunto, mas vou narrá-la para que alguém ao lê-la possa tirar algum proveito. Não é bem por aí, porque não é com as lições dos outros que aprendemos mais, mas com as nossas próprias experiências. Mas tudo bem! Vou contar assim mesmo para quem quiser conhecer um pouco mais de mim.
Vou contar o milagre de um espelho.
O fato aconteceu numa primavera. Naquele tempo eu mal completara dezesseis anos e estava presa a uma cama por quase um ano. Sem perspectivas de melhora eu definhava no leito, sofrendo muitas dores e causando também muito sofrimento a todos meus familiares.
Revoltada com o que a vida me oferecia naqueles meus anos de menina-moça eu me tornava muitas vezes uma doentinha intratável.
Minha mãe com muita paciência e tato enchia o quarto com revistas, com livros que eu tanto gostava e deixava que nosso cãozinho me fizesse companhia quase todo o tempo. Não tínhamos uma TV e só um pequeno rádio me trazia um pouco de distração, além da leitura.
As paredes pintadas de um verde claro, os poucos móveis, um quadro de Jesus e Maria, uma cômoda coberta de remédios, um pouco do céu que eu conseguia enxergar através da janela eram as minhas imagens visuais todo o tempo.
Eu via a vida correndo e sem poder andar, ou me sentar eu já nem sabia mais sonhar. Esperava aquela tortura acabar de uma vez. Entregava-me à dor, ao sofrer.
Um dia, mal amanhecera, minha mãe me fez uma proposta, perguntou-me se eu desejava ver o seu jardim.
Então eu argumentei com ela que nem me levantava, se quisessem me carregar eu sentiria mais dores, me sentiria mal. Não queria sair da cama, que me deixasse em paz.
Ela não aceitou a minha recusa e sugeriu que eu poderia ver o jardim através de um espelho.
Achei bobagem. Que graça teria?!
Ela deixou o quarto e minutos depois apareceu com um espelhinho na mão e foi até a janela. Botou o braço para fora e ajeitou-o para que eu visse o canteiro cheio de flores, perguntando se dava para ver a roseira carregada de belas rosas vermelhas.
Vi as rosas, também as dálias, as margaridas e tantas outras.
As flores todas, que de meu leito só sentia o seu perfume.
Ajeitando-o melhor, com muita paciência, minha mãe me trazia para dentro do quarto os beija-flores que visitavam o seu jardim naquele dia e as borboletas que iam de flor em flor.
Não a deixei guardar tão cedo o espelho. Queria ver mais. Queria trazer para dentro do meu quarto de doente, a primavera que despontara lá fora sem que eu a pudesse apreciar.
Na manhã seguinte ela voltou com o espelho e eu vi as mudanças que se operaram num só dia naquele jardim. Vi que havia mais borboletas, abelhas e que também novos beija-flores o visitavam. Até me pareceu ver ali do leito uma gota de orvalho sobre uma rosa cor-de-rosa.
Quis todos os dias repetir a experiência e minha mãe perdia um tempo enorme ajeitando o espelho, para que eu visse melhor o que acontecia lá fora enquanto eu definhava no leito.
Eu aguardava a manhã chegar para assistir todas as manhãs aquela primavera lá de fora, que um espelho conseguia me trazer.
Assim, os três meses se passaram, e eu comecei lentamente a melhorar. Comecei de novo a achar que tudo valia a pena, que a beleza não morrera porque eu não participava dela. E poderia ainda participar, havia um mundo lá fora e eu ainda o poderia desfrutar.
Na primavera seguinte eu já pude ir ao jardim numa cadeira de rodas e no outro com minhas próprias pernas, numa vitória conseguida com muita luta, persistência, esperança e fé.
Vejam o milagre que um simples espelho consegue operar numa pessoa!

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