Império

Foto de Joaninhavoa

Perdidos, nos achamos

Comunhão d`almas conscientes
Seres de luz em mentes, lentes
Trazem dentro "Algo"-, mistério
Presépio, hino ou império!

Vem! Tira-me a venda
Deixa-me olhar... ver-te, sempre
Diz o destino que é hora da verdade
Vem! Não me deixes mais com saudade!...

Vem! Em minha direcção
Caminha a par e passo com teus passos...
Certos de quem sabe que há laços
Que levitarão pr`a uma outra tal dimensão!...

Laços de um amor ainda ausente
Mas ainda assim tão presente
Faça sol ou faça chuva, em mente
Sinto... sinto-o... constantemente!...

JoaninhaVoa

Foto de Gideon

A donzela no Arco dos Teles

O Arco dos Teles é mágico. Um corredor de ruas estreitas ladeadas por casas de danças, bares e restaurantes, quase tudo preservado ainda no estilo do tempo do império. Foi ali, que no início do século passado, houve a Revolta da Vacina. Dizem também que Carmem Miranda morou em um destes sobrados. O charme é sentar-se em mesas postas no meio da rua. As pessoas, neste ambiente, despojam-se de seus afazeres do trabalho, e entregam-se ao relax sugerido por este ambiente

Isaque, grande amigo, irmãozão. A saudade sempre aperta o peito quando lembro dele. O conheci em Macaé/RJ. Moisés me apresentou-o. Casou-se com Marina. Linda e delicada menina. Convidaram-me para tocar em seu casamento. Fomos para Belo Horizonte e toquei em um belo sábado pela manhã. Lindo casamento.
Pois bem, Moisés me ligou dizendo que o Isaque estaria hoje aqui no Rio. Saí às 18:45 e corri para encontrá-los no Arco dos Teles, como combinado.

Lugar sedutor. Muita gente e mulheres bonitas. Parece que tem um cheiro carioca no ar. Dá aquela sensação de alegria por estar participando, pisando, andando em lugar carioca tão instigante. Quando cheguei, eles já estavam lá há mais de quarenta minutos.

Sentei-me e logo percebi a dupla ao lado. Uma donzela aparentando uns dezenove anos de idade. Usava uma saia rebaixada, com a barriga à mostra, aliás como é o costume hoje em dia na cidade. Cabelos soltos, rosto lindo e delicado. Segurava um cigarro nos dedos da mão direita. Sentava displicentemente com os pés apoiados nos reforços da cadeira. A saia estava jogada sobre as coxas grossas, que balançava continuamente. Os joelhos abrindo e fechando fazia com que a saia fugisse insistentemente para cima deixando à mostra um par de coxas morenas claras, lisas e torneadas. O corpo estava meio jogado para a frente sobre o copo de cerveja, que estava pela metade. Tragava o cigarro e expulsava a fumaça para o lado com uma ligeira virada de rosto, sem contudo, perder de vista a sua amiga sentada a sua frente. Os jatos de fumaça eram embranquecidos e iluminados pela lâmpada de um poste preservado à séculos.

Eu e os amigos, contagiados com essa sedução displicente, estávamos quase em êxtase. Eu, Mosa e Isaque estávamos assim, relaxados e felizes. Falávamos gesticulando, rindo muito. Para sermos ouvidos um pelo outro fazíamos isto quase aos berros. A donzela continuava ali na mesa ao lado esbanjando sedução e beleza e nos ignorando solenemente. Em dado momento ela levantou-se e, juntamente com a amiga, e foi para dentro de um bar jogar sinuca. Este bar, com as portas em arco, ficava bem á nossa frente. Ficamos, os três, observando-as no desempenho do jogo. Um de nós, logo incentivado pelos demais, resolveu enviar flores para elas. Tivemos este ímpeto ao avistarmos um vendedor de flores, um jovem negro, alto, aparentando ter vinte e cinco anos de idade. Provavelmente um morador das favelas dos morros adjacentes. Um descendente de escravo. Compramos as rosas por três reais e pedimos para o simpático vendedor as entregarem. Ficamos aguardando e observando atentos a reação das donzelas. Nada aconteceu. Elas nem esboçaram um sorriso, pequeno que fosse. Quase ao mesmo tempo avistamos uma menininha também vendendo flores. Compramos outro ramo de flores e a enviamos com um cartão. Nada, elas não deram a mínima. Depois de muito conversarmos e rirmos, fomos embora. Já era nove e meia da noite. Ainda conversamos um pouco mais antes de nos separarmos próximo ao ponto das barcas, na Praça XV. Voltei feliz, mas com saudade de meus amigos. Isaque fora para a casa de Moisés, em Niterói. Saudades, muitas saudades. Momentos mágicos, estes.

Foto de Stacarca

Jardim cágado

Jardim cágado

Tão coloridas flôres de primícias
Linhagens, de tal grânulo e de beijos
Morrendo, ó que tôdos mui desejos
Nascendo em tais, míseras carícias.

Co' mimosas bromélias e boninas
E como a borboleta, relva mocha
Com actos ti' belíssimos, e nina
A tal suprema fôrça entre rochas.

E Brilha o turbilhão de ti, estrêlas
Onde do alto céu brilham gestrelas
Vagas, e no império do grilhão

A supremacia glória de um género
De factos, borbulhantes que venero
Tont'ie com tal vigor no coração!

Foto de DAVI CARTES ALVES

DOS SEUS LÁBIOS...

Lápidados e retocados por cinzel divino
Modelados por contornos suaves e gentis
Delicado cofrezinho de lindas e harmoniosas pérolas
Ou seria um colar de aljôfares?

Quando semi-cerrados,
vejo onde brinca
Uma ciranda pueril, efusiva
de alados flóquinhos de neve

é somente desses lábios
onde borbotam magos e esplêndidos sorrisos
de onde escuto em sonhos dourados,
a maviosa melodia do amor
de onde dardejam, magias e encantos
onde arde expansivo, um arrebatador:
magnetismo côr-de-rosa

ao vê-los,
a esposa do flamingo, abriu as asas com desdém
a rosa vermelha ao reexaminar a maciez
e a matiz de suas pétalas
desfolhou-se, atirando espinhos
num acesso de ira!

A pobre cerejinha, tadinha!
Empalidecendo-se de inveja,
Babujou-se na nata do bolo
E revestiu-se de um rubor ainda mais carmesim
Por não ter o tom, ora rosicler, ora escarlate
Dos seus lábios
Mas melindrou-se ainda mais
Por não ter a mesma doçura dos seus beijos

Dos seus lábios, cálidos
Sinto n’alma o aflar de uma doce vertigem
Onde a brandura de uma sensação,
Derrama-se nela em dueto,
Com uma agradável leveza
de composição
Fazendo-me mais um!!! Subjugado prisioneiro,
De seu vasto Império,
De fascínio, graciosidade e sedução

E assim compreendo ainda mais
A maneira sublime, singular
De como Deus fez o coração para amar
E a boca,
a formosura de sua boca, com esses lábios
Ah! Esses lábios:

Róseo e generoso favo de mel,
a pulverizar " impérios "
Parecem feitos somente,
Somente para beijar.

poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de Raiblue

Nas asas do desejo

.

Ata-me!
Renda–me ao teu império!
Viajo pela trilha
Infinita do teu mistério...

Galáxias de sonhos
Habitamos
Na seda azul
Do universo
Deitamo-nos...

E desvendamos
Um tempo só nosso
Na eternidade dos corpos
Dissolvidos
No mais puro néctar...

Dionisíaca festa!

Tocamos o céu de Ícaro
Pássaros da libido
Nas asas do desejo...

Pégasus cavalgando
A noite inteira
Nas rotas do prazer
Sob a lua cheia...

