Íntimos

Foto de Eddy Firmino

O BARCO

Ele sai a navegar pelo luar
Impelido pelo vento ele está
Não tem rumo nem destino
Segue flutuando pelo belo mar cristalino

Amigo das ondas e dos ventos
Companheiro das lamúrias e lamentos
Sobre ele contemplamos o horizonte
Também a beleza da neve sobre os montes

É corajoso ao enfrentar tempestades
Ao que veleja tem plena lealdade
Como um fiél amigo nos leva aonde quer
Não nos abandona um segundo sequer

Nosso barco jamais vai afundar
Nossos íntimos sentimentos vai levar
Seguirá seu rumo sem impedimento
Rio a dentro, mar a fora, empurrado pelo vento

Barquinhos pequeninos somos todos nós
Seja com alguém ou mesmo estando a sós
Pensar assim é admitir que não és tão frágio
Luta por tudo...Vence tudo...Sobrevive a qualquer naufrágio

Foto de Eddy Firmino

Eterna Tristeza

Por que choras pequena menina?
Talvez tenha dúvidas de meus sentimentos
Misturados de amor e de um medo que me domina
E que ao mesmo tempo me faz chorar de lamento

Escondido sobre uma devastadora mágoa
Que invade meu ser e minhas emoções
Sorriso alegre, canto triste
Estou amargurado em minha própria prisão

Tua beleza ultrapassa tudo o que existe
Nas profundezas de minhas lágrimas te procurei
Afoguei-me em meu próprio pranto
Lembrando do dia em que te deixei

Mesmo que o mundo desabe sobre mim
Vou te esperar com meu inseparável tormento
Resistirei aos sentimentos mais íntimos
Ou me esconderei em meu próprio silêncio

Foto de Melquizedeque

A deusa onírica

Seus olhos cortantes e sedutores transpassam as cadeias dos mais íntimos desejos de um reles amante em suas loucuras de adolescência. Seus cabelos pretos, curtos e lisos, manifestam em si o reflexo de um espelho que foi pintado por um artista em pleno estado de euforia. Parecem ser lambidos pelo orvalho da noite de um gélido coração parisiense

O seu sorriso se alastra como um rio em busca do mar. Sereno, mas ao mesmo tempo tempestuoso. Hipnotizador desde sua nascente, proveniente das fontes celestes do encanto. A maravilha de vê-la sorrindo é mais compensadora que ver o vôo dos pardais. Uma cena que é vista em câmera lenta, que se arrasta pela retina e se aloja na memória.

É admirável olhá-la ao entardecer, sentir sua fragrância ao passar ao lado. Como é doce e sensível seu cheiro, uma mistura de sorrisos e nostalgia. Ao seguir seu rumo, esse aroma é admirado e reverenciado pelo vento do outono.

Percebo sua presença e nada mais me importa... Esse momento se torna minha arte. Eu a admiro em um silêncio ensurdecedor, imóvel quase sem vida. Mas dentro de mim escuto uma multidão de aplausos, semelhante ao som da chuva que cai em uma longa e rara chuvosa noite de verão.

Não! Não irei embora, até que ela tenha partido. Mas não se vá agora, não antes de olhar nos meus olhos por pelo ao menos três segundos. Deixe-me sonhar nesse infinito instante! Não fuja do meu alvo, sem que as minhas palavras lhe encontrem. Mas essas súplicas ninguém consegue ouvir. Falo, mas parece não haver voz que dê carona aos meus pensamentos.

Ouço o som de seu caminhar que se vai passo a passo, destrinchando minhas dúvidas, como faz o filósofo quando sonha e acorda na sala de estar de um trauma infantil. Ela prossegue e some na luz das pérolas que encontramos no fundo dos olhos daqueles que a rodeiam. Onde estão meus pensamentos, se não nessa idéia fixa que me consome até a alma? Pensamentos que são engolidos pelo monstro do medo. Nunca a alcançarei! Parece que jamais entrarei nos seus oceânicos olhos. Esse guardião me amedronta de dia e de noite e sem piedade nem compaixão crescer com o correr do ponteiro do relógio.

