Enviado por Wilson Madrid em Qua, 28/05/2008 - 12:03
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* CRÔNICA
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18:30' de um dia do mes de abril de 2003.
Estação Sé do metrô de São Paulo, uma das cinco cidades mais habitadas do planeta, com cerca de quinze milhões de habitantes.
No saguão interno da estação, acontece uma exposição denominada “Êxodos – a humanidade em transição – 1993-99”, trabalho de Sebastião Salgado, fotógrafo brasileiro consagrado internacionalmente pela sua arte fotográfica, voltada para os problemas sociais da humanidade, expondo fotos das vítimas e refugiados das recentes guerras e conflitos sociais ocorridas em vários países do mundo.
Sucesso de crítica e de público em vários países, a apresentação do trabalho informa que “movido pelos milhões de refugiados, migrantes e destituídos do mundo, o fotógrafo Sebastião Salgado documentou a situação em 41 países durante quase sete anos. Por quê? "Espero que tanto como indivíduos, grupos ou uma sociedade, façamos uma pausa para pensar na condição humana na virada do milênio. Na sua forma mais brutal, o individualismo continua sendo uma fórmula para catástrofes. É preciso repensar a forma como coexistimos no mundo."
Mesmo sendo gratuita para os milhares de usuários que passavam pelo local, apenas cinco ou seis pessoas apreciavam a obra prima do excepcional artista, cidadão do mundo e profeta da injustiça social mundial.
Ao lado da exposição, uma multidão de pessoas passava apressadamente, ignorando completamente tão importante trabalho.
Naquele horário, aquele local parecia um “formigueiro” de pessoas preocupadas em chegar logo aos seus destinos, provavelmente, algumas indo para o trabalho, outras para a escola e a maioria, certamente, retornando do trabalho e indo para as suas residências, onde, após o jantar, costuma dedicar algumas horas da noite assistindo a nossa programação de tv, repleta de futilidades e tão carente de programas educativos e culturais.
Foi impossivel deixar de me lembrar do “maluco beleza” Raul Seixas, que algum dia deve ter sentido o que mesmo que senti naquele momento e denunciou ao compor S.O.S.: “Lá por detrás da triste e linda zona sul, vai tudo muito bem, formigas que trafegam sem por quê...”.
Quanto aos cinco ou seis "desocupados" que dedicaram parte do seu tempo apreciando a exposição, tenho a certeza de que sairam enriquecidos no conhecimento do quanto o individualismo e o egoísmo humano é capaz e do quanto é urgente e imprescindível conscientizar as pessoas para o combate à toda e qualquer injustiça pessoal ou social, cada um fazendo o que estiver ao seu alcance para o bem comum, porque a injustiça social é gerada pela somatória das injustiças pessoais, na esperança de um dia ver toda e qualquer injustiça varrida da face da terra, para a humanidade, finalmente, poder assumir o seu direito natural e divino de poder viver em paz.
Para os que ainda não conhecem ou não souberam da realização da exposição de tão importante trabalho naquela oportunidade, ainda existe a possibilidade de conhecê-lo através do site www.terra.com.br/sebastiaosalgado.
Quanto aos demais componentes do “formigueiro”, deduzi que ocorreu uma falha grave por parte dos organizadores, no que diz respeito ao despertar do interesse geral pela exposição: esqueceram-se de contratar algumas recepcionistas com peitos e bundas de silicone; alguns seguranças "sarados" e espalhar pelo chão, em torno dos painéis que continham aquelas impressionantes fotografias, algumas pitadas de açúcar, misturadas com um pouco de fama, dinheiro e poder...
Porque as “formigas apressadas” aprenderam que “tempo é dinheiro” e que “o importante é levar vantagem em tudo, certo?” e o que elas ganhariam perdendo seu "precioso tempo" ou que vantagem levariam para ver umas fotos em branco e preto, feitas por um tal de Salgado, de algumas pessoas amarguradas, desconhecidas, pobres e excluidas do direito à dignidade humana, que nem sequer participaram do Big Brother Brasil?
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"Acredito que não exista
A Melhor Idade.
Mas podemos enumerar
O Melhor da Idade que vivemos.
