Igreja

Foto de Marilene Anacleto

Mulher

Preparar, cozinhar, servir.
Riscar, bordar, pintar, servir.
Lavar, passar, guardar, servir.

Precisa saber trabalhar, em casa.
Para que ler e escrever? Para criar asas,
Deixar filhos em casa?

Para saber o que se passa,
Ver como está dentro da massa,
Descobrir o que É e o que Está,
Vir a Ser.

Preparar, cozinhar, riscar, bordar, pintar,
Lavar, passar, guardar,
Saber trabalhar em casa.
Vem a Ser.

Cidadã que trabalha com prazer,
Que no seu filho vê
Aquele que nada tem.

Na massa da cidadania é mão direita do governo,
Cria tempo para servir, cria asas para ensinar,
Na política da igreja, na política da vizinhança.

Descobre o poder
Como herança.

Poder de Ser, não de mandar.
Poder de fazer, não de criticar.
Poder de servir, não de abandonar.
Poder de ensinar,
Para o outro Poder Ser.

Mulher. Cozinha, filhos, vizinhos,
Heranças.

Mulher. Poder Ser. Empoderamento.
Confiança.

Mulher que chora, mulher que solta.
Mulher que dança, mulher que ama.
Mulher que cura, mulher que sonha.

Mulher que ama, que se dá ao filho,
Mulher que doa, esquece o seu brilho
E conquista a Luz.

Mulher segura, mulher que faz.
Mulher que reza, promove a Paz,
Um ser místico de mágica bondade,
Tem cheiro de alma e gosto de eternidade.

Publicado em: http://rotadaalma.spaces.live.com/
Publicado no site http://www.itajaionline.com.br/colunas/marilene/marilene.htm, em 24/03/03 e 15/03/03

Foto de betimartins

O Pintor e sua tela desbotada

O Pintor e sua tela desbotada

Um dia um pintor pintou uma tela belíssima, nunca tinha pintado algo tão belo, mas esqueceu de um pormenor ele a pintou com as suas piores tintas e quando a sua tela ia para a exposição choveu muito e apanhou muita chuva. Com o quadro a desbotar e a tinta a escorrer pela tela, todas as contas que ele tinha feito para poder pagar uma operação que salvaria a vida de sua mãe, foi tudo por água abaixo e desfeito, ali.
Chorando e sem saber o que fazer e nem como dizer a sua mãe que já não teria o dinheiro para pagar operação ele saiu. Desnorteado e sem rumo, senta num banco de um jardim.
Perto dele, senta um senhor mal vestido, de rosto simpático, sorri e mete-se a conversa, até que no meio da sua conversa ele diz que tem o Pai Celeste, o seu melhor amigo, Deus e que a ele nada é impossível e que pedisse ao expositor que colocasse mesmo assim a tela na sua exposição.
Meio descrente e com o coração apertado o celebre pintor, entrou em uma igreja, sentou num banco em frente ao altar, que tinha uma cruz e Jesus. Ali, crucificado, olhando para ele, subitamente desatou a chorar compulsivamente, ao olhar para aquela imagem ali.
Transtornado ele sai da igreja e caminha para sua exposição, mas ciente que todo o dinheiro arrecadado iria ser insuficiente para pagar a operação.
Mesmo assim lembra-se do que pediu o senhor idoso no banco do jardim e pede que coloque a tela assim na exposição.
Sua noite foi pesada, entre sonhos e pesadelos, levanta-se sem conseguir dormir repensado na vida e pela sua pouca fé. O dia não passava, ele sentia mal disposto, com uma náusea, um mal estar, diria que aperto pesado na garganta pelo que a noite iria trazer. Inquieto e sem saber como matar o tempo, sem conseguir tirar as palavras que massacravam o pensamento, ele abre uma bíblia novinha que ainda estava embrulhada, presente de sua mãe quando ele fez dezoito anos.
Abre distraidamente e a pagina abre no salmo 23, entre lágrimas e dor forte no coração, ele lê em voz alta e quando termina sente dentre de si uma paz infinita e um bem estar.
Já não sentia mais sozinho, confiante toma seu banho, sai para a rua sorrindo, entra num café e toma um bom pequeno almoço. Observa a vida na pracinha, com outros olhos que nunca tinha visto até hoje.
Observava uma menina, de vestido rasgado pelo tempo, impressionado ele sai do café e vai ao seu encontro. Ela corre assustada, corre sem olhar para trás. Frustrado ele entra de novo no café e ali fica a pensar.
A noite estava chegando, o que poderia salvar a vida de sua mãe, confiante e calmo ele caminha devagar até a sua exposição.
Entrou, olhou para tudo e sua tela estragada estava ali no lugar que tinha tinham combinando, o lugar central da exposição. Muita gente, barulho e falatório. Alguns ficavam pasmados, olhando aquela tela, entre as cores desbotadas e o que elas deixaram a ilusão que era como se nossa mente visse tudo desfocado, entre gritos e entre desespero.
No culminar da apresentação da exposição chega o especialista das obras de artes e fica estarrecido ali, inerte, silencio total, ninguém falava, apenas o silencio imperava ali. Aqueles minutos foram os mais longos da sua vida, mas estava tão confiante que sentia que algo mágico iria acontecer ali e lembrou-se do salmo que leu e tocou sua alma.
Ele jamais estaria sozinho, seu pai estava ali com eles não iria o abandonar jamais. Rasgou o silencio com uma exclamação do especialista, chegou a hora, a hora que iria determinar suas telas e seu real valor.
Para seu espanto ele estava eufórico, dizendo que nunca tinha visto tamanho talento, apesar de já ser bem conhecido na veia artística. Por conseqüência suas telas sobem acima de valores jamais vistos por ele.
Chorando e emocionado ele sai sem despedir de ninguém, estava sem saber que pensar, caminhando furtivamente, quando repara olha e vê a casa onde nasceu e uma luz acesa.
Ainda sem saber como ele mete as mãos ao bolso e descobre a sua chave antiga da casa, seria ainda a mesma fechadura? Era a sua mãe que abria a porta quando em diminutas visitas, pensativo mete devagar a chave para não assustar sua mãe, o coração batia descompassa mente, sentia um nó forte em sua garganta e a porta abriu.
Em passos leves entra na sala e vê na velha poltrona sua mãe, velhinha, magra e cansada, sem fazer o mínimo barulho, ele se aproxima e beija seu rosto parecendo ainda meio adormecido.
Abre um belo sorriso de sua mãe, abraçando-o e entre lagrimas ela apenas falou:
- Meu filho, quanto eu rezei por ti hoje, senti um aperto no peito desde ontem e sentia que vinha de ti.
Peguei na bíblia e rezei tanto, que Deus escutou as minhas preces.
Sorrindo e feliz o filho diz baixinho:
- Mãe! Tu não sabes quantos milagres operaste com a tua oração, mas o melhor milagre esta no presente que deste com dezoito anos. Com ele jamais vou sentir sozinho na vida. Obrigado mãe
- Anda que hoje eu vou ficar aqui contigo e amanha tens que te preparar para ires para o hospital e eu estaremos eu e Ele contigo.

Foto de odias pereira

" POBRE POETA " ...

Todo dia quando eu passo em sua rua,
Paro e olho pra sua janela.
Só pra ver a presença tua,
Fico feliz quando te vejo princesa bela.
Tu és linda e meiga como uma flôr,
Uma beleza impressionante.
Essa tua maravilhosa côr,
Morena bela meiga e fascinante.
Herdas-te da natureza a côr canela,
Também os teus cabelos negros ondulados.
O jeito lindo de uma linda cinderela,
AH ! ... Que bom seria se eu fosse o teu pricipe encantado.
Minha linda cinderela olha pra mim ! .
Dai-me uma chance de provar,
Êsse pobre poeta esta a fim,
Contigo numa igreja se casar...

São José dos Campos SP
Autor: Odias Pereira
24/02/2011

Foto de odias pereira

" AMOR IMPOSSIVEL " ...

Quando eu vi você entrando com seu pai naquela igreja,
Não consegui segurar o meu sofrimento.
Ao te ver toda de branco linda como uma princesa,
Uma lágrima rolou em meu rosto, mostrando o meu descontentamento.
Te amei por muitos anos e você não percebia,
Não deixei ninguém saber que eu te amava.
Toda vez que eu te olhava mais o meu amor crescia,
Nunca soubeste desse amor nem tão pouco imaginavas.
Eu te amei do meu jeito,
Guardei só pra mim esse amor.
Mantive sempre todo respeito,
Obedecendo o nono mandamento do senhor.
Eu sabia que tu eras por muitos anos comprometida,
Por isso nunca tentei me aproximar,
Preferi guardar pra mim essa ferida,
Do que tentar do outro te tirar.
Hoje eu vou ver você com outro se casar,
Mesmo assim peço a Deus por sua felicidade.
Vou procurar um outro lugar pra morar,
Vou mudar daqui vou morar noutra cidade.
Quero esquecer de vez de você,
Apagar de vez esse amor invisível,
Nunca mais quero lembrar vou esquecer,
Vou desistir pra sempre desse amor impossível...

São José dos Campos SP
Autor Odias Pereira
15/02/2011

Foto de Lilian Luna

Um amor não correspondido

"Madrugada (02h23). Saudade de você. Engraçado como era importante para mim só poder te dizer o quanto te amo - ainda te amo - mesmo depois de tanto tempo sem te ver, sem te ouvir, olhando fotos e sonhando contigo... Como te amo. Sinto sua falta em tudo, sabia? Em todos os lugares. Essa semana comecei a trabalhar, você teria orgulho de mim, é um trabalho muito bom, estou evoluindo, como você sempre quis, estou me tornando “alguém”, como você sempre dizia. Quando consegui esse trabalho quase te liguei pra contar, aí me toquei que você não me atende mais, não quer saber de mim mais. Ta um pouco fria a noite, eu deito na cama e fico te procurando pra me aquecer, sabe? Aí sonho com você e quando acordo e abro os olhos, te procuro e você não está ali. Nossa... É como morrer um pouquinho.
Aliás, tenho morrido um pouco desde aquele dia em que você me mandou embora da sua vida.
Hoje eu vi uma criança e ela era tão linda, fiquei pensando no filho que íamos ter no futuro, pois foi sempre o nosso sonho.
Choro muito quando penso no sonho que me tive estando grávida do nosso bebezinho, eu queria muito nosso filho, carinha dele perfeita, iria ser o dia mais feliz da minha vida foi quando você me pediu pra ter um filho, lembra? Acho que não, NE? Deixa pra lá.
Eu tenho ido à igreja, aquela que te chamei e você não quis ir comigo. Eu vou direto, tenho buscado muito a Deus, teve um dia que eu estava pensando em me matar, porque estava muito triste, cansada de sentir sua falta, mas aí fui até à igreja e chorei muito, aquela angústia sumiu, graças a Deus.
A tristeza ainda é forte, mas agora sei que não devo morrer, a menos que Deus decida assim. Lembro dos ciúmes que você tinha de mim e que ainda hoje tem, não sei por que você ainda nega isso de você.
Quando saiu de casa, fiquei uma semana sem conseguir sair, tava muito ruim, chorava e gritava feito uma louca, mas agora só choro quando estou sozinha, quando vejo tuas fotos. Vou parando por aqui, é tarde e estou com sono, vou "mimir" um pouco e sonhar com você. Te amo, não duvide e não esqueça disso! (Lembra?!)".

Foto de odias pereira

" DEUSA DA MINHA RUA"...

Deusa da minha rua,
Deusa do meu pedaço.
Penso na beleza tua,
Em tudo aquilo que faço.
O seu jeito de menina arteira,
De conquistar todo mundo.
Menina linda guerreira,
Quero-te pro meu submundo.
Dentro do meu coração,
Reservei um lugar pra você.
Diga sim , não diga não,
Venha logo pra me ver.
Ja falei com seu vigário,
Pra tratar da papelada.
Na igreja ja paguei todo o cenário,
Deus do céu vai querer, que comigo estarás casada...

são josé dos campos sp

autor : odias pereira

Foto de odias pereira

LEMBRANÇAS DO BAÚ...

Hoje eu me lembrei de você,

Revirando coisas antigas.

Num baú velho fui mexer,

Relembrei do nosso amor, relembrei de nossas brigas.