Meu coração é espremido, e se despedaça no caminho da ilusão. Guardada está aquela que me fez sentir o que é amar, que entrou em meus sonhos e ali habitou sem se preocupar, sem admirar aquilo que lhe dei. Ela é a rainha que veio de longe e dominou meu império. Roubou meus desejos e agora a busco em uma caçada infindável.

Sentir o voar das borboletas dentro de si nos faz sorrir com a dor, mergulhar nas ondas do ódio e flutuar no lago da paciência. Tornam-se loucos aqueles que se deliciam experimentando esse saboroso delírio. Mas diga-me como não desejar essa sobremesa?Impossível fugir sem se machucar, sem ferir o sagrado e explorar o profano.

Espero sua próxima visita. E já estou sentado em um banco chamado desespero, lugar de angústia e solidão. Aguardo olhando para o relógio, porque sei que na vigésima quinta hora você retornará. Fecho os olhos, sabendo que seu retorno ao meu mundo onírico não tardará. Já estou quase acordando, e um sorriso escuto de longe. Ela ri e a luz do dia entra no meu quarto sem pedir licença. Percebo que novamente voltei ao mundo onde os sonhos são loucuras vestidas com o terno da desesperança. Mas sei que meus olhos novamente se fecharão, e isso me faz seguir pensando no seu mágico caminhar.

Foto de MARCELO NAZARIO

TEU CORPO, MEU CÁRCERE

Teu corpo é meu cárcere;
Mais do que a expressão linda do estético
Mais do que a conjunção entre a doçura
E o teu irrefragável apetite,
A acepção nua do valor de uma mulher incomum.

Na gestação interminável do desejo que te habita
Sou teu paladino em contínua euforia
Mamulengo ao controle das tuas mãos
Partícipe contumaz dos teus segredos mais íntimos
Mapeados pela congruente prática que me é habitual.

Encontro nos teus densos e aflorados sentidos
O aconchego que personifica tuas especiarias
O fogo que queima madeira de lei
Que liberta o entusiasmo impetuoso do adolescente de outrora
Não só pelo misticismo dos teus olhos rútilos
Mas, sobretudo, pela liberdade que proporcionas à minha libido.

Em reverência à volúpia que por mim se propaga
Faço-me teu legítimo território
Aldeão aninhado num solo de pernas, colo e braços férteis;
Menino de alma pura num palco enlevado
Compartilhando o gosto ímpar das emoções bem resolvidas
Bem amadas e de nascedouro insubmisso;
Universo de mútua e imensurável contemplação
Raro deleite
Peremptória satisfação.

Foto de Arnault L. D.

Desejo

Desejo ver o que você vê
e encontrar o que procura
me escrever no que você lê
ser do tempo o que perdura

Desejo estar em seu desejo
ouvir seus íntimos segredos
e permanecer aonde a vejo
não a areia que escorre aos dedos

Desejo de você algo a mais
talvez o que ainda não tenha
fazer o que não foi feito jamais
convidar para que o delírio venha

Desejo o que não sei
criar a vontade, tornar do etéreo
Romper as barreiras das leis
saborear o gosto deste mistério

Foto de Carmen Vervloet

OS OLHOS CONTAM SEGREDOS

Às vezes penso te conhecer completamente
Mas logo, logo... percebo meu tolo engano!
Tudo que sei... nem de longe é suficiente
Pra decifrar teu coração... profundo e denso oceano!

Desce sobre mim uma estranha inquietação
E a minha boca não reconhece as palavras que diz
Minha alma já não é calma e chora meu coração
Afogo-me num mar de lágrimas... triste e infeliz

Preciso urgentemente saber tudo que guardas em ti
Desvendar os teus mais íntimos segredos
Atravessar essa neblina que insiste em persistir
Acordar o teu silêncio que me causa tanto medo...

E quais duas estrelas que acendem teu olhar
E que parecem adivinhar tudo que quero decifrar
Teus olhos pousam sua luz que perpassa toda neblina
E num passe de magia meu coração ilumina

Teus olhos falam tudo que eu desejo saber
Revelam tua alma que eu necessito conhecer
E eu qual náufrago que vê a terra se aproximando
Agarro-me neste teu olhar tão terno, amoroso e brando!

E as ondas lá se vão em busca de outras quilhas
E eu me jogo feito louca sobre esta ensolarada ilha
E no pulsar do coração que vai ritmando a canção
Somos um em dois...
Parceiros nas dúvidas que inundam nossa união!

Carmen Vervloet

Foto de Carmen Lúcia

A um grande amor...

Meu grande amor...

Não fosse pelos toques de mãos,
pelos olhares meigos ou atrevidos,
pelo desejo a nos deixar atônitos,
pelos beijos que não demos, mas sentimos,
diria que foi amor platônico...
Mas mentiria, pelo muito que vivemos,
num curto espaço de tempo.
Tempo ido e sido,
porém jamais esquecido...

Tínhamos a juventude a nos cumpliciar
e tudo que nos reserva os belos momentos...
Os mais implícitos, os mais íntimos,
os mais profundos e amenos;
a própria vida a nos presentear,
o mundo todo a nos circundar
de amor, que éramos nós,
do amor que só coube a nós.

O encanto de sua música ao piano
fazia-me girar, levitando...
tornava-me bailarina, plena de rimas,
entregue à atração que exercia
o azul de seu olhar,
confundindo realidade e fantasia,
céu e mar...
Amor assim não se acaba...
Permanece a chama que não se apaga
mesmo quando a distância se pronuncia,
fica no ar a melodia...

Hoje a ouço, driblando a nostalgia,
sorriso no rosto, esperança de um dia
viver mais uma vez o nosso sonho,
ainda que em outro universo,
ou em outra estratosfera,
mesmo após eras e eras...
e eras.
Como ainda é...e era.

(Carmen Lúcia)

Foto de Arnault L. D.

O maior amor do mundo

Quando é amor de verdade,
não haverá duvida alguma,
você vai saber sem perguntar
ele será sua realidade
e as palavras, sequer uma
nos lábios irão faltar.

Quando é amor de verdade,
um sorriso tolo vai brotar
cada vez que ele chegar perto,
mesmo que contra vontade.
O coração dispara o pulsar,
porque assim é o certo.

Quando é amor de verdade,
os beijos são eternos,
mesmo que o tempo insista.
A vontade a tudo invade,
íntimos sonhos ficam externos,
por seus olhos saltam à vista.

Quando é amor de verdade,
ele se cala, se fala é por suspiros,
ilumina e enche o mar profundo.
Quando é amor de verdade,
este amor a que me refiro
é sempre o maior amor do mundo.

Foto de Metrílica

Expressões

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No rosto, a magia das tuas expressões,
A perfeição do teu olhar, profundo,
Que penetra minh´alma,
Rompe o silencio contido em meu coração,
Parece que podes ler meus pensamentos,
A perfeição de tua boca,
Cujo gesticular instiga meus sentidos,
Desperta minha libido,
Desperta a vontade do beijo reprimido,
Dela também saem doces palavras,
Perfeitas, música para meus ouvidos,
Como se tu conhecestes meus mais íntimos sentimentos,
Ah! Só eu sei os pensamentos que tenho sobre ti!
Não se pode esconder do amor,
Não se pode deixar de expressar,
Louca, Desvairada, esta sou eu,
Porém, romântica, confesso!
A deixar meus sentimentos fluir,
Neste rio de emoções,
Nesta doçura incansável,
Que é me deleitar nas tuas expressões!

Te amo.

By Metrílica ;-* , para Anibal Minotaur.

Foto de Carmen Vervloet

Feliz Ano Novo

Alce vôo...
Liberte-se do medo que te prende
e a tua vida não atende...
Sonhe grande... Voe alto...
Rompa o Ano Novo com fé!
Faça dos teus sonhos um balé,
coreografado por errantes ciganos,
e apresente-o ao novo ano!
Siga teu coração
que te fará ver o clarão,
e também ouvir o som
de uma nova canção.
Siga esta direção...
Um novo caminho...
Voe livre como passarinho...
A intuição jamais falha,
jogue a toalha...
Parta em busca do perfeito,
talhado ao teu jeito...
Busque um futuro brilhante,
lapide-o como diamante
com teus desejos,
os teus mais íntimos segredos!
Parta sem temor...
Liberte a alma dos ressentimentos,
ausculte o coração
e seus pressentimentos...

Somos caminheiros da vida
Eu e tu... Nós...
Em busca das bem-aventuranças,
vamos emergir da esperança
tangendo a energia vital do Universo!

Feliz Ano Novo!

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados à autora

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