Mandalas seremos
Atravessando o espaço
Quebrando o tempo
Outra dimensão atingindo...

Até que o amor exploda
E tudo seja meteoros de gozo
Fragmentos de estrelas
Caindo sobre o mar da realidade...

E não se saiba mais
Onde começa ou termina
A viagem ...

(Raiblue)

Foto de Paulo Marcelo Braga

O DUELO DE JESUS CONTRA OS HIPÓCRITAS

"Tudo o que aqui ele deixou
não passou e vai sempre existir...".
(Roberto Carlos).

Havia, no tempo em que Jesus existiu,
estorvos contra os quais ele duelou.
Os fariseus eram donos do templo vil,
que às criaturas humildes escravizou.
Com as suas aparências enganosas,
de “bons samaritanos”,
eles tinham maledicências perigosas,
adotavam uns planos
cheios de hipocrisias
e sempre ofereciam esmolas à população,
durante certos dias,
em que conduziam cerimoniais de religião.

Nas solenidades vazias,
distribuíam, com ostentação,
oferendas nas liturgias,
onde produziam uma ação
divulgadora de fantasias,
abusavam das afetações
e, com suas faces constritas,
clamavam suas orações,
diante das classes proscritas.
As normas dos hipócritas chefiavam
o estorvo do “partido democrático”
e, de formas despóticas, apedrejavam
o povo tão sofrido quanto estático.
Outro partido, o “sacerdotal”,
era composto pelos conservadores saduceus,
que faziam um fingido cerimonial
e assumiam os postos de “seguidores de Deus”.
Eles eram seres de durezas
secas, comodistas, de crenças
nos seus “poderes” e certezas
tradicionalistas muito intensas.
Esses partidos opositores
tinham uma moral interesseira,
além de fingidos oradores,
promovendo uma total asneira.
Acima deles, só o poderoso
César e seu nimbo encarnado.
Todo esse clima calamitoso
Jesus lutou para ver modificado.
Por isso, o mestre não atacou
as criaturas, mas as doutrinas.
Sem ser omisso, ele duelou
contra as imposturas malinas.
O grande duelo se iniciou nas sinagogas
da Galiléia e teve continuidade
pelo templo de Jerusalém, sob as togas
de uma platéia sem autoridade.
Jesus não atacou seus adversários:
esperou receber ataques irados
e com sua luz, retrucou mandatários
isentos de destaques e respaldos...
Jesus usou como tática
inicial a base de uma mansidão
que produz, na prática
espiritual, a catarse da salvação.
Os adversários não captaram
a mensagem verídica
e, como corsários, zombaram
da imagem pacífica.
Jesus, então, mudou de tática:
Ele passou a atacar
toda aquela hipocrisia enfática
que ousou lhe criticar...
Derrotados, os algozes
de Jesus usaram um deletério plano
e soltaram suas vozes,
acusando-o frente ao império Romano.
As acusações não tinham fundamento.
Mesmo assim, Jesus se viu perseguido,
evadiu-se e só se entregou no momento
em que cumpriu sua missão e foi traído...
A sua jornada fugitiva,
pela Síria e locais pantanosos do Jordão,
foi demorada, educativa,
e trouxe paz aos vitoriosos sem omissão.
Conduz a bela história final
de Jesus à vitória real, sem engodos.
Da cruz, na memória atual,
reluz sua oratória triunfal sobre todos.
É essa a moral duma história imperecível,
impressa, afinal, na memória inesquecível:
Jesus ousou desafiar todo poder fugaz
e nos ensinou a lutar para obter a paz...

Paulo Marcelo Braga
Belém, 20/10/2007
(02 horas e 07 minutos).
Foto de Raiblue

Enigma imortal

Enigma imortal

Um signo
Uma sigla
Sem significado
Exato
Imensurável...
Enigma
Esgrima
Entre o espírito
E a carne
Combate
Na escuridão
Da alma
Insight
Revelação
Tudo é silêncio
Eis seu templo ...
Indecifrável
Para sempre
Mistério...
Entre o céu
E a terra
O seu império...
Mais que filosofia
Poesia...
Deus universal
Ou demônio
Quando não
Sabemos
Traduzi-lo...
Veneno
E antídoto
Algemas
E vôo
Ponte
E abismo...
Crime sem
Castigo...
Revolução
Azul...

Enigma imortal
Que nos salva
E nos mata...

Amor...

(Raiblue)

Foto de Raiblue

Um bonde chamado desejo...

Na trilha do tempo
Caminho por atalhos que invento
Não entendo a lógica cartesiana
Prefiro aproveitar o momento

Sou multidão e solidão
Meu deserto é cheio de mistério
Império dos sentidos , desejo latente
Que me cega e me prende...

Não há nada além da vontade
Que molha, queima e arde...
Madrugadas cheias de intenções
Luas enchendo as marés da carne...

Sempre viajo nesse bonde
Onde o desejo me consome
Cenário de caminhos perfeitos
O precipício e o pulo
Meu leito...

Em seus vagões me deleito
Sem pressa de chegar
Não há margens
Não há muros
Apenas sussurros
E o cheiro de amor no ar...

Sem destino, sigo
Desvendando os segredos
Do viajar...

(Raiblue)

Foto de Raiblue

Ecos dos sentidos....

Febre
Fome
Erupção
Império de Eros
Ecos dos sentidos
Domínio do desejo
Sobre a razão
Viagem sem volta
Sobre os trilhos
O amor se derrama
Trilha de prazeres
Clandestinos
Vagões
Explosivos
Trilha sonora
Cheia de ruídos
Gemidos secretos
Verbos explícitos
Línguas que dançam
Num mesmo ritmo
Sobem
Descem
Saem
Entram
Lubrificam...
Lascivas
Devassas
Castigam...
Rasgam as margens
Do tempo
Eternizam o momento
No velho trem
Em movimento...

(Raiblue)

Foto de Carmen Lúcia

Maravilhas...

Realidades irreais,
Que ultrapassaram limites,
Talvez haja quem duvide,
Que o homem fosse capaz!

Muito além de minhas rimas,
Na Grande Muralha da China
O homem se superou...
Visível no espaço sideral,
Universo repleto de versos,
Monumento colossal,
O sonho se realizou.

Por ordem de um mulçumano,
Romântico extremo, humano,
Construíram Taj Mahal,
Em memória de sua amada,
Vítima de doença fatal!
Monumento em mármore branco,
Que guarda a dor de seu pranto
Em sua beleza imortal.

Como glória do império romano,
Da mente do ser humano,
Do sonho à realidade,
Símbolo de júbilo e tormento,
Construiu-se o Coliseu...
Onde ainda ouve-se o brado
De quem vibrou e sofreu...
Permanecendo na história
Jogos, lutas, derrotas, vitórias.

Petra, cidade encantada,
Que abriga “O Tesouro”, seu ouro,
Templo helênico ...imponência...
Da Jordânia, maior atração,
Fruto de genialidade e inspiração,
Esculpido em pedra rosada
Cravada em sua fachada.

Chichén-Itzá, cidade pré-colombiana,
Dos maias, sítio sagrado,
Um lugar inusitado
Onde enorme pirâmide se ergueu...
Um espaço arquitetônico,
Centro político e econômico,
Templo de contemplação
De uma incrível civilização!

Machu Picchu, santuário,
Nas nuvens, um povoado,
Pelos incas resguardado,
E um dia abandonado...
Cidade perdida, exalando vida...
Nos Andes, velha montanha,
Um império... de grandes mistérios,
Sacrário que ninguém profana.

Feito de pedra-sabão,
Transbordante de emoção,
A todos Ele embala...
Braços abertos o tempo inteiro
Abençoando Rio de Janeiro,
Banhada pela Guanabara...
Jesus, o Redentor...
O Cristo, símbolo do Amor!

Páginas

Subscrever Império

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma