Graça

Foto de Sirlei Passolongo

Sem Laços e Babados

Ela brincava de boneca
Com inocência e graça
Cantava canções de ninar
Vestia laços e babados.

Sonhava ser bailarina
Usar sapatilhas brancas
Com vestido de tule fina.

Um dia ela se fez mulher
Uma rosa linda, apaixonante
A boneca num canto largou
Nada era como antes...

Perdeu a velha inocência
E se cobriu de malícia
As canções de outrora
Estão todas fora de moda.

Não sonha vestido de tule
Nem sapatilhas de bailarina
Veste micro-saias e saltos finos
Gosta de dançar funk na balada

Mas a boneca que hoje embala
É uma linda menina que chora.

Uma nova história
Talvez a mesma sina.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

" PALAVRAS SOLTAS "





Tanto podem abençoar como amaldiçoar
Em nome do amor ela vem bem singela
Límpida clara Arida.
Em nome do ódio ela vem profana
Ela engana mata destrói disfarça.

São conjuntos de letras, que se unem
Para passar aquilo que a mente o coração.
Está a pensar, esta cheio.

Às vezes ela machuca, outra conforta.
Bem dita abre a porta, como também as fecha.
Ela liberta como condena.

Ela avisa como alerta ela critica,
Quando não bem usadas, ferem,
Difere a razão, a emoção.

Saem de bocas grandes pequenas,
Não importa cada um sabe como usá-la.
Sendo que alguns não têm domínio.
E faz da palavra seu domínio de ser.
Põe-se a constranger, como a proteger.

Assim como nós elas escapam a razão,
Fere coração, perde-se se embolam.
Falta contentamento discernimento.
Até mesmo sentimento para completá-la.

Na verdade nos tornamos escravos dela.
Mas também podemos controlá-la.
Pois o que sai da boca, pode ser doce.
Como veneno em forma de graça.
Vingança fazendo pirraça.

Antes de abrir a boca convém,
Cuidar das palavras que delas saem.
Pois as palavras conjugam
O que o coração e mente estão cheio.
Controle suas palavras.
Não deixe-as soltas...

*-*Anna A FLOR DE LIS.

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http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=39704

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

" É O AMOR"





*** É O AMOR ***

Não há explicação,
O que ferve o coração.
Não tem muito a dizer.
Deixa o tempo descrever.

É pura magia e sedução,
Um sentimento
Que invade o coração.

Nos deixa em estado de graça,
Sentimento que nos abraça.
Que nos entrelaça.

É um mistério ao qual
Muitos têm medo,
Outros não escondem o desassossego
Alguns até mantém em segredo..

É um sentimento puro perfeito.
Que vira a cabeça de qualquer sujeito.

É a brasa que acende,
E chama que inflama
Assim fica o coração
De quem ama!

É uma força grande pura e natural
Que muitos nunca viram coisa igual.
A força que comanda a vida.
É sentimento que protege a alma.
´
É a força concreta de união.
Que uni todos pelo coração.
Pois nunca queira dele duvidar.
Somos nós que temos que
Aprender a arte de amar...

*-*Anna A Flor de Lis.

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Foto de Sonia Delsin

ELEONORA

ELEONORA

Conheci Eleonora numa festa há alguns anos. Ela era uma mulher pequenina e muito bonita. Meu filho caçula se a tivesse conhecido decerto diria que ela era uma "baixinha gostosa". O mais velho diria que era uma pequena sereia.
O fato era que Eleonora era uma bela mulher e tinha o corpo muito bem feito. O rosto era sensacional, a boca carnuda; olhos oblíquos, intensamente azuis. O bumbum era redondinho e arrebitado e levava qualquer homem a olhar mais de uma vez.
Quando ela soube que eu gostava de escrever quis me contar sua história e eu tento transcrevê-la aqui neste conto:

Cresci numa fazenda do interior do Brasil em meio a bois e cavalos. Meus pais eram moralistas e criaram a mim e a meu irmão na mais rígida educação. Minha mãe não me deixava jamais vestir calças compridas e montar.
Eu via Jorginho montando lindos cavalos e aquilo me deixava enfezada. Por quê não eu? O que havia demais em ter nascido sem aquilo no meio das pernas?
Claro que eu sabia a diferença que existia entre nós dois. Eu nascera com aquela fenda e ele com um apêndice. Escondidos de mamãe nós tomávamos banho de cachoeira completamente nus. Foi o idiota do Chicão que nos surpreendeu um dia e contou ao papai.
Jorginho era um ano mais novo que eu e me adorava. Eu também amava aquele menino sardento e irrequieto.
Havia também na fazenda os filhos dos colonos: Mariana e Marcelo. Eles eram mulatinhos e muitas vezes também conseguimos driblar a vigilância de mamãe e brincamos juntos. Marcelo era uns dois anos mais velho que eu e tinha o pênis bem maior que o de meu irmão. Quando nadávamos nus ele encostava aquele enormidade em mim e eu achava tão bom.
Papai me dizia que eu precisava tomar cuidado com a minha fenda porque ela poderia ser o motivo de minha perdição. Na época eu não conseguia entender o porquê de uma coisa daquelas ser prejudicial a alguém.
Eu era uma menina esperta e aos doze anos parecia ter pelo menos quinze. Foi nessa época que Marcelo mudou-se da fazenda.
Antes de mudar-se ele me pediu uma prova de amor e eu me entreguei a ele. Foi em meio ao feno e ao fedor de estrume que nós nos pertencemos. Ele estava trêmulo quando arrancou meu vestido. Foi uma penetração difícil porque ele era muito bem dotado e éramos completamente inexperientes. Sangrei muito e chorei de dor. Nós dois queríamos que o pênis dele me penetrasse inteira; mas não conseguimos de forma alguma. Nós nos movimentávamos para baixo e para cima como estávamos acostumados a ver os cavalos fazendo com as éguas --escondidos espiávamos, é claro). Depois de várias tentativas Marcelo acabou gozando nas minhas coxas. Eu não conseguia crer que fosse assim.
Tempos depois nós também nos mudamos para a cidade e conheci Alfredo. Este era um vizinho e possuía os olhos mais azuis deste mundo. Esqueci-me completamente de meu amiguinho de infância e me apaixonei por ele. Alfredo era um rapagão esnobe e não me dava a menor bola. Tinha treze para quatorze anos e ardia por ele.
Nas noites intermináveis eu precisava masturbar-me para conseguir conciliar o sono. Era pensando naqueles olhos intensamente azuis que eu me masturbava. Nunca parei para pensar como seria transar com ele. Era pelos olhos dele que eu havia me apaixonado.
Fomos apresentados um ao outro numa festinha que meus pais deram para comemorar os treze anos de Jorginho.
-- Prazer. Você é bonita. -- Pensei que você nunca houvesse me notado.
-- Não dá para não notar você, apesar de ser tão baixinha.
Os olhos eram ainda mais lindos de perto. Mas a voz tão arrogante!
Ainda nos falamos umas banalidades e só no final da festa ele me arrastou para um canto escuro e esfregou-se em mim.
-- Quero você.
-- Agora?
-- Encontre-se comigo amanhã atrás da varanda, embaixo daquela grande figueira.
Não consegui dormir a noite toda. Como seria transar com aquele gato?
Ele estava lá na hora combinada e nos deitamos no gramado. Alfredo me garantiu que todos da casa haviam saído. Ele arrancou rapidamente minha saia e minha calcinha e abaixou a calça. Foi tudo muito rápido e só depois de tudo terminado é que pude notar que ele era muito magricela e que tinha um pinto pequenino que não poderia nem ser chamado de pênis comparando-se com o do primeiro homem de minha vida.
Não me satisfez em absoluto e depois desta transa eu nem quis mais encontrá-lo.
Nos anos subsequentes dediquei-me de corpo e alma aos estudos.
Os rapazes começaram a dar em cima de mim e não achava graça em nenhum deles. Jorginho vivia rodeado por garotas e reclamava com mamãe que eu acabaria ficando solteirona.
Nessa época eu já completara dezoito anos e nunca tivera sequer um namorado. Minha experiência amorosa era nenhuma e sexual só acontecera de ter tido aqueles dois encontros que marcaram a minha vida.
Sentia um medo danado de não sentir prazer da próxima vez e vivia adiando um novo encontro com alguém.
Conheci Sérgio quando passei no vestibular para Odontologia. Eu vivia dizendo a papai que não era o que eu sonhava para meu futuro, mas ele praticamente me obrigava a estudar o que achava que seria bom para mim.
-- Você gosta de Odonto? Perguntou-me ele.
-- Não é bem o que eu queria.
-- Então por que optou por isso?
-- Não foi bem assim. Optaram por mim.
Sérgio olhou-me com seus enigmáticos olhos pretos.
-- Você parece ter personalidade. Não consigo entender.
-- Quero evitar discussões inúteis.
-- Mas trata-se de sua vida.
Pegando minha mão na sua ele puxou-me para um banco.
-- Quer namorar comigo?
Eu precisava tentar pelo menos. Vivia tão só nos últimos anos.
-- Topo.
Ele beijou-me e a sensação foi boa. Senti ferver novamente um vulcão que eu imaginava extinto. Sua língua começou a explorar a minha boca, suas mãos acariciaram meus mamilos e eu senti que poderia sentir prazer ao lado de um homem.
Nos primeiros dias ficávamos nos abraçando e nos beijando até que ele me levou para seu apartamento, e lá eu pude descobrir que mesmo um homem de pênis tamanho normal poderia me proporcionar muito prazer.
Ele me beijou inteira e deixou meu corpo todo desejando-o. Sua língua me explorava toda enquanto suas mãos também procuravam pontos em mim que me deixavam completamente excitada.
Foram as duas horas mais loucas de minha vida e jamais pensei que um dia pudesse ser daquela forma. Eu nem imaginava que um dia faria sexo oral e anal. Aconteceu com ele e foi muito bom.
Sérgio deitou-se relaxado ao meu lado e perguntou-me baixinho se havia gostado. Ele sabia que sim e só perguntara por perguntar.
Namoramos por dois anos. Eu continuava a estudar Odontologia.
Papai faleceu quando eu começava o terceiro ano. Desisti do curso e comuniquei a todos que voltaria a morar na fazenda. Era o que eu queria para mim.
Neste meio tempo acabamos terminando o namoro.
Mamãe também disse que ficaria morando na cidade com Jorginho, que também já estava na faculdade.
Não me importei de voltar só para lá; pois era o que eu sonhava. Viver entre bois, cavalos, estrume. Eu adorava cavalgar pelas nossas terras e mamãe não tinha pulso com os empregados. Eu sim saberia lidar com eles.
No início senti falta de Sérgio, das vezes em que ficávamos em seu apartamento; mas sexo não era tudo na vida. Era muito bom, mas não era tudo.
Em poucos meses na fazenda eu soubera me impor e todos os empregados me respeitavam muito.
Vivia vestindo roupas de montaria e foi cavalgando que conheci Luciano.
Era um homem feio. A pele marcada por acne, olhos verdes e frios. Ele vestia um jeans imundo e as botas estavam sujas de estrume. Era verdade que eu também vivia no meio de bois e minhas roupas eram grosseiras, mas procurava me manter limpa.
A princípio aquele homem rude me causou asco.
-- Pode me dizer que horas são?
-- Por que quer saber as horas neste fim de mundo?
-- Talvez pelo mesmo motivo que a senhorita esteja usando este relógio no braço.
Não gostei dos modos daquele estranho que encontrei enquanto cavalgava. Apertei o pé no estribo e Samara disparou num galope. No início ele pôs-se a me seguir, mas o cavalo em que estava montado não era um puro sangue como a minha Samara.
Chegando em casa desmontei a bela égua e deixei-a aos cuidados do Namberto. Tomei um banho e desci para almoçar.
A Albertina me avisou que tínhamos visita.
-- Quem está aí?
-- O novo vizinho.
-- Como é ele?
-- Um homem estranho. Fede que só ele.
Imediatamente lembrei-me do homem que havia encontrado. Seria o mesmo?
Chegando à varanda eu o vi parado, me esperando.
-- Peço que me desculpe pelo ocorrido, vim só para oferecer meus préstimos.
-- Fico agradecida -- disse sem saber se devia estender a mão.
Ele notando meu constrangimento foi dizendo:
-- Não se preocupe em me estender a mão senhorita. Desculpe-me pelo estado em que me encontro. Foi um problema que tivemos esta manhã. O touro rompeu a cerca e tivemos um trabalho danado para juntar a boiada. Fui grosso lá na estrada e vim pedir desculpas.
Ele se apresentou e eu pude observar que era realmente um homem feio, mas havia alguma coisa diferente nele. A verdade é que ele me atraia.
Dias depois ele apareceu na fazenda montando um lindo cavalo árabe.
-- Acabei de comprar. Gostou?
Eu era uma admiradora de cavalos de raça e lhe disse que era lindo demais.
Conversamos algum tempo sentados nas grandes cadeiras de vime da varanda e Albertina nos trouxe um suco de frutas bem geladinho.
Pouco tempo depois já nos falávamos como dois conhecidos de longa data. Ele me contou que havia se separado da mulher e que comprara aquelas terras para se instalar de vez ali.
Eu também lhe falei que pretendia passar o restante de minha vida naquelas terras que eu tanto amava.
-- E sua mãe? Seu irmão?
-- Mamãe gosta demais da cidade e meu irmão está estudando medicina.
-- Não se sente só aqui?
-- Às vezes.
Ele me disse que poderia voltar mais vezes para conversarmos.
Na despedida segurou algum tempo minhas mãos nas suas e uma corrente elétrica passou por todo meu corpo.
Luciano voltou outras vezes e acabamos nos tornando amantes. Descobri que ele conseguia me envolver emocionalmente mais do que sexualmente, mas era bom. Ele tinha um charme especial e sabia agradar uma mulher.
Um dia lhe perguntei porque não dera certo o primeiro casamento e ele me disse que a ex-mulher se apaixonara pela amiga.
Eu não me casaria com ele mesmo que me pedisse. Queria deixar as coisas como estavam. Quando ele queria vinha me ver e quando eu o queria ia ao seu encontro. Para que modificar o que estava sendo tão bom?

O nosso capataz sofreu um acidente fatal e eu precisava urgentemente de outro. Foi Luciano que sugeriu um homem que ele conhecia bem.
-- É um mulherengo, já aprontou das suas. Tenho um amigo que já perdeu a mulher por causa dele, mas acho que não tem nada a ver.
-- Então o que está esperando? Preciso deste homem para ontem.
-- Se tudo correr bem amanhã mesmo ele estará aqui.
No dia seguinte à tardinha Albertina veio me informar que o rapaz havia chegado.
Fui rapidamente atendê-lo. Precisava logo resolver aquela situação.
Um mulato alto estava de costas para mim e ele olhava tudo à sua volta.
Quando ele voltou-se para mim um sorriso enorme se estampava em seu rosto.
. Então era ele o tal homem? Agora eu podia entender o porquê de um homem perder a esposa para tal sujeito.
Fiquei sem ação. Marcelo estava diante de mim.Devia correr para seus braços, estender a mão?
Sorri gostosamente e gaguejei:
-- Que saudades! Que surpresa boa!
Foi ele que correu para me abraçar e sussurrou em meu ouvido:
-- Desculpe-me se faço isso. Fui louco em vir até aqui. Não conseguirei jamais ser um empregado seu.
Afastei-o delicadamente e pus-me a examiná-lo de cima a baixo. Vi que se tornara um homem alto e bonito demais. O corpo atlético e atraente. Lembrei-me de quando nadávamos nus em nossa infância. Lembrei-me daquela vez em que me entreguei a ele no meio do feno.
Só então me dei conta de que nunca quis um homem em minha vida mais do que quis aquele.
Foi a minha vez de abraçá-lo.
Albertina que se empregara na casa há pouco tempo estranhou aquela cena.
Era verdade que o tempo tinha passado, mas ele havia voltado e só isto me importava naquele instante.
-- Nunca consegui esquecê-lo.
-- Nem eu consegui esquecê-la.
Olhei-o diretamente nos olhos procurando a verdade e convidei-o para conversarmos sentados na varanda.
Albertina entendeu que eu queria estar a sós com ele e afastou-se.
Perguntei por onde andara, o que fizera da vida e se ainda estava solteiro. Ele respondeu que ainda estava "solteirinho da silva". Tivera um caso ou outro.
Sorrindo ele não se cansava de repetir:
-- Nunca me amarrei a ninguém. Acho mesmo que nunca a esqueci. Lembra-se daquela vez? Eu fiquei tão preocupado achando que a tinha machucado. Parti daqui me sentindo um verme. Tinha medo de me aproximar de uma moça e machucá-la. Fiquei mesmo traumatizado e foi só depois de muitos anos que consegui estar com uma mulher. Aos poucos fui apreendendo a lidar com ele -- dizendo isso ele abaixou os olhos em direção ao seu pênis. Você me perdoou por ter agido daquela forma?
Não pude deixar de rir e dizer que éramos completamente inexperientes. Fora só por isso.
Ele foi taxativo em afirmar que jamais conseguiria ser meu empregado e quando já ia se despedir sugeri que ficasse mesmo assim. Teríamos uma relação de amizade e ele me ajudaria enquanto eu não conseguisse outra pessoa.
Marcelo concordou em ficar, por uns tempos.
Luciano ficou me olhando com aqueles olhos gelados enquanto eu lhe contava que o Marcelo crescera na fazenda ao meu lado.
-- Você fala dele de um jeito.
-- Não diga que está com ciúmes!?
-- E não é para estar? Seus olhos brilham enquanto você fala dele. E pensar que eu é que tive a idéia de trazê-lo para trabalhar aqui!
Luciano socou a mesa violentamente.
Eu nunca soubera lidar com um homem violento. Procurei agradá-lo, mas só consegui piorar a situação.
-- Ele a atrai, dá até para um cego ver. E você também o atrai.
Luciano saiu resmungando, montou o belo cavalo árabe e saiu galopando feito louco. Suspirei fundo.
Marcelo se aproximou de mim e pegando a minha mão foi dizendo:
-- É melhor que eu me vá logo daqui. Estou atrapalhando a sua vida. O seu namorado está com ciúmes de mim. Não significo mais nada para você, não é mesmo?
-- Não é assim.
A sombra de um sorriso passou pelo seu rosto.
-- Você ainda sente alguma coisa por mim?
Hesitei em dizer que sim. Ele estava um homem feito, já não tinha mais nada do menino que crescera conosco na fazenda.
Disfarcei dizendo que as recordações eram tantas.
-- Você não está sendo sincera, sente alguma coisa ou não?
-- Não sei.
Sei que fui evasiva, mas estava tão confusa. Os homens que cruzaram meu caminho deixaram marcas e aquele que estava à minha frente fora o que mais me marcara.
Eu poderia assumir o que estava sentindo. Poderia brigar até com o mundo por ele. Teria forças para isso. Mas ele corresponderia?
Ainda segurando minha mão ele me cobrava uma resposta mais direta. De repente perdeu a compostura e beijou-me ardentemente.
Segurou-me apertadamente de encontro ao corpo másculo e senti que iria mergulhar de cabeça nessa nova situação.
Foi a minha vez de colocá-lo contra a parede.
-- Você me ama de verdade? Se disser que sim eu enfrentarei qualquer coisa neste mundo.
Ele respondeu-me com um beijo e perguntou-me se poderia ser como da primeira vez naquele paiol que soçobrara ao tempo.
Meu Deus! Naquela altura de minha vida! Eu já não era uma menina de doze anos!
Fui caminhando abraçada a ele de encontro ao paiol. Não precisava dar satisfações de minha vida a ninguém. Era dona de tudo ali, dona de minha vida.
Como da primeira vez foi em meio ao feno e ao cheiro forte de estrume. Ele delicadamente tirou minha roupa e fez coisas que eu nunca sequer pude imaginar que aquele menino de antigamente iria aprender. Beijou minha boca suavemente e depois passou a beijar meu corpo inteirinho.
Quando finalmente ele me penetrou eu compreendi que com homem algum seria igual. Ele era fabuloso. O pênis se tornara ainda melhor com os anos. A minha obsessão na vida fora pênis avantajado e descobri que ele conseguia me penetrar inteira. Havia espaço suficiente sim!
Depois de completamente saciada de amor eu repousava em seu peito forte quando ele me perguntou se desta vez também eu iria começar a chorar.
Sorri e contei-lhe que andara pela vida procurando um homem com os requisitos dele. Não encontrara, era evidente.
Casamo-nos em dois meses e continuamos fazendo amor nos lugares mais estranhos e diversos. Nem preciso dizer que continuamos apaixonados um pelo outro e que o que mais desejamos é estar juntos.

SONIA DELSIN

Foto de Carmen Vervloet

GESTAÇÃO

Gestação

Bendita és tu Mulher,
cheia de graça!
Bendito é o fruto do teu ventre!
Fértil semente da vida...
Amor que germinou
um novo ser!
Fonte luminosa que irradia
magia prenhe de alegria,
na gestação do feto,
abençoado e coberto
por túnica macia de rosa,
sangue misturando sangue
bombeado do coração.
Vivenciada emoção
na formação do outro ser,
essência indivisível,
eterna,
presença de Deus...
Motivo de felicidade,
vínculo sangüíneo,
descendência,
posteridade!
Botão a se abrir
em flor
nessa selva de concreto
tingindo o cinza,
no verde-esperança
na evolução do feto-criança!

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados à autora.

Foto de Josi Mozer

Sinto saudades de ti.

Sinto Saudades de Ti...

Sinto saudades de ti, do modo como me olhas, do teu sorriso repleto de alegria e espectativas.
Sinto saudades de ti, do teu sorriso todo sem graça antes da minha invasão na tua intimidade, do teu rosto corado de vergonha.
Sinto saudades de ti, saudades da tua agitação, da tuas histórias e planos, do jeito que fala de ti.
Sinto saudades de ti, da tua voz grossa e cheia de certeza, dos teus carinhos.
Sinto saudades de ti, da tua timidez quando não é pra sê-la, da tua cabeça confusa.
Sinto saudades de ti, da tua maneira de pensar, da tua simplicidade, da tua loucura e sua impulsividade.
Sinto saudades de ti, do teu carinho, do calor do teu corpo.
E com tudo isso e mais outros trunfos, você resgatou meu coração, do qual hoje não sou mais senhora, pois você o roubou.

Josi Mozer

Foto de Josi Mozer

Confesso...

Confesso...

Confesso que sei muito bem o que estou sentindo,
mas não posso sentir...
Confesso que sem ele meu mundo fica sem graça,
num oceano de lágrimas
e que assim não dá pra imergir...

Confesso ter por ele uma imensa admiração,
como se somente uma nuvem estivesse no céu,
olhando pra mim, me guiando até a noite sem fim,
tirando esse véu caído sobre mim...

Confesso que o mesmo véu que me cobre
é o mesmo que esconde o seu sorriso sem graça,
quando te falo de mim até altas madrugadas...

Confesso que poderia passar o dia todo falando dele,
mas já que tenho que confessar realmente...
que confesse então pra quem quiser, que ele não sai do meu coração, nem da minha mente...

Josi Mozer

Foto de Rozeli Mesquita - Sensualle

Te amar é tão bom - (Poesia em versos livres)

Amo pela tua graça
Pela mágica transparência que teu olhar revela
Pelas juras que nem sei se vão realizar
Mas são as juras do teu amar
Esse amor imprevisto velejando em mares de ternura
Com alegria e esperança tatuada no teu sorriso.
Amor de toque, amor de alma
Que abraça, protege e queima
E teima...
Um amor bem feito, do seu jeito
Amor que assanha nas linhas do meu poema
Que suga os lábios da minha boca pequena
Amor de perdão, amor que acelera a respiração
Inteiro envolto nos teus braços, nos teus abraços
Daqueles que dá desejo e tira a razão...
Amor sem moderação...sem disfarce...sem economia
Amor tarado...as vezes recatado...
Um amor elevado!

Foto de Dirceu Marcelino

TRÊS MÃES - Poesia de saudade de minha Mãe e recordação do 7 de setembro de 1967

*
* Este singelo poema setissilabo elaborei-o em 7 de setembro de 1967 e o transcrevo aqui por não estar inserido em meu blogue, como homenagem a esta data da Independência e pela saudade que sinto de minha Mãe neste momento.

Ó Virgem Imaculada!
Mãe de nossa redenção
Em ti está simbolizada
A fonte do amor cristão.

Ó pátria idolatrada!
É real mãe da nação.
Pois, a bandeira hasteada
Une-nos como irmãos.

A ti minha Mãe querida,
Que me deu inspiração,
Força do sangue e da vida,

Apresento gratidão.
Pela graça recebida
De nascer neste torrão.

Foto de Sirlei Passolongo

Sonhos na Janela

Deixe teus sonhos
Soltos na janela...
Não os prendam
Na solidão do quarto.

Deixe teus medos
Presos num velho baú
Não os misture aos sonhos...
Sonhos e medos
Têm ojeriza...

Olhe uma estrela
A graça com que baila
E brilha...
Um balé sem som
Cobre a noite de magia.

Risque um caminho
De estrelas no céu...
Cada vez que o medo
Chegar... Uma estrela
Tire pra dançar.

Mas deixe teus sonhos
Soltos na janela...

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

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