Horizonte

Foto de Sandro Nadine

Alma em Fluxo

Em algum lugar,
Repousam teus sonhos, teus anseios...
Menina de encantos e desejos,
Tu és a mulher que ainda não encontro...

Em teu corpo me assanho,
Me debruço sobre a flor que eu mesmo planto...
És a imagem do amor,
Que em versos, componho...

Sei que podes estar longe,
Mas de meu coração, nada fica distante...
Espero que um dia, tua voz me chame,
Calma e seguramente constante...

Não importa teu nome,
O que veste, o que come...
Basta que em mim encontres,
O alimento que mata a tua fome...

És minha vida, meu horizonte,
Meu destino, minha larga fonte...
És minha alma em fluxo,
Meu tudo que me some...

(Sandro Nadine)

Foto de Fernando Vieira

Só saudade mesmo

Felicidade mora ao longe
Consigo até imaginar
Olhando assim pro horizonte
Eu posso até te enxergar

Oh meu amor meu bem querer
Desejo está só com você
O meu olhar viaja o mundo
Na ânsia de poder te ver

O teu lugar é ao meu lado
Porque você não está aqui?
Pertinho do seu namorado
Grudada, coladinha em mim

To com saudades dos seus beijos
De sua pele tão macia
Eu quero ter você agora
Eu te desejo todo dia...

Foto de Arnault L. D.

Esse amor, meu amor... ( Fim da poesia )

Esse amor, meu amor,
foi assim perdido.
Boiando, num mar de lágrima
até o horizonte, onde ido.
Até o além do sentido,
até o romper da “ânima”...

Foi-se indo, de mansinho,
lentamente, a mim sumir...
Seguindo noutro caminho
distanciando o meu seguir.
Nada, além é a paisagem,
do não ter prosseguir

Mas, quando, aonde, esteja.
onde a mão se cansa;
onde eu não mais veja;
no morrer da esperança.
Na inanição do que almeja;
no esforço do que não alcança.

Por quando, onde, haja,
o não saber que se eterniza.
Nas rimas de uma poesia,
no coração, que o paralisa.
Num oculto de fantasia,
que ao sonhar, me ameniza.

O amor meu, que não é meu,
nos olhos, verdes, brilhante.
O sorrir, calmo e feliz,
que para mim já se deu...
mas, o mesmo obstante,
por mim, nada mais diz.

As palavras que me disse,
usadas foram de novo.
Já não mais para mim.
Agora e como se novo,
como se o eco repetisse
o amor que não sabe o fim.

Ah... tristeza que me mata,
que em ecos reflete-se,
que transpassa e refrata,
tanta que entorpece.
E o querer se esquece,
de querer-se e fenece,,
mas, se outro eu tivesse
não trocaria o meu mal.
Esse amor... meu amor,
terminou... Sem final...

Foto de MALENA41

O ÚLTIMO POR DO SOL ANTES DO ADEUS

Olhava meus dedos dos pés e chorava. Chorava por ele, por ele que logo partiria.
As malas estavam prontas...
Era a última noite que dormiríamos sob o mesmo teto. Na mesma cama já estava fazendo alguns meses que não dormíamos.
Eu já passava dos quarenta e cinco, porém, me sentia tão imatura.
A borboleta amarela e o beija-flor vieram me visitar. A tarde devagarzinho morria. Como eu, como eu.
Eu poderia chorar, desfazer as malas, me esgoelar. Ele desistiria da partida se eu implorasse.
Mas ficar com alguém desta forma? Como se ele estivesse me fazendo um favor?

A franja me caía nos olhos e eu a afastava, molhava suas pontinhas com as lágrimas que ensopavam meu rosto. Esfregava a boca e assoava o nariz. O lenço de papel estava ensopado. Precisava pegar outro. No entanto entrar na casa àquela hora?
Queria vê-lo chegar. Queria. Queria falar com ele.
Sofrer mais um pouquinho? ─ Diria minha sábia mãe.
Esticava a perna e recolhia, esticava de novo. Ela estava adormecendo de tanto tempo que ficara sentada ali. Uma hora, duas. O telefone cansou de tocar, o celular também. Não atendi.
Devia ser algum chato. “Poderia ser até meus filhos – mas eles ligariam outra hora”. Ou minha mãe. Ela também ligaria depois e faria milhares de perguntas. Sabia que não estávamos bem e estranharia meu silêncio. Conhecia meus hábitos e sabia que eu estava sempre em casa no final da tarde.
E se fosse ele? Ele não ligaria. Terminamos tudo e ele estava apenas aguardando que terminassem uns detalhes de pintura na casa que alugara. Levaria tão pouco, o indispensável eu diria.
Havia me dito que partiria bem cedinho.
Não brigamos desta vez. Só escutei e foi como se uma montanha de gelo despencasse sobre minha cabeça.
Nos últimos dois anos discutimos tanto que tudo se esgotou. O carinho morreu.
Houve um tempo que o medo de perdê-lo era maior e aí eu tentava reconquistá-lo. Depois fui me sentindo tão vazia e via que tudo era inútil.
Ele dizia coisas que me feriam fundo. Será que tinha noção do que estava fazendo? Não sei.
Acabei por feri-lo também. Não entendia ainda que estava agindo de forma errada.
Cada carro que passava fazia meu coração disparar, pois pensava que era Augusto que estava chegando.
De onde estava podia ver o sol descendo lentamente na linha do horizonte. Tínhamos uma vista privilegiada.
Quando compramos a casa comentamos que ninguém no mundo tinha uma vista igual. Até nosso ocaso era diferente, porque éramos muito especiais e nosso amor era exclusividade.
Nunca que terminaria um romance destes, nunca.

Um menino gritou na rua e fez meu coração pular e pensar nos meus filhos pequenos. Que pena que cresceram! Era tão bom tê-los sob a barra da saia.
De repente me via pensando no poema de Gibran: Vossos filhos não são vossos filhos.
Claro que não. Os filhos são do mundo. Só somos os escolhidos para colocá-los no mundo e orientá-los. E amá-los.
A menina se casara tão novinha e eu pensava que ela poderia ter esperado mais. Todavia havia o tal do livre arbítrio...
Meu filho estava cursando a universidade noutro estado. Foi o caminho que ele escolheu.
O menino continuava gritando e eu ficava ouvindo seus berros. Aquilo mexia com meus nervos que já andavam à flor da pele. O sol descia, descia.
Aí o carro estacionou. Era Augusto. Ele ainda tinha as chaves e o controle do portão. Foi abrindo e percebi que estava aborrecido.
Ele se mudaria no dia seguinte e nunca gostara de mudanças.
Na minha concepção meu esposo já tinha partido fazia bom tempo.
Olhei aquele belo homem estacionando na garagem e comecei a pensar quando nos conhecemos. Como ele era bonito!
Lógico que com os anos ganhara uma barriguinha, o cabelo diminuíra um pouco.
Mas num todo o corpo estava bem e o rosto sempre lindo.
Ele vinha em minha direção e meu coração disparava.
─ Você está bem?
─ Estou.
Minha voz saía rouca e eu pensava que precisava fazer aquele pedido, antes que nosso tempo se esgotasse.
─ Posso lhe pedir algo, Augusto?
─ Diga, Solange.
─ Não vai se aborrecer?
Que pergunta idiota! Eu o conhecia bem e sabia que estava arreliado.
─ Diga logo, que preciso tomar um banho. Tenho um compromisso daqui uma hora.
A frase veio como um balde de água fria me fazendo quase desistir de falar, Acontece que se não fizesse naquele instante não teria outra oportunidade e resolvi perguntar de uma vez.
─ Lembra-se quando ficávamos assistindo o sol se esconder de mãos dadas?
Ele pigarreou (andava fumando muito). Só que estava pigarreando neste momento para disfarçar.
E por fim falou baixinho:
─ Claro que lembro. Certas coisas não conseguimos esquecer por mais que tentemos.
─ Eu posso lhe pedir uma coisa?
─ Não se estenda, Solange. Já falei que estou apressado.
Outro balde.
─ Quero lhe pedir que sente aqui comigo para ver o sol se esconder. Falta pouco. ─ coloquei mais doçura na voz ─ Nem precisa segurar a minha mão.
Ele me olhou sem ternura no olhar, mas com pena.
Estaria eu fantasiando?
─ Augusto. Onde você vai morar dá para ver o sol se escondendo?
Ele virou o rosto na direção do horizonte e seu rosto parecia esculpido em pedra.
O telefone voltou a tocar e eu rezei baixinho:
─ Quieto, telefone. Fique quieto, por favor.
Por coincidência ou pela força de meu pedido depois do terceiro toque o telefone silenciou.
Em alguns instantes a magia daquele instante terminaria. Aquele corpo amado jamais estaria tão próximo ao meu.
Não resistindo eu busquei sua mão e ele estreitou a minha da forma que sempre fizera, apertando fortemente o mindinho.
Se eu chorasse naquela hora estragaria tudo. Ele havia me dito que não suportava a mulher chorona que eu me transformara.
Banquei a forte e nossos rostos estavam bem próximos. Os dois olhando o sol alaranjado e faltava apenas uma nesginha para o nosso astro rei se esconder.
Ele se levantaria em segundos e entraria no banheiro. Tomaria um banho e sairia. Chegaria tarde em casa e eu nem o veria chegar. Na manhã seguinte se mudaria e fim.
Um tremor percorreu meu corpo e de repente me vi estreitada em um abraço.
Aquilo não poderia estar acontecendo.
Sua boca sôfrega procurava a minha e eu me entregava inteira.
O sol acabava de desaparecer lá distante.
Eu já não via, mas sabia.
A língua dele tocava o céu da minha boca.
Estaria ficando louca?
Estaria sonhando?
Queria falar, mas o encanto se acabaria se falasse qualquer coisa.
Pressentia que não poderia me mexer, senão a poesia daquele instante se acabaria. Então fiquei bem quieta. Esperando. Esperando para saber se tinha escapado da realidade e entrado no sonho.
Eu não tomara absolutamente nada. Estava sóbria.
O corpo dele se estreitava ao meu.
Estreitava-se tanto que eu chegava a pensar que me quebraria algum osso.
Estava tão magra. Ossuda mesmo.
Ele é que rompeu o silêncio.
─ Desculpe.
─ Desculpar o quê?
Deus! Ainda era meu marido. Ainda era. Não tínhamos tratado da separação.
Augusto não sentia assim e provou isso pedindo desculpas.
─ Não tenho que desculpar nada, meu bem. Eu queria que acontecesse. E acho que você também.
Parecia que meu tom melodramático não o abalara em nada.
─ Foi um momento de fraqueza. Vou tomar um banho. Espero que você entenda que me deixei levar...
Eu o agarrei pelas costas e fiz com que se virasse e me olhasse nos olhos. Ainda haveria tempo de salvar nosso casamento?
─ E se eu mudar o meu comportamento?
─ Não há o que mudar. Tudo está resolvido. Amanhã cedo eu vou embora. Nossos filhos entenderão.
─ Será? Será que tudo é tão simples como diz?
─ Não vamos recomeçar.
E foi entrando porta adentro.
Eu fui seguindo-o. Se me beijara daquela forma ainda sentia amor e desejo. Ou estaria equivocada?
Ele colocou a chave do carro e a carteira sobre o rack e eu fui ao nosso quarto.
O que eu poderia fazer ainda? Jogar charme por cima dele não adiantaria de nada. Pedir? Implorar?
Deitei na cama e ele entrou no banheiro social e ligou o chuveiro.
Imaginei seu corpo nu e senti vontade de fazer amor com ele. Senti vontade de sentir de novo um abraço apertado, como o que acontecera há alguns minutos.
Que foi feito de nós? Fiquei me perguntando.
Em seguida desligou o chuveiro e fiquei pensando.
─ Ele nunca tomou um banho tão rápido.
A porta do quarto foi aberta abruptamente e molhado como estava ele me puxou para seus braços e me carregou para o nosso banheiro.
Usou a mão esquerda para ligar o chuveiro e com a destra livre foi me arrancando a roupa.
Será que em outras ocasiões fora tão impetuoso?
Era tudo tão espetacular e louco que eu custava a crer que estava sendo real.
Ele descia a boca para meus seios e mordiscava os mamilos.
Fizera isso milhares de vezes aqueles anos todos, mas estava sendo diferente, pois parecia haver uma raiva nele. Um desespero por me possuir.
Pensei se estava me violentando.
Acontece que eu estava querendo tudo aquilo e também o amei desesperadamente.
Também eu o mordi e o apertei.
Também eu quando tomei seu órgão genital nas mãos fui agressiva. Apertei mais do que devia.
Fazia-o não como uma fêmea no cio, mas como uma mulher desesperada.
Sabia que era a última vez e estava sendo maravilhoso e maluco.
Nunca nos amamos brutalmente antes e não estava sendo propriamente brutal. Era diferente. Era como se nós dois estivéssemos morrendo de sede e água nunca conseguisse nos saciar.
A relação sexual ocorria num ritmo alucinado. Bocas e mãos procuravam, deslizavam, corriam pelo corpo todo.
Palavras não existiam e antes falávamos tanto enquanto fazíamos amor.
Eu nem conseguia pensar direito tal a intensidade do que estava vivendo. Era como estar com um estranho. Aquele homem não era o Augusto de todos aqueles anos e aquela Solange exigente eu nunca fora.
Eu queria mais e mais e mais.
Antes nunca ocorrera comigo o orgasmo múltiplo e nem tinha conhecido que de repente pudesse senti-lo e sentia. O êxtase chegaria para nós? Ele aguentaria até quando?
Taxativamente eu desconhecia naquele homem meu companheiro de tantos anos e ele também devia estar me desconhecendo.
Prolongou-se ainda por meia hora o coito e quando por fim caímos exaustos na cama estávamos suados e arquejantes. Tão exaustos que não tínhamos forças para mexer um dedo.
Envergonhada pensava que não conseguiria mais encará-lo depois de tudo aquilo e foi ele que quebrou o silencio.
─ Estou desconhecendo-a, dona Solange.
─ E eu também não o reconheci ─ falei com débil voz.
Ele tinha se esquecido do compromisso?
Fiquei quietinha e nem queria pensar que ele pudesse se levantar e sair.
Augusto colocou o braço em volta do meu ombro e me puxou para seus braços.
Pensam que ele partiu no dia seguinte?
Está até hoje comigo e nossas noites costumam ser muito agitadas. Muitas vezes ele vem almoçar e esquecemos completamente da comida.
Ele perdeu a barriguinha e diz que eu acabo com suas forças, que sou a culpada.
Eu penso que sou a salvadora.

Foto de Carmen Lúcia

Tenho-te em meus versos

Te vejo nos versos que faço,
criados, ditados por minha emoção,
minhas pretensões não escondo,
nem guardo em segredo
essa doce ilusão.

És minha rima e compasso,
meu rumo, meu passo,
meu poema-canção...
que canta a paixão que aflora
no verso que chora,
amor- devoção.

Meus versos trazem teu retrato
em mim tatuado
logrando a solidão,
quando, nas horas incertas,
a saudade aperta
ao saber que não vens.

Então, intensifico meus versos,
desenho teu regresso
nas linhas de minha expressão,
e reforçando as amarras,
amarro tuas garras
na verve que corre ao meu coração.

Meus versos unem destinos,
cruzam caminhos
no horizonte da imaginação,
são frutos do amor que alucina,
que buscam a utopia
da ressurreição.

_Carmen Lúcia_

Quis modificar algumas palavras do poema e , sem querer, o excluí. Posto-o novamente. Aos que deram seu voto, meus agradecimentos e meu pedido de desculpas.

Foto de Helen De Rose

O solstício da alma no verão

Neste pulsar do solstício da alma, a felicidade escorre pelos mananciais do coração, nutrindo-se dos encantamentos dos elementais da água durante o verão. As manhãs começam mais cedo no horizonte dos sentimentos que transbordam borboletas coloridas em olhares translúcidos. Os portais da alma celebram os dias longos com luzes etéreas da aura em harmonia com a natureza criadora. O sol é um ponto de luz presente nos pensamentos que formam uma paisagem ritualística de amor e paz, habitando o céu da mente silenciosa. O sorriso brilha mais tempo no céu dos lábios, refletindo cristais nas águas internas dos riachos, revitalizando suas nascentes vitais, deixando as células corporais mais imunes. A divindade é um perfume idílico que permanece no solstício da alma no verão quando encontra uma cachoeira que une o êxtase do espírito com a essência pura do ser.

Que todo sorriso permaneça presente, festejando todos os dias um novo amanhecer nesta jornada, hoje e sempre!

Helen De Rose

Foto de Carmen Lúcia

Flamboyant

Simplesmente ele veio,
instalou-se em meu ser,
invadiu, tomou posse,
se tornou hospedeiro,
de meu corpo inteiro...

O horizonte se abriu
libertando as cores,
explodindo os temores,
eclodindo os ardores,
implodindo os valores.

Nem dei conta do tempo,
fui deixando passar...
Qual seria a estação?
Me perdi nos caminhos
ao me encontrar na paixão!

Num cenário irreal
o mesmo Flamboyant
mudou várias roupagens...
Se floriu sorrateiro,
tingiu-se de vermelho,
de laranja altaneiro,
parecia sorrir.

Escancarei a vida,
abri todas janelas,
soprei minhas feridas,
me despi de pudores.
Quis viver...Fui feliz!

De repente...que frio,
sensação de vazio,
percebi que era inverno...
Em qual parte do mundo?
Talvez dentro de mim...

Vi a porta entreaberta,
as pegadas de alerta,
e lá fora, caídas,
desabadas, sem vida,
as folhas do Flamboyant,
que sombrio, vergado,
solitário, solidário,
lamentava a partida,
o prenúncio do fim.

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Vervloet

AMANHECER

Lá longe... no horizonte...
Surge o sol devagarzinho,
um raio me faz carinho,
seu toque me faz acordar!
Seus raios... dourados fios de cabelo!
Meus olhos encantam-se ao vê-los,
sua luz dá brilho ao meu olhar!
Corro para a janela,
olho o céu cor de cobalto,
um pássaro cantando no alto
do pé de manacá.
Minha alma transporta-se pra lá
levando meu sonho
desnudado da espessa camisola grená.
Seduzida por tanta magia
entrego-me à alegria
pintada em cada cor!
Feliz, agradeço ao Senhor!

Carmen Vervloet

Foto de Diario de uma bruxa

Vida em preto e branco "Cadê as Cores"

As cores estão por toda parte
Porque não posso vê-las

O verde da mata
O azul do céu
As cores das casas
Esculpidas com pincel

A imensidão do mar
Pintado no painel
As belas cores dos cavalos
Do carrossel

Não vejo cores
Apenas o preto no horizonte
E o branco no papel

Estou presa em um filme mudo
Bem antigo
Sem cores, até Chaplin passou por mim
Com sua roupa preta e seu rosto branco
Ai meu Deus tire-me daqui
Deste sufoco

Aqui esta deserto
Morri e não fui pro céu
Não há cores na esquina
Nem na subida do painel

Uma caixa antiga
Por favor, alguém
Traga cores, de vida a esta tela
Traga-me de volta pro céu

Poema as Bruxas

Foto de Rose Felliciano

DESAFIOS

.
.
.
.

DESAFIOS

“Não creio que a distância
seja um obstáculo intransponível.
Nada é mais difícil que a incapacidade de tentar.
Enxergar além do horizonte é possível
Eu bem sei...
Longe é o mais perto que cheguei” (Rose Felliciano)

.
*Mantenha a autoria do Poema*

.
http://www.rosefelliciano.com/visualizar.php?idt=2792017

Páginas

Subscrever Horizonte

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma