Governantes

Foto de betimartins

Meu grito!

Meu grito!

Grito! Neste momento
Com a dor, que eu sinto.
A, dor da desunião.
Desorientação
Da loucura
Da indiferença...

Grito! Pela mãe aflita
Que acolhe seu filho
Morto por uma arma
Mal arrumada
Parando nas
Mãos erradas
De outra criança...

Grito! Pela criança
Que foge para a rua
Por falta de amor
Por medo e abandono
Por abusos e esquecimentos...

Grito! Pelos meus antepassados
Que, antes eram amados, respeitados.
Hoje, são encostados num lar.
Nauseabundo, sem amor.
Num canto da casa
Atrás de uma porta fechada
Para não incomodar...

Grito! Pela falta de governantes
Capazes, corretos e inteligentes.
Humanos, sem medo de errar.
Mas que trabalham para a união
Trazendo a concordância dos povos
Num mundo com mais esperança
Sem tanta podridão e egoísmo...

Grito!Respeito a nossa natureza
Pelos oceanos limpos, água transparente.
Onde nossas baleias podem ser livres
Pela nossa mata verde, bem tratada.
Onde os nossos passarinhos fazem ninhos
Livres, dos pesticidas, dos cortes de árvores.
Pelo rio, que corre apressado, água doce.
Limpa, onde nossos animais saciam a sede...

Grito! Pelo respeito ao criador, que o esqueceram.
Neste mundo que nos foi dado para cuidar e amar
Onde devíamos ser unos, cheios de luz.
Cheios de esperança, amor e prosperidade.
E onde nem sabemos a nós mesmos, nós cuidarmos...

Mas meu grito maior é pela Paz
Paz aos homens
No dia que o homem
Souber ter paz
Em si mesmo
Eu não vou mais
Gritar...

Foto de Paulo Zamora

Medir (Paulo Zamora www.pensamentodeamor.zip.net)

Medir
O mundo começou a medir pessoas de uma maneira errada, como se mede um ser humano? Um todo pode se criar, avaliar conceitos e forma de vida; somos os únicos responsáveis por tudo no mundo; talvez fomos concordando involuntariamente com atitudes egocêntricas dos nossos governantes ou mesmo pelas pessoas que nos rodeiam. Medir alguém... contar de suas virtudes, os erros do passado, saber das mudanças que aconteceram, como está agora olhando a vida; como medir? Mas se trata da personalidade, comum? Incomum? As diferenças são levadas em conta? Nós somos o mundo, fazemos a diferença quando nem percebemos, devido ao corrido tempo nem nos olhamos no espelho. Somos responsáveis em medir as pessoas? Por sua riqueza ou pobreza? Por sua profissão e salário? Você sabe o que realmente forma a personalidade? Nossas capacidades sempre vão além do que podemos imaginar, tanto para o bem como para reações contrárias. O bom humano existe porque ainda existem pessoas corretas e sensatas. Defina-se como autor da sua história de vida, dono dos seus passos e do seu sorriso...
A responsabilidade abre caminhos surpreendentes. Se você não sonha um amanhã melhor nem mesmo o hoje poderá ser confortante. Meça a você, pense em como ajudar, em como indicar a saída no momento certo, quando você surge como socorro no uso das palavras que se inspiram do comportamento dos que acreditam no seu potencial.
Nada acontece sem escolha. Visar o futuro não compromete somente a renda, o primeiro lugar está dentro da sua auto-estima, ou seja, sua vida emocional direciona todos os outros ângulos. Essa é uma verdade comprovada.
Nunca pense viver sem retornos, recebemos o damos, damos o que recebemos, enfim, temos o que merecemos. Mudar os méritos depende de reconhecimento dos erros, dos acertos e das condições. Esqueça o “medir”, porque ao dar-se a alguém automaticamente a mente vai gerando conceitos e direcionando os sensatos a saberem quem são as pessoas, e qual o limite que poderá servir como breque. Nada é como antigamente, amanhã seremos eternos enquanto durem os que se lembrem da gente.
Medir pode ser sinônimo de competitividade, saiba que amizade não depende sempre dos meios de vida da pessoa, afeto nunca foi e nunca será conquistado por uma tabela de preços. Faça a sua parte, assuma seus compromissos, não leve tarefas do trabalho para casa, viva colocando cada coisa no seu devido lugar, inclusive sua fé.
Vale a pena medir? Medir o quê?
Somos muito complexos, completos, confusos, amigos, destináveis ao que não pretendemos, somos seres humanos, correspondentes do viver. Meça seu amor, aumente em calor fraternal, seja HUMANO em tudo, e o resultado? Sua própria felicidade...
(Escrito por Paulo Zamora em 17 de março de 2010)

www.pensamentodeamor.zip.net

Foto de leila lopes

Guerra e dor

Hoje quando estava a folhear uma revista da veja
Comecei a deparar com triste fotos
Imconcebiveis e inaceitaveis
Um verdadeiro massacre
Nao aguentei e comecei a chorar
Diante de tudo que estava lá
Não entendo nada dessa guerra idiota
São tantos lugares envolvidos
Síria, Líbano,Cisjordânia, Iraque ,Irã
Eu não sei porque os governantes permitem que essa guerra continue
Eles chamam Guerra de quatro dias
A que esta acontecendo na faixa de Gaza
Eu chamo de massacre interminavel
Porque eu acho que já durou uma eternidade
Quando penso naquelas pessoas
Que vivem sobre o medo o tempo todo
Que não tem a minima condição de vida
Sem agua
Sem alimentação
Sem moradia
E principalmente sem o minimo de dignidade
As fotos são tão reais
Que transmitem o tamanho do desespero daquele povo
Quantas mães não chora a morte dos filhos
Quantos filhos choram sem ter a mãe a acalenta-los
Quantos homens de bem ja perderam a sua vida
Já chega de tanta violencia
Já a mais de trezentos e setena mortos
Quantos mais vão precisar morrer
Quantas tecnologias
Para ser usada em destruição
A quem pertence o que não sei
Mais sei que com certeza todos ja perderam
Irmãos...
Pais...
Filhos...
Mães....
Deus chega de sofrimento para todo esse povo
Sei o quanto e dificil esse conflito entre Israel e Palestinos
Mas espero que presidente Barack Obama consiga ao menos tentar
negociar a paz
Porque esse povo precisa de paz
Eu só posso me compader junto a voçês
De toda essa situação
E registrar aqui o meu profundo pesar
Por todos aqueles que perderam seus entes queridos
Nessa guerra desregrada
Que nem sabemos ao certo quem tem razão

Meus respeitos

a todos

Leila lopes

Foto de pttuii

Eles comem tudo, e não deixam nada

Quase no final de 2008, quem pega nas rédeas da quadriga portuguesa está na casa dos 50 anos. Apeteceu-me dissertar sobre quem já chegou à meia idade, e tem hoje de acordar todos os dias com preocupações de governação. No final dos anos 60, quando o mundo se decidia entre dar a vitória à ideologia do amor, ou abraçar o ‘american way’ conservador de Dickie Nixon, os ‘putos’ que hoje andam de BMW comprados por atacado, eram simples pirralhos. A televisão dava-lhes o ‘Franjinhas’, e o futebol resumia-se a versões infladas do Benfica-Sporting. Nas escolas, as figuras do senhor professor doutor, e do senhor almirante líder da república, abençoavam os meninos, olhando de alto para salas amplas mas cinzentas. Chegou Abril, e os meninos despiram a pele dos filhos de Salazar, e vestiram o destino de reconstruir uma nação. Descolonizar, desenvolver, e democratizar, foram desígnios abraçados, acarinhados. Mas,....a ditadura do mas sempre a mandar na genética Lusa. O Outono de 1975 chegou, e outros ventos começaram a moldar o presente dos nossos actuais preparadores do futuro. Com a adolescência vieram as febres europeias. Na Suécia cantava a dupla Agneta e Frida, que o mundo aprendeu a conhecer como ABBA, e em Portugal o senhor das bochechas mandava os jovens pensar em grande. A gaveta, o tal interminável compartimento para onde foi deitado o socialismo do Barreirinhas e do General Maluco, começou a fechar-se, e outra abriu-se em seu lugar. Agora interessava apanhar o pelotão da frente. A CEE do eixo Paris, Londres e Bona, ganhou laivos de ‘role-model’ no país de Camões. A idade adulta dos governantes do século XXI chegou com uma troca alucinante de ‘Jotas’. Nada de vermelho, tudo de rosa, e cada vez mais de laranja. Nas rádios já arranhava o novo rock português, e o José Cid não nos deixou ficar mal na Eurovisão. Portugal ganhou até um mártir. Em Camarate, o primeiro-ministro que prometeu mudar Portugal perecia, num mar de chamas, e com ele foram a enterrar as esperanças de que o rectângulo que um dia foi de Viriato, poderia no futuro vir a ser um laboratório de ensaio de práticas liberais. Virou-se ao centro. O homem das bochechas voltou, e abriu caminho para o paraíso. Um simples algarvio, que um dia resolveu ir à Figueira da Foz testar o carro novo, saiu de lá líder do partido do futuro. Os últimos 15 anos do século XX, em Portugal, foram de arranque imparável. Ninguém nos segurava. E já ninguém conseguia segurar os ‘trintões’. Vieram os primeiros lugares de responsabilidade, as primeiras concessões aos amigos, os primeiros condomínios fechados comprados a pronto pagamento. Os anos passam, os vícios entranham-se, e hoje os meninos rabinos do ‘flower power’ dominam tudo.

Finalmente, 40 anos depois, a canção do Zeca assenta que nem uma luva àrealidade ‘tuga’.
“Eles comem tudo, eles comem tudo, e não deixam nada”.

Foto de Carmen Lúcia

Viajante das estrelas***

Venho de outras galáxias
onde sóis governantes
dirigem os astros...
Planetas, satélites, cometas,
orbitam serenos
pela Via Láctea...

Venho de céus reluzentes,
de azuis permanentes
onde brilham estrelas...
Lá, onde luas acendem
luares transcendentes,
independentes de fases...

Venho de terras remotas
onde dei muitas voltas
e ainda quero voltar...
Lá onde o tempo tem tempo,
nunca há contratempo,
ele é atemporal...

Trago nos bolsos o brilho
de estrelas que foram
pra um dia voltar...
E couraçado no corpo
o etéreo fascínio
de um sonho a vagar...

(Carmen Lúcia)

Foto de Graciele Gessner

Um Lugar Para Sonhar. (Graciele_Gessner)

Sonhei e fiquei sonhando acordada. Tão inocente deste mundo tão revoltado. A vida foi mostrando a sua verdadeira face. Quando criança era possível sonhar e imaginar. Em toda a minha vida eu sonhei uma vida repleta de encantos. Com o passar do tempo a vida se tornou amarga e sem brilho.

Hoje, já adulta, a magia de sonhar se tornou página virada. Como é triste viver sem sonhos. O mundo perdeu a noção de viver, a sua essência de amar. Quem ama, sonha. Quem vive das desilusões, perdeu as esperanças.

Hoje, o meu único desejo é ter um lugar para sonhar. Um refúgio que eu pudesse esquecer das amarguras da vida e esquecer de quem não pode acompanhar a mesma trajetória que a minha. Se eu voltasse a sonhar, talvez voltasse a amar. Talvez acreditasse que podemos amar e ser amados. Oh, vida sem sonhos!

Se meu amor estivesse ao meu lado, sei que estaríamos no lugar certo, à vida seria recheada de sonhos, alegrias e amor. Depois de tanto sofrer um dia declarei: “A vida não é bela. A vida é um constante caminho de espinhos”.

Tudo que eu queria neste momento era um lugar para sonhar. Sonhar que sou feliz! Sonhar que estou nos braços do meu amor. Sonhar que estou repousando num lugar tranquilo; respirando os aromas do campo, sentindo o ar puro da natureza e o frescor de uma cachoeira. Eu só queria um lugar para sonhar as coisas lindas e belas da vida. Onde eu pudesse ser eu mesma, que pudesse gargalhar sem limite, dançar, pular, brincar. Um lugar que eu pudesse ser uma menina serelepe.

Por fim, a idade adulta veio rapidamente e com ela à maturidade, a responsabilidade, as despesas, as preocupações, as obrigações. Eu queria apenas ter um lugar para sonhar. Um lugar que fosse capaz de me fazer acreditar que os sonhos são possíveis. Deixei de imaginar, de fantasiar, de desejar. Sou mais uma cidadã indignada pela corrupção, pela guerra; triste pelas vítimas que sofrem assaltos, roubos, mortes; se não bastasse temos ainda a fome, a falta de moradia, a falta da assistência básica (muitas vezes promessas feitas pelos nossos governantes).

Neste lugar que tanto desejo, quem sabe eu não encontre o meu amor que deixei perdido nesta vida.

14.04.2008

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de vanessa a poesia e eu

este mundo louco!

Este mundo louco
O que aconteceu neste mundo?
Todo mundo ficou louco;
Todo mundo ta confuso;
Será o fim de tudo?
Tudo agora e tecnologia;
Tudo agora contagia;
Tudo e normal
Ate se comporta como animal.
Acreditam em magia
Agora tudo vira mania
Acreditam em bruxaria
E com pouco tempo
As coisas viram velharias.
Já não ligam para o caráter
Ate os governantes se comportam
Como mascates.
Um constrói; outro destrói.
Um planta; outro aranca.
Cadê o respeito? Acabou a esperança?
Nao respeitam mais nem a vida de uma criança!

Foto de Sirlei Passolongo

Somos Todos Premiados e Vencedores

Quero parabenizar a todos as pessoas que têm o dom da escrita,
Essa magia de levar luz por meio das palavras, essa luz dada a poucos entre os seres humanos.
Pessoas que são vencedoras por expressarem sentimentos em forma de versos, de contos, de música, de vídeos, em forma de amor...
Somos todos premiados por ter a oportunidade de dividir nossas letras, de aprender, de ensinar, e principalmente, emocionarmos uns aos outros.
Quem ganha de verdade, quem é a grande vencedora num evento desse porte, é a cultura, aqui lindamente representada pela poesia.
A Grande Dama Poesia sempre tão abandonada por nossos governantes, sempre tão negada a maioria da população... A Poesia, tida como arte menor por muitos críticos literários, a poesia que não encontra mercado editorial, pois a emoção não gera lucros, e lucros é que tanto interessa a nossa sociedade.
Eu gostaria de citar aqui todos os membros desse site, todas as pessoas que fazem com que ele seja como é, um sucesso... Infelizmente, isso não será possível. Mas reafirmo... Quem ganhou nesse concurso, como em qualquer outro, é a Poesia. Portanto, é preciso que nos demos as mãos para fortalecer a POESIA, e a levarmos até nossas casas, nosso trabalho, nossos amigos e dizer a todos que poesia não é coisa de gente “ maluca” como os poetas... poesia é vida e é de vida que esse mundo está precisando.

PARABÉNS PRA NÓS!

Foto de Rosita

SENTIMENTOS NO NATAL

Natal, palavra que traz em si o significado do amor e fraternidade. No entanto algumas pessoas insistem dizer que tudo não passa de uma farsa para o consumismo. Em parte aceito esta teoria, pois realmente os comerciantes desejam é vender mais e mais.
Mas em toda moeda existem duas faces, porque então não olharmos para a face linda, doce, suave do Natal?
Dirão, então, mas como ver beleza quando há tristeza, fome, lágrimas espalhadas pelos quatro cantos do mundo? Eu responderia, simplesmente, dizendo que a tristeza assim como a alegria está em nós, em nossa forma de olharmos os fatos.
A miséria, em todos os sentidos, está espalhando-se rapidamente e de alguma maneira também somos responsáveis por isto.
O que fazemos para modificar, o mínimo possível, está situação? Já ouço os comentários: quem tem que resolver estes problemas sociais são os governantes. Realmente, está certíssimo, mas podemos fazer a nossa pequena parte enquanto eles não se decidem a fazer deles.
É Natal, aproveitemos esta época em que a energia do amor parece visitar-nos e vamos procurar fazer algo diferente, no lugar de somente citar os acontecimentos ruins.
Se dermos um presentinho a algumas pessoas, ou formos a um asilo, a um orfanato, ou mesmo apenas oferecer nosso sorriso, uma palavra de carinho, ou mais simples ainda, apenas um pensamento de amor e paz para aquela pessoa que está ao nosso lado, estaremos fazendo um Natal diferente, e melhor ainda, estaremos nos tornando diferentes.
Se cada um de nós fizer uma pequenina parte, no final muitas pessoas estarão sendo ajudadas, e o nosso olhar sobre o Natal, certamente, estará modificado, porque não seremos os mesmos.
Que tal fazermos do Natal uma data a ser comemorada em todos os dias do ano?
Que tal retiramos a tristeza, a mágoa, o rancor que está em nós e colocar no lugar a alegria de um sorriso de criança, o brilho de um olhar de um idoso, o agradecimento por um simples sorriso, o perdão a nós mesmo e a quem nos fez algum mal?
Vamos modificar em nós este sentido consumista sobre o Natal, afinal Jesus nasceu pobre e os presentes que nos ofereceu em sua curta estadia entre nós foram palavras que têm valor inestimável e transformador.
Olhe para quem está a seu lado, dê um belo sorriso e deseje um Feliz Natal! Esta energia que você emitiu estará retornando em dobro para você, e em breve sentirá que houve uma mudança significativa em seu modo de pensar e viver.
Para você meu amigo ou amiga, que neste momento está lendo esta mensagem escrita com palavras que saem do coração, o meu mais sincero desejo de um
FELIZ NATAL!

Rosita Barroso
09/12/2007

Foto de Carmen Vervloet

Segundo Ensejo da Criança

Segundo Ensejo da Criança

Mas se moram nas ruas
Dormindo em calçadas...
Sem teto...
Sem roupas...
Nuas...
Sozinhas... Abandonadas...
Em drogas viciadas...
Buscando o torpor
Para substituir o famigerado amor!...
Roubando o pão que lhe foi negado...
Direito seu, usurpado...
Por governantes inescrupulosos
Que se mostram bonzinhos
Mas tiram-lhes tudo...
Até o carinho!...
Tristes... Desesperançadas...
Almas revoltadas!...
Sem escolas, sem profissão...
Sem banho... Pés no chão...
Sem saúde... Doentes...
Como pretender que sejam decentes?
E assim vão se formando os marginais
Na escola da miséria...
Do abandono...
Onde quem deveria ser o patrono
É o ladrão
Que põe a culpa no mordomo
Dando como solução
Presídios em edificação!

Ah! Meu Brasil amado!...
Você precisa de políticos ponderados!...
De homens sensíveis... Iluminados!...
Berçando sonhos jamais realizados!...
Acendendo a treva em corações
Tão machucados!

Carmen Vervloet

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