Horizonte

Foto de Cecília Santos

QUERO VOAR...

QUERO VOAR...
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Como um belo pássaro, quero voar...
Abrir minhas longas asas,
Deixar o vento me levar.
Rumo ao infinito,
Ou pra direção que ele desejar.
Quero voar...
Vaguear mansamente,
Com olhos no horizonte,
Sem querer saber, o que ficou lá atrás,
Sem sentir saudades, do que passou.
Quero voar...
Fazer de conta, que tudo começa agora.
Que não houve, saudade entre nós.
Que não houve, solidão em seu lugar.
Quero voar...
Mergulhar fundo.
Sem direção fixa,
Apenas quero chegar,
Onde meu coração, queira estar.
Onde eu possa de fato me encontrar,
e me encontrando.
Quero voar, voar...
Viver, viver...
Amar, amar...
E ser feliz...!

Cecília-SP/11/2010*

Foto de Carmen Vervloet

PROCURANDO ESTRELAS

Meus olhos insones perdidos no horizonte
tentando desvendar a ausência das estrelas
ancoram logo na primeira fonte
na ilusão de no espelho d’água vê-las.

Mas parece que a luz dorme cansada
coberta pelo negro manto da escuridão...
Meu olhar à deriva na água ondulada,
afoga na solidão, a breve inspiração.

Mas um anjo me viu nesse abandono
e nas suas asas de plumas trazendo aconchego
veio embalar mais uma vez meu sono
envolvendo-me em seus braços num doce chamego

Carmen Vervloet

Foto de Lu Lena

A ISCA...

*
* A ISCA...
*

Pela estrada da vida vou andando
em cada rio que avisto no horizonte
eu sento na beira dele e começo a pescar...
O pensamento dispersa e fica longe...
E pergunto sempre aos peixinhos:
- Por acaso viram o meu amor
emergindo no fundo do mar?
eles voltam para a água desanimados
aglomerando uma tempestade de
momentos adormecidos e enraizados...
e o céu começa logo a anuviar...
mais uma vez, os peixinhos deslizam
sem resposta na palma da minha mão...
levanto, dou um suspiro fundo...
Não sei se estou no meu presente, passado
ou futuro...
estremeço ao vento a isca do meu coração
E sigo novamente sem rumo e sem direção...

Lu Lena

Foto de Carmen Lúcia

Além do infinito

Quero alcançar os sonhos
ultrapassar limites
levar-me em abandono
num mergulhar profundo...
E, se o inatingível permite
cruzar a linha do horizonte
atravessar a ponte
que une o infinito
onde o sol se esconde...

Quero vestir-me de magia
fazer estripulia
abusar da fantasia...
e, num voo inusitado
ver versos espelhados
na luz que traz o dia...

Quero durante o anoitecer
em nuvem azul-marinho
poemas em dourado, tecer...
E, soprá-los de mansinho
feito poeira cósmica
ver o céu resplandecer...

Quero a própria poesia
e toda alegoria
que validam o viver
e depois de entusiasmos
de versos derramados
eu quero renascer...

_Carmen Lúcia_

Foto de Nailde Barreto

ENTRELINHAS DE UM PALHAÇO!!!

“Se tivesse acreditado na minha brincadeira
de dizer verdades teria ouvido verdades
que teimo em dizer brincando,
falei muitas vezes como um palhaço,
mas jamais duvidei da sinceridade
da plateia que sorria.”

(Charlie Chaplin)

Dizer a verdade, sorrindo
quando me vejo pairando
no horizonte do seu olhar...
As palavras fogem e quando
não tenho mais chão...
És meu porto seguro
mais secreto!!!

Nailde Barreto

Foto de Carmen Vervloet

RITMO DA VIDA

Na cidade cinza, um pálido corpo desfolha
No mistério, da morte, que se aproxima lento
A lágrima orvalhada o rosto molha
A tristeza se arrasta pelo frio calçamento...

Ao longe no horizonte o sol se recolhe
Para recompor a energia derramada no dia.
O vento gelado debruça-se sobre a prole
Que cerra com sete chaves a alegria...

Nas ruas as luzes se acendem normalmente
Logo que as primeiras sombras se estendem
Os pirilampos tímidos cintilam no escuro
Sobre eras que tingem de verde os muros

Os céus parecem telhados iluminados
Inspirando, ardentes, os namorados
Envolvidos no manto doce do começo
Nas veredas que desconhecem o endereço

Os sonhos caminham por jardins orvalhados
Os pássaros fazem ninhos no beiral do telhado
O vento frio move as folhas em seu bailado
Enquanto os botões se abrem sossegados...

O poeta colhe na natureza a poesia
Pincela versos tingidos em estesia
Nos céus de luas prateadas
Que caem como raios nas calçadas.

Da janela ouve-se o gemido de um realejo
Tangem, na capelinha distante, os sinos
Enquanto a alegria dá um bocejo
A vida, isenta, entoa com ritmo seu hino.

Carmen Vervloet

Foto de Melquizedeque

Deserto dos poetas

O tempo mastiga cada imagem que entra na alma desses viajantes solitários que se arriscam no árido deserto da mente. Olhando para o horizonte, eles correm, sabendo que um dia encontrarão as respostas das perguntas que os guiam como uma bússola sem norte nem sul, apenas com uma agulha que gira em seu próprio eixo.

Embriagados com o rum da discórdia são levados pelo vento a um oásis que se forma nesse deserto... Ali matam a sede e se aliviam bebendo grandes dozes de loucura e genialidade. Vejo como eles crescem a cada passo que dão na direção do fim que os aguarda pacientemente. Do lado de cada um deles a morte caminha como um cão-guia companheiro e fiel... Ela se mantém aposta, esperando o dia em que se alimentará das sombras de cada um deles.

Meu futuro se encontra com o desses viajantes e, percebo que o que eles buscam é aquilo que estou a desejar. Caminho até a porta da razão e, sem medo entro naquele inóspito deserto. Respiro esse novo ar e meu corpo sente que o calor sol do saber é tão refrescante quanto às águas dos Alpes suíços. Cada idéia que tenho, ganha vida, torna-se real e extasiante.

Não tenho nada de eterno a não ser meus pensamentos. Não quero aprisioná-los e jogá-los no buraco da preguiça, onde serão consumidos lentamente até serem destruídos. Preciso viver, preciso respirar... Não me impeça de voar ao invés de correr. Não quero atolar no caminho, e sim, ver tudo o que tenho a enfrentar pela frente e, não fugir de nada. Aquilo que vejo hoje já não é mais o que outros viram antes de mim... Quero ver tudo o que existe nesse caminho como se ninguém antes tivesse imaginado.

Alguns se desfalecem no caminho e, já exaustos, começam a escrever sobre seus próprios túmulos um legado de medo e decepção. O cemitério onde se encontram esses túmulos fica no fundo das areias movediças que se estendem por todo o trajeto dos viajantes.

Cemitério que engole os fracos e traz desespero aos seguidores dos normais. A senhora morte já cavou minha cova nesse repouso, e todos os olhos me vêem como se eu fosse cair ali a qualquer momento. Mas percebo que esse magnetismo não é mais forte que meu sarcasmo... Esses olhos me observam e, o que consigo ver neles são medos e lástimas. Meus passos não marcarão aquele solo tenebroso. Esconder-se ali é se deixar levar pela inexistência. O que mais desejo é pisar naquelas terras que ficam depois da linha do horizonte.

Meus olhos brilham ao ver a luz do sorriso daquele maravilhoso sol que por detrás das últimas dunas do deserto, iluminam meus sonhos e me encantam como uma sereia no mar que anuncia seu canto irreverente. Assim percebo que para cada passo que dou uma idéia é preciso se criar dentro de mim e, isso me fascina como os suaves dedilhados de uma donzela ao tocar seu majestoso violino.

Isso me faz Mudar como os ventos do norte em busca das brisas do sul... E agora não canso de buscar eu mesmo em outros ventos. Se por acaso você me encontrar, diga-me como estou; quem eu sou e quem eu nunca fui. Se sentir minha falta, não tenha medo de me entregar suas lágrimas, e também não fuja delas. Mas as guarde naquele precioso frasco que lhe dei chamado saudade, e ali será meu eterno aposento.
(Melquizedeque de M. Alemão)

Foto de Melquizedeque

Vozes do coração

Olhe dentro de você... Vasculhe nas janelas da sua mente onde eu estou e se atente fixamente aos meus olhos. Verá que no fundo deles sempre se abrem um gracioso sorriso quando você os admira. Nesse momento consigo entender como o vento consegue beijar as nuvens de um céu adocicado, que é feito pelas mãos de uma pequena criança. Explicações se vão seguindo a razão que passa de longe e olha-me com um ar de desprezo pelo meu deleitar com a emoção e as fantasias que nesse instante me dominam.

Não me diga adeus, sem antes eu me perder dentro de você e escutar as belas canções que esse arcanjo canta no palco do seu coração. Deixe-me dizer que te amo! Mesmo que não me ouça, ou me despreze, não cansarei de repetir e conclamar.

Meu silêncio brada uma linda canção, e peço aos pássaros que lhe dê os meus sorrisos e lágrimas que tenho guardado. Isso é a coisa mais valiosa que posso lhe dar, pois tudo o que tenho veio de fora, mas isso que lhe entrego se criou dentro de mim. Então, amor! Peço-lhe que guarde isso que te ofereço. E não me arrependo de dizer o quão bom é sofrer por você. Guardo meu coração, frágil e sensível, para que tu sempre estejas nele. Mas por favor, não me abandone. Nem por um minuto.

O que sinto agora se transforma a cada segundo. Tudo se torna novo a cada piscar de olhos que dou. Você se recria em minha mente e cada vez mais se torna divina. Meu sangue corre mais rápido quando você me visita, e o ar se torna mais leve, quase sem gravidade. E tudo é mais alegre, mais sorridente, como o nascer do sol no horizonte. Meu mundo é aperfeiçoado com suas delicadas mãos. Então não diga nada, apenas me abrace e me diga – Estou aqui! E aí então serei feliz em seus braços.

Foto de Phenix

Mais uma vez vejo o sol se pôr.

Mas uma vez vejo o sol se por
O laranja se misturando com o azul do céu
No horizonte posso ouvir o chiado da água quando o Sol a toca
Sinto o gosto do sal na pele e posso sentir o cheiro da chuva se esvaindo
Vejo toda essa calmaria, meus pensamentos me perturbam
E eu sinto que estou mais longe de mim

Mas o tempo nos rouba muito tempo
E se dermos um tempo as primaveras passam
E então vemos um novo dia nascer
Navego em um mar turbulento onde não há água
Penso no tempo que passamos juntos contando as estrelas e descobrindo outras novas

Não posso dizer mais aquelas palavras
O tempo é relativo, como posso estar livre se meu coração continua preso?
Mas vou para longe voar como os pássaros e tentar novas coisas
Enquanto as pétalas das rosas continuam caindo
E depois que todas caírem tudo acabará
E encontrarei a verdadeira liberdade

A liberdade que experimento quando ainda sou dono dos meus pensamentos
Quando ainda tenho o controle de minhas ações
Quando não posso mais andar sem tropeçar nas idéias que rodam a minha mente e que escorrem entre meus dedos

Estou magoado,mas não estou morto
Eu me deito e sangro um pouco
Então eu vou me levantar e lutar novamente
Para que as pétalas das rosas caiam mais depressa
E finalmente eu encontre a verdadeira liberdade.

Foto de betimartins

Sou asas de fada...

Sou asas de fada...

Sou sonho, sou a breve esperança
No olhar, no sorriso, da minha criança
Sou asas ao vento, sem lamentos
Voando livre na paz do meu horizonte

Sou a irmã do tempo vivo, do tempo finito
Sou historia de amor, historia de fé
Uma bela historia de contos de fadas
Que em numa pagina nunca apagará...

Sou o pássaro que voa livre pelos céus
Sou a fênix, sou mãe e mulher, sou eu!
Aquela que ama, inspirada na vida,
Na beleza do teu leve respirar...

Sou asas de fada na certeza e sem medo de errar
Sou a voz do firmamento, onde as estrelas sonham
Belos sonhos de alegria no seu reluzir e iluminar
Meus sonhos, minha vida e na presente alegria...

Sou vitória de uma batalha, onde as armas
São belas flores, espalhadas pela vida
Como sementes semeadas um dia
Para um irmão meu, as recolha, sem chorar...

Sou magia, sou simplesmente uma fada
Nas minhas breves palavras de amor
Onde existe o perdão e o esplendor
Que um dia, eu posso vir, a ser recordada...

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