Perco-me nesta tua ausência,
Como um céu carente de Sol após uma tempestade,
Perco-me nesta nossa distância,
Como a areia que anseia pelo beijo salgado do mar,
Perco-me nesta minha demência.
E grito!
Grito para que ninguém me oiça.
Afastas-te num momento,
Esqueces-me por alguns instantes.
Afastas-te no tempo,
Durante horas angustiantes.
E grito!
Grito para que ninguém me oiça.
Peço uma palavra, um sinal,
Um simples gesto tão banal.
Peço que tornes seguro o incerto,
Peço que faças do longe o perto.
Ansioso em momentos de incerteza,
Receoso destes dias de Verão.
Quero ter de volta aquela minha princesa,
Que tão bem me consolava o coração.
Tenho medo...
E grito!
Grito para que ninguém me oiça.