Horror

Foto de Recrucify

Caixão lacrado

O melhor momento da minha vida, e você lacrou
Destruiu minhas esperança, meu mundo acabou

Só o que eu queria, era um caixão destampado
Mas no velório você me pôs, num caixão lacrado

Meu único orgulho nessa vida, se resumia a um momento
Em que eu alimentava os vermes, com minha carne apodrecendo

Me devolver à natureza, era algo que eu esperava
Só desejava que os outros vissem, a única coisa de que me orgulhava

Em que as pessoas pudessem acompanhar meu retorno à natureza
Minha matéria a se espalhar, com os vermes dançando em minha cabeça

Nunca tive vitórias, a humanidade de mim sempre teve nojo
Minha única vontade, era ter este momento glorioso

Mas como tudo nessa vida, termina com uma decepção
Você olhou para meu corpo, e lacrou o meu caixão

Agora morto, estarei presente do seu lado
Rindo de suas agonias, tornei-me um espírito atormentado

Durante toda sua vida, estarei a te amaldiçoar
E nunca o seu corpo, eu vou deixar de encarar

Por ter lacrado meu caixão, impediu que todos pudessem ver
Meu corpo apodrecendo e a pele a se desfazer

Te perseguirei de hoje para sempre
Suas lágrimas serão o alívio da minha mente

Do seu terror me fiz crente, nesse momento deprimente
De ódio e tormento, com um horror resplandecente

*Este poema é uma analogia a uma pessoa que acabou com meus sonhos. Eu punha fé num momento, que pra mim era tudo, troquei tudo que tinha por ele, apostei todas as fichas, e essa pessoa definhou meu sonho, minha vida, minha esperança. Agora vago vazio, vazio... Tudo que me restam são as drogas a me dopar, minha vida é perdeu o sentido!

Foto de Recrucify

Sinta meu último ódio

Se eu pudesse expressar todo meu ódio
Se eu pudesse mostrar toda minha fúria
Contra este sistema desgraçado
Que fodeu com a minha vida

Já não tenho mais escolhas
Já não tenho mais saídas
Minha decisão está tomada
Me tornei um suicída

Mas antes de explodir minha cabeça
Deixo esta mensagem pra você
Pensa que sua vida é feliz?
Espere até que sua carne pereça

Não tive amores
Não que fossem recíprocos
Tive apenas decepções
De idiotas sem sentido

Vou lavar minha alma com sangue
Vou deixar meu rastro de horror
Quero que sejam gravados
Meus ultimos gritos de dor

Não sentirei falta deste mundo
Que somente me iludiu
Sou uma falha genética
Que a natureza produziu

Grande merda de ilusão
Essa porra chamada vida
Te enchem de esperança
E te jogam água fria

Quero o fim desse caminho
Não posso mais aguentar
O sistema me calou
Já não posso mais falar

Minha vida é um livro negro
Que não faz o menor sentido
Quase todas as páginas estão em branco
E já está quase todo consumido

Os vermes rejeitarão minha carne
Rastejarão para longe do meu cadáver
Nem os animais selvagens aceitarão
Tamanha putrefação

Penso no meu funeral
Como é que será?
Pessoas chorando, cheias de dor?
Ou inimigos a rir a gargalhar?

Eu queria ter uma arma
Para minha cabeça poder estourar
Quero porém um caixão aberto
Para as pessoas poderem olhar

Olhar o que é ser um perdedor
Olhar o que é ser um fracassado
Um saco de Lixo
Que ocupou lugar na desgraça do passado...

Foto de uilton

Da Timidez

Ser um tímido notório é uma contradição. O tímido tem horror a ser notado, quanto mais a ser notório. Se ficou notório por ser tímido, então tem que se explicar. Afinal, que retumbante timidez é essa, que atrai tanta atenção? Se ficou notório apesar de ser tímido, talvez estivesse se enganando junto com os outros e sua timidez seja apenas um estratagema para ser notado. Tão secreto que nem ele sabe. É como no paradoxo psicanalítico, só alguém que se acha muito superior procura o analista para tratar um complexo de inferioridade, porque só ele acha que se sentir inferior é doença.
Todo mundo é tímido, os que parecem mais tímidos são apenas os mais salientes. Defendo a tese de que ninguém é mais tímido do que o extrovertido. O extrovertido faz questão de chamar atenção para sua extroversão, assim ninguém descobre sua timidez. Já no notoriamente tímido a timidez que usa para disfarçar sua extroversão tem o tamanho de um carro alegórico. Daqueles que sempre que-bram na concentração. Segundo minha tese, dentro de cada Elke Maravilha existe um tímido tentando se esconder e dentro de cada tímido existe um exibido gritando "Não me olhem! Não me olhem!" só para chamar a atenção.
O tímido nunca tem a menor dúvida de que, quando entra numa sala, todas as atenções se voltam para ele e para sua timidez espetacular. Se cochicham, é sobre ele. Se riem, é dele. Mentalmente, o tímido nunca entra num lugar. Explode no lugar, mesmo que chegue com a maciez estudada de uma noviça. Para o tímido, não apenas todo mundo mas o próprio destino não pensa em outra coisa a não ser nele e no que pode fazer para embaraçá-lo.
O tímido vive acossado pela catástrofe possível. Vai tropeçar e cair e levar junto a anfitriã. Vai ser acusado do que não fez, vai descobrir que estava com a braguilha aberta o tempo todo. E tem certeza de que cedo ou tarde vai acontecer o que o tímido mais teme, o que tira o seu sono e apavora os seus dias: alguém vai lhe passar a palavra.
O tímido tenta se convencer de que só tem problemas com multidões, mas isto não é vantagem. Para o tímido, duas pessoas são urna multidão. Quando não consegue escapar e se vê diante de uma platéia, o tímido não pensa nos membros da platéia como indivíduos. Multiplica-os por quatro, pois cada indivíduo tem dois olhos e dois ouvidos. Quatro vias, portanto, para receber suas gafes. Não adianta pedir para a platéia fechar os olhos, ou tapar um olho e um ouvido para cortar o desconforto do tímido pela metade. Nada adianta. O tímido, em suma, é uma pessoa convencida de que é o centro do Universo, e que seu vexame ainda será lembrado quando as estrelas virarem pó.

Foto de Jonas Melo

EU SOU

Eu SOU...

Eu sou quem te ama
Que te adora
Quem te despreza
Quem te devora

Eu sou teu namorado
Teu amante
Teu amado
Teu cafajeste
Teu repugnante

Eu sou teu amor
Tua alegria
Tua dor
Teu belo !
Teu horror !

Eu sou tua salvação
Tua perdição
Tua benção
Tua maldição

Eu sou de tudo um pouco
Sou bom, sou ruim...
Gosto de você, mas também gosto de mim...

Tal vez seja por isso que estou entre o céu e o inferno
Entre o belo e o feio
Entre o amar e odiar
Entre o alfa e Omega.

Jonas Melo !

Foto de cafezambeze

PANDORO - INCULO E OS HOMENS LEÃO (UM CONTO AFRICANO)

PANDORO - INCULO E OS HOMENS LEÃO

NA SERRA DA MURRUMBALA, A NOITE NA PEQUENA ALDEIA SE AGITOU.
LUZES DE TOCHAS E CANDEEIROS SURGIRAM NA ESCURIDÃO,
ZANZANDO DE UM LADO PARA OUTRO, QUAL VAGA-LUMES.

O LEÃO BATERA NA PORTA!
ELE ARRANHARA A PORTA!
O LEÃO LEVARA A VELHA MULHER!

OS HOMENS SE REUNIRAM ARMADOS COM AS SUAS AZAGAIAS.
DE MANHÃ NÓS VAI E PEGA ELE! NÓS PEGA ELE!
NÃO! AGORA! TEM QUE SER AGORA!
GRITAVA, IMPLORAVA DESESPERADO INCULO, O FILHO DA VELHA SENHORA.
MAS A NOITE ESTAVA ESCURA COMO BREU...AMANHÃ NÓS VAI! INSISTIAM.

INCULO CHAMOU SEUS DOIS FILHOS.
NÓS VAI SÓZINHO! PEGA O CANHANGULO E AS AZAGAIAS!
INCULO E SEUS FILHOS SE EMBRENHARAM NA MATA QUE LOGO ENCOBRIU A
CHAMA DAS SUAS TOCHAS.

DEVAGAR, ATENTOS A UM RAMO QUEBRADO, UMA PEDRA VIRADA, UM FARRAPO
DA CAPULANA DA SUA MÃE...
HAVIA UMA TRILHA RECENTE SIM, MAS DE LEÃO?
INCULO ACREDITAVA EM FANTASMAS, MAS ERA A SUA MÃE E NÃO SERIA
FANTASMA OU O TEMÍVEL PANDORO QUE O FARIAM PARAR.

HORAS DE AGONIA SE PASSARAM. INCULO, NÃO SÓ DE NOME, TEMIA O PIOR.
NA SUA MENTE SE FORMAVA UMA IMAGEM DE HORROR. OS HOMENS LEÃO!
GENTE QUE COMIA GENTE. ELE JÁ OUVIRA FALAR E NÃO ACREDITARA.

JÁ RAIAVA O DIA, QUANDO ELE FINALMENTE OS AVISTOU NUMA PEQUENA CLAREIRA.
ERAM CINCO, OS DESALMADOS REUNIDOS À VOLTA DOS RESTOS DE UMA FOGUEIRA.

O CORPO DESCARNADO DE SUA MÃE, JAZIA ABANDONADO PERTO DELES.
INCULO SOFOCOU O CHORO. CHAMOU SEUS FILHOS E TIROU-LHES
DA MÃO O VELHO CANHANGULO. A ARMA ESTAVA PRONTA.
MIRANDO CUIDADOSAMENTE, ELE DISPAROU UMA CHUVA DE
METRALHA NOS FAMIGERADOS BANDIDOS.
DE PRONTO, ELE E SEUS FILHOS SE LEVANTARAM URRANDO E
ARREMESSANDO SUAS AZAGAIAS.
OS COVARDES HOMENS LEÃO, FORAM TRUCIDADOS SEM PIEDADE.

ENTÃO, INCULO CHOROU COMO UMA CRIANÇA.

RECOLHEU CARINHOSAMENTE OS RESTOS MORTAIS DE SUA MÃE
E VOLTOU PARA A ALDEIA. NÃO FALOU COM NINGUÉM.
NO MESMO DIA, ENTERROU SUA VELHA MÃE E FOI EMBORA COM
TODA A SUA FAMÍLIA. DO INCULO, NINGUÉM MAIS NA ALDEIA FALOU.
A VERGONHA QUE SENTIAM OS IMPEDIA.

NOTAS:
PANDORO = LEÃO
INCULO = GRANDE
AZAGAIA = ARMA DE ARREMESSO
CANHANGULO = ARMA DE FOGO DE CARREGAR PELA BOCA, NORMALMENTE DE GRANDES DIMENSÕES
CAPULANA = PANOS COLORIDOS QUE AS MULHERES ENROLAVAM NO CORPO À LAIA DE VESTIMENTA

Foto de Jonas Melo

Quando o amor adoece

Quando o amor adoece

Quando o amor adoece não conseguimos visualizar nada;
Pois o ódio cega e nos faz reféns de seu horror
Mas ao passamos a querer reencontrar o que perdemos
Descobrimos que o ódio que pensávamos que era intenso,
Simplesmente não existe, como assim...?

