Hipótese

Foto de Izaura N. Soares

Construindo um novo horizonte

Construindo um novo horizonte
Izaura N. Soares

Para você construir um horizonte,
É preciso que você fique ao lado das
pessoas que gostam de você de verdade.
Jogue a tristeza e a solidão fora
E aceite a sua realidade.
Pra você ser o oceano é preciso que você
Pare de derramar suas lágrimas salgadas
Sobre ele, pois ele, apesar de uma hipótese
Tem sal demais para comportar sua própria salina.
Para você encontrar o caminho da liberdade,
Não fuja daqueles que te amam com sinceridade.
Nossas vidas são feitas de testes constantes,
De provações diariamente. Sempre encontramos
Diversos obstáculos obscuros que nos impedem de
Ver a luz que está ao nosso redor.
Enxergamos só o que queremos enxergar.
Não desperdice seu tempo se lamentando,
Construa um novo mundo deixe florescer as flores
Que adormeceram com sua tristeza.
Descubra um novo amor que lhe dê bons motivos
Para sorrir, mesmo quando você só quer chorar.
Desbrava novos caminhos, retiram os espinhos
Que insistem em machucar seu coração que só
Quis amar... Amar... E amar!
Construa o seu ninho de amor...
Espere a luz do amanhecer...
Espere! Que um dia; esse amor irá chegar!

Foto de Jeff.YM

confie em mim... pois eu tentei...

não sou dono da verdade tampouco da mentira,
mas tenho o privilégio de observar as duas num sentido quase rotineiro.
não me permito, ainda, consentir da segunda citação,
é abominável.

não sou mais do que ninguém para te dar conselhos ou te indicar qual caminho seguir. sou só um simples mortal em ruínas que tenta transmitir aos outros um pouco de sua experiência. não tenho por objetivo incutir nas pessoas os meus ideais, muito menos as minhas crenças mais verdadeiras, mas é por um respeito natural à vida e para prevenir que outros tenham o mesmo destino que eu exponho estes pensamentos afim de, indiretamente, dar continuidade ao aprendizado que a grande maioria das pessoas absorve da pior maneira.

por isso...
se tu és uma daquelas pessoas que diz que jamais chorou por um amor, então lamento, tu jamais amaste alguém de verdade.
ou ainda, se tu és uma daquelas pessoas que diz aos quatro ventos que nunca se permitiria ser enganado, eu dedico uma lágrima de súplica aos teus protetores para que façam tu perceberes que estás vivendo perigosamente.
ainda, se tu és uma daquelas pessoas que têm o hábito de afirmar que não acredita no amor, eu fecho meus olhos, recolho minhas palavras e sigo caminho adiante, pois tu não estás pronto para a vida.

mas se tu me disseres que tens o coração machucado por amores sofridos, ou que pensaste que nunca amaria alguém como amou um relacionamento terminado, ou ainda que espera impacientemente por alguém que te completes, então sou capaz de te abraçar e dizer que tu és alguém que entende o sentido da vida.

nada pode ser mais sincero do que chorar por outra pessoa, mesmo que na verdade estejamos chorando por nós mesmos, pois o sofrimento é nosso. às vezes sentimos falta de alguém que se foi, outras vezes sentimos falta de alguém que ainda nem conhecemos, mas que nosso coração clama por um carinho, um olhar afetuoso, um beijo delicado.

entenda: não somos culpados por amar demais, nem aqueles poucos que carregam excessivas cicatrizes no peito. se os amores errados foram tantos, é porque o certo é alguém especial além das expectativas.

sonhe, viva, sorria e chore... por motivos quaisquer... mas indiferente aos rumos que a vida tomar, em hipótese alguma deixe de correr atrás de um amor... apenas o amor renova, inspira, rejuvenesce e cura.

não sou um sábio, nem um vidente, nem a pessoa mais feliz e otimista do mundo e nem a mais triste... sou um pensador concluinte. eu me afogo no sono. eu rio da minha angústia. eu choro à felicidade que vem e vai. eu sou um simples ser humano.

mas confie em mim... pois eu tentei... eu sonhei, vivi, sorri e chorei. eu sofri. afora isso, veja, eu sobrevivi.

dê-me amor, mais amor...
por favor, mais amor, senão eu...

Foto de Jeff.YM

confie emim... pois eu tentei...

não sou dono da verdade tampouco da mentira,
mas tenho o privilégio de observar as duas num sentido quase rotineiro.
não me permito, ainda, consentir da segunda citação,
é abominável.

não sou mais do que ninguém para te dar conselhos ou te indicar qual caminho seguir. sou só um simples mortal em ruínas que tenta transmitir aos outros um pouco de sua experiência. não tenho por objetivo incutir nas pessoas os meus ideais, muito menos as minhas crenças mais verdadeiras, mas é por um respeito natural à vida e para prevenir que outros tenham o mesmo destino que eu exponho estes pensamentos afim de, indiretamente, dar continuidade ao aprendizado que a grande maioria das pessoas absorve da pior maneira.

por isso...
se tu és uma daquelas pessoas que diz que jamais chorou por um amor, então lamento, tu jamais amaste alguém de verdade.
ou ainda, se tu és uma daquelas pessoas que diz aos quatro ventos que nunca se permitiria ser enganado, eu dedico uma lágrima de súplica aos teus protetores para que façam tu perceberes que estás vivendo perigosamente.
ainda, se tu és uma daquelas pessoas que têm o hábito de afirmar que não acredita no amor, eu fecho meus olhos, recolho minhas palavras e sigo caminho adiante, pois tu não estás pronto para a vida.