Encontrei fotos e cartas,

Bilhetinhos jurando amor.

No baú historia farta,

Dentro do seu interior.

Revirando com carinho,

Cada coisa uma lembrança.

Encontrei até um carrinho.

Que ganhei quando criança.

Continuei em minha busca,

Cada vêz mais curioso.

Até as chaves do meu antigo fusca,

E o documento do brioso.

Fui mexendo até o fundo,

Revirando com cuidado.

Me lembrando do meu antigo mundo,

Me lembrando do passado.

Foi ai ! ... que derrepente,

Uma caixinha encontrei.

Num lugar bem aparente,

A aliança de noivado que te dei.

Peguei aquela caixinha,

Em minhas maõs com carinho,

E olhando aquela argolinha,

Lembrei do dia na igreja que me deixaste sózinho.

Lágrimas veio a rolar,

No meu rosto ja envelhecido.

E o velho baú eu fiz fechar,

Pra não ficar mais entristecido.

Odias Pereira
11/01/2011

Foto de Deni Píàia

Conto de Natal: Menino simples

Era um menino simples, tão simples que não conhecia o Natal. Não sabia seu significado, sua origem, sua intenção, mas vivia feliz mesmo sem jamais ter ganhado um presente, um brinquedo. Sem escola, sem igreja, sem cultura. Seus brinquedos, na roça longínqua, eram o ribeirão, as árvores, as frutas, os animais silvestres, os irmãos. A esperança era o sorriso da mãe, o suor do pai, a comida no prato. A fé vinha do amanhecer, do anoitecer, do segredo das estrelas. Nunca precisou mais que isso. Um dia, a cidade. A família veio pra ficar. Na favela, com amigos, com asfalto, com shopping center, com vontades, com maldades, mas para ficar.
Cresceu, fez amigos, inimigos, conheceu a escola, as drogas, a frustração, a polícia, a revolta, solidão e o Natal. Data de ganhar presentes, de desejar mais que podia, de cobiçar e invejar o próximo, do supérfluo. Não aprendeu mais que isso sobre o Natal.

Jovem, estava pronto para a data máxima da cristandade e desta vez não passaria em branco. Ajeitou a arma na cintura, fechou o barraco vazio, pais e irmãos já haviam sido mortos pelo tráfico, desceu o morro. Andou muito enquanto planejava. Na avenida beira mar decidiu que não havia mais o que esperar. Sacou a arma, jogou-a sob os cuidados de Netuno, tomou o primeiro ônibus para a rodoviária, outro ônibus e chegou. De volta à roça. Sem Natal, sem shopping center, sem maldades, sem os pais, só. Descobriu que as estrelas ainda guardavam seus segredos, o ribeirão sussurrava amenidades, muito pouco havia mudado. Voltou a ser menino simples. No dia de Natal.

Foto de nattynha

soneto á Jujuba

Nem pregadora da igreja
Nem puritana do rosário
Nem a frágil rosa branca

Pelo contrário,
Ela é o puro conceito de companheira
Gosta de tudo que eu gosto
Nada mais que o esperado

Prática, sem aquela beleza frágil
Linda, sem a vaidade de uma flor
Doce, mas sem calorias
Anjo, com o corpo pro pecado

Nada do que eu esperava
Apenas tudo que eu queria
Além de apenas companhia

Postado por Rui

Foto de Diario de uma bruxa

Estar com você

Quanto tempo mais
Vou ter que esperar
Para poder estar com você

Queria tanto te tocar
Sentir seu perfume
Ouvir você cantar
Bem baixinho ao meu ouvido

Seria fascinante
Tiraria minha concentração
Faríamos um par perfeito
Eu e você
Somente nos dois

Um encontro perfeito
A beira do mar
Vendo os peixinhos nadar
Ou no coreto da praça
Vendo uma banda tocar

Não importa onde seja
Pode ser até na igreja
Mas o padre ia nos expulsar
Mas isso não seria problema
Pois estaria com você

Porque o que importa
É estar com você
Mesmo que seja debaixo da chuva
Ou até mesmo num sol escaldante
Não importa
O importante é ter você

POEMA AS BRUXAS

Páginas

Subscrever Igreja

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma