Idade

Foto de Evandro Machado Luciano

Astro Pálido

Esse astro pálido
Que inebria a mente
Deixa-me triste ou contente?

Esse astro pálido
Que me ilumina os olhares
Mostra-me a beleza dos mares

Dos lagos...
Da pureza dos pássaros

Esforçaste-te ao máximo
Para ocultar este doudo lugar
Em que o ouro é razão para matar...
E a idade... a desculpa para não amar

Astro pálido: - podes me ouvir?
Mesmo que não possas, tenho que lhe confessar
Preciso de alguém p’ra desabafar
de um ombro amigo para chorar

Conto-te agora, meu doce astro pálido
As minhas lamúrias
Mesmo que sejam, por vezes, injúrias
São verdadeiras
Podem não ser o que o mundo quer ouvir
Podem não ser as palavras mágicas p’ra fugir
Mas, confie em mim...
são verdadeiras...

Astro pálido
Foi tão bom, uma vez mais lhe observar
foi tão bom... devolveu-me meu doce olhar
...sobre o cárcere a qual fui mandado
Não reclamo! -fui muito amado

Amado pela doce mulher
Que está prestes a chegar
Chega cansada, o significado da palavra “amar”
Jovem mulher
Que mo viu nascer (e com muito louvor)
Que desde meu primeiro suspiro, me mostrou o amor

Permita-me que eu me despeça, astro pálido
Conheces agora, todos meus segredos e desejos
Espero que esteja, também, admirando seu brilho
Aquela que, a vida, eu daria eu daria por um beijo.

Foto de Montanha

Viagem desejada...

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- Meu tempo é pouco quando te vejo,
meus segredos são sonhos e desejos,
minha vida é doce vinda de teus beijos,
meu amor por ti engrandece e padece,
todos os dias que teu sol me aparece,
minha alma aquece, meu medo arrefece…
- Amor, não sei quem és e onde estás agora,
procuro-te tentando vislumbrar teu trilho,
dia e noite olho o céu e não sinto teu brilho,
envia-me uma estrela e dá-me um sinal,
permite-me que te ame, isenta-me do mal,
sonho por ti, ser sentido como príncipe real,
quero fazer feliz nesta vida sem igual…
- Canta-me de manhã quando te abraço no mar,
quero ser um marinheiro nas tuas ondas queridas,
vagueio sem rumo, sem vela e sem saber pescar,
vem ser minha princesa, das minhas ilhas perdidas,
toda a faina te oferecerei, sendo ela o meu mundo,
meu amor e a minha alma, o meu tesouro profundo…
- As teclas do meu piano, choram sons de espera,
com o meu copo na mão, vejo-te lá fora a toda a hora,
a magia dos anos não me desespera, ela é sincera,
aguarda-me uma esperança…se recusa de ir embora,
sei que vou-te encontrar, nas estradas de sul a norte,
és o meu centro, estou dentro da resistência e do suporte…
- Palavras não te sei dizer nem escrever, só te quero ter,
fala-me do teu sonho, desenha-me a tua luz no ar e no vento,
saberei o que aguento, e por ti, tudo farei, prometo que tento,
são cores que não encontro, os meus pensamentos agora,
diz-me somente, porque está ausente o meu caminho por ora,
pinto na areia a tua imagem que me vagueia como sereia,
traz-me felicidade, nesta minha idade com amor ou amizade…
- Estou só nesta mesa, sem pão, sem ti, sem sobremesa,
acompanha-me tristemente um cão vadio e um gato siamês,
o primeiro me ensina, o que faz todos os dias do mês,
caminhando sempre, procurando e desejando manter-se vivo,
o segundo reflecte-me a maciez do outro lado da vida,
que perdida pode ser vivida pela sorte aqui ou em Goa,
vem minha vindima da terra boa, sê meu vinho e minha broa,
abraça-me neste navegar…bebamos um porto sentados na proa…

Montanha
04-07-2009

Foto de cafezambeze

JOÃO PIRISCA E A BONECA LOIRA (POR GRAZIELA VIEIRA)

ESTE É UM CONTO DA MINHA DILETA AMIGA GRAZIELA VIEIRA, QUE RECEBI COM PEDIDO DE DIVULGAÇÃO. NÃO CONCORRE A NADA. MAS SE QUISEREM DAR UM VOTO NELA, ELA VAI FICAR MUITO CONTENTE.

