Infinito

Foto de Bira Melo

QUERIA AGORA SOMENTE

Queria agora somente
saber que EU SEI
Que a dor que se sente
Quando tu estais ausente
É dor de infinito prazer!

Queria agora somente
saber que EU SEI
Que quando longe de ti
Voa meu pensamento
Esperando o exato momento de poder te encontrar!

Queria agora somente
saber que EU SEI
Que no amor
Agente sente
Quão importante é amar!

Foto de Cecília Santos

NEM TUDO É UM MAR DE ROSAS.

NEM TUDO É UM MAR DE ROSAS
#
#
#
Sempre caminhei com
passos amplos.
Nem sempre consegui
conquistar vitórias.
Mas nem por isso deixei
se sonhar.
De buscar meus ideais.
Eu buscava meus sonhos...
Minha alma, o infinito...
eu buscava meu presente...
Buscava meu passado...
Buscava meu futuro...
E nesta longa busca.
Por caminhos contingentes
me perdi.
Pois a vida não foi, o que
sonhei um dia pra mim.
A vida não foi aquilo que eu
esperava que fosse.
Naveguei num mar de rosas
e olores diversos.
Onde o céu azul se perdia
no horizonte.
Mas meu barco naufragou.
E o mar de rosas, em real
se transformou.
Meus sonhos se dissiparam.
E no raiar do dia, com ele
minha realidade nasceu...

Direitos reservados*
Cecília-SP/01/2008*

Foto de Sonia Delsin

INTROSPECTIVA

INTROSPECTIVA

Silenciosa olho o lago
O rio
O prado
Silenciosa olho o jardim
Sinto perfume de jasmim
Digo pra mim
O lago é tão plácido
O rio está sossegado
O prado renovado
O jardim tão bonito
A energia está em tudo que nos rodeia
Corro os olhos no infinito
Me calo ainda mais
E encontro um mundo de paz

Foto de Lou Poulit

A MONTANHA E O PINTASSILGO (CONTO)

A MONTANHA E O PINTASSILGO
(Parte 2)

Com o passar do tempo, a tal tempestade não viera e duvidando de que viesse, afinal a montanha apiedou-se do pintassilgo, que se mostrava irredutível. Pediu que cantasse alguma coisa, depois que voasse para outra fenda só para ver o colorido das suas penas, pediu até que fizesse ao menos alguns passos da sua dança nupcial, o que era capaz de despertar sincera inveja da montanha. Tudo em vão. O passarinho só conseguiu emitir um único pio, mesmo assim em um tom debochado. A montanha então se indignou: quem esse cara pensa que é ― perguntou a si própria ― qualquer um dos sóis que passaram por aqui nos últimos mil anos daria qualquer coisa para me ver pedindo algo a alguém! Qualquer estrela desceria do infinito para me salvar, como se eu fosse a sua dracma perdida particular! Que raio de motivo pode ter este ínfimo montículo de penas, para recusar os pedidos tão simples de uma montanha tão maior que ele?

Raio?! Onde, onde dona Montanha? ― O pintassilgo saiu subitamente da sua silenciosa meditação. Ora, Pintassilgo, não sabia que tu és capaz de ler pensamentos. Não o sou de fato, exceto quando podem ser um indício de tempestade. Verdade? É verdade sim... Eu estava aqui quietinho, quase zen, entrando em alfa. Sei... Um zero à esquerda. Não! Um zero não. Nem à esquerda nem à direita. Mas nesse estado, a minha mente poderosa é capaz de proezas que não podes imaginar... Ah, mas que bichinho mais pretensioso. Tuas explanações a respeito são desnecessárias. Esquecestes de que sou uma montanha? Eu já dominava estas técnicas muito antes dos teus ancestrais secarem as penas. Eles foram pegos por uma tempestade, foi? Que tempestade o quê, Pintassilgo, tu tens fobia de tempestade. Então por quê ficaram com as penas molhadas? Pintassilgo... Quis dizer-te que nós as montanhas passamos a vida a meditar. E que eu já houvera feito isso por uma pequena eternidade, quando os primeiros pintassilgos migraram do mar para a terra. Entendestes agora? Não sei bem, dona montanha. Penso que podes estar a me enrolar com esta tua sabedoria. Ora, por quê? Porque se meus ancestrais moravam no mar, deviam ter escamas e não penas molhadas.

A montanha aprumou-se nas suas profundezas e pôs-se a refletir por um instante: precisava concentrar-se mais, era muita arrogância para o seu gosto, contudo até que ele era bem esperto. E também teimoso como uma pedra... ― a montanha riu-se da própria piada. Depois, pensando bem, sentiu-se compelida a reconhecer que a tal tempestade, justo por não chegar, houvera lhe feito um bem. Deu-se então conta de que havia uma velada simbiose naquela relação aparentemente pouco útil. Mais que isso. A amizade de um passarinho não deveria ser importante para quem tenha a vida de uma montanha, muito menos os seus dejetos, que já lhe pareciam suportáveis. Sequer deveria tê-lo percebido, ele não viverá tempo bastante para ser importante. Entretanto, embora isso fosse difícil de explicar, já o era. Tanto que lhe preocupava. Conseguira despertar a piedade de uma montanha!

De repente o pintassilgo cantou, arrancando a montanha das suas reflexões. E logo ele ergueu-se, espreguiçou-se abrindo longamente as asas e depois sacudiu-se todo, da cabeça a ponta do rabinho. Mas a montanha ficou dividida. Em parte era o que ela queria antes: vê-lo menos triste. Por outro lado porém, ao vê-lo assim ela teve um pressentimento desagradável. A montanha dissimulou: Ora, ora, que bom vê-lo tão bem disposto, Pintassilgo! É mesmo, Montanha. Acho que a tempestade foi passear no mar... Talvez, mas, olhe aí bem ao teu lado, estas sementes fresquinhas, devem estar uma delícia e servirão para que reponhas as tuas forças. Nossa, Montanha, eu não estive doente. É, mas ficastes aí nesta fenda quentinha por horas, como se esperasses pelo fim do mundo, e não te alimentastes nem um pouco. Sei que tu estás todo doído. Não estou não, dona Montanha, e para que tenhas certeza disso, vou descer ao vale e comer as mais tenras lagartinhas, que não agüentam subir aqui. Sementes são comida para pintassilgo com auto-estima baixa. Mas Pintassilgo, não há necessidade ― ponderou ela ― então não sabes que sob as pedras também há insetos apetitosos? Claro que sei, mas estes têm sabor de terra. As lagartas que se empanturram de folhas têm um suculento e variado sabor, dependendo das folhas que estiverem comendo. Para um pintassilgo, o vale na verdade é uma colossal bandeja de salada, hum... É simplesmente irresistível!

O bichinho parecia mesmo decidido e a montanha já se sentia irritada com tanta teimosia. Mas como, para uma montanha, não é bonito que se exploda por um reles pintassilgo, somente porque ele não quer entender os seus tão bem intencionados motivos, ela optou por mudar a tática: Se tu te contentares com as larvas que te ofereço, antes de cair a noite te contarei um segredo que vais adorar. O pintassilgo franziu a testa e refletiu. Depois tentou negociar: Talvez... Se me contares logo. Ah, contando logo não terá graça nenhuma. Mas, ao cair a noite já estará na hora de dormir, e o que vou fazer de bom com este teu segredo? Que me importa? Azar o teu ― Ela dissimulou... Caramba, dona Montanha! Não eras tu que me aperreavas para que saísse a voar por aí? Estás a me esconder algo.

(Segue)

Foto de Sonia Delsin

CÉU ABERTO

CÉU ABERTO

É um convite.
Um convite irrecusável.
Céu aberto.
Minhas asas se curaram.
Vôo hoje de encontro a um mundo mais bonito.
Busco...busco... e alcanço o infinito.
Céu aberto.
Ninguém por perto.
Para agarrar minha mão.
Para impedir que eu me lance na amplidão.

Foto de syssy

Meu Amor

.
.
.
Calo,

Entrego-me,

Deixo que passe o tempo,
Tudo pára nos teus braços.

Ouço,

Ensurdeço,

Percebo,

Que por mais que lute,
Você não sairá de mim.

Paro,

Penso,

Explico,

Convenço-me?

Acho-me,

Perdida?

... Novamente estou.

Apenas com teu olhar.

Acerto,

Erro,

Continuo (...)

Amo,

Amo,

Entendi em fim que amo
De um amor livre, mais
Presa a você.

Amo,

Clamo,

E nos anos que passarem, o
Alfanje de quem ama, não
Mudara nos olhos meus, pois
Trarei comigo esse amor infinito,
Que o tempo não envelheceu.

.
.
.

Foto de Henrique Fernandes

ACORDAR NO TEU OLHAR

.
.
.

A alvorada desperta-me desejos adormecidos
Na noite onde o silencio ama a solidão
Desperto sonhando acordar no teu olhar
Em voz doce e meiga que me chama para o amor
Embalo no sorriso carente de um beijo que rasga
Momentos exaltados de excitação
Atingindo o infinito de uma emoção
Selado de paz na alma quero teu cheiro de mulher
Sobre um lençol aromatizado
Pelo teu abundante lado feminino
E esquecer o tempo de te sentir longe
No tão perto que te possuo
No espírito de ser gente que sente, que ama
E exibe o ser de ser teu
E de não ser eu, mas o meu intimo que pede
Ao meu corpo um pouco do teu corpo
E o calor que o sol me entranha
Na pele não disfarça o teu quente
Prazer que se fulmina no teu olhar
Que me incendeia no corpo chamas de vida
Louvando fogueiras rosadas de desejos
Que me elevam a alma em labaredas de carinho
As coisas belas que rodeiam o meu horizonte
Não se fazem confundir com a tua presença
És um á parte que sinto e vejo
Espolio das constelações ainda virgens
Onde quero encalhar a poesia que navega em mim
Abro o coração com velas ao vento
E vou ao descobrimento do teu rosto

Foto de LordRocha®

Solidão...

Sem você, busco no infinito do quarto;
Na extensão da minha cama;
No calor e no perfume do travesseiro;
Uma noite de descanso, paz, alento.

No silencio, ouço sua voz a sussurrar;
Sinto seu corpo a me tocar, acariciar;
O calor percorre meu corpo, sinto você;
Abro os olhos e a solidão me domina.

Seu cheiro ainda está em mim;
Ainda sinto seu corpo no meu;
Seu calor ainda me domina;
Mas você não está aqui, estou só.

Sinto uma lágrima correr na alma;
Volto à pergunta que não se cala;
Até quando ou quanto ainda agüento;
Devo ou não agüentar, por que agüentar.

Novamente na interrogativa, sem resposta;
Na solidão que domina minha existência;
Durmo embalado pelos meus devaneios;
E me pego a sonhar, sonhar com você.

Foto de pétala rosa

MALDIÇÃO DOS AMANTES

MALDIÇÃO DOS AMANTES

Espalho ilusões,
sonhos,
lamentos, na alma desgastada.
Folhas de outono desfeitas e secas.
Paginas em branco
onde pousam pássaros esperando um sorriso.
É um caudal de desentendimentos
escondidos
nas palavras que não acreditas.
Eu
já não sou o teu momento de sol e mar,
eu
já não sou o teu encontro raro e unico.
No silêncio da escuridão
há momentos
esgotados dum cansaço, num corpo
e na alma.
Há um oceano escuro de saudade
numa nuvem de melancolia.
Para ti
Não existo...já é tarde
No tempo...e no infinito...

Amália LOPES

março 2008

Foto de killas

SAUDADE

Não consigo deixar de acordar,
Para a mais dura realidade,
Que é sempre sentir a saudade,
De de novo te poder olhar.

Neste mundo em que a saudade,
É como um triste e infinito pesadelo,
Em que jamais se ouve o meu apelo,
De te querer ver com mais acuidade.

Eu só quero de novo te ver,
Quero outra vez o teu cheiro sentir,
Não quero nunca mais me despedir,
Como se para sempre te fosse perder.

Mas sentir saudade é tão bom,
Porque se recordam momentos,
Dos mais puros sentimentos,
E isto sempre é um dom.

Tenho saudades do passado,
E do futuro também,
Pois espero as musas dalém,
Para ver o mais esperado.

Só e só a ti eu quero ver,
Para de novo te poder mostrar,
O quanto eu posso amar,
E por ti cem vezes morrer.

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