Indulgência

Foto de Frederico de Castro

Senhora poesia

Andarei atrás

daquelas tuas perpetuas surpresas

em busca de uma cura fatal

por acatar tua preces

com indulgência

marchando ao teu redor

impondo assim cada motivo

de seres minha alegria

inscrita finalmente neste

meu livro onde sucumbe eterna

esta senhora minha poesia

FC

Foto de Arnault L. D.

Ave noturna

Céu infindo noite adentro,
nuvens marmorizam a vastidão.
E entre suas rajas entro,
deixo levar pela imensidão.

Seguindo as formas mutantes
das nuvens, libertas, nos ventos.
Soprados, faço semelhantes,
o peso dos meus pensamentos.

E ignoro a existência,
dopado, rendido ao céu.
busco “ovns”, indulgência
da ignorância num carrocel...

Gira solto, o universo;
e eu, ínfimo e siderado,
a cismar em forma de verso
o meu rascunho, desvairado.

Uma ave noturna passou!
Me tomou de meu devagar
ela foi... suas asas levou
e despertei, imerso no ar...

Foto de Carmen Lúcia

Aos porquês da vida

Ao questionar sobre os porquês da vida,
onde contida, nossa missão reprimida,
não ouço resposta, silêncio vazio...
Então observo os pequenos fatos,
os que regem o cotidiano
impelindo-nos a diversos atos,
que improvisados, isentam planos
e se alastram pelas estradas
ora íngremes, ora sem danos.

A longa caminhada completa-se passo a passo,
Letra por letra escreveu-se o livro sagrado,
Segundo a segundo transcorrem-se milênios,
Pequenas fontes geram translúcidas cachoeiras,
Grãozinhos de areia e momentos incertos
juntam-se, criando dunas e desertos.
Pequenas gotas fazem cair a chuva,
Tijolo por tijolo, a mais rica construção,
Com sete notas, a mais bela composição
de Bach, Ave Maria, suave sinfonia...

O todo é composto de pequenas frações.
E os porquês nos conduzem às conclusões:
A multidão é formada por “eus,”
só resta pulsar nela um coração...
Pequenos gestos de compreensão,
Solidariedade,respeito, indulgência e perdão.
Fazer a mudança que meu ser precisa...
Ajudar a mudar a vida indecisa,
Implantar a união,
reconstruir a nação
e de amor profundo,
consertar o mundo.

Lembrando a todo segundo
que tudo nasceu de um sonho.

(Carmen Lúcia)

Foto de VirginiaSimon

Impotência

As vezes fico me perguntando, porque passar por tudo isso,
Sentimentos aflorados, dores da alma, corpo que sente;
A verdadeira impotência de não poder fazer muito;
Apenas esperar passar,
Passar as situações em que vivo,
Olhar para o seu filho e saber que,
Hoje e sempre darei a ele amor, carinho, dedicação, disciplina,
Ensinando a respeitar os outros e os seus limites;
Mas para uma mãe,
Ela tem vontade de dar mais,
Ela sabe que ele precisa,
Me dói saber que não pode, pelo menos por enquanto,
Nem comprar uma coisinha que ele queira.
Aí as pessoas que estão a sua volta,
Te olham,
E dizem a você,
"Eu pago, deixa que eu compro, eu ajudo."
Ajudar ainda é uma palavra ligada a caridade;
Mas que caridade é essa: "financeira",
Então não é caridade,
Pois a caridade é,
Conforme o nosso CRIADOR:
"É a benevolência para com todos,
indulgência para com as imperfeições alheias,
perdão das ofensas."
Então porque alguns não compreendem esse sentimento de mãe,
Entendo perfeitamente que querem o meu bem, o melhor para mim e meu filho,
mas para uma mãe que sempre foi independente,
até quando casou e hoje está separada;
Doi um pouco;
Mas a vida segue, continuo...
Hoje sou feliz,
Então a única coisa que faço diariamente,
é orar, orar e orar a Deus,
Agradecendo por tudo isso,
Tudo que aconteceu, que está acontecendo e que no futuro não mais será assim,
Pois tenho fé que logo as coisas irão mudar...
Por enquanto, deixem esse sentimento quieto dentro de mim;
Logo ele irá se esvair de dentro do meu coração;
Porque sei que o Senhor tem algo especial pra mim...
Então a única coisa que preciso é ter paciência...

Por isso digo: "Não me julgue, pois só uma mãe para querer o melhor para os seus."

Abs a todos...