JOÃO PIRISCA E A BONECA LOIRA

Numa pequena cidade nortenha, o João Pirisca contemplava embevecido uma montra profusamente iluminada, onde estavam expostos muitos dos presentes e brinquedos alusivos à quadra festiva que por todo o Portugal se vivia. Com as mãos enfiadas nos bolsos das calças gastas e rotas, parecia alheio ao frio cortante que se fazia sentir.
Os pequenos flocos de neve, quais borboletas brancas que se amontoavam nas ruas, iam engrossando o gigantesco manto branco que tudo cobria. De vez em quando, tirava rapidamente a mão arroxeada do bolso, sacudindo alguns flocos dos cabelos negros, e com a mesma rapidez, tornava a enfiar a mão no bolso, onde tinha uma pontas de cigarros embrulhadas num pedaço de jornal velho, que tinha apanhado no chão do café da esquina.
Os seus olhitos negros e brilhantes, contemplavam uma pequena boneca de cabelos loiros, olhos azuis e um lindo vestido de princesa. Era a coisa mais linda, que os seus dez anos tinham visto.
Do outro bolso, tirou pela milésima vez as parcas moedas que o Ti‑Xico lhe ia dando, de cada vez que ele o ajudava na distribuição dos jornais. Não precisou de o contar... Demais sabia ele que, ainda faltavam 250$00, para chegar ao preço da almejada boneca: ‑ Rai‑de‑Sorte, balbuciava; quase dois meses a calcorrear as ruas da cidade a distribuir jornais nos intervalos da 'scola, ajuntar todos os tostões, e não consegui dinheiro que chegue p'ra comprar aquela maravilha. Tamén, estes gajos dos brinquedos, julgam q'um home não tem mais que fazer ao dinheiro p'ra dar 750 paus por uma boneca que nem vale 300: Rais‑os‑parta. Aproveitam esta altura p'ra incher os bolsos. 'stá decidido; não compro e pronto.
Contudo não arredava pé, como se a boneca lhe implorasse para a tirar dali, pois que a sua linhagem aristocrática, não se sentia bem, no meio de ursos, lobos e cães de peluxe, bem como comboios, tambores, pistolas e tudo o mais que enchia aquela montra, qual paraíso de sonhos infantis.
Pareceu‑lhe que a boneca estava muito triste: Ao pensar nisso, o João fazia um enorme esforço para reter duas lágrimas que teimavam em desprender‑se dos seus olhitos meigos, para dar lugar a outras.
‑ C'um raio, (disse em voz alta), os homes num choram; quero lá saber da tristeza da boneca. Num assomo de coragem, voltou costas à montra com tal rapidez, que esbarrou num senhor já de idade, que sem ele dar por isso, o observava há algum tempo, indo estatelar‑se no chão. Com a mesma rapidez, levantou‑se e desfazendo‑se em desculpas, ia sacudindo a neve que se introduzia nos buracos da camisola velha, enregelando‑lhe mais ainda o magro corpito.
‑ Olha lá ó miúdo, como te chamas?
‑ João Pirisca, senhor André, porquê?
‑ João Pirisca?... Que nome tão esquisito, mas não interessa, chega‑te aqui para debaixo do meu guarda‑chuva, senão molhas ainda mais a camisola.
‑ Não faz mal senhor André, ela já está habituada ao tempo.
‑ Diz‑me cá: o que é que fazias há tanto tempo parado em frente da montra, querias assaltá‑la?
‑ Eu? Cruzes credo senhor André, se a minha mãe soubesse que uma coisa dessas me passava pela cabeça sequer, punha‑me três dias a pão e água, embora em minha casa, pouco mais haja para comer.
‑ Então!, gostavas de ter algum daqueles brinquedos, é isso?
‑ Bem... lá isso era, mas ainda faltam 250$00 p'ra comprar.
‑ Bom, bom; estás com sorte, tenho aqui uns trocos, que devem chegar para o que queres. E deu‑lhe uma nota novinha de 500$00.
‑ 0 João arregalou muito os olhos agora brilhantes de alegria, e fazendo uma vénia de agradecimento, entrou a correr na loja dos brinquedos. Chegou junto do balcão, pôs‑se em bicos de pés para parecer mais alto, e gritou: ‑ quero aquela boneca que está na montra, e faça um bonito embrulho com um laço cor‑de‑rosa.
‑ ó rapaz!, tanto faz ser dessa cor como de outra qualquer, disse o empregado que o atendia.
‑ ómessa, diz o João indignado; um home paga, é p'ra ser bem atendido.
‑ Não querem lá ve ro fedelho, resmungava o empregado, enquanto procurava a fita da cor exigida.
0 senhor André que espiava de longe ficou bastante admirado com a escolha do João, mas não disse nada.
Depois de pagara boneca, meteu‑a debaixo da camisola de encontro ao peito, que arfava de alegria. Depois, encaminhou‑se para o café.
