Janeiro

Foto de NiKKo

Teatro chamado Vida

Capítulo 8: Teatro chamado VIDA
(por Fenix , adicionado em 15 de Janeiro de 2008)

Eis aqui meu coração repleto de saudade
com um enorme sorriso pintado no rosto.
Finge estar com a alma tranqüila e serena
a ninguém revela sua amargura, seu desgosto.

Ele seria motivo de chacota para muitos
pois rindo diriam: eis um farrapo humano.
Meu coração então bate apressado no peito
e esconde entre soluços o nome de quem amo.

Mas quem me vê não imagina a minha dor
pois eu aprendi com a vida esconder e disfarçar.
Assim vou caminhando de cabeça erguida
e ninguém vê ou percebe minha alma a soluçar.

Aprendi a duras penas que o amor só traz fantasias
que no fim só restam mesmo a decepção e amargura.
Que na alma as feridas demoram a cicatrizar,
que essas marcas só mesmo o tempo, cura.

Reconheço que aprendi a viver apenas o momento
por descobrir que toda felicidade é passageira,
que amor eterno não existe. É fantasia.
Que juramento de apaixonado é coisa traiçoeira.

Desta forma vou vivendo interpretando meu papel
nesse teatro que é hoje o meu viver.
Todos acreditam que superei o fato de ter te perdido
mas eu confesso que não consegui te esquecer.

Mas descobri que o amor que me prendeu a você
para você de verdade, nada significou ou valeu.
Para você eu fui um simples ato no teatro de sua vida
que acabou, quando a cortina sobre o placo desceu.

Foto de Joaninhavoa

OUSADIA

E a coragem foi mesmo
porque o coração mandou
que fosse!...

E o coração, falou:
- Senti tua ausência
Como uma falta de mim
E da pura essência
Que tu és para mim!...

E a voz, falou:
- Eu pertenço àquela gente
que nunca deixa de ser criança
às vezes apanho a jangada
sem destino e sem parada
Não tenho sítio certo
Morada ou estada
Pr`a mim... dia que é dia
sem poesia não é dia
é sofrer em demasia!...

Então, correu suco dos olhos
do coração!...
E, olhando a coragem, falou:
- Foi ousadia ter ido...
meu coração ficou espremido!...

Então a coragem
explicou... amor de tão rosa
é branco!...
Mas, quando caíem bagos
Ouço seus passos... concertos
de textos afinados... músicos
em excertos exaltados… d`alvos
poemas compassados!...

JoaninhaVoa, em
18 de Janeiro de 2008

Foto de Paulo Zamora

Círculos / Pedido de Amor

Círculos
Corro em círculos, sempre em volta de você. O ciúme me controla, tudo parece traição, tudo parece escuridão enquanto está dando tanto amor...
Assumo a culpa e que devo mudar, já que você me ama, me respeita, mesmo assim; com minhas desconfianças, procura ser branda, calma até demais; foi Deus quem lhe deu essa paciência...
Em círculos pelo mundo, olhando você, cuidando além do limite, é obsessão, a qual não preciso, não serve de abrigo, não acalenta. Estou em volta de você, meu planeta, minha lua em casa, meu mundo inteiro...
Sei que não é normal, não entendo porque sou assim, eu quero você pra mim, mas esqueço que nunca fui, nem serei seu dono.
A flor que seca fora do vaso, este sou eu...
A planta que se queimou com sol, este sou eu.
O apaixonado obcecado, também sou eu...
Em volta do mundo teu, correndo como louco, indo para lugar nenhum, ciumento, dono de um sentimento que somente atrapalha nossa relação. Vou sendo como não devo, em volta de você, em círculos... rodando... caindo sem perceber. Desculpe meu amor, você não faz por merecer, sou eu quem idolatra, sou eu o culpado, me dê uma chance, porque somente agora percebi toda verdade, que correr em círculos nunca me levará a lugar nenhum... somente me afastará de você.
(Escrito por Paulo Zamora em 11 de janeiro de 2008)
www.pensamentodeamor.zip.net

Pedido de amor
Ouça simplesmente meu pedido de amor, me encontre como ontem; o que senti foi tão forte que vieram outras lembranças, de um outro tempo na minha vida, tempo que amei perdidamente e pensei que nunca mais voltaria a amar alguém, mas foi engano; minha vida mudou quando conheci você.
Por favor, não se afaste; não pense em adeus se agora já me apaixonei, e deixei você contendo por mim uma paixão; quando nasce sentimento não tem como voltar atrás.
Pense naqueles bons momentos, ainda mais quando apagamos a luz e sentimos apenas o toque de peles que se sujeitavam por amar o amor...
Simplesmente dois adolescentes...
Esse é meu pedido de amor; que não se vá para longe de quem se apaixonou e sonha viver ao seu lado, foi você quem me fez esquecer aquele amor do passado, mudou meu conceito, me fez outro...
Ontem não pode ter sido o fim, você já precisa de mim, procure se conter e viver a realidade, sabe? A escola da vida nos ensina todo instante, e confesso; que aprendi a viver quando conheci você, ainda mais quando nos beijamos...
(Escrito por Paulo Zamora em 10 de janeiro de 2008)
www.pensamentodeamor.zip.net

Foto de Joaninhavoa

O JOGO

Hoje, vou traduzir teus medos
Vou pôr-te nu frente ao espelho
E contar os teus segredos
Num patamar gigante… com luzes
Na ribalta!...

Cartas de jogar
Lançadas sobre a mesa
Lembram-me sempre… destinos
de pessoas!...
O Jogo da vida são vidas
em Jogo… com cartas de jogar!

Vícios dementes, cadentes
Doentes… sofreguidão latente
Como quer pão e sem dentes
Quer absorver a corrente!...

O jogo começa e ansiosos
Os presentes participam decididos
Caprichosos, indecisos, comoventes
Permissivos e até cadentes!...

Há como que um marulhar
De vozes como o marulho do vento
Agora sai rei, sai rainha num lançar
Sobre a mesa redonda de sustento!...

Cruzam-se cartas, trocam-se lugares
E há sempre quem tenha uma carta
na manga guardada pr`a descarta
E surge uma volta em que não há pares!...

Mais um lugar uma aberta
Agora tenho um ás de espada
um ás de paus e um ás de valete
tenho fé no ás de ouro e zás!...

São trunfos que só eu tenho
Sorte minha pl`a certa
Vou fechar com um naipe
E alguém me diz, vai-te!…

Arrumam a mesa redonda
Confusa… como num jardim
Ao luar… mas aí está
Tudo a brilhar!...

JoaninhaVoa, em
11 de Janeiro de 2008

Foto de Joaninhavoa

Meu amor é poeta

Meu amor é luz...
Sonho que até parece
Verdade... e de ser o que é
Ele é realidade!...

Tudo nele me encanta
Toda a vivacidade
Fugaz e atento
Cativa minha mocidade

Quer-me tanto eu sei bem
Como a comida quer o sal
E eu mais que ninguém
Não lhe levo a mal

Todo ele é ternura
Carinho e doçura
Mais doce que a açucena
Quando está viçosa e plena

Vou contar-vos um segredo
Meu amor é poeta... sem saber!...
Pois amar como ele sabe só mesmo
Um poeta de verdade!...

JoaninhaVoa, em
10 de Janeiro de 2008

Foto de Joaninhavoa

Óh! Tempo

Óh! Tempo volta pr`a traz
Queria mudar a minha vida
Que jaz perdida… numa lida
Num vem que não vai
Vem. E não vai pr`a ninguém!...

Óh! Tempo volta pr`a traz
E traz-me tudo de bom
Daqui pr`a frente vê com
bom tom… como sou sagaz
e até capaz… de te achar um ás!...

Óh! Tempo volta pr`a traz
E sê um bom cavalheiro
A lutar. Se preciso for d`espada
Como os companheiros da luz e da paz
Na longa caminhada desta estrada!...

Óh! Tempo volta pr`a traz
Mas não me tragas o que eu perdi
Porque eu só perdi o que o destino
Quiz que eu ganhasse
A ti!...

JoaninhaVoa, em
10 de Janeiro de 2008

Foto de Joaninhavoa

A CONCHA

Resta-me ainda pegar a concha
da areia da praia... tactear seus relevos
leve, levemente... como quem chama por ti!...

Sigo o trajecto em toques sem rumo
Círculos quadrados redondos sem prumo
Linhas rectas... infinitos os pontos
Da concha que me leva em elos!...

Vigoro o sangue... lúcido jaz em mim
teu Ser... faz tempo!...
Óh! Ignorância... como um ermo
Términus. Desta lembrança
Tábua rasa por eu não saber!...

Corre nas veias a mistura
Vermelha d`um azul pardo
Alarme alado... que veícula
nosso prado ainda assim tão beijado!...

São círculos de semi-círculos
que afago em rodas de rodar e voltar
Ao contrário às voltas a dar...
Tantas quantas for necessário exaltar!...

Desfazem-se pragas de fragas essências
Sentenças... desmistificando destinos
Traçados sem prazer!...
Labirintos são muitos... infinitos
Mas da recta há muito a dizer!...

