Horas

Foto de lua sem mar

“Dia”

“Dia”
24 de Junho de 2009

O dia esta marcado,
Resta a espera do amado,
Num dia quente,
De desejo presente.
Minha insegurança plena,
Com voz pequena,
De um alto que acena,
Mulher extravagante, serena.
Metro e meio de gente,
Que a alma trás quente,
Como se de repente,
Fizesse tudo para ser gigante.
Não preciso de jantares,
Vinhos…
Apenas teu sorriso de contente,
Com tua alma sorridente,
Teu coração ardente.
Ouve meu canto,
Meu pranto,
Me dá um espanto,
Com teu coração,
Que eu quero tanto.
Me embrulho nas horas,
Perco-me na ansiedade,
A menina que não choras,
Não leves a crueldade.
jnh
lua sem mar

Foto de diogo_cross

3 segundos..

3 segundos....

3 segundos,o tempo que leva até a água aquecer quando sai do chuveiro, e é incrivel como as coisas ruins parecem demorar
uma eternidade,tecnicamente você nem ao menos sentiria alguma coisas nesses 3 segundos mas parece levar uma eternidade
até que a água quente me alcance.
Como na vez em que vi você partindo,não deve ter durado
mais tempo que isso,3 segundos...
mas me parece que o tempo sente algum prazer em parar
nessas horas,bem provavelmente deve ter sido meu cerebro que parou mas me pareceu uma eternidade,uma das piores coisas que um ser humano é capaz de sentir é ver a pessoa que amou partindo,
mas para quem não sabe eu fiz uma descoberta,
não leva mais que 3 segundos....
Mas nem tudo nesse tempo errante se resume ao sofrimento
3 segundos...
o tempo que levou quando simplesmente paramos
e esperamos,eu já sabia o que iria acontecer
mas me pareceu que o tempo sábiamente parou
para observar,aqueles 3 segundos....
o tempo que levamos até darmos o primeiro beijo...

ass:diogo_vinicius

Foto de Vágner Dias

Relatos.

muita gente diz que o tempo é inimigo do amor,que as relações se desgastam com o passar dos meses e anos. mas, isso não é verdade, pois vêm os dias, as noites, mudam as luas e as estações e eu continuo a amar te com a mesma paixão.na verdade, sinto como se o tempo reforçasse os nossos sentimentos a cada dia, como se os laços que nos unem estivessem mais estreitos e firmes a cada minuto. e o melhor é que esses laços apertados não nos oprimem nem limitam os nossos movimentos, não nos retiram a liberdade individual mas, pelo contrário, nos dão a sensação exata de grandiosidade do amor, este sentimento que permite que vc minha Deusa me completes.Eu Amo-te. cada vez mais e mais a cada dia, pq sei que juntos somos capazes de vencer todas as barreiras, de vencer as horas com alegria e de voar sobre as asas do tempo, sugando os bons ares da experiência que ele proporciona, e tornando-nos cada vez mais confiantes na Eternidade deste sentimento que nos une. mesmo tendo a certeza de que esse amor é para sempre, ainda sim quero dizer-te que valorizo cada minuto que passamos juntos, como só tenho boas recordações de todos os momentos que já desfrutamos ao longo deste nosso feliz relacionamento. como hoje esta fazendo 8 meses nao podia deixar passar esta data em branco... que façamos mais de 8 meses de muitos meses juntinhos...... eu nao sei viver sem ti tempo foi passando e vc foi se tornando cada vez mais indispensável vc minha flor me surpreende a cada dia e todo esse tempo que tenho passado ao seu lado tem significado muito para mim tem me feito ver realmente que nada acontece por acaso.

Foto de Vágner Dias

amor!!!

CONVERSA COM O AMOR
Hoje eu encontrei com o amor
Estivemos conversando por longas horas...
Perguntei pra ele qual o significado do seu nome
Ele disse:
Não tenho definição se quer saber o quem eu sou
AME
Pois só quem ama sabe quais são as minhas
Sensações, mas mesmo assim não saberá me descrever.
Perguntei o motivo da sua existência
Calmamente ele respondeu:
Para tornar as pessoas e o mundo mais belos,
Unir os corações e fazer com que as pessoas tenham um
Motivo para viverem...
Perguntei também de onde ele veio
Ele falou que veio de Deus, dos Anjos, das estrelas, da lua, do mar, do oceano, da chuva, dos rios, do vento, do furacão.
Questionei por que às vezes as pessoas sofrem por amor
Triste Ele me disse que muitas pessoas não sabem amar
Não tem confiança, brincam com os sentimentos
E não sabem lidar com ele.

Foto de NiKKo

Poesia - retrato de minha alma

Hoje eu acordei com meu peito apertado pela saudade,
talvez porque o dia amanheceu nublado e sem cor.
Fiquei horas buscado na memória momentos vividos,
e lagrimas rolaram pelo meu rosto, registrando a minha dor.

Olhando velhas fotos esquecidas em uma gaveta qualquer,
mais forte as lembranças se apossaram de mim.
Fizeram com que eu me olhasse no espelho da vida
e percebesse que a minha felicidade teve fim.

Mesmo que eu tenha a todos enganado que estou feliz,
que te esqueci, que tudo o que contigo vivi eu superei.
Teu amor criou em um vácuo negro e profundo
onde todos os meus sonhos, envoltos na tristeza eu sepultei.

Por isso hoje eu chorei ao reler velhos poemas
pois ali cada verso era meu amor por você revelado.
Solucei sentindo em minha alma o frio da solidão
pois há muito tempo que já não tenho você mais ao leu lado.

E as lagrimas que iam caindo sobre as folhas amareladas
borravam as palavras que o tempo não apagou.
Fazendo com que cada verso ainda mais me retratasse
deixando nela um caminho meio que sem vida, como hoje estou.

Desta forma revivendo o passado em cada folha e cada letra
pintou a dor que abrigada se escondia em meu Ser.
Retratou na poesia o sofrimento e a saudade de um tempo
que embora eu queria, eu não consigo esquecer.

Assim eu vi que nas entrelinhas de meus versos
eu sempre escondi seu nome como um relicário de ilusão.
Fazendo de cada vogal ou consoante um terço
onde eu entoava hinos de saudade, ao deus da solidão.

Foto de Jak_line

Meu Desejo

Algumas horas de amor
Você me concedeu
Foi intenso e inesquecível
Perdi a lucidez
Delírios, gemidos
Em um dia de outono
Nos lençóis ficaram
O perfume do nosso amor
Palavras sussurradas no ouvido
Beijos apaixonados
O fogo de mil afagos
Na maciez de uma cama
Dois corpos ardentes
Sedentos de amor
Completos
Ahh, este homem!!
Que deixou meus
Dias mais coloridos
E perfumados
Com ele quero passar
Os dias frios do inverno
Apreciar as flores da primavera
E nas noites quentes de verão
Amá-lo sem pressa!

Foto de Jak_line

Meu Desejo

Algumas horas de amor
Você me concedeu
Foi intenso e inesquecível
Perdi a lucidez
Delírios, gemidos
Em um dia de outono
Nos lençóis ficaram
O perfume do nosso amor
Palavras sussurradas no ouvido
Beijos apaixonados
O fogo de mil afagos
Na maciez de uma cama
Dois corpos ardentes
Sedentos de amor
Completos
Ahh, este homem!!
Que deixou meus
Dias mais coloridos
E perfumados
Com ele quero passar
Os dias frios do inverno
Apreciar as flores da primavera
E nas noites quentes de verão
Amá-lo sem pressa!

Foto de cafezambeze

JOÃO PIRISCA E A BONECA LOIRA (POR GRAZIELA VIEIRA)

ESTE É UM CONTO DA MINHA DILETA AMIGA GRAZIELA VIEIRA, QUE RECEBI COM PEDIDO DE DIVULGAÇÃO. NÃO CONCORRE A NADA. MAS SE QUISEREM DAR UM VOTO NELA, ELA VAI FICAR MUITO CONTENTE.

JOÃO PIRISCA E A BONECA LOIRA

Numa pequena cidade nortenha, o João Pirisca contemplava embevecido uma montra profusamente iluminada, onde estavam expostos muitos dos presentes e brinquedos alusivos à quadra festiva que por todo o Portugal se vivia. Com as mãos enfiadas nos bolsos das calças gastas e rotas, parecia alheio ao frio cortante que se fazia sentir.
Os pequenos flocos de neve, quais borboletas brancas que se amontoavam nas ruas, iam engrossando o gigantesco manto branco que tudo cobria. De vez em quando, tirava rapidamente a mão arroxeada do bolso, sacudindo alguns flocos dos cabelos negros, e com a mesma rapidez, tornava a enfiar a mão no bolso, onde tinha uma pontas de cigarros embrulhadas num pedaço de jornal velho, que tinha apanhado no chão do café da esquina.
Os seus olhitos negros e brilhantes, contemplavam uma pequena boneca de cabelos loiros, olhos azuis e um lindo vestido de princesa. Era a coisa mais linda, que os seus dez anos tinham visto.
Do outro bolso, tirou pela milésima vez as parcas moedas que o Ti‑Xico lhe ia dando, de cada vez que ele o ajudava na distribuição dos jornais. Não precisou de o contar... Demais sabia ele que, ainda faltavam 250$00, para chegar ao preço da almejada boneca: ‑ Rai‑de‑Sorte, balbuciava; quase dois meses a calcorrear as ruas da cidade a distribuir jornais nos intervalos da 'scola, ajuntar todos os tostões, e não consegui dinheiro que chegue p'ra comprar aquela maravilha. Tamén, estes gajos dos brinquedos, julgam q'um home não tem mais que fazer ao dinheiro p'ra dar 750 paus por uma boneca que nem vale 300: Rais‑os‑parta. Aproveitam esta altura p'ra incher os bolsos. 'stá decidido; não compro e pronto.
Contudo não arredava pé, como se a boneca lhe implorasse para a tirar dali, pois que a sua linhagem aristocrática, não se sentia bem, no meio de ursos, lobos e cães de peluxe, bem como comboios, tambores, pistolas e tudo o mais que enchia aquela montra, qual paraíso de sonhos infantis.
Pareceu‑lhe que a boneca estava muito triste: Ao pensar nisso, o João fazia um enorme esforço para reter duas lágrimas que teimavam em desprender‑se dos seus olhitos meigos, para dar lugar a outras.
‑ C'um raio, (disse em voz alta), os homes num choram; quero lá saber da tristeza da boneca. Num assomo de coragem, voltou costas à montra com tal rapidez, que esbarrou num senhor já de idade, que sem ele dar por isso, o observava há algum tempo, indo estatelar‑se no chão. Com a mesma rapidez, levantou‑se e desfazendo‑se em desculpas, ia sacudindo a neve que se introduzia nos buracos da camisola velha, enregelando‑lhe mais ainda o magro corpito.
‑ Olha lá ó miúdo, como te chamas?
‑ João Pirisca, senhor André, porquê?
‑ João Pirisca?... Que nome tão esquisito, mas não interessa, chega‑te aqui para debaixo do meu guarda‑chuva, senão molhas ainda mais a camisola.
‑ Não faz mal senhor André, ela já está habituada ao tempo.
‑ Diz‑me cá: o que é que fazias há tanto tempo parado em frente da montra, querias assaltá‑la?
‑ Eu? Cruzes credo senhor André, se a minha mãe soubesse que uma coisa dessas me passava pela cabeça sequer, punha‑me três dias a pão e água, embora em minha casa, pouco mais haja para comer.
‑ Então!, gostavas de ter algum daqueles brinquedos, é isso?
‑ Bem... lá isso era, mas ainda faltam 250$00 p'ra comprar.
‑ Bom, bom; estás com sorte, tenho aqui uns trocos, que devem chegar para o que queres. E deu‑lhe uma nota novinha de 500$00.
‑ 0 João arregalou muito os olhos agora brilhantes de alegria, e fazendo uma vénia de agradecimento, entrou a correr na loja dos brinquedos. Chegou junto do balcão, pôs‑se em bicos de pés para parecer mais alto, e gritou: ‑ quero aquela boneca que está na montra, e faça um bonito embrulho com um laço cor‑de‑rosa.
‑ ó rapaz!, tanto faz ser dessa cor como de outra qualquer, disse o empregado que o atendia.
‑ ómessa, diz o João indignado; um home paga, é p'ra ser bem atendido.
‑ Não querem lá ve ro fedelho, resmungava o empregado, enquanto procurava a fita da cor exigida.
0 senhor André que espiava de longe ficou bastante admirado com a escolha do João, mas não disse nada.
Depois de pagara boneca, meteu‑a debaixo da camisola de encontro ao peito, que arfava de alegria. Depois, encaminhou‑se para o café.
‑ Quero um maço de cigarros daqueles ali. No fim de ele sair, o dono do café disse entre‑dentes: ‑ Estes miúdos d'agora; no meu tempo não era assim. Este, quase não tem que vestir nem que comer, mas ao apanhar dinheiro, veio logo comprar cigarros. Um freguês replicou:
‑ Também no meu tempo, não se vendiam cigarros a crianças, e você vendeu-lhos sem querer saber de onde vinha o dinheiro.
Indiferente ao diálogo que se travava nas suas costas, o João ia a meter os cigarros no bolso, quando notou o pacote das piriscas que lá tinha posto. Hesitou um pouco, abriu o pedaço do jornal velho, e uma a uma, foi deitando as pontas no caixote do lixo. Quando se voltou, deu novamente de caras com o senhor André que lhe perguntou.
‑ Onde moras João?
‑ Eu moro perto da sua casa senhor. A minha, é uma casa muito pequenina, com duas janelas sem vidros que fica ao fundo da rua.
‑ Então é por isso que sabes o meu nome, já que somos vizinhos, vamos andando que se está a fazer noite.
‑ É verdade senhor e a minha mãe ralha‑me se não chego a horas de rezar o Terço.
Enquanto caminhavam juntos, o senhor André perguntou:
- ó João, satisfazes‑me uma curiosidade?
- Tudo o que quiser senhor.
- Porque te chamas João Pirisca?
- Ah... Isso foi alcunha que os miúdos me puseram, por causa de eu andar sempre a apanhar pontas de cigarros.
‑ A tua mãe sabe que tu fumas?
‑ Mas .... mas .... balbuciava o João corando até a raiz dos cabelos; Os cigarros são para o meu avôzinho que não pode trabalhar e vive com a gente, e como o dinheiro é pouco...
‑ Então quer dizer que a boneca!...
‑ É para a minha irmã que tem cinco anos e nunca teve nenhuma. Aqui há tempos a Ritinha, aquela menina que mora na casa grande perto da sua, que tem muitas luzes e parece um palácio com aquelas 'státuas no jardim grande q'até parece gente a sério, q'eu até tinha medo de me perder lá dentro, sabe?
‑ Mas conta lá João, o que é que se passou com a Ritinha?
‑ Ah, pois; ela andava a passear com a criada elevava uma boneca muito linda ao colo; a minha irmã, pediu‑lhe que a deixasse pegar na boneca só um bocadinho, e quando a Ritinha lha estava a passar p'ras mãos, a criada empurrou a minha irmãzinha na pressa de a afastar, como se ela tivesse peste. Eu fiquei com tanta pena dela, que jurei comprar‑lhe uma igual logo que tivesse dinheiro, nem que andasse dois anos a juntá‑lo, mas graças à sua ajuda, ainda lha dou no Natal.
‑ Mas ó João, o Natal já passou. Estamos em véspera de Ano Novo.
‑ Eu sei; mas o Natal em minha casa, festeja‑se no Ano Novo, porque dia de Natal, a minha mãe e o meu avô paterno, fartam‑se de chorar.
‑ Mas porquê?
‑ Porque foi precisamente nesse dia, há quatro anos, que o meu pai nos abandonou fugindo com outra mulher e a minha pobre mãe, farta‑se de trabalhar a dias, para que possamos ter que comer.
Despedíram‑se, pois estavam perto das respectivas moradas.
Depois de agradecer mais uma vez ao seu novo amigo, o João entrou em casa como um furacão chamando alto pela mãe, a fim de lhe contar a boa nova. Esta, levou um dedo aos lábios como que a pedir silêncio. Era a hora de rezar o Terço antes da parca refeição. Naquele humilde lar, rezava‑se agradecendo a Deus a saúde, os poucos alimentos, e rogava‑se pelos doentes e por todos os que não tinham pão nem um tecto para se abrigar., sem esquecer de pedir a paz para todo o mundo.
Parecia ao João, que as orações eram mais demoradas que o costume, tal era a pressa de contar as novidades alegres que trazia, e enquanto o avô se deleitava com um cigarro inteirinho e a irmã embalava nos seus bracitos roliços a sua primeira boneca, de pronto trocada pelo carolo de milho que fazia as mesmas vezes, ouviram‑se duas pancadas na porta. A mãe foi abrir, e dos seus olhos cansados, rolaram duas grossas e escaldantes lágrimas de alegria, ao deparar com um grande cesto cheinho de coisas boas, incluindo uma camisola novinha para o João.
Não foi preciso muito para adivinhar quem era esse estranho Pai Natal que se afastava a passos largos, esquivando‑se a agradecimentos.
A partir daí, acrescentou‑se ao número das orações em família, mais uma pelo senhor André.
GRAZIELA VIEIRA
JUNHO 1995

Foto de Carmen Vervloet

Eterno Recomeço

Eterno Recomeço

Não há chama que dure para sempre,
nem amor que seja imortal...
Floresce em tempo de ventura
estrelas brilham no olhar
mas eis que de repente
irrompe o vendaval
apagando a chama ardente
desse amor pleno e total!

Amor guardado em diamante
quebra-se como cristal
só a dor é real!

Fragilizado sentimento em bolha colorida
soprada por crédulo coração,
qualquer sopro mais forte
espalha a bolha em mera ilusão,
efêmeras bolhinhas de sabão!

Troca de carinhos, afagos, beijos,
divisão de sonhos, alegrias e tristezas,
construída com desvelo
a beleza da união!
Nos olhos desfeita a chama da paixão
então o que resta é saudade e recordação!

E por mais que se queira
ser sentimental
percebe-se que no amor
a perfeição não é arte final.

Pranto de horas doridas,
guardião de lembranças vividas,
buscando novos caminhos
na insensatez do coração...
Recolhidas estrelas da lama,
Acende-se nova chama,
eterno recomeço!

Nada escrito, ou assinado...
Sonhos (re)acordados!

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados à autora.

Foto de Débora Ennes

Lembranças ...

A noite esta gelada
a noite esta um breu
minha alma esta cansada
esperando um sinal seu.

Ja são horas da madrugada
todo mundo ja adormeceu
só esta eu aqui na calçada
nesta linda madrugada.

Fico a lembrar de como era
bom te amar e deixar tudo
para depois o que mais
me interessava era nós dois.

Mas parece que seu coração
pode congelar e se foi para
outro lugar,mas das madrugadas
sei que há de lembrar ...

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