mas se tu me disseres que tens o coração machucado por amores sofridos, ou que pensaste que nunca amaria alguém como amou um relacionamento terminado, ou ainda que espera impacientemente por alguém que te completes, então sou capaz de te abraçar e dizer que tu és alguém que entende o sentido da vida.

nada pode ser mais sincero do que chorar por outra pessoa, mesmo que na verdade estejamos chorando por nós mesmos, pois o sofrimento é nosso. às vezes sentimos falta de alguém que se foi, outras vezes sentimos falta de alguém que ainda nem conhecemos, mas que nosso coração clama por um carinho, um olhar afetuoso, um beijo delicado.

entenda: não somos culpados por amar demais, nem aqueles poucos que carregam excessivas cicatrizes no peito. se os amores errados foram tantos, é porque o certo é alguém especial além das expectativas.

sonhe, viva, sorria e chore... por motivos quaisquer... mas indiferente aos rumos que a vida tomar, em hipótese alguma deixe de correr atrás de um amor... apenas o amor renova, inspira, rejuvenesce e cura.

não sou um sábio, nem um vidente, nem a pessoa mais feliz e otimista do mundo e nem a mais triste... sou um pensador concluinte. eu me afogo no sono. eu rio da minha angústia. eu choro à felicidade que vem e vai. eu sou um simples ser humano.

mas confie em mim... pois eu tentei... eu sonhei, vivi, sorri e chorei. eu sofri. afora isso, veja, eu sobrevivi.

dê-me amor, mais amor...
por favor, mais amor, senão eu...

Foto de Jeff.YM

confie em mim... pois eu tentei...

não sou dono da verdade tampouco da mentira,
mas tenho o privilégio de observar as duas num sentido quase rotineiro.
não me permito, ainda, consentir da segunda citação,
é abominável.

não sou mais do que ninguém para te dar conselhos ou te indicar qual caminho seguir. sou só um simples mortal em ruínas que tenta transmitir aos outros um pouco de sua experiência. não tenho por objetivo incutir nas pessoas os meus ideais, muito menos as minhas crenças mais verdadeiras, mas é por um respeito natural à vida e para prevenir que outros tenham o mesmo destino que eu exponho estes pensamentos afim de, indiretamente, dar continuidade ao aprendizado que a grande maioria das pessoas absorve da pior maneira.

por isso...
se tu és uma daquelas pessoas que diz que jamais chorou por um amor, então lamento, tu jamais amaste alguém de verdade.
ou ainda, se tu és uma daquelas pessoas que diz aos quatro ventos que nunca se permitiria ser enganado, eu dedico uma lágrima de súplica aos teus protetores para que façam tu perceberes que estás vivendo perigosamente.
ainda, se tu és uma daquelas pessoas que têm o hábito de afirmar que não acredita no amor, eu fecho meus olhos, recolho minhas palavras e sigo caminho adiante, pois tu não estás pronto para a vida.

mas se tu me disseres que tens o coração machucado por amores sofridos, ou que pensaste que nunca amaria alguém como amou um relacionamento terminado, ou ainda que espera impacientemente por alguém que te completes, então sou capaz de te abraçar e dizer que tu és alguém que entende o sentido da vida.

nada pode ser mais sincero do que chorar por outra pessoa, mesmo que na verdade estejamos chorando por nós mesmos, pois o sofrimento é nosso. às vezes sentimos falta de alguém que se foi, outras vezes sentimos falta de alguém que ainda nem conhecemos, mas que nosso coração clama por um carinho, um olhar afetuoso, um beijo delicado.

entenda: não somos culpados por amar demais, nem aqueles poucos que carregam excessivas cicatrizes no peito. se os amores errados foram tantos, é porque o certo é alguém especial além das expectativas.

sonhe, viva, sorria e chore... por motivos quaisquer... mas indiferente aos rumos que a vida tomar, em hipótese alguma deixe de correr atrás de um amor... apenas o amor renova, inspira, rejuvenesce e cura.

não sou um sábio, nem um vidente, nem a pessoa mais feliz e otimista do mundo e nem a mais triste... sou um pensador concluinte. eu me afogo no sono. eu rio da minha angústia. eu choro à felicidade que vem e vai. eu sou um simples ser humano.

mas confie em mim... pois eu tentei... eu sonhei, vivi, sorri e chorei. eu sofri. afora isso, veja, eu sobrevivi.

dê-me amor, mais amor...
por favor, mais amor, senão eu...

Foto de pttuii

Interior IV (e último)

João parece estar disposto a voltar à repartição depois do próximo nascer-do-sol, mas o careca não o deixa sair. A saída do pequeno cubículo está estrategicamente tapada por um homem que não suporta a ira dos desvarios da vida. O vulto cónico que esconde num dos bolsos do casaco ganha nova dimensão, e parece já não haver dúvidas. O alvo é João.Ao primeiro passo, o plano de agressão é declarado. O segundo, deixa de parte qualquer hipótese de tréguas.

O terceiro passo injecta desespero na pacata personalidade de João. O menino em idade de pré-primária assiste ao confronto, e alerta a mãe para um cenário de eminente desfile bélico. Pelos olhos de um ser humano de cinco anos, a caminho dos seis, estão prestes a digladiar-se dois guerreiros do espaço, armados com sabres de luz e escudos de neutrões.A senhora idosa já desmaiou. O calor sufocante de um dia húmido de Janeiro fez efeito na pressão alta de uma mulher que já foi saudável.
É preciso levá-la com urgência ao centro de saúde mais próximo, porque o coma pode estar eminente.- O jovem é bom que saia da minha frente, porque eu não gosto de servir aço às pessoas.A breve, e agressiva declaração foi a única produzida na repartição pública durante os últimos 30 minutos. João desviou-se, e o careca saiu para a rua. A caminhar, sem olhar para trás, parecia não incomodar-se com o peso da bátega de água que se abatia sobre os ombros.O autor enganou-se. Não houve nenhum homicídio.
Morreu uma barata, produziu-se um coma, acentuou-se uma depressão, e ter-se-á originado mais uma. Quem lida com a ficção, não tem dotes de médium-vidente. A realidade muda consoante as curvas dos polegares que agridem o teclado.
Fim

Foto de pttuii

Lamaçal de ideias

Já está tudo inventado. Não só todas as pessoas já disseram tudo, a toda a gente, como o âmago de quem pensa o contrário já está descrito, e virado do avesso. Escreve-se sobre o que se supõe. Disserta-se pela mínima hipótese de brilhantes análises. Especulam-se hipóteses de mortes concubinas, quando as mesmas nem pelo bico da indecência passam. O mundo lavra-se, para depois se purgar. Disseca-se, e restabelece equilíbrios a noção de simples restabelecimento celular.
Quem sofre, é quem escreve. Quem aproveita, é quem lê. O recalcitrante sentido de dever cumprido, não existe. Falo por achar-me parco em ideias. Desnorteado em cenários sequer alternativos, quanto mais concretos.
Desanimado sobre a hipótese lírica de viver do que quero para o mundo, me subscrevo.
Autor de vértices limados, e quase oblongos.

Foto de Osmar Fernandes

O mundo encantado de Isabel

O mundo encantado de Isabel

Em uma terra muito distante, vivia uma menina que se chamava, Isabel. Essa terra, onde ela morava, era um lugar encantado. Havia fadas, gnomos e duendes. Nesse lugar encantado as flores falavam e todos os animais se comunicavam entre si. As nuvens eram feitas de algodão doce e os rios eram formados de sucos, refrigerantes e água potável. A menina Isabel adorava essa terra de sonhos, era o seu mundo encantado. Todos, ali, viviam felizes.
Um dia a menina Isabel e a sua amiguinha – a fada Raio de Sol, ficaram desesperadas ao verem a floresta do mundo encantado pegando fogo. Uma enorme nuvem negra era vista pelos quatro cantos do mundo encantado. Formou-se um cataclismo. Viram que um imenso Dragão do mal estava incendiando a floresta, soltando muito fogo pela sua boca. A menina Isabel ficou muito angustiada, indefesa e sem saber o que fazer. Foi quando teve uma idéia supimpa e falou de supetão à sua amiguinha:
- Fadinha, você tem que me ajudar a salvar o mundo encantado, urgente, antes que seja totalmente destruído pelo dragão do mal. Transforme-me num animal poderoso para que eu possa dominar e conter a fúria desse monstro de asas.
Tristemente, a fadinha lhe respondeu:
- Não posso fazer isso sem a permissão do poderoso mago, Merlin. Ele é o comandante do meu reino. Se ele descobrir que alguma fada principiante, como eu; desrespeitou o livro sagrado, ele a manda para ser julgada no Tribunal das Fadas; e dificilmente a ré obterá a absolvição, pois é falta gravíssima e a condenação é inevitável. Além de perder todo o poder mágico, a fada condenada volta a ser uma simples mortal. Para mim, é sentença de morte. Não posso correr esse risco. O castigo é muito severo.
A menina Isabel, chorando, respondeu:
- O mago, Merlin, nunca vai saber disso. Será o nosso segredo para o resto de nossas vidas. É causa justa, é caso de vida ou morte! Se você não me transformar logo, vai ser tarde demais. Todos irão morrer. Aquele dendroclasta está exterminando o meu mundo. Amiguinhos meus estão morrendo indefesos. Pelo amor do criador do mundo do faz-de-conta, ajude-me a salvá-los, por favor!?
A fadinha amiga, piedosa que era, não vendo outro jeito, comovida, repleta de compaixão, resolveu desobedecer à ordem do seu superior, e, ao estatuto de sua lei, e decidiu ajudar a menina Isabel.
Pôs o seu dedo mindinho no narizinho dela e pronunciou as palavras mágicas, dizendo:
-Pirilim, trintrinc, trimplintrinc... Repetiu três vezes, e, de repente, o corpinho da menina Isabel foi sofrendo uma mutação, e transformou-se numa ave grande e forte e muito formosa – numa Águia Dourada.
Bem baixinho, a fadinha sussurrou ao pé do seu ouvido, dizendo:
- Voa, voa, voa bem alto minha linda Águia Dourada, e salve o mundo encantado e todos os habitantes do reino da menina Isabel.
A ave deu um vôo rasante, e aos poucos começou a voar, voar bem alto e poderosamente, como nem outro pássaro jamais havia voado em todo o mundo encantado.
A fadinha sentou-se muito preocupada diante da sombra de uma bela arvoreta, e, resmungando, disse a si mesma: “Por Merlin! Como vou sair dessa?... Desobedeci o mandamento mais sagrado do livro das fadas. E, agora?!”
Só aí ela se deu conta do que tinha feito. Não havia mais jeito de voltar atrás. O grande problema, além de sua desobediência, era que não sabia desfazer aquela mágica. A menina Isabel poderia viver eternamente como uma Águia Dourada. Era sua primeira mágica, sua iniciação.
Enquanto isso, a Águia Dourada fora ao encontro daquele monstro destruidor da floresta e ao se aproximar dele, furiosamente, disse:
- Por que você está destruindo o mundo encantado da menina Isabel?
O dragão respondeu:
- Porque alguém deste mundo encantado roubou o ovo de ouro do meu povo, e, sem ele, todos os dragões desaparecerão. Será o fim da minha espécie. Eu soube ainda, através da bruxa Doroti, que, o sumiço do ovo foi a mando do mago Merlin, porque ele quer dominar todos os mundos.
A Águia Dourada, ficou entristecida e muito pensativa... Na verdade, o que aconteceu, de fato, foi que a bruxa malvada invejosa queria destruir a felicidade do mundo encantado da menina Isabel, e, ao descobrir o segredo do ovo de ouro dos dragões resolveu roubá-lo, e pôr a culpa no mundo da menina Isabel.
A Águia Dourada, levantando a cabeça, emocionada e preocupada com a mentira da bruxa, respondeu ao dragão:
- Como você pôde acreditar numa loucura dessas! Você sabe que a feiticeira é cheia de inveja, de ira; ela tem ciúme de todo mundo que vive feliz. Você acha que o poderoso mágico de todo o universo, o criador de todo o mundo do faz-de-conta, precisaria mandar alguém do mundo encantado roubar o ovo de ouro dos dragões para aumentar o seu poder e dominar todos os mundos? Você não acha que aí tem coisa? Tem o dedo podre da feiticeira?!
O dragão, fazendo uma pausa, parou e pensou... Deu um vôo extraordinário, foi até o rio do mundo encantado, encheu sua enorme boca d’água, e, sobrevoando a floresta em chamas, como um verdadeiro bombeiro, começou a apagar aquele incêndio, que ele mesmo havia provocado.
A Águia Dourada ficou muito feliz com a atitude do Dragão, e começou a ajudá-lo. Depois de muito trabalho, o fogo foi controlado e apagado, e o incendiário disse à sua ajudante:
- Desculpe-me, perdoe-me! Causei muitos estragos, sofrimentos, tristezas e mortes. Eu estava enfurecido, descontrolado, irado, e não parei para refletir. Acreditei na conversa mole daquela malévola feiticeira e fiquei fora de mim. Acreditei em quem não deveria, e, agora, estou arrependido. Vou tirar isso a limpo, vou até o castelo daquela maldita e vou exigir suas explicações, minuciosamente, detalhadamente, e, se ela não me disser a verdade e não me devolver o ovo de ouro, destruirei aquele lugar fedorento e horrendo.
Animada, feliz com esse procedimento, disse ao Dragão:
- Vou junto contigo, quero olhar bem no fundo dos olhos daquela invejosa, e quero ouvir o que tem a dizer.
O monstro concordou imediatamente, e os dois voaram três dias e três noites rumo ao destino almejado, o castelo da bruxa.
Mas, antes que eles chegassem, a feiticeira foi informada pelo seu olheiro, que vivia no mundo encantado – o seu Piolho, seu puxa-saco – de tudo o que havia visto e ouvido... E que o Dragão e a Águia Dourada estavam a um passo de seu castelo.
A feiticeira não perdeu tempo e convocou o seu exército do mal para impedir a ação do Dragão e da Águia Dourada.
O exército da feiticeira armou uma cilada, uma tocaia para os invasores, que foram surpreendidos, feridos e imobilizados, acorrentados e presos no calabouço do castelo.
Longe dali, no mundo encantado, Dona Arvoreta despertou subitamente e acordou a fadinha angustiada e disse:
- Eu tive um sonho muito ruim, um mau presságio. Vi o seu Dragão e sua amiguinha – a Águia Dourada, tocaiados pelo exército do mal da feiticeira e foram surpreendidos, feridos, acorrentados e presos no calabouço do castelo da bruxa. Correm perigo de vida. Você tem que fazer algo imediatamente, senão eles vão desaparecer para sempre.
Meio sonolenta ainda, e sem compreender direito, a fadinha disse, de supetão:
- Mas, como assim? Que conversa fiada é essa? Quem me diz uma asneira dessa?
Só um pouquinho depois, ela se deu conta de que estava sozinha, que havia sonhado, tido uma premonição ou algo parecido... Confusa, olhou para os lados, não viu ninguém... E dona Arvoreta mais uma vez insistiu, dizendo:
- Não, não é devaneio seu, sou eu que lhe falo.
E, despertando a fadinha, dona Arvoreta lhe mostrou, através do seu espelho mágico, o Dragão e a sua amiguinha, presos. E, contou-lhe tudo o que havia acontecido... e ainda, disse-lhe:
- Somente você pode salvá-los. Faça isso antes que seja tarde demais, pois a bruxa malvada pretende transformá-los em soldados de seu exército maligno. Esse castigo é pior que beber do veneno da própria morte.
A fadinha, chocada com essa notícia, não viu outro jeito, senão pedir socorro para o grande mago, Merlin, e lhe contar toda a história, acontecesse o que acontecesse. Era tudo ou nada! Era caso de vida ou morte! De súbito, transportou-se para o Castelo do grande Mestre. Imediatamente, marcou uma audiência e foi ter com ele, e lhe confidenciou:
- Senhor, criador do planeta da imaginação, do mundo encantado e do mundo do faz-de-conta, cometi um grave erro, um pecado mortal, desobedeci a lei do grande livro das fadas. Sem o seu consentimento transformei a menina Isabel em uma ave poderosa. Mas, afirmo-lhe, senhor, foi por causa justa e urgente, caso de vida ou morte! O Dragão destruidor, estava incendiando o mundo encantado. Perdoa-me, senhor, por isto! Mas, a menina, Isabel, desesperada, vendo o seu mundo em chamas ardentes e os seus amigos morrendo, suplicou-me, e, naquele instante, agi de acordo com o meu coração, e vi que a única forma da menina enfrentar a fúria do monstro era através da minha ajuda, por isso, fiz o que fiz.
A fadinha contou-lhe toda a história, e disse que precisava de sua ajuda para salvá-los das garras da bruxa malvada, senão eles poderiam morrer ou tornarem-se escravos do exército da feiticeira. O poderoso mago, respondeu:
- De fato, você cometeu uma gravíssima falta e será julgada de acordo com o seu erro, pelo Tribunal das Fadas. Se for condenada, nada poderei fazer para ajudá-la. Se for absolvida, dar-lhe-ei poderes para que lute contra o exército do mal e os feitiços de Doroti, e salve os seus amigos.
A fadinha ficou detida no palácio do mago. Mas, naquele mesmo dia, o grande mestre convocou o Tribunal das Fadas, para julgá-la, assim composto: O juiz – O mago Merlin; o defensor público do livro sagrado – o papa das fadas – o senhor Bagú; o advogado da fadinha – o doutor Galileu; O corpo de jurado – formado por sete fadas madrinhas, dois duendes e dois gnomos.
Iniciado o julgamento, o defensor do livro sagrado do mundo do faz-de-conta, disse, após a leitura dos autos:
- As leis do livro sagrado são bem claras, e diz: no seu capítulo I - art. 4°. “-Nenhuma fada iniciante poderá fazer qualquer mágica sem a permissão do grande mago, Merlin. Aquela que desobedecer a lei perderá o seu poder mágico e viverá como uma simples mortal, e será jogada e abandonada para sempre no calabouço do mundo da escuridão.” Por isso, peço ao corpo de jurado que a condene, para que isto sirva de exemplo para as outras fadinhas principiantes. Não podemos abrir nem um precedente, para que não caiamos na ridicularidade em casos futuros. Peço pena máxima para a fadinha desobediente.
Levantando-se, o advogado da fadinha disse:
- Excelentíssimo senhor Defensor se esqueceu de que toda regra tem a sua exceção. A fadinha não fez uma mágica por achá-la bonita ou para se aparecer. Ela socorreu uma amiga em apuro, que, desesperada, implorou-lhe ajuda para salvar o seu mundo da fúria do Dragão e do incêndio da floresta. Foi caso de vida ou morte! Se a fadinha não tivesse tomado essa atitude naquele momento, todo o mundo encantado teria sido destruído e se transformado em cinzas, e todos os seus habitantes estariam mortos agora. Não vejo nenhum crime nisso. Provavelmente, se ela não tivesse tomado aquela decisão, naquela hora, estaríamos aqui, não a julgando, mas condenando-a por omissão, o que seria de fato um crime imperdoável.
Nesse momento, a platéia, que era formada por muitos gnomos, duendes e pelos habitantes do mundo encantado, pronunciaram: “Ela é inocente! Inocentem-na! Salvem-na, antes que seja tarde demais! E o Juiz, o poderoso mago, Merlin, com o seu martelo prateado, bateu-o várias vezes em sua sineta, pedindo: silêncio! silêncio! Senão vou colocá-los para fora do tribunal.
O Julgamento foi suspenso por duas horas. O júri reuniu-se para tomar a decisão final.
Logo depois, recomposto o julgamento, o juiz, o todo poderoso mago, Merlin, perguntou ao Presidente do júri:
- Senhor presidente, qual foi o veredicto do júri?
O senhor presidente respondeu:
- Excelentíssimo senhor juiz mago Merlin, o júri, depois de muito raciocinar, por unanimidade, chegou à conclusão de que a fadinha Raio de Sol é inocente!
A felicidade do auditório foi de grande euforia... E o senhor juiz determinou que ela fosse solta, imediatamente. A Fadinha agradeceu o seu advogado e todo o júri, dizendo: “Muito obrigada! Por Merlin, muito obrigada!” E, foi ter com o juiz, em seu gabinete, dizendo:
- Senhor, meu poderoso mago Merlin, ajude-me a salvar o Dragão e a menina Isabel, eu não sei o que fazer!
Merlin disse à fadinha Raio de Sol:
- A partir de agora, você será uma fada de quinta grandeza e terá poderes de uma fada madrinha. Ordeno-lhe que descubra quem roubou o ovo de ouro do mundo dos Dragões e o puna conforme a sua consciência. Dê-lhe o merecido castigo.
A fadinha, rapidamente, convocou treze amigos, para ajudá-la nessa missão. E partiram para a batalha na hora do crepúsculo.
O exército do bem, representado pela fadinha e seus amigos, iria enfrentar o exército do mal, da bruxa malvada. O risco de morte e destruição era muito grande. O combate seria sangrento e ninguém podia prever o seu final.
Ao se aproximar do castelo maligno, o exército do bem surpreendeu o exército do mal; e a fadinha, seus gnomos e duendes, transformaram o exército da bruxa em estátua gélida... e invadiram o castelo; e de surpresa adentraram o laboratório da megera, e a fadinha Raio de Sol, com os poderes ganhos do seu mestre, disse a ela:
- Exijo que solte os meus amigos agora mesmo, senão, vou transformá-la numa coisa feia, tão feia, que teria sido melhor nunca ter existido. Se não me atender agora mesmo, vai se arrepender por toda a sua existência diabólica.
Sentada no seu trono horrível, a bruxa, desconcertadamente, com ares de coitadinha, disse:
- Não sei do que você está falando!
E, a fadinha, irritada, impaciente, severamente, respondeu:
- Estou perdendo a minha calma, obedeça-me, ou destruí-la-ei eternamente.
A bruxa, notando que a fadinha falava com compostura, com medo respondeu:
- Eu sei que você agora tem poderes, é uma fada madrinha, mas, só vou pô-los em liberdade, se fizermos um acordo.
A fadinha, angustiada, disse:
- Que tipo de acordo?
A bruxa, tremendo de medo, falou:
- Você tem que me prometer que vai conter a fúria do Dragão, para que ele não me destrua. Esse é o acordo. Sei que a palavra de uma Fada Madrinha não pode ser quebrada em hipótese alguma. Isso está escrito no grande livro sagrado das Fadas. Não é?
Raio de Sol, respondeu à bruxa:
- É verdade. Tem a minha palavra! Agora, solte-os.
A bruxa ordenou aos seus malfeitores, que soltaram o Dragão e a Águia Dourada. Foram trazidos imediatamente ao laboratório da bruxa, que ao verem a fadinha, alegraram-se, e o Dragão, enfurecidamente, disse:
- Doroti, bruxa de belzebu, larapia e mentirosa, agora me fale aonde está o ovo de ouro do meu povo?
A bruxa, encurralada, sitiada, resolveu ceder e contar a verdade, dizendo:
- Está bem, eu confesso que o roubei, mas só vou devolvê-lo se me prometer que não vai destruir-me, conforme o acordo que fiz com a Fada Madrinha.
Nesse exato momento, o Dragão fitou a Fadinha, que balançou a cabeça, afirmativamente, e, o Dragão então disse:
- Sendo assim, prometo. Mas, traga-me logo o que é meu, antes que eu mude de idéia.
A bruxa mandou os seus comparsas buscarem imediatamente o ovo de ouro, e o entregou ao seu legítimo dono.
O Dragão, felicíssimo, despediu-se dos seus amigos e mais uma vez pediu perdão para Águia Dourada, pelos danos, mortes e sofrimentos que causou aos habitantes do mundo encantado, e partiu.
A fadinha disse à bruxa malvada:
- Prometi e cumpri. O Dragão não lhe destruiu. De hoje em diante, você não terá mais o poder de fazer mal. Passará o resto de sua vida nojenta condenada a vegetar no mundo da escuridão, no calabouço do seu castelo sujo, sozinha. Conhecerá o sofrimento da pobreza, da solidão e da velhice. Depois pagará os seus crimes conforme o que está escrito no grande livro do mago Merlin. Será, a partir de agora, uma simples mortal, e conhecerá a morte... Seu exército transformá-lo-ei numa tropa do bem, vai ajudar todos os necessitados... Chamar-se-á o exército da salvação dos excluídos. Aonde houver uma destruição, incêndio ou catástrofe, estará lá para ajudar a salvar e depois a reconstruir... Esse é o seu castigo.
Condenando a bruxa, enviou os exércitos para uma missão secreta... A fadinha, despediu-se... E partiu com a sua amiguinha.
Depois de longa viagem, resolveram descansar. Aterrissaram debaixo daquela mesma arvorezinha... E a Águia Dourada disse:
- Estou muito feliz por toda ajuda que me deu. Salvei muitos amigos e meu mundo encantado da fúria do Dragão, e a questão do roubo do ovo de ouro foi esclarecida. Agora quero voltar a ser novamente o que sou, a menina Isabel, certo?
A fadinha tristemente lhe respondeu:
- Virei o meu mundo do avesso para ajudá-la. Fui parar no Tribunal das Fadas por isso. Não estou nenhum pouco arrependida pelo que fiz. Faria tudo de novo. Mas, não sei como desfazer essa metamorfose, não sei como transformá-la novamente na minha amiguinha. Naquele dia eu tentei avisar você, mas tudo aconteceu tão rápido, que não me deu ouvidos, nem tempo para eu falar.
A Águia começou a chorar, desesperadamente, e a dizer para si mesma: “E agora, meu Senhor, Merlin, criador do mundo do faz-de-conta e do mundo encantado, o que será da minha vida? O que vou dizer para os meus pais? O que vão pensar de mim ao me verem assim? Ajude-me!”
De repente, com autoridade, uma voz serena sai da boca daquela arvorezinha e diz:
- Não chore, menina Isabel, não chore! Sou eu, o mago Merlin. Ouvi os seus clamores... Conheço seu coração e a sua grandeza, e vi o amor que sente pelo seu mundo encantado e pelos seus amigos; vi a sua coragem ao enfrentar a fúria do Dragão para salvá-los; o desafio que encarou para provar quem era a verdadeira ladra do ovo de ouro. Todo o seu gesto e toda a sua ação são dignos de aplausos em todo o meu mundo. Portanto, dou à fadinha o poder para que ela possa desfazer essa mágica e você voltar a ser quem era.
O poderoso mago Merlin deu poderes à fadinha, e ela pôs o seu dedinho no nariz da Águia Dourada e disse:
- Pirilin, trintric, trimplintric... Repetiu três vezes as mesmas palavras e mais três de formas inversas, e a menina Isabel, num passe de mágica voltou a ser como era.
O mago Merlin, assistindo a esse momento espetacular, deu um grande “arroto”, fechou sua boca, enorme, e adormeceu novamente. E, a fadinha disse à sua amiguinha:
- Vá imediatamente para o seu mundo encantado e reencontre a felicidade, porque é a única riqueza que vale a pena, é o tesouro; todo mundo a carrega dentro de si mesmo, mas pouca gente consegue encontrá-la.
E, falando assim, abraçou a menina Isabel, deu três beijinhos e partiu...
A menina Isabel, correu para o seu mundo, convocou todos os seus amigos, e disse:
Vamos reconstruir nosso mundo encantado, num mutirão de solidariedade, porque a vida só tem valor e graça se tiver cooperação de todos, em qualquer momento, mas principalmente nos difíceis. O amor, o respeito e a amizade são sentimentos fundamentais para que uma sociedade possa viver em paz. A amizade salvou o nosso mundo encantado da fúria do Dragão e da mentira da bruxa Doroti.

“Lembrem-se que a verdade vem sempre à tona, doa a quem doer... A mentira tem perna curta!... E, o bem sempre vencerá o mal, custe o que custar!”

(Respeite o direito autoral... - do livro de minha autoria Crisálida - a motivação da vida)

Foto de manoel pereira da silva

CARTA DE UM MATEMATICO

CARTA DE UM MATEMATICO ( ZÉ POLINÕMIO)

Quadrante, 10 de 8tubro de 2008

Querida Com6São,

Elementos irracionais traçam planos para que eu saia pela tangente. Fiquei quociente quando analisei a questão. Considerei a hipótese que eu seja quadrado, mais não passei do limite. Pertenço ao um ciclo e não tenho razão para ser produto do meio. É natural fazer parte do x-tema e não sou radical em ver a coisa por outro ângulo. Às vezes ando em linha reta para cortar as curvas e nem por isto sou um produto notável. È falsa a afirmação que eu seja determinante sendo eu como seno vivo circulando de quadrante em quadrante e qualquer elemento não vazio pode ver meu sinal. Ontem, ao sair de ¼ fui taxado de descriminante sendo obrigado fazer uma mudança de base. Naquele intervalo acreditei ter o domínio e na mesma seqüência, observei um cateto, cuja imagem não parecia real. O tal cateto formava um ângulo e na medida em que eu dizia decimais, ele em seu ponto afirmava que era oposta a uma criatura cujo nome era Hipotenusa. Permutei algumas coisas fiz certos arranjos e senti quer mudei de expressão. Querida: juro 100% que se não tivesse potencia tinha mesmo saindo pela tangente ou quem sabe reduzido a uma simples fração ordinária. Con6são: em minha contagem tais elementos devem possuir um fator comum e necessito colocá-lo em evidência. Devo alinhar os pontos seguindo determinada proporção para não ser chamado de elemento neutro. Ah! Ia esquecendo: esses elementos dos quais te falei são Reais e por esta razão prefiro levá-lo em conta. Aceite os comprimentos integral deste que muito te ama.

Cosseno de “X”

Foto de Vivian Flores

Destino

Hoje estou solitária
Amanhã talvez amada
Mas sempre inconformada
Com meu próprio jeito de amar...
Viver
Sorrir
Estou amando...
Estou idolatrando
Mas como?
Como vou saber se estou me enganando...
Se estou sonhando
Ou se estou vivendo uma linda realidade...
Com tom de verdade
E sinceridade
...Estou confusa
Realmente confusa
Choro e riu...
Morro e sobrevivo
Amo e não sei se sou amada
Tendo me conformar com esta hipótese
Que pode não ser só uma hipótese
E sim o começo de um grande sofrimento
Me lamento
Por nesse momento
Não estar conseguindo definir realmente o meu sentimento
Há horas em que riu...
Há horas em que choro
Horas em que sei que sou amada
Mas horas em que já não sei mais se ser amada ainda é possível
Ninguém tem culpa
Porque a culpa é minha
Porque errei?
Será que foi para aprender?
Porque se foi por isso...
Eu aprendi
Mas não sei se fui perdoada
Será que fui?
Será que mereço?
Ou mereço um castigo?
Que castigo?
Será que é o que estou recebendo?
Acho que sim...
Esse castigo é cruel
Porque sofro de amor
De dúvidas
Estou num mar de dúvidas
Que não consigo entender
Mas acho que meu amor não me castigaria
...Realmente não me castigaria
Mas sim o destino...
Que é bom
E ao mesmo tempo cruel
Que é de alegrias
E ao mesmo tempo lamentações
Mas um dia esse castigo passa
E se tornará uma lição em minha vida
Uma lição que não posso esquecer jamais
Para não errar denovo
E magoar quem eu realmente amo
E sem me colocar denovo
...Nas mãos do cruel DESTINO...

*OBS: Este poema foi feito há 7 anos atrás...quando eu tinha apenas 15 anos de idade*

Foto de Osmar Fernandes

O medo

O medo

“O medo é o maior inimigo do homem. Ele está por trás do fracasso, da doença e das relações humanas desagradáveis. Milhões de pessoas têm medo do passado, do futuro, da velhice, da loucura e da morte. O medo é um pensamento em sua mente, e você tem medo dos seus próprios pensamentos.
Se você tem medo do fracasso, dedique sua atenção ao sucesso. Se você tem medo de um acidente, pense na orientação e na proteção de Deus. Se você tem medo da morte, pense na vida eterna. Deus é vida e esta é a sua vida agora. (“Dr. Joseph Murphy).”
Jesus, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito. Então lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até a morte; ficai aqui e velai comigo. E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu rosto,orando e dizendo: Meu pai , se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres. E, voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos; e disse a Pedro: Então nem uma hora pudeste velar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca. E, indo a segunda vez, orou, dizendo: Pai meu, se este cálice não pode passar de mim sem eu beber, faça-se a Tua vontade. E, voltando, achou-os outra vez adormecidos; porque os seus olhos estavam pesados. E, deixando-os de novo, foi orar pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras. Então chegou junto dos seus discípulos, e disse-lhes: Dormi agora, e repousai; eis que é chegada a hora, e o Filho do homem será entregue nas mãos dos pecadores. Levantai-vos, partamos; eis que é chegado o que me trai. (Mt. 26:37 à 46).
Jesus, o Salvador do mundo, também sentiu o medo, o medo da morte. Todo mundo sente ou já sentiu algum tipo de medo na vida. Existe o medo normal e o medo anormal:
O medo normal é bom, traz perfeição e responsabilidade. Quem já não sentiu medo de falar em público? Quem já não sentiu medo de viajar de avião? Quem já não sentiu medo de andar de elevador? Quem já não sentiu medo de dirigir? Logo, o medo normal fortalece e deixa a pessoa mais atenta e criativa... e naturalmente a transforma em vencedora.
Por outro lado, o medo anormal é fatal. A síndrome do medo obsessivo vem de traumas da infância, complexo de inferioridade,frustração, estresse, insegurança e outras causas. O medo que apavora enlouquece ou mata. Quando alguém chega neste estágio do medo, precisa urgentemente, de ajuda médica, de preferência, um especialista no assunto.
O medo também é um estado mental, tanto negativo, quanto positivo, e vai predominar aquele no qual a pessoa acreditar, obviamente. Mas, é bom ficar atento, tomar cuidado, porque nem tudo o que a gente vê, é o que realmente pensou que viu...
“E, à quarta vigília da noite, dirigiu-se para eles, andando por cima do mar. E os discípulos, vendo-o andando sobre o mar, assustaram-se, dizendo: É um fantasma. E gritaram com medo. Jesus, porém, lhes falou logo, dizendo: Tende bom ânimo, sou eu, não temais. E respondeu-lhe Pedro, e disse: Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas. E ele disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus. Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me! E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o, e disse-lhe: HOMEM DE POUCA FÉ, por que duvidaste? E , quando subiram para o barco, acalmou o vento. Então aproximaram-se os que estavam no barco, e adoraram-no, dizendo: És verdadeiramente o Filho de Deus.” (Mt. l4:25 à 33).
Um neto disse à sua avó:
- Vó, eu te amo! Mas, quando você morrer, não vou ter coragem de me despedir da senhora no velório. Tenho medo de velório, de gente morta, de caixão! Dá-me arrepios só de falar nessas coisas horrendas. Tenho mais medo de velório e gente morta que o diabo da cruz!
A vovó, Mainha, lhe respondeu, dizendo:
- Leitinho, não precisa ter medo de morto, morto não pode fazer mal a ninguém. Eu te amo muito, jamais lhe fiz mal algum em vida, e prometo-lhe por tudo o que há de mais sagrado entre o céu e a terra, que, em hipótese alguma lhe farei mal, estando eu morta. Vou lhe confidenciar uma passagem da minha vida: Eu também, na sua idade, entre doze e treze anos, tinha muito medo de defunto, não suportava nem ouvir falar de morte. Mas, num belo dia, sua bisavó me ensinou uma simpatia para que eu perdesse este terror. Isso já faz alguns anos, e como ela me mandou fazer, fiz, e nunca mais senti o pavor de velório, de gente morta, enterro, etc. Portanto, vou lhe ensinar também, e se você cumprir à risca, nunca mais sentirá este medo pavoroso. Você vai fazer o seguinte: Ao falecer um grande amigo, ou um parente de primeiro grau, vá ao velório, aproxime-se do caixão e beije a planta do pé direito do morto, por três vezes consecutivas, sem receio, e mentalmente, ore a oração do pai-nosso. Não comente isso com ninguém, nem mesmo com a mãe; e jamais sentirá medo de defunto outra vez.
Algum tempo depois, sua vovozinha veio a falecer, e o menino, lembrando-se da simpatia que ela lhe havia ensinado, a fez, à risca, conforme o dito de sua vó. O medo sumiu... Foi enterrado junto com ela. Nunca mais teve aversão ou pavor de gente morta fosse quem fosse: um amigo, um parente ou simplesmente um estranho. Alguns anos mais tarde, Leitinho tornou-se o proprietário da funerária mais requintada e mais importante de sua cidade e região, tornando-se rico e respeitado em toda a Comarca. Todo dia dois de novembro, dia de finado, a capricho, leva para sua vovozinha uma coroa de flores. E diante de seu túmulo lhe agradece dizendo:
- Vovó eu te amo muito, se não fosse o ensinamento e a simpatia que você me ensinou, não sei o que seria de mim e de seus bisnetos. Fique com Deus eternamente... Até um dia.

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