Indiferença

Foto de Dennel

Impressões

Os pensamentos esvoaçam
Em busca da liberdade
Sentindo o ar quente
Da tarde ensolarada

Tarde de mormaço
De ponteiros parados
Pensamentos entregues
Á fria indiferença

Indiferença que me devora
Que me tira a razão
Fazendo-me acreditar
Em firme resolução

Solidão é companheira
Dos meus infortúnios
Sou devorado vivo
Pela incerteza

Levanto-me, dois passos adiante
Pernas insensíveis não obedecem
Volto a sentar-me na pedra
A espera da noite, de mais um dia

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2006 All Rights Reserved

Foto de PoderRosa

Minha obra prima

MINHA OBRA PRIMA...

Você nem sabe, nem imagina
Com quantas cores pintei seu retrato
Usei tons do amanhecer
Cores reais do entardecer
Formas suaves do vôo dos pássaros
Brisa calma que sopra na manhã
O azul céu, foi o cenário
O mel puro, pintei em seus olhos
Maçãs vermelhas no seu rosto
O perfume das flores na sua alma
O brilho da lua no seu sorriso
Foi assim que te pintei
E era assim que eu te via
Mas...
A indiferença do teu gesto
Derramou o negro da escuridão
E minha pintura se tornou triste
Fez sangrar meu coração...

Foto de Carmen Lúcia

O que eu gosto em você...

O que eu gosto em você...

É esse seu jeito de ser, meio maroto,
Pirraceando feito um garoto, a contragosto,
Zombeteando desse meu modo carente
E meio “careta”de lançar-lhe um flerte.

O que eu gosto em você...

É esse atrevimento em seu olhar,
Tentando me despir, me ver corar,
Olhos de “raio x”, a fim de descobrir
As minhas partes íntimas, o íntimo de meu ser,
E eu nem sei porquê...Elas são todas pra você!

O que eu gosto em você...

É querer ganhar-me facilmente,
Me arrepiando toda, indiscretamente,
Me deixar perdida, maliciosamente,
Me arrebatando o chão, impiedosamente,
E me levando à loucura, inconseqüentemente.

O que eu gosto em você...

É esse seu jeito imprevisível de ser,
É não saber se vem para ficar,
É não saber se vai pra não voltar.
E quando vem, é luz do dia,
E quando vai...noite sombria.

O que eu gosto em você...

É esse seu sorriso escancarado,
Qual porta aberta para o céu e o pecado,
É caminhar em direção ao infinito,
Por terra firme ou beira de precipício.

O que eu gosto em você...

É essa displicência, indiferença,
Quando de amor quero lhe falar
E num gesto sôfrego, me tapa a boca, me deixa louca,
Pra logo em seguida me beijar.

O que eu gosto em você...

São essas investidas tempestuosas
Gerando sensações voluptuosas...
Eu, frenesi do ápice da paixão,
Você, lava de vulcão em erupção!

O que eu gosto em você...

É ter-me ensinado, mesmo sem querer,
O lado gostoso do viver,
Um jeito tresloucado de querer,
Simples e complicado, calmo e agitado.

O que eu gosto em você...
É tudo o que me faz sentir...
Achar que do Big Bang só restou nós dois,
E todo o universo se formou depois...
É ver no arco-íris a oitava cor,
Me entregar de vez a esse louco amor,
É ver o dia amanhecer...resplandecer...
Sem me importar com o que possa acontecer!

Foto de Rosinéri

FOGO DE GELO

Jeito de anjo,corpo de mulher
Mãos rebeldes de paixão,olhares de ilusão,que
M’alma anseia e quer.
Amo-te sempre...em qualquer lugar despido de gente.
Nesta hora esqueço tudo,mesmo um suspiro mudo no
Corpo em que me dás a indiferença.
Perco no silêncio pensando, com muita incerteza.
Enquanto seu seio afago, beijo e mordo.
Numa noite escura e quente.
Mas você de mim está ausente,longe,e nesse amor
indiferente somente eu me embriago.
Pena que seja tudo em vão,esse amor que eu mesmo
fiz eu paguei, apenas querendo ser feliz.
Você jamais saberás como e quanto te quis,te quero
Mas confesso que te amei........QUE TE AMO

Foto de TriciaEvans

3 POEMETOS

BIOGRAFIA
( © Patrícia Evans)

Observando de perto
entre as montanhas, a fenda imensa,
entre jogar-se ou sentar-se:
a total indiferença.

********************

BURRA
(© Patrícia Evans)

Taí, ela nua, mas não crua.
Pura, não incauta.
A personagem, figura
que não consta da sua pauta,
não na de hoje, ou de ontem.

Taí a puta, a deusa falsa,
que espera que não contem
os segredos que não guarda.

