Imagem

Foto de PedroLopes

Dupla personalidade

A seiva que escorre das tuas entranhas
É néctar que delicia o meu paladar
Ouvir gritar dizendo coisas estranhas
Mulher, adoro do prazer ver-te desfrutar

Levas-me à loucura com aquele olhar
Em lascívia desnudas teu corpo
Ao sambares em mim deixas-me todo torto
Com jeitinho pedes para te violar

Invocas a fera selvagem que há em ti
Aguças a vontade de te levar ao clímax
Sedenta de fazeres prestar-te vassalagem

Senti aquilo que ninguém me contou, eu vi
Transpirei ao vê-la naquela linda imagem
De cinema que na minha pele senti

Foto de Carmen Vervloet

Seus Olhos

Seus olhos

Refletem seus sentimentos...
Mostram sua alma...
Presentes em cada momento
Do nada... Do tudo...
Nunca estão mudos...
Falam o que sua boca não diz...
Se está feliz ou infeliz...
Buscam lá no fundo
O que esconderia do mundo!...

Se choram de alegria...
Brilham, ficam esverdeados...
Frutos adocicados...
Se choram de tristeza...
Ficam acinzentados...
Têm sombras escuras...
São nuvens maduras
Molhando a terra...
Mapeando a dor...
E se abrem como a flor...
Sorrindo... Sonham...
Embelezando o ambiente
Se estão contentes...

Jamais mentem...
Mostram tudo que sentem...
Verdades... Mentiras...
Certezas... Incertezas...
Angústia... Decepção...
Prazer... Aspiração...
Nada velam...
Tudo revelam...

Guardam na retina...
A imagem de cada instante...
Olhos nos olhos
Tristes ou brilhantes...
E sempre o que vêem...
Não viram o antes...
Porque tudo muda e se desnuda...
Num ritmo alucinante...

Carmen Vervloet

Foto de lobao_x

se vc nao existisse........

Todas as noites quando olho para a lua eu pergunto se vc existe mesmo
E a lua apenas me olha e sorri para mim..
Mas eu fico pensando.
Se vc não existisse meu coração não sentiria todas as emoções que sente quando esta com vc.
Se vc não existisse eu não veria sua imagem refletida no fundo dos meus olhos.
Se vc não existisse.. meus olhos não brilhariam tanto quando olhasse para vc.
Se vc não existisse meu corpo não desejaria tanto o seu...
Se vc não existisse o brilho da lua não ficaria mais intenso quando pronuncio o seu nome..
Se vc não existisse eu nao estaria aki escrevendo essas linhas pra vc e talvez as lagrimas não rolassem pelo meu rosto nesse momento de saudade de vc..
Se vc não existisse eu não saberia dizer qual seria a razão do meu viver...
E se vc não existisse............ eu inventaria vc.....

Foto de CarmenCecilia

CORAÇÃO

Coração

Coração
Diz pra mim
Tenho razão?
Ajo só com emoção?

Coração
Diz pra mim
Sou uma nota só?
Um dia sem sol?

Encante-me...
Esse meu semblante...
Fale-me de futuro...
Não do dia de antes...

Deixa esculpido
Um dia colorido
Na paisagem...
Imagem que interage...

Com mensagem...
De coragem...
Não deixe sucumbir...
Meu ir e vir...

O sorriso virá...
Amigo será...
Abrigo do perigo...
De estar contigo...

Coração...
Não me venha
Com arritmias.
Nem alquimias...

Quero seu pulsar
A me alegrar.
Poder cantar... Encantar!
Nessa sinestesia... Simetria!

De idéias... Ideais
E fantasia...
Seja maresia...
Mas coração...

Não me deixe
Sem ação... Noção...
Coração não me deixe...
Não me deixe sem coração!

Carmen Cecília

03/01/07

Foto de Cabral Compositor

Transe

Veio a solidão, invadiu
Veio a saudade, invadiu
Veio a vontade de sumir, e ficou
Considerei
Arrisquei num momento de paz
Esbarrei
Numa imagem de sol, de mar, de montanhas
Achei o inicio do infinito, distanciei
Uma paz, uma em leveza
Uma brisa, leve e mansa
Um riacho, claro, limpo, transparente
Veio a calma

Foto de Maria Goreti

A HISTÓRIA DE ANA E JOAQUIM – UM CONTO DE NATAL.

Chamavam-no “Lobo Mau”. Era sisudo, magro, alto, olhos negros e grandes, nariz adunco, cabelos e barba desgrenhados, unhas grandes e sujas. Gostava da solidão e tinha como único companheiro um cão imundo a quem chamavam “o Pulguento”. Ninguém sabia, ao certo, onde morava. Sabia-se apenas que ele gostava de andar à noitinha, sob o clarão da lua.

Ana, uma pobre viúva, e sua filha Maria não o conheciam, mas tinham muito medo das estórias que contavam a respeito daquele homem.

Num belo dia de sol, estava Ana a lavar roupas à beira do riacho. Maria brincava com sua boneca. Eis que, de repente, ouviu-se um estrondo. O céu encobriu-se de nuvens escuras. O dia, antes claro, tornou-se negro como a noite. Raios cortavam o céu. Ana tomou Maria pela mão e correu em direção à sua casa. Maria, no entanto, fazia força para o lado oposto. Queria resgatar a boneca que ficara no chão. Tanto forçou que se soltou da mão de Ana e foi arrastada pela enxurrada para dentro do riacho. Desesperada, Ana lança-se nas águas na vã esperança de salvar a filha. Seu vestido ficara preso a um galho de árvore e ela escapara, milagrosamente, da fúria das águas. Desolada, decidiu voltar para casa, mas antes parou na igreja. Ajoelhou-se e implorou a Deus que lhe tirasse a vida, já que não teria coragem de fazê-lo, por si. Vencida pelo cansaço adormeceu e só acordou ao amanhecer. Ana olhou em derredor e viu a imagem do Cristo pregado na cruz. Logo abaixo, ao pé do altar, estava montado um presépio. Observou a representação da Sagrada Família: Maria, José e o Menino Jesus. Pensou na família que um dia tivera e que não mais existia. Olhou para o Menino no presépio e depois tornou a olhar para o Cristo crucificado. Pensou no sofrimento de Maria, Mãe de Jesus, ao ver seu filho na cruz. Ana pediu perdão a Deus e prometeu não mais chorar. Ela não estava triste, sentia-se morta. Sim, morta em vida.

Voltou à beira do riacho. Não encontrou a filha, mas a boneca estava lá, coberta de lama. Ana desenterrou-a, tomou-a em suas mãos e ali mesmo, no riacho, lavou-a. Depois seguiu para casa com a boneca na mão. Haveria de guardá-la para sempre como lembrança de sua pequena Maria.

Ao chegar em casa Ana encontrou a porta entreaberta. Na sala, deitado sobre o tapete, havia um cão. Sentado no sofá um homem magro, alto, olhos negros e grandes, nariz adunco, cabelos e barba longos e lisos, unhas grandes. Ana assustou-se, afinal, quem era aquele homem sentado no sofá de sua sala? Como ele conseguira entrar ali?

Era um homem sério, porém simpático e falante. Foi logo se apresentando.

- Bom dia, dona Ana! Chamo-me Joaquim, mas as pessoas chamam-me “Lobo Mau”. Mas não tema. Sou apenas um homem solitário. Sou viúvo. Minha mulher, com quem tive dois filhos, Clara e Francisco, morreu há dez anos e os meninos... Seus olhos encheram-se de lágrimas. Este cão é o meu único amigo.

Ana, muito abatida, limitou-se a ouvir o que aquele homem dizia. Ele prosseguiu:

- Há muito tempo venho observando a senhora e o zelo com que cuida de sua menina.

Ao ouvir falar na filha, os olhos de Ana encheram-se de lágrimas. Lembrou-se da promessa que fizera antes de sair da igreja e não chorou; apenas abraçou a boneca com força. Joaquim continuou seu discurso:

- Ontem eu estava escondido observando-as perto do riacho, quando começou o temporal. Presenciei o ocorrido. Vi quando a senhora atirou-se na água, mas eu estava do outro lado, distante demais para detê-la. Também não sei se conseguiria. Pude sentir a presença divina naquele galho de árvore na beira do riacho. Quis segui-la, mas seria mais um a nadar contra a correnteza. Assim que cessou a tempestade vim para cá, porém não a encontrei. Queria lhe dizer o quanto estou orgulhoso da senhora e trazer-lhe o meu presente de Natal!

Ana ergueu os olhos e comentou:

- Prometi ao Senhor, meu Deus, não mais chorar. Mas o Natal... Não sei... Não gosto do Natal. Por duas vezes passei pela mesma situação. Por duas vezes perdi pessoas amadas, nesta mesma data.

Joaquim retrucou:

- Senhora, a menina está viva! Ela está lá dentro, no quarto. Estava muito assustada. Só há pouco consegui fazê-la dormir. Ela é o presente que lhe trago no dia de hoje.

Ana correu para o quarto, ajoelhou-se aos pés da cama de Maria, pôs-se em oração. Agradeceu a Deus aquele milagre de Natal. Colocou a boneca ao lado de sua filhinha e voltou para a sala. O homem não estava mais lá.

Um carro parou na porta da casa de Ana. Marta, sua irmã, chegou acompanhada de um jovem casal – Clara e Francisco, de quinze e treze anos, respectivamente. Alheios ao acontecido na véspera, traziam presentes e alguns pratos prontos para a ceia.

Ana saiu para recebê-los e viu o homem se afastando. Chamou-o pelo nome.

- Joaquim, espera. Venha cear conosco esta noite. Dá-nos mais esta alegria.

Joaquim não respondeu e se foi.

Quando veio a noite o céu estava estrelado, a lua brilhava como nunca!
Ana, Marta, Clara e Francisco foram à igreja. Ao retornarem a porta estava entreaberta. No sofá da sala um homem alto, magro, olhos negros e grandes, nariz adunco, sorridente, cabelos curtos e barba bem feita, unhas aparadas e limpas. Não gostava da solidão e trazia consigo um companheiro - um cão branquinho, limpo, chamado Noel.
Antes que Ana pudesse dizer alguma coisa ele disse:

- Aceitei o convite e vim participar da ceia e comemorar o Natal em família. Há muitos anos não sei o que é ter família.

Com os olhos marejados, Joaquim começou a contar a sua história.

- Eram 23 de dezembro. Minha mulher e eu saímos para comprar brinquedos para colocarmos aos pés da árvore de Natal. As crianças ficaram em casa. Ao voltarmos não as encontramos. Buscamos por todos os lugares. Passados dois dias meu cachorro encontrou suas roupinhas à beira do riacho. Minha mulher ficou doente. Morreu de paixão. A partir do acontecido, volto ao riacho diariamente para rezar por minhas crianças. Ontem, mais um 23 de dezembro, vi sua menina cair no riacho e, logo depois, a senhora. Fiquei desesperado. Mais uma vez meu “Pulguento” estava lá. E foi com sua ajuda que consegui tirar sua filhinha da água e trazê-la para cá.

Clara e Francisco se olharam, olharam para Marta e para Ana. Deram-se as mãos enquanto observavam o desconhecido.

- Joaquim, ouça, disse-lhe Ana. Há dez anos, meu marido e eu estávamos sentados à beira do riacho. Eu estava grávida de Maria. Eu estava com os pés dentro d’água e ele estava deitado com a cabeça em meu colo. De repente ouvimos um barulho, seguido de outro. Meu marido levantou-se e viu duas crianças sendo levadas pela correnteza. Ele conseguiu salvá-las, mas não conseguiu salvar a si. Entrei em estado de choque. Fiquei sabendo, mais tarde, do que havia acontecido por intermédio de minha irmã, que mora na cidade. Foi ela quem cuidou das crianças. Não sabíamos quem eram, nem quem eram os seus pais.

Aproximando-se, apresentou Marta e os dois jovens a Joaquim.

- Joaquim! Esta é Marta, minha irmã. Estes, Clara e Francisco.

Ana e Joaquim olharam-se profundamente. Não havia mais nada a ser dito. Seus olhos brilhavam de surpresa e contentamento.

Maria brincava com sua boneca e com seu novo amiguinho Noel. E todos cantaram a canção “Noite Feliz”, tendo como orquestra o som do riacho e o canto dos grilos e sapos.

Joaquim, Ana e Maria formaram uma nova família. Clara e Francisco voltaram com Marta para cidade por causa dos estudos, mas sempre que podiam vinham visitar o pai.
Joaquim reconquistara sua fama de homem de bem.

O povo da região nunca mais ouviu falar do “Lobo Mau” e do seu cachorro “Pulguento”.

Autor: Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES – 23/12/07

Foto de Izaura N. Soares

Alma obscura

Alma obscura
Izaura N. Soares

Entre os prazeres de um corpo
Descobre-se uma alma obscura.
Que verseja em pensamentos frágeis
De tanto sonhar perde-se na própria
Loucura.
Os sonhos devaneiam por caminhos
Sem brilho, e põe-se a lamentar.
Lamentar um amor que perdeu a
capacidade de amar!
Tantos sentimentos, tantos desejos,
Ficaram sem respostas.
Palavras duras foram pronunciadas para
Afogar-me no meu silêncio
Que cada vez mais se prende numa
Saudade permanente.
Olho para o espelho da vida...
Não vejo minha imagem refletida,
O que vejo é apenas um espelho embaçado
E nele vejo um vulto passar rapidamente
Diante do meu olhar!
Penso ser minha sombra, mas não era.
Era o vulto de um amor que partiu, sem que,
Pelo menos me dizer; até breve... Irei voltar!

Foto de Sirlei Passolongo

Em Busca da Felicidade

Pare por alguns momentos
Olhe-se! Por fora e por dentro...
Deixe falar seus sentimentos

Quantos presentes ao seu redor
Tantas coisas... muitas
que não vemos no dia a dia
Tantas razões pra agradecer

Tantos motivos de alegria...
E sempre estamos em busca
D’algo que julgamos melhor.

Olhe! O sol ilumina a terra
É a energia da plantação
Os pássaros anunciam a chuva
Que vêm pra alegrar o sertão

Os peixes fazem a piracema
Pra sua mesa ser farta
As flores abrem serenas
Para enfeitarem as matas

Ah! Olhe seu coração...
A mais perfeita engrenagem
Que pulsa no compasso da emoção...

E se acaso
pode ler essa mensagem
É por que tens a felicidade
De ver toda e qualquer imagem

Abra os olhos!
Seja feliz por tudo que tens
Pelo milagre de recomeçar
Quando o sol levanta

Sorria! Razões são tantas e tantas
E não precisamos longe procurar.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de Claudia Nunes Ribeiro

VÁ SEM OLHAR PARA TRÁS

VÁ SEM OLHAR PARA TRÁS

Vá!
Te deixo ir.
Deixo livres seus caminhos,
Sei que precisas dele para vagar e livremente respirar.

Vá agora!
Não retardes sua ida,
Vá antes que eu me arrependa
E, me humilhando,
Te peça pra ficar.

Mas vá com a certeza de que poderá um dia voltar.

Aqui encontrará sempre um porto amigo,
Nos braços abertos que sempre estarão a te esperar.

Vá!
Siga em frente...
Não olhes para trás.
Quero que guarde na memória apenas o meu sorriso,
Não quero que a última imagem que vejas
Seja de minhas lágrimas que caem por ti.

Foto de Mitchell Pinheiro

SIMPLISMENTE ASSIM

Quando te elogiar,
não quero te dizer que tua beleza é tal qual as flores na primavera.
Quero simplesmente te dizer que você é linda.
Quando te falar de meus pensamentos,
não quero te contar que me perco em devaneios delirantes vislumbrando sua imagem.
Quero simplesmente te dizer que penso muito em você.
Quanto te vejo,
não quero te dizer que diante de ti meu olhar não me permite fitar outra coisa e meu corpo estremece pela vibração de meu peito.
Quero simplesmente te dizer que você mexe comigo.
Quando estais longe de mim,
não quero te dizer que sua ausência engana meu sono, rouba o sabor dos alimentos e transforma cada segundo num pesadelo interminável.
Quero apenas dizer que sinto muita saudade de ti.
Quando te falar de meus sentimentos,
não quero te dizer que diante deste até o universo se torna minúsculo e o próprio infinito não consegue alcançá-lo em extensão.
Quero simplesmente te dizer que eu te amo.
e quando realizarmos nosso amor,
não precisarei mais de nenhuma elegia,
Simplesmente me entregarei por inteiro a você
e desfrutaremos uma linda poesia em vida.

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