Ao observarmos de um outro prisma
Vamos ver que é simplesmente o amor que está doente e precisa de cuidados,
Mas o orgulho vem quase que avassalador e nos faz reféns desse sentimento triste,
E por não termos a sensibilidade de lhe dar com situações adversas
Vamos sempre procurar um culpado para nossa falta de habilidade

E ai quando damos por nós mesmos, já não existe mais amor,
Não porque o ódio tomou conta,
Apenas porque o amor não resistiu, por falta de cuidado;

Pois como o sábio disse um dia “o ódio não existe apenas foi o amor que adoeceu”

Então cuide bem do seu amor para que ele não adoeça
E se vier adoecer, só você tem o antídoto para essa convalescença...,que é muito carinho

Jonas Melo !

Foto de Carol Carolina

Meu pedido

Meu pedido

Eu queria falar de flores
Mas as vezes fico engasgada.
Todos os dias vejo um filme
De gente desesperada.

A noite no aconchego
Do meu quente cobertor
Fico pensando naqueles
Que curtem do frio o horror.

Tenho meu teto, minha casa
E te agradeço Senhor.
Mas a maioria vive
Sem nada e sem amor.

Pedindo de porta em porta
Crianças e adultos sem o que comer
Dormindo em caixas de papelão
Este é o seu modo de viver.

Por companhia os cachorros
Porque deles vem o calor.
São amigos inseparáveis
A noite um é para o outro o cobertor.

Sou-lhe grata meu Senhor
Sem nada a me faltar.
Mas te peço humildemente
Deles também lembrar.

♫Carol Carolina

Foto de ricardo-rosa

Nossa História

Nossa História

Era uma criança quando
Me mudei para aquela casa
Peguei minha bola e fui à praça
Sentada na escada ela estava
Uma criança também
Mas não como se mostrava
Não era como aparentava

Vizinhos, nós éramos
E que bela vizinha a vida
Me apresentava.
Amizade nasceu com força
Comigo, ela sempre brincava
Me zoava.

A puberdade chegou, com ela os desejos
Minha amiga , não teve jeito
De não reparar em seus trejeitos
Com muita vergonha reconheço
Especialmente no seu traseiro.

Amizade se afirmou além do coração
Pela vizinha, que um dia seria minha maior paixão
Desejo presente, sempre que a via
Mas a amizade não permitia
Que disso passaria.

Um dia ainda moleque, tomei a coragem
Foi um baque, ouvi-la dizer 0,00000000 % de chance
Eu que na minha sapiência
Misturada com a inocência
Não havia percebido que menina mulher
Era aquela pequena.

A vida decidiu diferente, nossa história
Ali se fez inerente.
Caminhos separados, cada um levou
Mas sem sabermos, nos aproximando
Para um futuro ainda distante
Que nos reservava um grande amor.

Uma vez a vi, com um outro rapaz
O ciúme queimou
Não entendia o por que
Dessa pequena, me causar tanto temor
Ainda assim mais tarde, foi ela
Quem me apresentou o verdadeiro amor.

Arrumei uma namorada
Duas namoradas
3 namoradas
4 namoradas
Ela, alguns amigos comuns beijou
Outros conquistou
E nossa amizade se firmou.

Separados por uma distância
De centenas de kilômetros
Nossa amizade, veja só
Se intensificou.
Aos poucos foi se instalando
O sentimento de um verdadeiro amor

Para minha casa retornei
Passar um final de semana
E ela encontrei
Vivendo um amor.
Não comigo, mas ainda assim um amor

Como amigo me apresentei
Procurando curar sua dor
Não percebi que procurava seu amor
Nele me envolvi com grande pavor
Sem ela ainda o saber
Ao meu jeito a amava
Me alimentava nas beiradas
Repousando na confiança
De nossa amizade
de que um dia ela reconheceria
o amor que a ela dedicava era mais forte
que minha sinceridade

Ela sofrendo,
Incertezas
Dúvidas
Noites sozinhas
Solitárias
Diários, sua consolação
Poemas, sua salvação

À ela convidei uma noite
Para boate ir dançar
Mal sabia eu , que
Nossa história de amor
Estava para começar.

Cabeça cheia de caipirinha
Sentindo-se sozinha
Uma nova vida iria começar
Uma nova história ela iria iniciar
Alegre e solta pela bebida
Levada pela batida
Ela sem pensar
Por impulso
Seus lábios me deixou provar.

Ah, como me senti levitar
Ar de meu pulmão escapar
Meu coração queimar
E um abraço apertado lhe dedicar
Tanto tempo , tanto desejo
Tanto desespero, das vezes que a vi chorar
Me prometi dela cuidar
Me prometi que ela iria amar
Seu coração a outro pertencia
Ela me dizia
Que não queria me machucar
Eu ao seu lado me compadecia
Sentia, que ela iria conquistar.

O tempo passou, vejam só
Seu amor ela me dedicou
A ela prometi nunca magoar
A ela prometi sempre cuidar
Mas o que fiz melhor foi
A ela abandonar.

Um ano se passou
Ate que a oportunidade se apresentou
A ela me reaproximar
Desta feita me confessou
Que quando parti estava começando a me amar

Ver seu sorriso novamente
Me incendiou
Me iluminou
Senti raiva , pesar, arrependimento
Por tanto tempo que vaguei sem saber
Que meu verdadeiro amor
Ainda me esperava
E que a ele eu magoava
Brincava
Desprezava.

A vida, nos reuniu novamente
Nem sabia que a mesma vida nos separaria
Mais a frente.
A mim ela se entregou
Lhe fiz mulher
Não foi como ela sonhou
Nunca o é.

Ela conquistou um sonho
Faculdade federal estudar
Em Ouro Preto ela foi morar
Eu em outra cidade, tentava me formar
As vezes a visitava
As vezes ela me visitava
e nosso amor crescia
pensávamos em casar
constituir famila
crianças criar.

Mas vejam só,
Como o destino conosco resolveu brincar
Na Europa ela sonhava trabalhar.
Eu a amando loucamente
Me entregando precipitadamente
Jurei, ajuda-la seu sonho realizar
Sabendo que isso significava
Dela me separar.

A levei ao aeroporto,
Noite anterior, tivemos
Nossa despedida
E nos prometemos isso
Superar.
Era um ano, um ano eu podia esperar.
Subi a escada rolante, para de cima
Poder vê-la partindo
Carregando consigo
Meu amor, ah meu amor.

A volta para casa, foi difícil
Muito difícil
A vida se apresentava agora vazia
Meu amor em outro país residia.
Eu resistia
Ela resistia
E nosso amor continuava
Inabalável, forte, confiante

Minha vida suspensa ficou
Tentando me formar
Esperando meu amor
Retornar.

Em julho consegui
Ir visitá-la,
Uma viagem mágica
Com um destino inimaginável
Em Londres meu verdadeiro amor
Fui encontrar.
E a ela meu amor dedicar.
Ah que saudade, de te ver sorrindo
Ansiedade me atormentava
Queria logo contigo
Estar, te abraçar, te amar.
Viagem cansativa, 13hrs
Suando sentado, apertado
Não podia deixar de ser
Meu amor encontrei
Exalando um terrível cheiro de cecê.

Viajamos junto,
Com ela conheci
Londres, Roma
Capela sistina ao seu lado visitei
Meu deus, como me senti abençoado
Por ter essa pequena para mim
E com ela viajar ao meu lado.

Em Paris, em um parque
De uma tarde ensolarada
A ela pedi comigo se Casar.
Era tudo o que eu pensava
Desde quando do Brasil
A vida, dela me separava.

Imaginem minha surpresa,
Quando isso ela negou,recusou
Dali queria sumir
Meu mundo desmoronou
Não acreditava que comigo
Ela não queria seus dias passar.
Tantos planos, tantos
Sonhos
Na França ameacei deixa-la.
No hotel me explicou
Que nossa vida ainda
Muito de mistério se apresentava
Que não era o momento certo
Pois um oceano nos separava.

Ao Brasil retornei, com
Nosso amor renovado
Dela me separei mais um vez
Esperando te-la ao meu lado.

