Horizonte

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

luz vida brilho estrelas

A vida, luz estrelas
A vida uma dadiva dos altos de DEUS.
A saudade do que não foi vivido.
A estrela que brilha dentro de cada um de nóis.
A luz que alcança o horizonte onde nunca se foi antes.

Vida é tão fundamental porém muito tratada de forma infomal.
A luz que brilha o ser os seres vivos da vida que ilumina as estrelas.
Você é luz.
Você é vida.
Você é estrela.
Você tem seu brilho.
VOce tem encanto.
Você tem seu poder no mundo.
A vida nos mostra o brilho a luz.
Porém não convém deixar que apaguem nossa luz
o brilho de nossa estrela.
a estrela nos ilumina a vida.
a vida nos da alma que nos da a luz...
luz...vida...

Foto de Henrique Fernandes

BRAÇOS CARENTES

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É delicado o sol
No horizonte que me pertence
É como uma passerelle
De desejos ao meu alcance

Chega-me á face
Um beijo afável pelo vento
E o sorriso de uma onda
Que partilha meu momento

Em meu redor gaivotas
Cantam despedida ao dia
Num suspiro dou boas vindas
Á noite e sua magia

Num belo manto
De estrelas pintado cintilante
Rogo á lua exuberante
De alguém ser amante

As ondas incansáveis
Não param de chegar á areia
Que piso sem cuidado
Um amor que me devaneia

Desfraldo os braços carentes
Á imensidão do mar
Esgoto o horizonte
Com minha vontade de amar

Foto de Henrique Fernandes

VANTAGEM DE SER FRACO

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O mar está por todo o lado
Tudo que nos rodeia é feito de imenso
Os dias e as noites são como ondas
Que chegam e partem no areal da alma
Subindo e descendo as marés do espírito
Fazendo-se ouvir em gritos mudos
Ensurdecedores de silêncio
Pintando o serão com lágrimas de solidão
Olho o horizonte negro e distante
Entre as paredes que me apegam ao mundo
Sem fundo onde suspiros são melodias frias
Aquecendo a ausência de prazer
Numa desvantagem de ser forte
E em vantagem de ser fraco
O ser fraco morre rápido e não sofre
O forte é levado pela morte lentamente
Criando um exercito de trevas
Transporto-me pela noite
Onde me cai no olhar um céu estrelado
Dividido entre dor e satisfação
Onde quero ir sem o sabor do chegar
Guiado por um mapa falso do destino
Na pele que se ergue de ansiedade
No vácuo que entoa fantasias
Abrindo fossos até o raiar dos dias
E a alvorada é uma cortina de hipóteses
No labirinto que me leva e trás até mim
Nas dunas da vida forjadas a tempo
Cada instante é uma batalha

Foto de Dirceu Marcelino

VOLÚPIA II - DUETO - En sonidos Guitarras Galegas ( El Zhivago ) -

*
* El Zhivago -
*
Marisa Dinis & Dirceu Marcelino

* * *

"...Guitarras em seus lamentos insistentes
Enfeitiçando-me em sua uma doce melodia,
Meu corpo dividido entre seu fogo ardente
E teus olhos em mim, criando uma sinfonia.

Olho para o horizonte, nessa final despedida
Que me libertará do vento que tanto soprou,
Na nua bohemia que preencheu a minha vida
E as felicidades e tristezas que o vento levou.

Olho para ti meu destino, aí deitado na cama
E nada mais belo que este simples momento
Donde meu olhar reconhece nos teus olhos
A única razão do meu ser: esse nosso amor..."(Marisa Dinis)

***

Se for nosso destino amor te darei,
Minha vida, na palma da sua mão,
Entregarei. Se fores quem procurei
Fonte inesgotável de minha inspiração.

“Tu... Aquela com que sempre sonhei”,
Musa que deslumbra meu coração
Não sei como, mas sempre te amarei,
Pois te vejo com imensa devoção,

Desde o dia quando eu te olhei,
Transmiti-te toda minha emoção
E de ti eternamente me enamorei.

O laço cego de nossa paixão,
Só com mui beijos eu desatarei,
Eis ataste com mil fios nosso coração. ( Dirceu Marcelino )

Foto de Carmen Lúcia

Hoje

Hoje não será como ontem...
Uma nova página em branco
Será reescrita, reeditada, recriada,
Nova geografia a ser desbravada,
Nova biografia a ser vivida,
Novas notícias, novas mudanças,
Novo amor pra dar sentido à vida...
E um novo passo para equilibrar
Os percalços que tentam derrubar,
Os tropeços nos becos fétidos das esquinas
Sombrias, úmidas, vazias...

