Alma obscura
Izaura N. Soares
Entre os prazeres de um corpo
Descobre-se uma alma obscura.
Que verseja em pensamentos frágeis
De tanto sonhar perde-se na própria
Loucura.
Os sonhos devaneiam por caminhos
Sem brilho, e põe-se a lamentar.
Lamentar um amor que perdeu a
capacidade de amar!
Tantos sentimentos, tantos desejos,
Ficaram sem respostas.
Palavras duras foram pronunciadas para
Afogar-me no meu silêncio
Que cada vez mais se prende numa
Saudade permanente.
Olho para o espelho da vida...
Não vejo minha imagem refletida,
O que vejo é apenas um espelho embaçado
E nele vejo um vulto passar rapidamente
Diante do meu olhar!
Penso ser minha sombra, mas não era.
Era o vulto de um amor que partiu, sem que,
Pelo menos me dizer; até breve... Irei voltar!
Comentários
DIRCEU / ISAURA
Lindo o seu poema, mas me faz lembrar do dia em que escrevi Enigma do Espelho, só que neste você se aprofunda em outros nuances muito interessantes.
Parabéns