Guerra

Foto de Jah Live

O mal ta na politica (Ritmo de RAP)

Vida de loucura essa a que vivemos
Alguns estão com fome e outros estão morrendo
E para os governantes é tudo diversão
Desde que recebam o tal do “mensalão”

Cadê a união e o bem que ela nos trás?
Todo dia eu penso a violência ta demais
A guerra gera lucros pra “eles” tanto faz
O que não pode haver é a tão sonhada paz

A paz não vende armas, a paz não trás a guerra.
A paz trás união para toda a terra
E o que ela gera é o total amor
E como vão lucrar se já não existe dor

Política é ganância, falsa esperança.
Passam para trás ate mesmo uma criança
Ambição em alta voltagem só para você ver
Que no final todo político só quer enriquecer.

Foto de Edson Rodrigues Simões Diefenback

Escreve

Escreve... A folha escrita: um pássaro que voa, um palavra de carinho, um amor declarado
Cada cérebro: um ninho onde a idéia produz
Amor, Ódio, Verdade, Engano, Treva, Luz,

Somando mal ou bem, de pessoa à pessoa.
Escreve... A pena talha anseio, gloria, cruz,

Virtude, guerra, paz, grilhão, asa, coroa...
O pensamento cria, ampara, aperfeiçoa,
Degrada, oprime, salva, ilumina, conduz!...

Escreve... Mas escolhe o assunto, o verbo, a frase.
Reconforta, constrói, levanta, ensina, traze,
Onde estejas servindo, a inspiração de escol!...

Escreve aprimorando!... O texto mesmo breve
Transforma-se no Além, conforme o que se escreve,
Em cadeia de sombra ou Caminho de Sol.

Foto de Peter

O Mundo

Vivemos numa sociedade envolta
No capitalismo e sem mais nada
Para oferecer do que uma simples nota
Será que ninguém olha em volta
E vê que o amor, a paz e a compaixão
São todos enterrados num caixão
Em nome de uma qualquer causa
Promovida pelos senhores da guerra
E é por essa mesma causa
Que morrem e ficam sem terra
Milhões de pessoas hoje, ontem e amanhã
E os nossos insignificantes valores
Acabaram nos louvores
Dados a esses senhores
Quando é que isto acabará?
Enquanto eles lutam a terra morrerá
Aos poucos vendo os humanos a lutarem
Ao invés de olharem
Para a terra e apreciarem
Este belo planeta

Foto de brunomiguelmata

Homem desesperado (Bruno Miguel Mata)

Viver na solidão

é viver com dor,

com sofrimento,

é viver sem emoção.

Para quê levar uma vida assim?

Será que vale mais morrer,

ou sofrer?

Vida sem valor,

sem amor.

Mas que mal fiz eu,

porquê a mim?

Eu só queria um grande amor,

com muita ternura,

com muito calor.



Um calor tão intenso

que me aquecesse o coração,

uma mulher que me amasse,

que me pudesse pôr louco de paixão.

Como não tenho essa sorte,

pois ningém gosta de mim,

vou beber um copo de veneno,

pois prefiro morrer assim.

Pode ser que lá em cima,

eu seja mais feliz

pois neste mundo de ódio, de guerra, sem alegria

já não aguento mais.

Não sei o que se passa

sinto o corpo a tremer

estou cheio de calor

será que é agora que vou morrer?

A quem encontrar este meu corpo infeliz,

leia esta minha menssagem,

pois só lhe darei um conselho,

sê mais forte do que eu.

Adeus mundo cruel!!

Bruno Miguel Mata

Foto de FERNANDO_JOSÉ

Amar-te (Fernando José)

Para a minha amada Rosinha

Amar-te é um sentimento quente

que está sempre presente

que continuamente se sente...

amar-te é ser audaz

é sentir a tua paz

é querer guerra de beijos

ter a coragem de mil desejos

é querer mimo incontido

é um carinho a partilhar

é sentimento bem sentido.


Amar-te ? Oh amar-te, é alegria

é transformar uma noite fria

num quente aconchego

oh !!! amar-te é pintar o sentimento

aquele que sinto cá dentro

de uma forma total e pura

numa tela bem segura

e saber que o tema a expor

pintado não a uma só cor

será sempre o nosso amor !!

Fernando José

Foto de Patrícia

Canção Perdida (Guerra Junqueiro)

Hálitos de lilás, de violeta e d'opala,

Roxas macerações de dor e d'agonia,

O campo, anoitecendo e adormecendo, exala...

Triste, canta uma voz na síncope do dia:

Alguém de mim se não lembra

Nas terras de além do mar...

Ó Morte, dava-te a vida

Se tu lha fosses levar!

Ó Morte, dava-te a vida

Se tu lha fosses levar!


Com o beijo do sol na face cadavérica,

Beijo que a morte esvai em palidez algente,

Eis a Lua a boiar sonâmbula e quimérica...

Doce, canta uma voz melancolicamente:

O meu amor escondi-o

Numa cova ao pé do mar...

Morre o amor, vive a saudade...

Morre o Sol, olha o luar!

Morre o amor, vive a saudade...

Morre o Sol, olha o luar!

Lactescente a neblina pálida flutua,

Diluindo, evaporando os montes de granito

Em colossos de sonho, extasiados de Lua...

Flébil, chora uma vez no letargo infinito:

Quem dá ais, ó rouxinol,

Lá para as bandas do mar?

É o meu amor que na cova

Leva as noites a chorar!

É o meu amor que na cova

Leva as noites a chorar!

A Lua enorme, a Lua argêntea, a Lua calma

Imponderalizou a natureza inteira,

Descondensou-a em fluido e embebeu-a em alma.

Triste, expira uma voz na canção derradeira:

Ó meu amor, dorme, dorme

Na areia fina do mar,

Que em antes da estrela d'alva

Contigo me irei deitar!

Que em antes da estrela d'alva

Contigo me irei deitar!

Guerra Junqueiro (1850 - 1923)

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