Hoje já não será como ontem,
A nuvem negra... a dissipou o vento,
A chuva fina irá fertilizar
Novas sementes, reacendendo chamas
Já desbotadas do verde-esperança...
Brotando sonhos a divagar
Pra todo lugar...no ar...
Novo horizonte pra se descobrir,
Nova porta que irá se abrir...
É só entrar...recomeçar...
Basta acreditar!

(Carmen Lúcia)

Foto de Mentiroso Compulsivo

FELICIDADE (Carta a Pessoa Amiga)

Custa muito dizer sim, quando tudo em nós grita “não”. Mas, mesmo com custo, a nossa vida tem que ser um sim. Há duas atitudes que temos que evitar; a ignorância ou a ilusão dos problemas que surgem todos os dias a nós e aos outros, convencidos de que tudo corre bem… e o desânimo e a tentação de desespero, convencidos que não há nada a fazer, de que tudo está perdido….

Não procures ser aquilo que não podes ser. O jardineiro não transforma um cravo numa rosa. Enquanto ser livre, és responsável por ti, terás que te assumir como és, ou antes, terás que ser o melhor de ti mesmo, com tudo de bom e de mau que faça parte de ti.

O Homem aspira à “felicidade”. Mas, infelizmente, não sabe ao certo no que ela consiste, nem quais são os meios que lhe permitiriam alcançar de modo infalível esta condição de bem-estar “total”, de que tem uma vaga intuição, mas não uma ideia precisa. O Homem parece condenado a sonhar com ela, sem ser capaz de a definir claramente.

Saint-Exupéry em Citadelle dizia:

“Há pessoas que desejam a solidão, onde se exaltam, outras necessitam da balbúrdia das festas para se exaltar, outras ainda devem as suas alegrias à meditação das ciências (…), assim como as há que encontram a sua alegria em Deus (…). Se eu quisesse parafrasear a felicidade, talvez dissesse que para o ferreiro é forjar, para o marinheiro, navegar, para o rico enriquecer, e deste modo nada diria que te ensinasse alguma coisa. E, aliás, algumas vezes a felicidade seria para o rico navegar, para o ferreiro enriquecer e para o marinheiro não fazer nada. Assim foge esse fantasma sem entranhas que debalde tu pretendias captar.”

A felicidade, como vez, não é, exactamente, um “objecto” perceptível que se possa conquistar.

Talvez mais importante que aspirar a felicidade, com significado pouco claro, será a serenidade, a descontracção, um estado de alma caracterizado, se não sempre pelo contentamento, pelo menos por uma grande calma interior. Tu inspiraste-me ter essa calma interior, então, faz-me o favor de não a perderes.

Pascal disse:

“O único futuro é o nosso fim. Assim jamais vivemos, mas esperamos viver, e, dispondo-nos sempre a ser feliz, é inevitável que nunca o seremos”

Quase todos nós esperamos por grandes momentos no futuro, procuramos e investimos na tentativa de encontrarmos, um dia, o que nos irá fazer feliz, investimos na nossa felicidade de vermos realizados os nossos sonhos amanhã. E, enquanto ficamos à espera de ser feliz amanhã, estaremos ainda mais longe de o ser. Alguém, um dia, disse algo assim parecido: O homem torna-se velho demasiadamente cedo e sábio demasiadamente tarde, precisamente já quando não há tempo.

É uma questão de inverter o sentido da corrente do pensamento, em vez de pensarmos no futuro, de sonhar com ele ou de o recear, construímo-lo no presente.

Não basta tão-somente não situar a nossa felicidade na realização futura de algo, de sonhos, o que adia incessantemente o momento em que se poderá ser feliz. Também não é por nem sempre certos obstáculos, tidos como irremediáveis ou definitivos, obstruírem o nosso amanhã e nos impedirem de tomar consciência de que a serenidade ainda está, apesar de tudo, ao nosso alcance. É necessário, acima de tudo, algo que não captamos nitidamente, em virtude do próprio quadro social que nos é imposto pela sociedade na nossa vida quotidiana em todos os níveis, desde o profissional ao familiar: é a perda de relações directas com a natureza, com as pequenas coisas da vida.

Quase sempre esquecemos os pequenos momentos, as pequenas coisas do presente que passam por nós, que olhamos, que sentimos, mas que, por serem pequenas, simplesmente as ignoramos.

Sabes que pequenas coisas são estas? Que esperas? Tu tens estas pequenas coisas. Tu tens alma de poeta, ter alma de poeta é um dos segredos da felicidade. Tu tens um sorriso e um sentido de humor que modifica qualquer alma triste.