No meu caso, por exemplo,
Fiquei mais amiga do tempo
Ouço as vozes do silêncio
Espero o dia clarear...
Consigo chorar
Sem me sentir infeliz
E o meu sorriso é feliz
Sem que precise gargalhar.
Mas gosto de saborear longas risadas...
Namorar nas madrugadas,
Sob o efeito do Luar...
Já não corro... mas adoro caminhar!!!!
Aguçaram mais meus sentidos
Tato, paladar, visão e olfato
E de fato, a sensibilidade me move
Guia o meu instinto.
O espelho ainda é meu amigo.
Me sinto jovem, de corpo e espírito
Mas sem competir com a mocidade.
Curto meu momento; vivo minha idade.
No entanto, confesso... me vejo ainda menina
E me permito, fechar os olhos e arriscar.
Mas sei muito bem onde piso
Embora não desista de sonhar.
De tudo extraio o melhor
E mesmo que sobre só dissabor...
Junto então toda a cena
E faço um poema de amor....
Reconheço muito bem meu valor
Conheço o gosto da dor
E apesar do amargor
Não me deixo intimidar
Não que eu seja
Ou me veja, assim tão forte...
Mas tenho em Deus meu suporte
Nele posso confiar.
Já reconheço miragem
E sei muito bem que a imagem
Sem conteúdo é banal.
Engano tolo e fatal.
Não mais me ganham os alaridos
Acho até que bonitos
Mas prefiro ao meu ouvido
Baixinho... sem se findar....
É muito pouco o que eu preciso
Pois conheci Jesus Cristo
E entreguei meu viver.
Salvador e Mestre prá mim,
Hoje sei ser feliz
E em tudo agradecer
Sei que sou imperfeita...
Serei eterna aprendiz!
Tenho tanto a aprender...
Mas sei bem quem é o Juiz (não sou eu, nem é você)
Deixei dos velhos dilemas
Procuro encarar os problemas
E o tema da minha vida
É viver...
Viver com verdade e de verdade
Com amor, caráter e dignidade
Humildade, humanidade,
e Fé.
Esquecer a antipatia nata
Saber que a mágoa mata
Que a carne é insaciável
Inflama a chama e nada mais...
Apenas o amor sustenta e satisfaz
E dá o prazer da paz...
Prazer que excede a orgasmos e químicas
E que excita, sem precisar provocar...
E aprendi,
Que a receita da felicidade
E o melhor de todas as idades
É buscar a Deus...enquanto se pode achar." (Rose Felliiciano)
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*Mantenha a autoria do Poema*
Foi usado nesse Poema, uma citação bíblica, que encontra-se no livro do Profeta Isaías, capítulo 55 - verso 06.
Boa leitura a todos e meu abraço sincero.
Enviado por Carmen Lúcia em Sáb, 24/05/2008 - 19:03
Tanta riqueza nos foi dada
E por ser tanta, o homem se perdeu...
Desrespeitou o dom de Deus,
Esbanjou a natureza, desperdiçou a beleza
E a vida que era simples, complicou.
A mente humana se superou,
A tecnologia avançou...
O ápice da ganância alcançou,
Máquinas avassaladoras transitam a humanidade,
Comandam o poder, o ter, a desumanidade,
Trocando coração por epicentro de destruição.
O sol das manhãs amanhece embaçado,
Espera pelo entardecer pra se esconder, acuado...
Enquanto que o céu, outrora, azul tão claro,
Mostra-se pesado, azul-acinzentado.
Fumaças e nuvens se (con)fundem,
Chuvas plúmbeas pela terra se difundem,
Como armas plutônicas da devastação
Ante o olhar platônico da civilização.
Mas, nunca é tarde, não se acovarde,
Deus é Amor e perdoa
A quem se empenha ao embate,
A quem desafia tempestade,
A quem se arrepende e se doa...
E antes que tudo se consuma,
Que o homem seu erro assuma...
E traga de volta “...A vida, manso lago azul,
...sem ondas, sem espumas...”(Júlio Salusse)
Poeta,
defensor do real,
Criador de palavras
e cantor emoções.
Poeta é
Aquele que descreve o que sente
revela-se a si mesmo,
o conquistador de si,
do mundo,
do universo.
Poeta:
sê aquilo que és,
descobre novos mundos
e percorre vales fundos.
Canta para a Humanidade
Canta em altos brados e com voz forte
porque sem a tua música
ficamos vazios...
aniquilados...
sós...
“Imaginava-te”? Como nessa imagem.
Morena, esbelta, elegante, altaneira.
Eu me imagino, que sou essa miragem
Sobre o mar de forma sorrateira.
Espectro a interromper tua passagem,
Uma nuvem de verão e passageira,
A envolver-te em atos de libertinagem
E carregando-a para uma alvissareira,
Noite sob o luar desta paisagem
Num colchão de ar sobre a areia
A flutuar no balanço de vai-e-vem
De teu corpo belo de sereia
A entrelaçar-me com a voragem
Da Ninfa que em mim faz uma ceia.
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O C H A L É
Hoje é segunda-feira
Mas não quero que saia
Desse belo Jardim Encantado
Em que te vejo andando
Em terras brasileiras.
Fizestes-nos ouvir
O canto dos pássaros,
Numa suave melodia
Que aqui chega em encantada
Melodia.
Fizestes-nos consigo pisar
A relva molhada e macia
Desse belo e florido jardim.
Ora enriquecido
Com a mais bela das flores.
Flor que se cheira
E deixa impregnado em nosso nariz
O perfume de jasmim.
Trazido dos jardins de Paris
Para mim.
Ainda sinto
A brisa suave que acaricia
E acariciou tua pele macia
E, ontem, despiu-a assim,
Voluptuosa
E ardentemente.
Naquele chalé encantado
Que existiu em meu sonho,
Mas que será todo o dia
Como uma verdade para mim! (Dirceu Marcelino)
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RETORNO DA TARDE
No silêncio da tarde, regressei ao lindo jardim encantado..
Senti a brisa fresca sob meu rosto,
A doce sensação da relva sob meus pés nus,
O embriagante perfume de jasmim
Banhando meu corpo em sua sensualidade...
E no ardor dos meus olhos,
Avistei o chalé que antes não havia notado...
Em seu pleno
ardor. (Marisa Dinis )
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T U A A U S Ê N C I A
"O amor nem sempre vale a pena ser falado,
Uma palavra ofegante em sua mera verdade,
Mas em toda liberdade, o mais intenso verbo
No livro da humanidade e infinito do tempo...
Me perguntais se há mais bela aposta na vida
Eu eu vos respondo... que a vida sem amor
É um mero vazio repleto de profundo desilusão
Todos não somos mais que corpos sem condição
É muito fácil falar sobre amor por ser muitas vezes
Por ser o mais belo escape para o nosso desanimo,
Por ser a bela resposta a uma vida repleta de vazio
Mas uma situação temporária e uma queda abrupta
Difícil é ter que esperar por a embriagante junção,
De duas almas predestinas a ser um além do corpo,
Na perfeita e pura harmonia daquele amor merecido
Que nos faz vacilar na mais profunda e doce melodia"
Não faço poesia
Para o meu próprio gozo.
Existe algo de magia no jogo poético
De solidariedade
De mentiras e verdades
Para que todos a possuam.
Não quero imitar
Mas o que fazer
Se a poesia me invade
Com a voz dos seus ídolos sábios
Que hoje apenas existem
Por causa de suas palavras.
E o que serão de minha palavras?
Elas merecerão permanecer?
Me entrego a poesia
Pois invejo a sua imortalidade.
Invejo de forma sadia,
Eu prefiro ser finita
Para o bem da humanidade.
Enviado por Sonia Delsin em Qua, 02/04/2008 - 21:10
FUTILIDADES
A mão do tempo...
Estou dentro dela.
Deitada.
Estou cansada.
De fazer nada.
Simplesmente cansada.
Do existir?
Não.
Ainda encontro razões para rir.
Do dia-a-dia?
Não.
Sinto tanta alegria.
Em tudo vejo poesia.
Do passado?
Tudo já foi apagado.
Ou guardado.
Ou lacrado.
Ele não consegue mais me incomodar.
Então porque digo que algo consegue me cansar?
É uma nuvem negra que me cansa.
Só que tenho esperança.
Que tudo possa mudar.
O que me incomoda é ver o ser humano valorizando tanto o que não deve valorizar.
É ver que a humanidade presta culto a um deus que nada pode lhe dar.
Enviado por angela lugo em Dom, 23/03/2008 - 08:23
Sou água cristalina que da terra brota
Minhas nascentes são preciosidades
Neste planeta que ainda é raridade
Pois outra vida não foi encontrada
Formando uma correnteza a fluir
Saciando a sede da humanidade
Saciando a sede das plantações
Saciando a sede de todas as nações
Saciando a sede da natureza em geral
Sem mim não haverá vida não
Cuidem das nascentes como jóias raras
Dela todos são dependentes
Temos apenas um quarto de terra
Neste planeta azulado pela água
A maior parte não se pode beber
E hoje já se fala na extinção dela
Esta fonte de vida para todos
Sem falar dos que morrem
Em muitos países pela falta dela
Aqui mesmo no Brasil temos
Lugares onde a água é escassa
Se o meu grito assim como de muitos
Fossem ecoados pela terra toda
Teriam mais consciência e cuidado
Com a água que é inutilizada
Principalmente pelas indústrias
Sou água cristalina que brilho como diamante
Quanto caio da cachoeira sob o sol radiante
Ouvimos o som dos seus ecos de socorro
Tentamos tapar os ouvidos, mas não há como
Temos que gritar em conjunto fazendo eco no mundo
Sou água cristalina
Por favor, me socorra
Não me deixe secar nem evaporar
Não tapem minhas nascentes estou morrendo
Quero ficar aqui e saciar a sede de todos
Sou água cristalina que faço a diferença neste planeta
Enviado por Carmen Lúcia em Ter, 11/03/2008 - 16:07
E então decidi...
Despojar-me de todos pecados,
Ser meu próprio Pôncio Pilatos,
Ter meu corpo crucificado...
Não pra salvar a Humanidade,
Não me crivaria de tamanha dor,
Cristo foi mais sonhador...
Não, foi mesmo auto-piedade,
Da alma, em busca de serenidade...
Caminhei com a cruz...A que me impus...
Não caí somente três vezes...Foram muitas!
Já havia tombado tanto,
Pelo peso de meu pranto,
Por minha consciência pesada,
Não ouvir a voz da razão,
Nem mesmo a do coração,
E agora, Via Crucis, levo-me à condenação.
Fui Verônica...Cantei o meu desencanto,
Limpei sangue de meu âmago
Deixei registrado no pano
O meu triste desengano...
A Madalena arrependida,
Pelo homem incompreendida
Agora cheia de dores e acatos...
Vítima dos desacatos...
Tentei levantar-me, ser o meu Cirineu,
Reacender a chama que um dia morreu...
Momento sublime...Maria, mãe que redime,
Um encontro...Um olhar...
Nem foi preciso falar...
A única expressão...a de nosso coração!
Sedenta de amor, bebi o seu mel...
Desnudei minha alma, arranquei-lhe o véu...
E chorei...Implorei...Me ajoelhei...
Finalmente, enxerguei uma luz,
Semi-apagada, de um sol eclipsado
Recomeçando a acender...
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* para minha Tia MARIA JOSE RODRIGUES DE OLIVEIRA
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“Ó Virgem Maria”. Muitas pessoas se perguntam:
Poderás ser comparada à mulher atual?
Àquelas que ao lado dos maridos labutam,
Fixando sua posição intelectual.
Foi mulher que assumiu com fortaleza
E determinação a responsabilidade,
De gerar o filho de Deus, maior grandeza
Celestial, que viveu junto à humanidade.
Como podes ser proposta à imitação?
Se de teu ventre Nosso Senhor Jesus nasceu
E nunca tiveste qualquer ambição.
Imitar Maria, não é viver o que ela viveu
Mas viver como MARIA com muita disposição,
Seguindo os vários exemplos que ela nos deu.
NB. Esta poesia foi escrita, originalmente, a quatro mãos por Dirceu Marcelino e Maria Danelon, re-atualizo e ofereço em homenagem à minha tia Maria José Rodrigues de Oliveira, que já tem muitos aninhos.