Lembranças

Foto de syssy

Solidão

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O ser está no demasiar só,

Dentro ou fora não importa,

Basta procurar o vazio a sua volta.

Encontra-se com você e apenas

Você, diálogos longos de sons abafados

Surdos e mudos.

Os olhos procuram sempre algo em
Tudo e nada...

Corre por todos os teus cantos profundos,

Acha lembranças marcadas, vividas, sonhadas.

Entende que ser ou está só faz parte de um

Sentimento algoz, o carrasco dos sonhos, que

Prende o futuro em tuas mãos fechadas,

Solidão (...)

Um sentimento inconsciente, mais consciente

Em mim.

Ele falta,

Separa,

Desconexa,

Desprendi tudo, do todo existente em si.

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Foto de Sirlei Passolongo

As Palavras Não Resolvem

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Há momentos em que as palavras não resolvem
Não traduzem mais a saudade que me consome
E as frases já não têm sentido... E o pranto contido
molha o papel...

E nesses momentos, as letras dão lugar às lágrimas
Os sonhos se confundem aos fantasmas
E a alma se retalha em farpas
As horas... Traiçoeiras e ingratas...

E as lembranças tateiam a pele
Feito agulhas que o peito fere
E as palavras... Uma a uma se perdem
Não há verso que a dor supere.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora
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Foto de Cecília Santos

PROMESSAS EU FIZ...

PROMESSAS EU FIZ...
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Promessas eu fiz...
Mas não cumpri, desfiz.
Jurei não mais chorar.
Mas é tão difícil parar.
Choro minha vida vazia.
Choro por não saber,
como preenchê-la sem ti.
Noites mal dormidas.
Devaneios sem rumo.
Caminhos atalhados.
Choro por minhas
lágrimas caídas.
Choro por teu
sorriso desfeito.
Choro as lembranças
espargidas.
Sei que promessas, eu fiz...
Juro que tentei cumpri-las.
Mas foi impossível pra mim.
Choro a saudade doída.
Choro a paz que você queria.
Choro a vida que você teria.
E chorando vou seguindo.
Contando as estrelas do céu.
E os grãos de areias do mar.

Direitos reservados*
Cecília-SP/04/2008*

Clip musical (KLB- Ela não está aqui)

Foto de Lou Poulit

A MONTANHA E O PINTASSILGO (CONTO)

A MONTANHA E O PINTASSILGO
(Parte 4)

A se catar, como passara a fazer diariamente durante os últimos anos, a montanha se surpreendeu com algo estranho, entre ramos franzinos de um jovem arvoredo. Já havia visto coisa parecida e sabia não ser nada que a natureza produza de boa vontade. Logo a brisa trouxe um cheiro desagradável e ameaçador de fumaça, e tudo então ficou claro. Aquilo era uma gaiola, dentro havia um pássaro aprisionado e do lado de fora uma rede. O pássaro preso cantaria o seu canto, isso provocaria outro pássaro da mesma espécie, que viria reclamar seu direito aquele território e pronto, ficaria também este aprisionado para o resto da vida. Só pode ser coisa de gente ― asseverou a si mesma ― em nenhum lugar do mundo a natureza é tão cruel por tanto tempo. Embora possa parecer também cruel, o fardo do Criador é leve e o seu jugo é brando. A alguns metros para baixo dois homens, um maduro e outro bem jovem, fumavam os seus cigarros de palha, e riam, sabia Deus do que, tentando não fazer barulho.

Indignada pelo uso das suas encostas para tais fins, ela pôs-se a matutar numa forma de fazê-los correr de ladeira abaixo. Depois, em um segundo passo, encontraria um jeito de libertar o bichinho, de quem já se compadecia por demais. Até porque, ele parecia um pouco com o seu querido pintassilgo. A montanha começou então a produzir uma série de truques, como fogos-fátuos e sismos comedidos, pequenos segredos de uma velha montanha que, entretanto, não surtiram o efeito desejado e ainda assustaram a bicharada. Impaciente, a montanha batucava numa laje com as pontas dos dedos, usando para isso a queda d’água de uma tímida cascatinha que havia por perto, quando o pássaro da gaiola começou a piar a cada vez com mais disposição. Era um indício certo de que logo ele estaria cantando a todo peito. Necessário se fazia que agisse mais rapidamente, o que, para uma montanha milenar, não é lá uma coisa das mais fáceis e cômodas, a se fazer naturalmente.