=) Virginia Hartmann Simon

Foto de MarcosHenrique

Meneios de um Rio

Passando por aqueles campos verdes,
Contemplei a inocência.
Satisfiz-me em saciar aquelas criaturas que a mim vinham
E retornavam com seus sorrisos estampados.
Segui meu caminho, intacto.
Vi ao longe, algo como uma floresta.
Com gigantescas árvores de caules simétricos e retos,
Não vi galhos, nem folhas.
Ao invés da atmosfera nédia daqueles campos,
Fui me aproximando de uma suspensão negra, mórbida.
Na mina lhaneza, não recusei traspassá-la.
Não vi aqueles seres tranqüilos,
Que espargiam no ar a felicidade da bonança da natureza.
Só pude ver seres fechados em sua sisudez.
Laivo algum de compaixão e altruísmo encontrei.
Não sei como, mas fui me tornando negro como aquele lugar.
Olhei para trás, vi tais criaturas pungindo meu corpo,
Que corria ao longe dos campos, tralhas escusadas.
Acabrunhado, fui me afastando daquele cautério.
Andei mais um pouco.
Rejubilei-me quando vi aquele vasto tapete azul
A rutilar ao sol.
Apressei-me em alcançá-lo.
Ao chegar, fui engolfado naquela imensidão.
Aquele calor me fez lembrar daquelas criaturas radiantes.
Perguntei ao meu novo amigo
Se tinha como voltar ao derradeiro lugar.
Com grande alegria, recebi a afirmação positiva.
Aviei o que me foi proposto.
Esfacelei, aos poucos, meu corpo
E fui levado aos ares.
Apesar da dor, voltei a minha diáfana limpidez.
Caminhei com o vento ao encontro daqueles campos.
Encontrei-me em cima dos seres maviosos.
Minhas partículas foram se agregando
E em intenso júbilo,
Envolvi aquele lindo lugar.
Não havendo lugar para rancor,
A situação me levou a indulgência
Daqueles outros seres pusilânimes.
Agora só me resta aproveitar
O lacônico tempo que tenho aqui,
Pois me foi dito que passarei
Novamente por aquela floresta cinza...

Foto de Fernando Vieira

Versos que pedem

Versos que pedem
(Fernando Vieira)

Senhor...

Abre nossa visão
Mente e o coração
Amplia nossa indulgência
Nossa compreensão

Deixa-nos ver a luz
Da tua energia
Ó mestre Jesus
Dai-nos essa alegria

Transforme nossas vidas
Ameniza o sofrer
Socorre-nos, ensina-nos
A melhor maneira de aprender

Cuide-nos senhor
Abençoa sempre a família
Enche-nos o coração de amor
Pra que possamos seguir na trilha

Que leva ao teu reduto
Ao teu lugar sagrado
Aonde o amor absoluto
Reina sempre ao teu lado

Dai-nos o equilíbrio
E junto à intuição
Livra-nos dos perigos
Dessa tal transformação

Lava todas as almas
Salva todas as mentes
Cuida, repara e sara
Todos os irmãos doentes

Agradeço em versos e peço
Pelo mundo inteiro e por mim
Paciência, trabalho e progresso
E uma linda estória no fim

Foto de Carmen Lúcia

Aos porquês da vida...

Ao questionar sobre os porquês da vida,
onde contida, a nossa missão reprimida,
não ouço resposta, apenas silêncio vazio.
Então observo os pequenos fatos,
os que regem o cotidiano
impelindo-nos a diversos atos,
que improvisados, isentam planos
e se alastram pelas estradas
ora íngremes, ora sem danos.

Longa caminhada completa-se passo a passo,
letra por letra escreveu-se o livro sagrado,
de segundo a segundo transcorrem-se milênios,
pequenas fontes geram translúcidas cachoeiras,
grãozinhos de areia e momentos incertos
juntam-se, criando dunas e desertos,
pequenas gotas fazem cair a chuva,
tijolo por tijolo, a mais rica construção.

Com sete notas, a mais bela composição
de Bach, Ave Maria, suave sinfonia.
O todo é composto de pequenas frações
e os porquês nos conduzem às conclusões:
A multidão é formada por eus,
só lhe resta pulsar um coração,
pequenos gestos de compreensão,
solidariedade, respeito, indulgência e perdão,
fazendo a mudança que seu eu precisa,
ajudando a decidir a vida indecisa,
implantando a união,
reconstruindo a nação
e de amor profundo
consertar o mundo,
lembrando a todo segundo
que tudo nasceu de um sonho.

(Carmen Lúcia)

Meus votos de um 2011 com muito amor!