‑ Quero um maço de cigarros daqueles ali. No fim de ele sair, o dono do café disse entre‑dentes: ‑ Estes miúdos d'agora; no meu tempo não era assim. Este, quase não tem que vestir nem que comer, mas ao apanhar dinheiro, veio logo comprar cigarros. Um freguês replicou:
‑ Também no meu tempo, não se vendiam cigarros a crianças, e você vendeu-lhos sem querer saber de onde vinha o dinheiro.
Indiferente ao diálogo que se travava nas suas costas, o João ia a meter os cigarros no bolso, quando notou o pacote das piriscas que lá tinha posto. Hesitou um pouco, abriu o pedaço do jornal velho, e uma a uma, foi deitando as pontas no caixote do lixo. Quando se voltou, deu novamente de caras com o senhor André que lhe perguntou.
‑ Onde moras João?
‑ Eu moro perto da sua casa senhor. A minha, é uma casa muito pequenina, com duas janelas sem vidros que fica ao fundo da rua.
‑ Então é por isso que sabes o meu nome, já que somos vizinhos, vamos andando que se está a fazer noite.
‑ É verdade senhor e a minha mãe ralha‑me se não chego a horas de rezar o Terço.
Enquanto caminhavam juntos, o senhor André perguntou:
- ó João, satisfazes‑me uma curiosidade?
- Tudo o que quiser senhor.
- Porque te chamas João Pirisca?
- Ah... Isso foi alcunha que os miúdos me puseram, por causa de eu andar sempre a apanhar pontas de cigarros.
‑ A tua mãe sabe que tu fumas?
‑ Mas .... mas .... balbuciava o João corando até a raiz dos cabelos; Os cigarros são para o meu avôzinho que não pode trabalhar e vive com a gente, e como o dinheiro é pouco...
‑ Então quer dizer que a boneca!...
‑ É para a minha irmã que tem cinco anos e nunca teve nenhuma. Aqui há tempos a Ritinha, aquela menina que mora na casa grande perto da sua, que tem muitas luzes e parece um palácio com aquelas 'státuas no jardim grande q'até parece gente a sério, q'eu até tinha medo de me perder lá dentro, sabe?
‑ Mas conta lá João, o que é que se passou com a Ritinha?
‑ Ah, pois; ela andava a passear com a criada elevava uma boneca muito linda ao colo; a minha irmã, pediu‑lhe que a deixasse pegar na boneca só um bocadinho, e quando a Ritinha lha estava a passar p'ras mãos, a criada empurrou a minha irmãzinha na pressa de a afastar, como se ela tivesse peste. Eu fiquei com tanta pena dela, que jurei comprar‑lhe uma igual logo que tivesse dinheiro, nem que andasse dois anos a juntá‑lo, mas graças à sua ajuda, ainda lha dou no Natal.
‑ Mas ó João, o Natal já passou. Estamos em véspera de Ano Novo.
‑ Eu sei; mas o Natal em minha casa, festeja‑se no Ano Novo, porque dia de Natal, a minha mãe e o meu avô paterno, fartam‑se de chorar.
‑ Mas porquê?
‑ Porque foi precisamente nesse dia, há quatro anos, que o meu pai nos abandonou fugindo com outra mulher e a minha pobre mãe, farta‑se de trabalhar a dias, para que possamos ter que comer.
Despedíram‑se, pois estavam perto das respectivas moradas.
Depois de agradecer mais uma vez ao seu novo amigo, o João entrou em casa como um furacão chamando alto pela mãe, a fim de lhe contar a boa nova. Esta, levou um dedo aos lábios como que a pedir silêncio. Era a hora de rezar o Terço antes da parca refeição. Naquele humilde lar, rezava‑se agradecendo a Deus a saúde, os poucos alimentos, e rogava‑se pelos doentes e por todos os que não tinham pão nem um tecto para se abrigar., sem esquecer de pedir a paz para todo o mundo.
Parecia ao João, que as orações eram mais demoradas que o costume, tal era a pressa de contar as novidades alegres que trazia, e enquanto o avô se deleitava com um cigarro inteirinho e a irmã embalava nos seus bracitos roliços a sua primeira boneca, de pronto trocada pelo carolo de milho que fazia as mesmas vezes, ouviram‑se duas pancadas na porta. A mãe foi abrir, e dos seus olhos cansados, rolaram duas grossas e escaldantes lágrimas de alegria, ao deparar com um grande cesto cheinho de coisas boas, incluindo uma camisola novinha para o João.
Não foi preciso muito para adivinhar quem era esse estranho Pai Natal que se afastava a passos largos, esquivando‑se a agradecimentos.
A partir daí, acrescentou‑se ao número das orações em família, mais uma pelo senhor André.
GRAZIELA VIEIRA
JUNHO 1995