Um ano, se passou
Mais 6 meses se apresentou
Entre nossa separação forçada
A ela ainda me entregava
E ela também , em mim buscava
Conforto,segurança,amizade
Um amor diferente o nosso
Com a distância se intensificava

O monstro do ciúme a mim se apresentou
E com ele , meu amor magoou
Era difícil compreender
Que ela, minha paixão
Meu verdadeiro amor
A outra vida se entregou

Uma vida de muita luta,trabalho
Sofrimento.
Eu cego,tomado pela raiva, a ela dediquei
Palavras de horror
Que mancharam meu amor.
A ela que havia prometido
Não magoar.
Agora fazia exatamente isso
E consegui nosso relacionamento
Desmanchar.

Ah quanto pesar, quanto arrependimento
Me batem no peito.
É difícil acreditar, que depois de
Tanta luta para nossa história continuar
Tenha chegado a isso.
A esse fim melancólico
Ainda te amando intensamente
Ter que me afastar
Para seu desejo respeitar
De seu amor e carinho abdicar.

Não consigo acreditar
Que essa perda hei de superar
Que outra irei amar
Sem você não existe vida
É somente você que irei amar.

Minha esperança reside
No momento em que
botar os pés no Brasil novamente
eu, estarei no saguão te esperando
contente,
sorriso aberto
coração aberto
para que me ama novamente.
E quem sabe derrepente
Me dedique aquele beijo ardente.

Beth, é esse o nome
Da mulher de minha vida
A mulher que prometi amar
Para todo o sempre.
E que ainda amo, como
um menino, inocente.
Continuarei te amando para sempre.
Pois seu fogo ainda se faz presente
No meu peito ainda bate ardentemente
A vontade te fazer sorrir contente.
Para sempre seu
Pois nossa vida La atrás
Se fez inerente.

Te amo.Para Sempre.

Foto de ricardo-rosa

Nossa História

Nossa História

Era uma criança quando
Me mudei para aquela casa
Peguei minha bola e fui à praça
Sentada na escada ela estava
Uma criança também
Mas não como se mostrava
Não era como aparentava

Vizinhos, nós éramos
E que bela vizinha a vida
Me apresentava.
Amizade nasceu com força
Comigo, ela sempre brincava
Me zoava.

A puberdade chegou, com ela os desejos
Minha amiga , não teve jeito
De não reparar em seus trejeitos
Com muita vergonha reconheço
Especialmente no seu traseiro.

Amizade se afirmou além do coração
Pela vizinha, que um dia seria minha maior paixão
Desejo presente, sempre que a via
Mas a amizade não permitia
Que disso passaria.

Um dia ainda moleque, tomei a coragem
Foi um baque, ouvi-la dizer 0,00000000 % de chance
Eu que na minha sapiência
Misturada com a inocência
Não havia percebido que menina mulher
Era aquela pequena.

A vida decidiu diferente, nossa história
Ali se fez inerente.
Caminhos separados, cada um levou
Mas sem sabermos, nos aproximando
Para um futuro ainda distante
Que nos reservava um grande amor.

Uma vez a vi, com um outro rapaz
O ciúme queimou
Não entendia o por que
Dessa pequena, me causar tanto temor
Ainda assim mais tarde, foi ela
Quem me apresentou o verdadeiro amor.

Arrumei uma namorada
Duas namoradas
3 namoradas
4 namoradas
Ela, alguns amigos comuns beijou
Outros conquistou
E nossa amizade se firmou.

Separados por uma distância
De centenas de kilômetros
Nossa amizade, veja só
Se intensificou.
Aos poucos foi se instalando
O sentimento de um verdadeiro amor

Para minha casa retornei
Passar um final de semana
E ela encontrei
Vivendo um amor.
Não comigo, mas ainda assim um amor

Como amigo me apresentei
Procurando curar sua dor
Não percebi que procurava seu amor
Nele me envolvi com grande pavor
Sem ela ainda o saber
Ao meu jeito a amava
Me alimentava nas beiradas
Repousando na confiança
De nossa amizade
de que um dia ela reconheceria
o amor que a ela dedicava era mais forte
que minha sinceridade

Ela sofrendo,
Incertezas
Dúvidas
Noites sozinhas
Solitárias
Diários, sua consolação
Poemas, sua salvação

À ela convidei uma noite
Para boate ir dançar
Mal sabia eu , que
Nossa história de amor
Estava para começar.

Cabeça cheia de caipirinha
Sentindo-se sozinha
Uma nova vida iria começar
Uma nova história ela iria iniciar
Alegre e solta pela bebida
Levada pela batida
Ela sem pensar
Por impulso
Seus lábios me deixou provar.

Ah, como me senti levitar
Ar de meu pulmão escapar
Meu coração queimar
E um abraço apertado lhe dedicar
Tanto tempo , tanto desejo
Tanto desespero, das vezes que a vi chorar
Me prometi dela cuidar
Me prometi que ela iria amar
Seu coração a outro pertencia
Ela me dizia
Que não queria me machucar
Eu ao seu lado me compadecia
Sentia, que ela iria conquistar.

O tempo passou, vejam só
Seu amor ela me dedicou
A ela prometi nunca magoar
A ela prometi sempre cuidar
Mas o que fiz melhor foi
A ela abandonar.

Um ano se passou
Ate que a oportunidade se apresentou
A ela me reaproximar
Desta feita me confessou
Que quando parti estava começando a me amar

Ver seu sorriso novamente
Me incendiou
Me iluminou
Senti raiva , pesar, arrependimento
Por tanto tempo que vaguei sem saber
Que meu verdadeiro amor
Ainda me esperava
E que a ele eu magoava
Brincava
Desprezava.

A vida, nos reuniu novamente
Nem sabia que a mesma vida nos separaria
Mais a frente.
A mim ela se entregou
Lhe fiz mulher
Não foi como ela sonhou
Nunca o é.

Ela conquistou um sonho
Faculdade federal estudar
Em Ouro Preto ela foi morar
Eu em outra cidade, tentava me formar
As vezes a visitava
As vezes ela me visitava
e nosso amor crescia
pensávamos em casar
constituir famila
crianças criar.

Mas vejam só,
Como o destino conosco resolveu brincar
Na Europa ela sonhava trabalhar.
Eu a amando loucamente
Me entregando precipitadamente
Jurei, ajuda-la seu sonho realizar
Sabendo que isso significava
Dela me separar.

A levei ao aeroporto,
Noite anterior, tivemos
Nossa despedida
E nos prometemos isso
Superar.
Era um ano, um ano eu podia esperar.
Subi a escada rolante, para de cima
Poder vê-la partindo
Carregando consigo
Meu amor, ah meu amor.

A volta para casa, foi difícil
Muito difícil
A vida se apresentava agora vazia
Meu amor em outro país residia.
Eu resistia
Ela resistia
E nosso amor continuava
Inabalável, forte, confiante

Minha vida suspensa ficou
Tentando me formar
Esperando meu amor
Retornar.

Em julho consegui
Ir visitá-la,
Uma viagem mágica
Com um destino inimaginável
Em Londres meu verdadeiro amor
Fui encontrar.
E a ela meu amor dedicar.
Ah que saudade, de te ver sorrindo
Ansiedade me atormentava
Queria logo contigo
Estar, te abraçar, te amar.
Viagem cansativa, 13hrs
Suando sentado, apertado
Não podia deixar de ser
Meu amor encontrei
Exalando um terrível cheiro de cecê.

Viajamos junto,
Com ela conheci
Londres, Roma
Capela sistina ao seu lado visitei
Meu deus, como me senti abençoado
Por ter essa pequena para mim
E com ela viajar ao meu lado.

Em Paris, em um parque
De uma tarde ensolarada
A ela pedi comigo se Casar.
Era tudo o que eu pensava
Desde quando do Brasil
A vida, dela me separava.

Imaginem minha surpresa,
Quando isso ela negou,recusou
Dali queria sumir
Meu mundo desmoronou
Não acreditava que comigo
Ela não queria seus dias passar.
Tantos planos, tantos
Sonhos
Na França ameacei deixa-la.
No hotel me explicou
Que nossa vida ainda
Muito de mistério se apresentava
Que não era o momento certo
Pois um oceano nos separava.

Ao Brasil retornei, com
Nosso amor renovado
Dela me separei mais um vez
Esperando te-la ao meu lado.

Um ano, se passou
Mais 6 meses se apresentou
Entre nossa separação forçada
A ela ainda me entregava
E ela também , em mim buscava
Conforto,segurança,amizade
Um amor diferente o nosso
Com a distância se intensificava

O monstro do ciúme a mim se apresentou
E com ele , meu amor magoou
Era difícil compreender
Que ela, minha paixão
Meu verdadeiro amor
A outra vida se entregou

Uma vida de muita luta,trabalho
Sofrimento.
Eu cego,tomado pela raiva, a ela dediquei
Palavras de horror
Que mancharam meu amor.
A ela que havia prometido
Não magoar.
Agora fazia exatamente isso
E consegui nosso relacionamento
Desmanchar.

Ah quanto pesar, quanto arrependimento
Me batem no peito.
É difícil acreditar, que depois de
Tanta luta para nossa história continuar
Tenha chegado a isso.
A esse fim melancólico
Ainda te amando intensamente
Ter que me afastar
Para seu desejo respeitar
De seu amor e carinho abdicar.

Não consigo acreditar
Que essa perda hei de superar
Que outra irei amar
Sem você não existe vida
É somente você que irei amar.

Minha esperança reside
No momento em que
botar os pés no Brasil novamente
eu, estarei no saguão te esperando
contente,
sorriso aberto
coração aberto
para que me ama novamente.
E quem sabe derrepente
Me dedique aquele beijo ardente.

Beth, é esse o nome
Da mulher de minha vida
A mulher que prometi amar
Para todo o sempre.
E que ainda amo, como
um menino, inocente.
Continuarei te amando para sempre.
Pois seu fogo ainda se faz presente
No meu peito ainda bate ardentemente
A vontade te fazer sorrir contente.
Para sempre seu
Pois nossa vida La atrás
Se fez inerente.

Te amo.Para Sempre.

Foto de Carmen Vervloet

A Magia da Noite

Video Poema - A Magia da Noite
Edição: Carmen Cecília
Poesia em parceria: Maria Goreti Rocha e Carmen Vervloet

A MAGIA DA NOITE

O dia carrega o sol
em seus braços.
Surge a noite
pendurada em laços
de escuridão.
Amarrados a um lençol
de estrelas cintilantes,
pequenos pontos
de luz...
Brilhantes
que cobrem a terra
na sua vastidão!

O clima é fantástico, misterioso!

A noite mostra
sua dupla face...
Uma enigmática, sombria,
outra, romântica...
Pura magia!

Na calada da noite
surgem sonhos, delírios.
Lobisomens, fantasmas,
sacis-pererês...
Piam corujas
causando arrepios,
cantam grilos e sapos...
Estranhos assobios.

O uivo dos ventos,
o frio da noite,
a inércia da morte,
o medo das trevas...

A madrugada é sombria!

O som do silêncio
é a música dos anjos,
o canto sereno
das águas dos rios.

Embalados nos sonhos,
surgem os amores.
Lingeries de seda...
Um roçar de pernas,
Sem rubores,
sem pecados,
sem falsos pudores.

Corpos flamejantes...
Fusão de almas,
concretização do amor!

O dia desata
os laços da noite
e ela caí
em gotas de rocio.
Leva consigo
Seu lado vadio,
e com ele
as delícias do cio.

A face do horror,
a face do amor,
a magia da noite
em todo esplendor!

(©Carmen Vervloet / ©Maria Goreti Rocha)

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