Foto de damadapoesia

BENDIGO O AMOR

BENDIGO O AMOR

Verdadeiro: a exatidão de um raciocínio,
em que me corta as asas no teu íntimo vício
Nestas emoções tocando um estranho vendado.
Furtando-me amor transbordado, ofertado

Amor...quem sou eu, além de ti?
Ao pôr-se no caminho, ensaias vôo num beijo de colibri.
Aceita-me com indulgência as razões
e não se perca em ilusórias direções
tentando matar em mim as sinceras canções.

Bem sabes que golpeaste aquela felicidade
se afastando por distâncias, minha dura realidade.
Se ti bendigo o amor das coisas simples
Põe dúvida no que ti dedico, por medo de viver e arriscar.

Foto de jessebarbosadeoliveira27

BEBENDO O MAR DA INSANIDADE

Um gesto coíbe a lágrima:
A glória e a angústia se amalgamam,
Se entrelaçam, se abraçam, se procuram, se misturam,
Se mastigam, se adaptam, se compactam, se fecundam,
Se masturbam e se adicionam hirsutos
Ao sabor dos pensamentos mitômanos, confusos,
Gerando uma insólita & desvairada
Alegria atormentada em relação
Ás aquarelas assenzaladas quais sequestram,
Flagelam ou sepultam
O oceano fluente pelo cérebro á beira
Do abismo profundo.

Ah, pensar também
Que integro o elenco
De reféns desta maré maligna:

Ora como um espectador impotente
Por não poder ser reativo
Quando a peçonha da violência,
Da cobiça e da autocracia
Preda a candura ---- até então,
Mantida incólume ainda, quanto
Á sua alma, á sua lírica arquitetura ---
Pois a consciência sente a dolência
De viver em infinita clausura;

Ora sentindo o amargor
De fruta cítrica
Da amorosa sensaboria
Fazendo malsãs investidas,
Cheias de sedução e aleivosia
Contra a aurora da fantasia
Quando a arte da conquista
Vira planeta em sangria;

Ora completamente imerso
Na piscina labiríntica
Do meu mundo-ego,
Hades onde
Os demônios --- apátridas
Da indulgência e da fidalguia ---
Castram-me o combustível qual alimenta,
De maneira apaixonadamente feroz e fidedigna,
A fogueira ativista contra o império da hidra,
Além de devorar --- tal se fosse
Um cardume celerado
De famintas piranhas assassinas ---
O lume do farol que mantém viva e fortifica
A energia do Corcel da tranquilidade assertiva,
Da solar lira!

Ah, não desejo mais
Que o nosso destino
Caiba --- de modo conciso ---
Na palma da mão
Do vácuo empedernido:

Ao contrário,
Espero incansável
Que a manhã-mor
Do equinócio auspicioso ecloda,
Portando consigo o sol do denodo,
Do arco-íris onde mora o regozijo do sonho,
Da flora, da fauna, da via Láctea do ouro,
Da Poesia que liberta a Mente do Povo!

Mas o império da pedra
Mostra o verdadeiro timoneiro
Do navio da realidade:

Ele ostenta a face
De canções quais assassinam a jocosa tarde
E levam ao templo do abate
O carcereiro da catástrofe.

Então minha rijeza
Vira mármore:
A poesia cuja centelha
Irrompe do Rio São Francisco
Dos meus versos
É catarse trôpega, lôbrega, estéril:
A realeza maior dos tétricos cemitérios!

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

Foto de Carmen Lúcia

Aos porquês da vida...

Ao questionar sobre os porquês da vida,
onde contida, a nossa missão reprimida,
não ouço resposta, apenas silêncio vazio...
Então observo os pequenos fatos,
os que regem o cotidiano
impelindo-nos a diversos atos,
que improvisados, isentam planos
e se alastram pelas estradas
ora íngremes, ora sem danos.
A longa caminhada completa-se passo a passo...
Letra por letra escreveu-se o livro mais sagrado...
Segundo a segundo transcorrem-se milênios...
Pequenas fontes geram translúcidas cachoeiras...
Grãozinhos de areia e momentos incertos
juntam-se, criando dunas e desertos...
Pequenas gotas fazem cair a chuva...
Tijolo por tijolo, a mais rica construção...
Com sete notas, a mais bela composição
de Bach, Ave Maria, suave sinfonia...
O todo é composto de pequenas frações...
E os porquês nos conduzem às conclusões:
A multidão é formada por “eus,”
só resta pulsar nela um coração...
Pequenos gestos de compreensão...
Solidariedade,respeito, indulgência e perdão.
Fazer a mudança que meu ser precisa...
Ajudar a mudar a vida indecisa...
Implantar a união,
reconstruir a nação
e de amor profundo,
consertar o mundo.
Lembrando a todo segundo
que tudo nasceu de um sonho.

(Carmen Lúcia)

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