Foto de Evandro Machado Luciano

Ressureição

A vida não é uma eterna adolescência
E diante de tal incumbência
Que o tempo nos força a admitir
Aprendo diariamente a chorar
Aprendo diariamente a sorrir
Rabiscar em velhos papiros
Ou em cadernos carcomidos
Os dias que restam de minha existência
(essa que não é uma eterna adolescência)
Tem sido minha principal razão de viver
Alertar àqueles que virão, sobre as chances de sofrer.
Não é uma simples questão de ver o mundo
Com olhos de um pessimista, derrotista imundo
Ah, não! Não é a volta do dito mal -do- século
É apenas a visão de olhos incrédulos
Vendo seu tempo acabar
Tempo que mal acabou de começar
Mas não um “acabar” por completo
Tal indefectível tempo
Age como se escrevesse um decreto:
-Não sofreis até sua meia vivência,
Após isso, descubra por si mesmo
Que a vida não é uma eterna adolescência

Um ciclo agora termina
Todo ser passa por isso, é uma espécie de sina
Eu encaro como a morte
Agora nascerei em uma nova vida
A mercê da própria sorte
Nos dias que estão por vir
Não haverá espaço pra sorrir
Não haverá espaço para velhos papiros
Ou cadernos carcomidos
Rabiscados de tolices, como em outrora
Sei que é difícil sobreviver à selva
Com tão pouca experiência
Mas é a lei natural da sobrevivência
Aprender desde tenra idade
Que a vida... ah!
A vida não é uma eterna adolescência...

Foto de Débora Ennes

Dizem os mais velhos ...

Dizem os mais velhos que o mundo esta perdido,
sem perceber que o mundo somente esta evoluido,
criticam os adolecentes e dizem que esta tudo errado.

Se esquecendo das suas próprias atitudes,
se esquecendo do seu próprio passado,
são milhares de crianças e adolecentes carentes,
sofrendo,tendo filhos sendo pais,prematuramente.

Dizem os mais velhos que os jovens de hoje em dia,
não tem o minimo de educação,
que tudo que eles fazem não fazem com o coração.

Digo que os jovens tem SIM capacidade e que vão,
construir um mundo de mais igualdade e ainda,
superaram todos os obstáculos,
até o mundo se tornar o palco da evolução.

E não terá desigualdade,
um jovem pode criar,
fazer e modificar,
todos podem escrever,
não importa a idade que venham a ter ...

Débora Enes

Foto de António Ferro

Um desejo...em pretérito perfeito

Acordo,
é Domingo!!!
Tento fechar de novo os olhos,
é cedo,
para Domingo.

Só os automóveis quebram o silêncio.

Procuro uma posição,
o corpo não ajuda,
beijo o meu braço esquerdo,
fico insatisfeito
e quero voltar ao sonho que não me lembro...
Nem faço esforço para recordar...

Passo a mão no cabelo,
mas é a minha mão!!! É o meu cabelo!!!
Aperto as coxas e sinto o calor,
mas são as minhas coxas!!! É o meu calor!!!

Tento beijar novamente,
mas é o meu beijo!!! Na minha almofada...

Hoje, até tenho saudades dos almoços familiares,
do ruído dos talheres,
da sensação de ficar cheio
e das vozes que teimam em não se calarem...

Gostaria de te ter a meu lado,
para te fazer uma festa,
para te dar um beijo,
para apertar a tua mão,
ou apenas, para sentir o calor do teu corpo junto ao meu.

E quem serias tú? Interrogo-me...
Uma antiga namorada ?
Uma amiga colorida ?
Um engate circunstancial ?
Não!!! Preferia que não tivesses rosto
que não tivesses nome
que não tivesses...

Hoje o sexo não entra no meu desejo,
gostaria apenas de te dar carinho
e nada receber em troca...

Gostaria apenas de te poder abraçar,
mesmo que os teus braços continuassem estendidos.
Gostaria apenas de te poder beijar,
mesmo que os teus lábios, não tocassem os meus.

Tú não tens idade, não tens sexo,
és apenas aquele Ser, a quem eu quero dar carinho.
Um Anjo ?
Seria perfeito!!!
Um amor ?
Assim sem jeito...

Um desejo em pretérito perfeito.

Foto de Joaninhavoa

"Meu amor quero-te tanto"

*
"Meu amor quero-te tanto"
*
(Concurso Meu grande
amor)

Amor não tem hora nem idade
Nem tempo determinado
Um dia liberto me disseste,
"Meu amor quero-te tanto"

Pronunciaste num tom
que eu sempre havia imaginado
Na verdade já não tinha significado
Era como uma filme sem som

Amor não tem hora nem idade
Nem tempo determinado
Mas pode esgotar-se em saudade

E nada mais restar que uma bela amizade
Sim! Porque agora amor só se for
em sentido figurado

Joaninhavoa
(helenafarias)
04/06/2009

Foto de Carmen Vervloet

Acidente com o Air Bus rumo à França

Acidente com o Air Bus rumo à França

Numa curva do tempo
a morte constrói sua armadilha
sem dó, nem piedade,
sem respeitar idade...
Rouba projetos, sonhos, vidas,
tantas vidas...
Leva as almas,
joga os corpos no mar
sem se preocupar...
Deixa no âmago das famílias
feridas sangrando dor...
Deixa o vazio, a tristeza,
deixa insegurança e a certeza
da brusca separação.
Qualquer ato agora será em vão...
Palavras são levadas ao vento
não aliviam o tormento,
nem acordam qualquer ilusão!
Restam apenas
as boas lembranças
e a esperança
do reencontro
numa outra curva do tempo
em outra dimensão...
Por hora só lágrimas
lavando dor
e lamentação!

Carmen Vervloet

Foto de CarmenCecilia

ESCOLHAS VIDEO POEMA E REFLEXÃO

POESIA: CARMEN CECILIA

EDIÇÃO E ARTE : CARMEN CECILIA

NOTA: É muito grande o número de visitas que recebemos de outros paises no youtube...
Por isso seguindo a sugestão do meu amigo Carlinhos, portugues que mora nos EUA desde os 2 anos de idade..., tentei aqui fazer uma tradução do poema para o ingles..., pois assim seria dada uma oportunidade para compreensão do significado dos nossos versos

Atenciosamente

Carmen Cecilia

Foto de Dennel

Deus, torna-me um menino

Quando eu era menino
Pensava como um menino
Agia semelhante a um menino
Minhas palavras eram de menino

Logo que cheguei à idade adulta
Tive de deixar as coisas de menino
Rever os meus conceitos
Estabelecer prioridades

Quando eu era menino
Tinha a sensibilidade no peito
A inocência presente na alma
O sorriso estampado no rosto

Hoje, já adulto
Tenho muitas preocupações
Muitas dívidas para pagar
Ninguém para meu acalento

Quando eu era menino
Cantava contente e feliz
Não via maldade nas pessoas
Meu sono era suave

Adulto, passo as noites acordado
Temo a violência do ser humano
Sou um perfeito egoísta
Faço tudo por interesses

Quantas saudades do tempo de menino!
Eu era feliz, mas desconhecia
O valor da pureza e inocência
Minhas maldades eram nulas

Hei, Deus, quero ser menino novamente!

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2009 All Rights Reserved

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