*****************

EXPURGO
( © Patrícia Evans)

Existe dentro da caixa
uma caixa menor,
lacrada com tachas
e atada com faixa,
comprada em brechó,
para usar na trança rala
(moldura da cara larga).
Sempre o mesmo exato nó,
a indefectível laçada,
na indefectível trança minguada,
que um dia, sem mais, sem menos ou dó,
feito pagando promessa, oferecendo ebó,
cortou com tesoura nunca afiada.
E desde então nem se fala,
como se nunca notadas,
sobre as horrendas falhas
da cabeleira rente, cortada
por única tesourada.
E não há quem desconfie ou saiba
sobre o que há na caixa menor,
dentro da outra caixa maior,
lacrada com tachas
e atada com a mesma faixa,
que a trança rala laçava.

*********************

Foto de Marta Peres

Porto Inseguro

Como um raio você chegou.
Vi você.
Fez-me feliz.
Senti-me a mais ditosa
a mais completa
de todas as mulheres
mas, de repente
tudo mudou, quebrou
como se quebra um vidro.
Você, Porto Seguro
você mudou,partiu
sem rumo
foi se desvanecendo
em brumas de indiferença
de indefinição e incerteza
deixou-me na solidão...
Marta Peres

Foto de farrelly

Espelho do coração

Eu não queria me envolver com ninguém,
foi quando uma anjo apareceu em minha vida,
seu jeito de menino com aparência de homem
fez com o que eu me apaixonace por você,
entreguei em suas mãos o que eu tenho de mais valioso, meu coração,
mas a sua indiferença me fez recuar, tentei então te esquecer.

Mas quando o amor é verdadeiro, não se pode esconder,
pois mesmo que a boca se cale,
mesmo que as mão não se unam,
mesmo que o cheiro do seu corpo eu não possa sentir,
o olhar, apenas o olhar é o espelho do coração,
nele reflete o amor que sinto por você.

Sempre te desejei, sem esperanças de um dia te ter comigo
e quando já não havia mas dúvida que este amor não era reciproco,
você me diz:
_ Eu te amo, e amo como nunca amei ninguém.

Hoje, estou sonhando, e sempre quando tentam me despertar
eu fecho os olhos.

°~*Thatha Farrelly*~°

Foto de Dennel

Convite

Não te posso tocar
Mas nada me impede que te olhe

Sou livre para te sentir
Sentir tua indiferença

Por que é tão difícil te amar?
Por que não me aceitas?

Não me queres amar?
Queres que te ame?

Venha e aplaque meus anseios
Desfrute dos meus segredos

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2006 All Rights Reserved

Foto de Vanessa F.

Doce Ruptura

Olhas para mim.
Um ar gélido paira no ar
Incendiando todos os sentimentos que por ti nutria
Restando apenas a indiferença.
Juntas letras que formam palavras coerentes
E conjuga-las entre si originando frases sem nexo
Que não estou disposta a ouvir.
Silêncio mórbido aquele que se faz sentir…
Não digo nada.
Falo por sinais
Que tu pareces não compreender.
Ou talvez prefiras continuar a fingir não perceber.
As labaredas dos olhares outrora trocados,
Transformam-se em gelo maciço.
Um pouco de ti perdeu-se entre o movimento parado
E pensas ter-te comigo levado
Quando ao longe te vejo a seres iluminado por sombras
Da solidão.
Depois de tudo aquilo por que passei,
Viro-te as costas, sigo caminho
E deixo-te ficar nessa doce ilusão
Da qual não queres acordar.
Castigo-te da pior maneira que podias ser castigado,
Deixando-te a flutuar em memórias
Que erradamente pensas
Comigo partilhar.

Foto de Carmen Lúcia

Segundo Concurso Literário-2007 Tema:Esperar...Até quando?"Viaduto"(In memorian)

Nível divisório (e ilusório) entre dois mundos,
Que não se encontram, mesmo perto, sempre juntos,
Realidades paralelas, não se cruzam, se recusam,
A apoteose e o apocalipse, a discrepância, a discordância.

Em cima o sol, a passarela, a vida bela,
Poder sonhar, a ostentação, a ambição.
Embaixo a escória, restos de vida, degradação,
O submundo, o escracho, a solidão.

No alto, a vida indo ao encontro do sucesso;
Debaixo... escorrendo ao retrocesso.
Passa o burguês, indiferente à desigualdade,
E indiferente, o indigente...o que perdeu a identidade.

Muitos despencam lá de cima, lá do luxo,
Feitos suicidas,os "kamikases"a detonar o desamor...
Sombras que assombram, que retratam o prolixo,
São bichos-homens, vira-latas, degustam lixo.

E permanece lá em cima, a indiferença.
Todo o glamour, a arrogância, a burguesia,
E os maltrapilhos, recolhidos, embevecidos,
Com os out doors, os pisca-piscas...Zombaria!

Até quando esse cenário revoltante?
Só se aproximam pra tirar fotografias,
Virar manchete nas colunas de jornais,
Tão cordiais com tais problemas sociais!
E as soluções? Ora, quanta hipocrisia!

Quando acolhido pelo abraço maternal
E acarinhado pela morte, o indigente,
Seu corpo jaz, caído ao chão, sobre um jornal,
Do pedestal (aí se cruzam), a sociedade
Vem dissecá-lo para o bem da Humanidade.

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