JoaninhaVoa, em
08 de Janeiro de 2008

Foto de Cabral Compositor

Verde Amarelo

Verde Amarelo

Brasil, meu Brasil brasileiro
De tantas matas, praias e campos, montanhas e nascentes
Brasil, meu Brasil brasileiro
De criaturas fantásticas e acrobáticas
Que lutam por um dia a mais, por um lugar ao sol, por um teto
Brasil, meu Brasil brasileiro
De estados, de federação, de legendas mil, mil partidos e um só Brasil
Brasil, meu Brasil brasileiro
De rios poluídos e aterrados, de oportunistas e falsifica dores
De pobres trabalhadores, assalariados
Brasil, meu Brasil brasileiro
De estradas de estranhos trajetos, objetos indiretos
De obras inacabadas, de hospitais abandonados, e de balas perdidas
Brasil, meu Brasil brasileiro
De cantos, de encantos, de tradições regionais e futebol
De teatro, de dança, de esportes especializados
De filhos nos córregos, de filhos arrastados, de filhos mortos
Brasil, meu Brasil brasileiro
De encantos mil, terra varonil, de esplendor
Brasil, de Rio de Janeiro e Salvador, de São Paulo e Maceió
De Paulo Afonso e Minas Gerais, de Porto de Galinhas e favelas
Brasil, meu Brasil brasileiro, de mineiros, cariocas e estrangeiros
Assaltados, mal tratados e com um Cristo acolhe dor
Brasil, de crenças e religiões, de povo com fé nos milagres
De samba, de xaxado, de chorinho, de forro, de Axé, de MPB
Brasil de brasileiro como eu, de brasileiro que morreu pela pátria
Pátria amada, idolatrado, salve, salve

Foto de TerrArMar

Natal, Sempre

Natal, Sempre.

Dezembro é mês de Natal,
Pena não ser o ano inteiro.
Tantos meses a viver mal
E neste esbanja-se dinheiro.

Compram-se inutilidades
Só para satisfazer o ego.
Escondem-se inimizades.
Tempo de alegria, não nego.

Mas depois virá Janeiro,
Voltam velhas picardias,
Durante mais um ano inteiro.

Os pobres voltam à sua cruz
Que lhe escurece os dias.
Os maldosos esquecem Jesus.

TerrArMar

Foto de Naja

QUE AS ONDAS DO MAR ME LEVEM

QUE AS ONDAS DO MAR ME LEVEM

Fico aqui, parada, meus pés na areia molhada, acariciados pelas espumas formadas pelas leves ondas; um vento frio me dá prazer. Meus cabelos soltos, voam por meu rosto; nao me importo.
Ao olhar para esse mar dos mais belos que já vi; hoje bem mais calmo, como
calma está minha alma e meu coração.
A bela imagem para meus olhos alegrar, é das que mais amo. É o caminho prateado que a lua faz desde o horizonte até as espumas que banham meus pés.
Ah!!! Como eu gostaria de ser uma sereia, jogar-me neste mar lindo e ir nadando até alcançar a lua, seguindo seu rastro luminoso nessas águas frias e
tão gostosas desse meu mar que adoro.
Lá, bem longe, posso vislumbrar uma ilhota onde, se quisesse poderia descansar e ir seguindo sem parar para terras distantes, pelos caminhos em que essa lua fosse me levar.
Deixo meus pensamentos livres e permito apenas a meus olhos , repousar nessa reconfortante paisagem e me vejo indo além, seguindo a lua e com alma leve e meu coração descansado, para novos lugares nadar, onde o destino desejasse me guiar.
Aqui, parada nesta praia, com o barulho das ondas a entoar uma bela canção, deixo-me levar em liberdade, com suavidade por caminhos onde a minha paz irá a mim encontrar!...
naja
Publicado no Recanto das Letras em 05/11/2007
Código do texto: T724950

Indique para amigos
Denuncie abusos

Comentários

05/11/2007 22h40 - Maria Olimpia Alves de Melo
lindo!
05/11/2007 22h36 - ROMILPEREIRA
ESSA É A NAJA QUE TODOS DA RL QUEREM VER!!! BELISSÍMO TEXTO POETIZA DAS PALAVRAS LINDAS!!...BEM VINDA A SAUDADE QUE DA PRAZER EM SENTIR...E AO AMOR QUE QUEREMOS ALCANÇAR...BJS..BJS...
Comente

Sobre o autor

naja
Rio de Janeiro/RJ - Brasil, Escritora Amadora
119 textos (3803 leituras)
12 e-livros (122 leituras)
(estatísticas atualizadas diariamente - última atualização em 05/11/07 22:41)
Perfil
Textos
E-livros
Contato

Páginas

Subscrever Janeiro

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma