Gesto

Foto de Paulo Gondim

Última estrela

ÚLTIMA ESTRELA
Paulo Gondim
13/05/2011

Ainda sinto o gosto amargo da partida
Um triste aceno, num gesto frio, um olhar
E seu vulto sumiu, na curva do caminho
Deixando para trás um coração a chorar

E foram lágrimas secas, duras, imensas
Que tornaram as noites mais vazias
Noites longas, inóspitas, escuras,
Ah, quantas noites tão sombrias...

Sinto teu cheiro no soprar do vento
Na leveza inocente da doce aragem
Sinto o sabor amigo de teu beijo
Que se foi contigo nessa viagem

E da noite fria, surge um novo dia
E nem o sol, de mim, tem piedade
Logo apaga a derradeira estrela
E me deixa aqui, só, nessa saudade

Foto de jorge luis de oliveira

AMOR DE NETO

Jorge Oliveira
21-4-2011

O amor é um sentimento abstrato que todo mundo sabe que existe mas ninguém vê, porém, eu consigo transformar esta abstração num sentimento concreto, quando junto estou do João Victor, meu neto;

É um amor tão grande que um gesto, um olhar, um sorriso me traz tanta felicidade e emoção que as vezes até o coração bate fora do compasso, mas logo depois volta ao normal, afinal esse amor não tem limite e está em todo lugar: no ar, no vento ou até no espaço;

Para mim, meu neto brilha como o sol em dias de verão e clareia como a lua em noites de lua cheia, me traz tanta felicidade que as vezes eu esqueço da minha idade e com ele, apronto cada travessura, só para ver o brilho dos seus olhos a olhar-me com ternura;

Em fim isto é o que o meu neto significa para mim: amor total e felicidade sem igual.

Foto de betimartins

Dueto de amor Quando anoitece

Quando anoitece

No momento que anoitece para mim já foi de muita paz até o dia que senti que comecei a amar alguém verdadeiramente (vc).antes ao anoitecer era silencio ,desligava-me de tudo só me envolvia em uma noite suave, misteriosa.
Hoje sou um pouco triste, um pouco feliz, mas posso dizer sou mais centrado e concentrado, e bem a vontade mergulho-me nas águas da quietude te buscando , buscando o que de mais sagrado existe para mim, buscando vc, agora no silencio da noite me encontro analiso e calmamente me coloco a pensar em ti em mim em nosso amor.porque agora meu amor não tenho mais pressa que as noites passam,pois fico revendo cada palavra cada gesto seu e os seus e meus caminhos andados para chegar até aqui. Quero resgatar elos perdidos, sonhos não realizados contigo meu amor na esperança de não ser falido este amor. Meu amor é bom demais cerrar os olhos, e repousar a mente pensando em ti, sabendo que amanhã poderá trazer novas esperanças de te encontrar neste horizonte amplo.
Mas meu amor, eu sinto que estas noites que me revelam os teus desígnios de amor.
Meu amor! O silencio que protege e me pacifica é a tua imagem, e a paz que eu quero desfrutar e o carinho inconfundível do além corpo é a paz de minha alma a estar com sua alma. Amor meu ao olhar a lua ao anoitecer vejo nela sua assinatura com meu sobrenome cravado divina és tu lua por me dar este sonho de junto ao meu amor,à noite está acabando e agora as estrelas vão se desaparecendo ,posso dizer boa noite, NOITE. Vc me deu mais uma noite de sonhos, valeu eu conversar contigo noite, descontraidamente e sem medo de dizer do meu amor que está distante mais sei que está a me esperar, noite vc é minha melhor amiga e sem relógio,sem urgências sem atropelos se recolheu e soube me ouvir, obrigado noite por saber que tenho alguém e que amo este alguém e vai alem de sexo e desejos , vai na alma.

Ailton

Quando anoitece

Quando anoitece, minha alma morre na saudade do teu amor, apenas posso relembrar nossas promessas, nossas ânsias e nossos desejos. Hoje, a noite é fria, longa, tão distante, desde que te conheci, todo o meu conceito do amor foi por terra abaixo.
A noite tornou-se agitada, todo o meu Ser viajava até ti, pensamentos, sentimentos, já não sabia que estava acontecer a mim. O pior é que era bom sentir tudo isto, eram sentimentos nobres, verdadeiros, parecendo um conto de amor saído de um livro imortal.
Recorri às palavras, aquietei a minha alma na esperança, saciei-a na promessa do nosso amor. Como sonhei, como imaginei como seria nossa noite juntos, solidão não tinha espaço, amor e só amor. Quando anoitece, deixo a luz da Lua entrar na minha janela, entre lágrimas e algumas tristezas enraizadas na saudade deixam os mistérios da noite alimentar a minha solidão, o desespero do amanhã que ainda esta longe de acontecer, incerto a não ser o fato de te amar.
Longe vai a noite e eu não consigo dormir, meu corpo não encontra descanso, talvez por ânsia de saber onde estás e que andas a fazer, será que estas a lembrar de mim?
Corre levemente uma lágrima, repleta de saudade, apenas queria escutar tua voz, sentir teu calor e tua presença, lentamente. Volto para a minha secretaria e volto a escrever no desejo de aliviar minha dor e a tua saudade do teu amor.
Mas o amor venceu, anoiteceu de novo e juntos na ânsia de nos amar cada dia mais e mais, a noite dançou, os poetas aplaudiram e o amanhecer é só de amor.
Hoje aqui e agora, quero retratar o que foi amor distante, entre fronteiras e mares, entre desilusões de quem não acreditava, mas posso dizer agora e sempre que o que Deus um dia uniu jamais homem algum na terra poderá um dia separar... Eu acredito no nosso amor que foi mais forte que tempestades e sobreviveu a noites e noites de espera, porque só o amor é real.

