Horas

Foto de Cecília Santos

RELÓGIO DO TEMPO

RELÓGIO DO TEMPO
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O relógio do tempo, comanda as horas.
Ouço seu compasso, tic tac, tic tac.
Se estou vivendo um momento feliz.
Não quero que ele passe, congele!
Mas não adianta, ele não me ouve!
Quando a dor vem me visitar.
E minha tristeza é imensa.
Peço à ele, imploro que passe!
Mas ele me ignora!
E seu tic tac, continua feito uma
eternidade.
Nesse momento me iludo, e me perco.
Flutuo como plumas ao vento.
Será que transmuto?
Meu pensamento transcende,
expande, excede.
Vôo como o tempo, num enlevo.
Num eterno passatempo.
Me escondo entre as nuvens
passageiras .
Me agarro nas asas de um anjo.
Vôo com ele sem fronteiras.
Ouço ao longe o tilintar de um sino.
Será minha sina?
Ou coro de anjos celestiais?
Contra partida, contra-ponho
Me reponho, suponho.
Ou será que me imponho?
Não sei ao certo dizer.
Mas o tic tac do relógio.
Continua marcando o tempo.
Tempo este que cria asas, quando
o estamos vivendo.
Que é eterna saudade quando é passado.
E tão assutador quando está por vir.

Direitos reservados*
Cecília-SP/06/2008*

Foto de Ana Botelho

À SALA POEMAS-DE-AMOR

À SALA POEMAS-DE-AMOR

Cantinho virtual, onde o poeta
Faz dele um refúgio secreto.
O clima é manso e sereno
Tem paixão, saudade e afeto.

Um turbilhão de emoções
Visita a alma da gente,
Sem que se possa evitar,
Tudo fica lindo, reluzente...

Amantes, mas bem conscientes
Oscilantes entre o mal e o bem
Passamos as horas filtrando
As dores que a vida contém

Venha e sente-se ao meu lado
E vamos da alma cuidando
Para que as lembranças ruins
Não fiquem nos assombrando

Tomemos um teclado, ou caneta
E comecemos mil versos fazer
Para que as rimas mais lindas
Desabrochem em nosso viver.

Foto de ddi

Só é eterno enquanto dura...

Musicas que me lembram de ti
Que me lembram do que senti
Quando ao teu lado me encontrava
Quando, mesmo sem te poder tocar,
Me faziam acreditar
Que tudo seria eterno
Que beijos e carícias podiam durar eternamente
Palavras que demoravam horas a ser entendidas por outros
Só nós sabíamos..
Era como um código indecifrável
Por quem no nosso mundinho não se encontrava
Olhares apaixonados
Abraços apertados
Gestos mimados
Era assim quando me encontrava junto a ti
Sentia-me completa
Tinha-te a ti.
Não precisava de mais ninguém
E quando partias
O desejo de te voltar a ver era constante
Era desesperante
Os dias demoravam a passar
Foi difícil
Demasiado difícil
Mas quando te voltava a ver
Era como a primeira vez
Olhares apaixonados
Abraços apertados
Gestos mimados
Tudo fez parte de nós
Tudo foi bom
Foi eterno enquanto durou...

Foto de Sirlei Passolongo

Pra Meu Sorriso Germinar

Eu sei que mais do que ninguém me conheces
E sabes o que vai dentro de mim
Sabes dos meus sonhos e alegrias
Dos meus segredos e das minhas agonias...
Eu sei que em tuas mãos estou segura
Nas horas que te clamo és minha cura
E mesmo quando não te chamo estás por perto
Envolve-me em teus braços quando durmo
Leva-me pela mão quando amanhece... Eu sei
És meu manto quando nada mais me aquece
És minha luz quando tudo evanesce...
Eu sei que estás sempre a me zelar
De um jeito único que só um Pai pode zelar
Por isso, coloco-me na tua presença
Pra dizer que eu preciso do teu colo
Que sou apenas uma sementinha neste solo
E preciso de Ti pra meu sorriso germinar.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de Graciele Gessner

Intenso Mês de Julho. (Graciele_Gessner)

Nunca esquecerei deste mês,
Neste período que juntos viveram;
Das diversas conversas profundas;
Dos registros que ficaram marcados;
Tudo muito intenso e perfeito!
Meus escritos cheios de sentimentos,
Cheios de anseios e declarações quase vividos.

O telefone que toca; eu corro para atender.
Uma ligação que levou horas para finalizar.
Marcamos o primeiro encontro para nos conhecer.
Chegando ao local marcado, fiquei retraída por alguns segundos.
Tive certa pressa em iniciar a conversa, talvez por ansiedade.
Hoje, é história que recordamos com muita felicidade!

Nosso encontro foi envolvido com uma conversa amistosa.
Expor os problemas que ambos estavam vivendo
E concluir que nem tudo era tão fácil.
Relacionamentos anteriores já eram páginas viradas;
Decepções, perdas, traições...
Aprendizados vividos.

Parecia um conto de fada com direito a castelo.
Estava frente a frente da pessoa que um dia gostei.
O Passado Virou Um Lindo Presente diante de mim,
Tudo tão inesperado e tão desejado por mim.

Nesta inicial amizade cultivamos a confiança.
Falamos de relacionamentos e respeitamos o tempo.
Cada um teve o seu espaço, a sua liberdade.

Lembro que foram raras as exceções que fiquei quieta.
Falei com ele como se nos conhecêssemos séculos...

Um intenso mês de julho inesquecível!

04.05.2007

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Sonia Delsin

TALVEZ NUNCA

TALVEZ NUNCA

Talvez nunca mais nos toquemos.
Talvez nunca mais tua mão se encoste na minha.
Se me sinto sozinha?
Não.
Aprendi a viver sem ti.
Aprendi.
Tem momentos em que me recordo do toque.
Tem horas que eu me lembro de nossos beijos.
Dos desejos.
E me pergunto.
Tudo isso eu vivi?
Será que eu não sonhei?
Será que apenas eu voei para mundos que imaginei?
Talvez seja melhor pensar que sim.
Porque talvez nunca mais tu vais estar perto de mim...

Foto de Sonia Delsin

DOSE CERTA

DOSE CERTA

Quero...
Ó, eu quero de ti.
Estas nossas horas calmas.
Este descansar.
Quero também teu beijo cheio de desejo.
Quero de ti.
Ó, eu quero.
Que nosso tempo junto não perca jamais este encanto.
Quero isto que temos.
Carinho e tesão.
Tudo em boa proporção.

Foto de Carmen Lúcia

Leva-me...

Leva-me...
Contigo qualquer lugar é inusitado,
fixo-me em ti e o resto é inacabado,
toda beleza pelo mundo derramada
provém de ti...
Em tua presença fica apagada.

Leva-me...
Andemos pela relva, que molhada,
suaviza nossos pés da caminhada,
deixando pegadas pra felicidade...
E subiremos por escadas de nuvens
aventurando-nos ao léu, ao céu...imensidão!
Onde seremos Adão e Eva
reiniciando a Criação...

Leva-me...
Não quero mais ficar sem ti.
As horas transcorrem iguais e frias.
A monotonia pesa minha alma.
A cama torna-se gelada, vazia.
Procuro-te e não estás aqui...
O medo invade, nutre meus fantasmas
e só tua presença os combate e os afasta.

Leva-me...
Serei aquela estrela que veneras,
pra ti serei eterna primavera,
seja qual for a estação que se revela...
Flores cobrirão nossos caminhos,
um grande amor aquecerá o nosso ninho
e será eterno como nossa primavera.
Sem mais ausências e esperas!

(Carmen Lúcia)

Foto de Ela me faz tão bem

Amor puro..

O que há dentro do meu coração
Eu tenho guardado pra te dar
E todas as horas que o tempo
Tem pra me conceder
São tuas até morrer

E a tua história, eu não sei
Mas me diga só o que for bom
Um amor tão puro que ainda nem sabe
A força que tem
É teu e de mais ninguém

Te adoro em tudo, tudo, tudo
Quero mais que tudo, tudo, tudo
Te amar sem limites
Viver uma grande estória

Aqui ou noutro lugar
Que pode ser feio ou bonito
Se nós estivermos juntos
Haverá um céu azul

Um amor puro
Não sabe a força que tem
Meu amor eu juro
Ser teu e de mais ninguém
Um amor puro...

Foto de Carlos Lucchesi

Poeta menino; amigo meu

...Desde menino sempre foi calado, quieto; do tipo que sentava na última carteira da sala de aula. Aulas de matemática?...Nem pensar! Seus pensamentos vagavam distantes nestas horas. Geometria era um verdadeiro horror! O que ele gostava mesmo, era ver o velho professor de literatura entrar por aquela porta, da sala de aula. Num instante seu sorriso se abria. Sentava-se ereto na cadeira, como se preparado para um momento especial. Olhos atentos, e mente reflexiva, voltados para o velho mestre. E quando ele começava a falar... Nossa! Não se continha em alegria.

Da última carteira, apressava-se em passar para a primeira, e ai de quem estivesse ocupando aquele lugar! Todos já sabiam: Na aula de literatura, aquele primeiro lugar pertencia ao menino-poeta, como era chamado por todos. O mestre falava e ele ouvia, como se as palavras tivessem algum tipo de mágica e exercessem sobre ele um feitiço inexplicável. O menino-poeta, logo se apressava em anotar tudo no seu pequeno caderno: cada palavra, cada frase. Nada passava desapercebido. Nem se dava conta do final da aula, ficava lá depois que todos saiam. Só mesmo quando alguém gritava: "Vai dormir aí menino?" É que ele voltava de sua viagem do mundo da poesia...
Ir para casa era um desafio: Os olhos pregados em suas anotações desviavam sua atenção dos carros que passavam quase na mesma velocidade que seus pensamentos. Volta e meia alguém gritava: "Quer morrer seu doido?" Com sorte chegava em casa! Lá, como na escola, não tinha muitos amigos. Podia contá-los nos dedos de uma de suas mãos, e ainda sobrariam alguns dedos acanhados. Poucos entendiam aquele menino solitário que só "batia bola" com seus livros.

Seu grande prazer era quando sua mãe lhe dizia: "Escreve menino uma carta pra sua tia". O mundo das letras era estranho a seus pais , mal sabiam escrever seus nomes, e nestas horas, era o menino que pegava lápis e papel, sentava-se em sua cadeira preferida e por sobre a velha cômoda, suas pequenas letras pareciam bailar. Que ninguém lhe chamasse nestes momentos; nem que fosse para comer! Sequer ouvia. Ficava lá envolvido em seus pensamentos.

Tive a sorte de ser um desses seus amigos contados nos dedos de uma das suas mãos. Sempre fomos grandes amigos na infância. Gostava dele pelo seu modo diferente de ser, e de ser capaz de falar comigo até pelo olhar. Eu também não era lá estas coisas que costumam chamar de "normal". Tinha lá meus parafusos a menos!

O fato é que nos tornamos grandes amigos e dos dedos de sua mão, passei a fazer parte do seu coração e ele do meu. Crescemos juntos, assim como nossa amizade. Ficava impressionado como as meninas gostavam das coisas que ele escrevia. Era admiração mesmo! Éramos tão ligados que ficava triste nas suas dores e me alegrava quando o via sorrir.

O tempo passou e o menino se fez homem. O coração do poeta batia mais forte, era inevitável um amor no meio do caminho.

Ele nunca quis me dizer o nome exato dela. A chamava de Ray. Só sei dizer que aquele amor transformou o meu amigo. Ficava impressionado com a forma que ele se referia a ela. Quase que eu mesmo me apaixonei, só de ouvir ele falar dos seus olhos cor de mel, da forma do seu caminhar e do brilho que tinha nos seus olhos. Meu amigo estava mesmo apaixonado! Ótimo, pensei! Seriamos três nessa nossa grande amizade. Foi engano meu, isso nunca aconteceu!

O mesmo menino que eu vi crescer, de pegar o lápis na alegria menina de escrever, parecia ter chegado em uma rua sem saída.

Depois disso nos vimos poucas vezes. Creio que ele até me evitava. Talvez vergonha do amor frustrado. Sei lá!...

Mudou-se sem nem mesmo se despedir de mim. Escrevi-lhe pedindo que mandasse notícias, e a carta voltou: "destinatário não encontrado". Tempos depois, descobri que o poeta que nunca deixou de ser menino morava aqui dentro de mim...

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