Como os homens se mostravam inabaláveis, talvez insensatos por sequer imaginar o imenso poder de uma montanha, pensando bem, por demais burros simplesmente, ela optou por tentar impedir que o passarinho desse vazão aos seus impulsos canoros. Para isso, ela se aproveitou de um ventinho e se aproximou do arvoredo dissimuladamente. Chegou-se bem pertinho e, respirando antes profundamente, entrou na gaiola. Todavia, tamanho foi o seu susto, que saltou do ventinho e recolheu-se nas suas profundezas. E lá perambulou durante algum tempo. Aquilo tudo mais lhe parecia uma peça do destino. Vagou por entre as suas lembranças sem fim, relaxou nas suas profundas escuridões, onde os sóis jamais chegaram, e banhou-se nos seus refrescantes lençóis subterrâneos. Reconheceu por fim, que poderia estar fugindo da verdade, e isso é algo que uma boa montanha jamais deve fazer. As montanhas são sábias e fortes. Vivem muito e é justo que o sejam. Não conhecer uma determinada verdade pode ser um direito, mas tentar impedir a sua revelação é uma idiotice, uma fragilidade. A mentira ou a ilusão podem ser mais agradáveis à razão em certos momentos, no entanto corrompem os sentidos de ser e existir. Estava tentando criar uma certa realidade paralela e perdendo com isso um tempo muito precioso, que talvez custasse caro a outros pássaros.

Outra vez tomou-se de ânimo e voltou à gaiola. E lá, todas as suas parcas esperanças se dissolveram, à luz claríssima do sol que já se erguera todo acima do horizonte. Não podia mais negar, era mesmo o seu pintassilgo e, misteriosamente, cantava como um menino. Mas que ironia cruel! Teria que tentar interromper a sua inspiração, depois de tanto tempo lamentando a sua ausência. E nem tinha naquele momento mais tempo para as suas reflexões, pois um outro pintassilgo, pleno dos arroubos naturais da sua evidente juventude, já cantava e fazia manobras rasantes cada vez mais próximas à rede, com intuito de intimidar o outro, um velho inconveniente e abusado, um intruso, imperdoável. Embora não pudesse concordar inteiramente, a montanha percebia os pensamentos e a determinação do jovem, corajoso e afoito como todos os jovens. Mas a Providência concede maior proteção a eles, e ela estava ali para exercer esse papel. Ao antecipar que no próximo rasante ele ficaria preso na rede, numa atitude exageradamente emotiva para uma montanha, ela pressionou suas entranhas com tanta força, que os gases subterrâneos liberados provocaram uma ventania súbita e empoeirada. Correndo para encontrar um abrigo, os homens se afastaram, sem se dar conta de que o ramo não suportara o peso e a gaiola havia caído na relva.

Os segundos tornaram-se angustiadas eternidades. Ela viu os ventos se enfraquecerem até pararem por completo. A gaiola tinha uma pequena porta corrediça que com o tombo se abrira, os homens voltariam para buscá-la a qualquer instante, porém desgraçado era o desespero da montanha, porque o pintassilgo não encontrava a saída. Pulava pra lá e pra cá, estranhava os poleiros que estavam então na vertical, pendurava-se nas varetas de cabeça para baixo, porém nada de sair. Enfim, o mais jovem dos homens chegou a tempo de fechar a portinhola, satisfeito por ver o bichinho ainda do lado de dentro, e voltar ao encontro do mais velho. E a cascatinha afinou-se mais ainda, como o choro triste da montanha, perdeu a ansiedade.

(Segue)

Foto de angela lugo

Estigma de amor

Um estigma no meu coração apareceu
Todos os dias eu tento ele curar
Você bem o sabe quando ele se abriu
Foi quando me deixou a chorar
Naquela tarde fria junto ao mar
Mergulhei nesta dor que trespassa
Dói tanto que não sei como ela passa
Parece que o sangue por ele jorra
Maldigo aquele dia, quero que ele morra
Junto às lembranças que me deixou
Mas parece um tormento, ele me tatuou
Não morre mesmo que eu queira
Está no meu coração a sua mentira
Quando falou que um dia voltaria
Quanto mais o tempo passa
Mais o estigma aumenta sem pressa
Espero que não tome conta de mim
Não quero sofrer tanto assim
Ver minha alma, meu corpo degradar
Sem ver você novamente a me amar
Sinto-me pela sua ausência amargurada
Como se a minha carne fosse rasgada
Não posso ser feliz assim com esta dor
Que silenciosamente assassina meus sonhos
O meu sorriso morre nos lábios
Quando levo minha mão ao coração
Sinto que ele ainda sofre por tanto te amar
Vem amor curar esta chaga aberta
Que minha alma sem ti não será liberta

 


Foto de Carmen Lúcia

SAUDADE

Os dias passam lentamente...
Enfim, o pesadelo vai se afastando,
Dando passagem às lembranças
Que de saudade vão se vestindo
E no vazio da alma se imbuindo...
Antes nua...agora envolta de recordações...

Não chegam a doer, nem retroceder,
Marcam presença, lembram ausência,
Fazem sorrir...momento indescritível
Ou chorar...fato irreversível.

Resta-me a saudade...
Mesmo sem a querer, ela invade,
Pensa que pode suprir o lamento,
Reverter o acontecimento
Já sacramentado, injuriado...

Fantasia instantes que quero esquecer,
Realidade que encaro, sem compreender,
Torpedo lançado, sem mais nem porquê,
Inesperado, abrupto, cai sem se prever,
Faz parte da vida...e pergunto:Por quê?

Saudade, fique...me resta você...
Não me iluda, nem desiluda,
Faça-me esquecer...

_ Carmen Lúcia _

Foto de CarmenCecilia

AMOR ALÉM DA VIDA

Amor além da vida!

Faço uma retrospectiva
E contemplativa
Vejo-me
Quando te vejo
Lembro-me
Daquele calor
Que fluía
Do nosso amor
Nos dias
Que somaram dias
E noites
De puro encantamento
E a lua argentina
Registrando
Cada momento
Relembra nossa história
Nos meus olhos
O brilho dos teus
As bocas
Se procurando loucas
Os corpos ajustando-se
Em conchinha ajeitando-se
Eu agora flutuando
Entre mundos levitando
Embalada por recordações
Doces sensações
Nessa viagem... Miragem!
Em que estamos de passagem
E nesse túnel do tempo
Em que te contemplo
Reúno nesse quebra cabeça
Uma a uma nossas lembranças
E sei que estás a me esperar.
Para nada mais nos separar...
E assim comigo ficar...
Agora para sempre!

Carmen Cecília

09/04/08

Foto de syssy

SONETO ETERNO MINUTO

*
*
*

Preciso ti olhar apenas pelo minuto
Que me for concedido em prece,
De uma jubilosa sorte, dos amantes
Que sofrem desse amor constante.

Mais a necessidade de telo, acovarda-me,
Pra não perdê-lo, e dar-se fim a esse doce
Pesadelo de amar assim, possuir novamente
Meus sonhos, ser dona de mim.

Ter-te na alma presente, dessa casta devoção,
Recôndida, no relance das lembranças
Perdidas, sinto que minha vida pertence a ti.

E não mais na estrênua força dantes,
Quero senti o que meus olhos vêem,
Nessa paz que só o teus olhos têm.

Foto de LordRocha®

Lembranças...

Busco nas lembranças um alento para minha alma;
Alma turbada pelos dias que se passa com sua ausência;
Lembro-me de um dia de sol, com uma suave brisa.

Um lindo dia, horas perfeitas, inesquecíveis, incomparáveis;
A natureza parecia nos embalar em seus braços;
O rio em conjunto com o ar conspirava ao nosso favor.

Os pássaros pareciam a maior e mais linda das orquestras;
A grama era como um ninho nos acolhendo, nos embalando;
Seu cheiro me embriagava, com o perfume natural do amor.

Seu corpo transmitia ao meu, um calor que me dominava;
Sua voz soava como o som do mar, suave e majestosa;
Conversávamos sobre tudo e tudo estava perfeito.

Tudo nos fazia sorrir, sorriamos de corpo e alma;
Lembro-me do seu sorriso lindo, espontâneo, sincero, único;
Lembranças... Doces e Inesquecíveis Lembranças.

Sinto que vivo delas, são como a seiva, como o orvalho;
Como a luz; a água, o ar, fonte da minha existência;
Sem elas sou livro sem história, história sem início, meio e fim.

“Você meu amor.”
História da minha vida, vida para minha história.
“Meu eterno amor.”

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

TENTANDO TE ESQUECER

Hoje
acordei num delirio de lembranças,
me peguei pensando em você.
fiquei perdida em lembranças e desejos,
mas tentando te esquecer.

Agora estou sozinha tentando te esquecer.
fiquei triste na descoberta que você não
me amava.
Estou tentando levar a vida
tentando te esquecer.

Minha vida virou de pé a cabeça
depois que você virou a mesa,
não é fácil tentar te esquecer.
não consigo tirar-te de dentro de mim.

Cada minuto se torna dias, meses, anos,
dificeis para que eu possa te esquecer,
não consigo te esquecer,
ainda que eu me force a isso,
esse sentimento de amor
é maior que minhas forças.

Sei que vou pagar um preço
alto, por ter que lutar
por um sentimento contra
minhas vontades e desejos,
mas não vejo outra saida
a não ser ter que te esquecer.

Essa necessidade é maior
que meus desejos vontades
mas como não tem jeito
vou tentando te esquecer

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