Basta um olhar, nunca desperdices um olhar, deixa fitar teus olhos por um olhar penetrante (especialmente de for de um rapaz de 1m80, simpático e bonito) que te transmita confiança e sensualidade, nem que dure breves instantes, vive esse olhar intensamente. Vive o olhar de uma criança que te olha com admiração, querendo explorar os mistérios das tuas expressões, como brinquedos nas suas mãos se tratassem.

Não deixes de sentir um perfume, uma flor, olha o mar, perde-te no horizonte, admira a lua, as estrelas. Sente a chuva, o sol a sombra e o luar… Vais ver que esse teu olhar vai além do horizonte que limita geralmente a nossa vista. Deixa o pensamento viajar e contempla tudo o que gostes e queres e verás que o teu corpo e a tua mente se sentirão bem. Admiráveis surpresas surgirão…

Admira um filme com os amigos, um jantar e sorri como sabes sorrir…

Devemos olhar os nossos desejos, os nossos sentimentos, não como fontes de ilusões, nem como impulsos que instigam a fugir ao presente para sonhar com um futuro melhor, visto haver risco de que ele nos faça esquecer de vivermos verdadeiramente, ou seja trocando, um pequeno momento uma pequena coisa do presente, sempre ao nosso alcance, por belos sonhos, que nunca chegaremos a saber se um dia os alcançaremos. Vive as aventuras, não importa quais, com quem ou com quê, nem como, apenas vive-as, se elas te aparecerem no presente.

Estas coisas que nos pertencem ao nosso meio habitual, aparecerem sob um novo aspecto, como lavadas da sua monotonia, que até objectos, pessoas ou coisas, renascerão sob uma nova forma de vida, como uma natureza-morta, como a cadeira ou os sapatos, pintados por Van Gohg, que parecem transparecer vida.

No fundo é só e simplesmente dar uma outra dimensão à vida. Toda a realidade pode adquirir uma profundidade que a une, pouco a pouco, o verdadeiro sentido de viver, ao conjunto das coisas da natureza, do universo.

Tu já tens o que é de mais importante na vida, uma filha. Vou-te contar o meu segredo. Não interessa o que temos materialmente, quanto tempo vamos aqui estar e a onde estamos, apenas interessa saber aquilo que são os sinais da vida, a lua, as estrelas, a chuva, a criança, o mar, o céu e o sol, uma flor, etc… Um dia em que a tua filha perceba tudo isto, e os filhos da tua filha e assim sucessivamente, ficarás eterna para sempre, porque eles irão olhar sempre a lua e as estrelas como tu um dia olhaste, vão sentir a chuva como sentiste, o céu e o mar como admiraste, cheirar o perfume da flor como cheiraste. Percebes agora porque as pequenas coisas são importantes e porque o pequeno nem sempre é necessariamente pequeno.

Elas podem ser vividas por ti só ou em conjunto com outras pessoas (não interessa quem, pode ser a tua filha, o teu marido, um admirador, um amigo, etc), desde de que tu sintas que está a viver o momento (seja ele qual for - até pode ser uma “queca”- smile), nem que seja por breves momentos que podem durar segundos, minutos dias, anos…e o resto, o resto é treta.

Eu até concordei com o António Variações*, que dizia: - Só estou bem a onde eu não estou e eu só quero ir a onde eu não vou. Mas agora nem pensar, temos que sentir que a onde estamos é a onde queremos estar e a onde vamos é a onde queremos ir, só assim poderemos acreditar que não estamos aqui para nada e que não procuramos a felicidade, porque estamos serenos com a vida, não queremos nada diferente, apenas e simplesmente aqueles pequenos sinais da vida. Se eles duram breves instantes ou anos, que importa, a vida vista assim, não faz parte do tempo, é vivida sempre eternamente.

Com Amizade
Jorge

*Cantor português, muito conhecido, cujo vida artística foi muito curta devido ao facto de ter falecido novo.

Foto de Mentiroso Compulsivo

SE EU FOSSE POETA!

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Ai! Se eu fosse poeta!
Seria o poeta do mar.
Escrevia uma e outra poesia
Na rocha morta pelo luar ausente.
Falava de tempestades e de gente,
Levados no barco afundo incendiado de água,
No longínquo e inquieto momento,
Em palavras azuis em falas de mar,
Rebentadas pela violência abrupta
Da espuma branca de sabor a sal.
Gritava em ecos de catedral
Nas grutas e gargantas fundas,
Encrespadas na costa pelo vendaval.
Como é frágil a vida que nas águas flutua!
Como um mastro de bandeira a agitar as ondas,
Soluçando seus últimos momentos,
Num enlaço de água de todos oceanos,
Fluindo no seu coração aberto, rasgado pelo vento.
Por onde navegam os sonhos e a aventura,
Molhados na fantasia, buscando a conquista,
Em algas de muitas cores de outras águas
Que o mar resguardou como refugio do calor,
Mas que regressaram em forma de flor.
Mas eu ando na praia, não sou poeta
Chego só á beira-mar para molhar os pés
Na onda rasteira que se abriu à vida inteira
Com as lágrimas frias que a tornou salgada
Aqui fico a contemplar as margens do horizonte
Onde vejo a criança que brinca na areia
Cheia de Esperança, a sorrir na face do mar.
Deixando à minha volta raios de pôr-do-sol
Que me fez recordar uma qualquer saudade.

© Jorge Oliveira 24.FEV.08

Foto de Mentiroso Compulsivo

DOCE FRIO, FRIO DOCE!

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Tenho frio!
Queria sentir a neve, como lençol
Para me agasalhar da luz do sol.
Como é frio este lugar,
Ainda não vi a luz do astro-rei
Sangue real de uma só cor.
Este rei que a vida venera em todo o lugar,
Mesmo que não se mostre, não se veja,
Ele brilha para além de nós.
Como é frio este momento sem fim.

Deixa-me pegar a Lua,
Mesmo que a noite fique de luz apagada.
Quero trazer a luz que brilha, mas não aquece.
Trás também as estrelas contigo,
Quero senti-las cintilantes dentro da minha alma,
Quero apagar toda a luz do céu.
Sentir o frio das trevas a descer sobre a terra.
Vaguear o meu corpo inerte por ai à sorte.
Sinto um frio cada vez maior,
Mas tenho que sucumbir à vida.
Sem a mistura das cores do arco-íris,
Ser um escravo da escuridão.

Foi neste momento demente de frio
Que percebi como domina o Sol.
E lá vem nascente em vaga de horizonte,
Rebrilhando fresco, recriado e forte.
Perfurando as nuvens, os montes e falésias.
Escorrendo pelos mares, rios e cataratas...
Impondo a cor por todo o lugar,
Nas árvores, nos campos, nas flores…
Que se alastra do vale até a alma da gente!...
Como um incêndio que arde e lavra
Por oceanos, polos e continentes.
Foi nesta noite com esta visita,
Inesperada e esquisita, que o frio me soube bem…

© Jorge 23.FEV.08

Foto de Henrique Fernandes

CADA TOQUE UM VERSO, CADA OLHAR UMA PROSA

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Sentado na montanha olho em frente e avisto o céu azul
Por onde imagino caminhos com suaves passos
Por onde nada me lembra e nada me esquece
Uma nuvem aproxima-se e nela pouso meus olhos e descanso
Do cansaço da caminhada até então que não foi em vão
Aprendi a diferença entre o desejo e o sonho
Desejo o que posso alcançar e sonho com o que posso desejar
Acordei para a realidade da vida e sou o principal responsável
Pela minha felicidade, e sinto o peso dessa responsabilidade
Ainda que precise de empurrões não desisto, há sempre um empurrão
Sentado na montanha olho por entre os vales e penso, como é complicada a vida
Tal como neste horizonte de altos e baixos sou como um rio
Sempre a descer por açudes calmos
Por desfiladeiros e em cascata dou quedas a pique e choco na foz ao mar
Onde me dissolvo numa dança erótica com as ondas
Ondulando meu corpo e espalhando-me na praia do prazer
Na praia sentado olho o horizonte ao pôr-do-sol e penso
Depois daquela linha ali perto tão longe
Está a minha alma e a minha metade com ela
Paro, fecho os olhos e sinto o resto de mim a saborear as ondas
Ao encontro de quem me encontrou e parto em perseguição ao sol.
Embarco meu corpo para uma viagem aos confins do universo
Onde cada toque é um verso e cada olhar uma prosa
Vadias, as minhas mãos vagueiam nos contornos na poesia
Absorvendo-a tão macia.

Foto de Henrique Fernandes

ROSAS DA PAZ

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A paz é o meu farol neste nevoeiro
Onde finto espinhos como oxigénio
Sinto o picar e o arranhar mas respiro
Entre arbustos que falam a linguagem
De sentimentos que choram sem lágrimas
Fazendo ninho no colo do meu ego
No coro de um coliseu sem eco
Cantando cantigas de dor
Tão subtis como o fio de uma lamina
Para uma plateia de orelhas moucas
Esperando aplausos conformados
Entre vaias de quem não entende
O meu lado de outra gente
Que não essa gente desse lado
O meu olhar silencioso é uma sinfonia
De sons deliciosamente afinados
E pautados nesta alma guerreira
Que transformou a espada fria e afiada
De aço pesado em palavras doces
Tão meigas que decoram o horizonte
Com pétalas de rosas belas quão bravas
Que nunca precisaram de espinhos no seu caule
Para serem rosas

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