Betimartins2010

Foto de Fadlo

M Ã E

M Ã E

Ah, quanto já se escreveu e, quanto já se fez em homenagem ao anjo tutelar que nos trouxe à vida neste planeta. Que nos abrigou em seu ventre durante nosso período de formação e, que desde o alvorecer de nossos dias, até o findar de sua própria existência, nos tem a conta de infantes queridos ao seu coração abnegado, não medindo esforços ao nosso bem, nos conduzindo com amor através de alegrias, sempre ocultando seus sofrimentos, rindo nos nossos risos e chorando nos nossos prantos. Sempre orando por seus filhos ao Senhor da Vida, sempre perdoando nossos erros e nossas faltas e, sempre a nos chamar carinhosamente ao abrigo de suas asas protetoras.
Mãe, tu és esse anjo abnegado, por cuja missão sublime nos encontramos aqui e, a quem num preito de gratidão, genuflexos a teus pés, osculamos respeitosamente tuas mãos queridas e tua face, encanecida pelo passar dos anos, a retratar contudo, a vitória conquistada no desempenho da missão maternal, a ti carinhosamente confiada pelo Senhor da Vida.
Mãe, és digna de admiração e louvor, e em ti homenageamos todas as mulheres do mundo, neste dia a ti dedicado, embora teus, sejam todos os dias de todos os anos.
Todos os dias sois mãe, pois todos os dias nascem os teus filhos, quer nas mansardas suntuosas onde a vida flui no luxo e na opulência, quer nos barracos eivados da mais abjeta miséria. E sempre mãe, não te importa a condição social, pois és mãe, e a ti importa apenas o bem estar de teus rebentos, a quem outorgas todos os teus sacrifícios e teu amor incondicional.

Admiro-te mãe pequena, quando nos primeiros albores de tua vida, albergavas carinhosamente em teu pequenino seio aquela boneca de pano, inconsciente de que neste gesto eras sutilmente preparada para o glorioso porvir de tua existência, quando um dia, apertarás em teus braços o fruto de tuas entranhas, cujos vagidos serão música para teus ouvido, cujo riso lenitivo para tuas dores, e a quem orgulhosamente chamarás: meu filho.

Admiro-te, oh mãe, quando em festiva alegria, percebes que o primeiro balbucio de teu filho é a palavra mãe, muito embora, colocando-se em segundo plano, ensinava-o a dizer papai.

Admiro-te, oh mãe, nos momentos de abnegação quando a doença rondava teu pequenino filho, e insone te quedavas a cabeceira de seu berço em cuidadoso desvelo, a cuidar de seu restabelecimento, sem que de ti se ouvisse a mínima queixa.

Admiro-te, oh mãe, quando te desvelas a ensinar à teus filhos as primeiras letras, e te alegras como se fosse tua primeira vitória, o som da voz de teu filho a identificar as letras do alfabeto.

Admiro-te, oh mãe, quando ao despontar da estrela vespertina, e tangerem os sinos das igrejas, anunciando a hora do angelus, momento de melancolia e reflexão, em que carinhosamente juntas as mãozinhas de teu filho, e com ele oras a Ave Maria.

Admiro-te, oh mãe na tua sabedoria e humildade, quando em todos os momentos da vida de teus filhos, buscas orienta-los à uma vida correta e digna, nunca os abandonando mesmo quando, ao resvalar pelos escabrosos caminhos da marginalidade, tornam-se detentos nas penitenciárias, em cujas portas, muitas vezes te encontramos em prantos, a velar, sempre temerosa de que algo pior possa acontecer ao filho prisioneiro.

Admiro-te, oh mãe, quando não tendo frutos de tua própria carne, acalentas ao seio os filhos do abandono, dando-lhes carinho e proteção, como se de ti tivessem nascido.

Admiro-te, oh mãe, quando de coração partido, eras mãe em Esparta, e enviavas teus filhos à guerra em defesa da pátria, mesmo sabendo que não mais os tornaria a ver; ou quando em Cartago, cortavas os próprios cabelos à confeccionar arcos, para defender teus filhos do assédio da soldadesca romana.

Mas, onde mais te admiro, oh mãe, foi quando, Maria de Nazaré, conduziste teu divino filho ao sacrifício do calvário. Entre lágrimas e tendo o coração partido pelo sofrimento, aceitaste a missão de ser a mãe da humanidade, e te tornaste exemplo para todas as gerações, da mãe, cujo amor transcendeu os acanhados limites do egoismo humano, perdoando aos algozes do próprio filho, e se tornando na terra, operosa serva de Deus, a difundir os princípios básicos da nascente doutrina cristã.

A todas as mães, nosso preito de gratidão, e nossas felicitações por este dia tão seu.

Fadlo Dualibi Neto.

Foto de Carmen Vervloet

MÃOS DE MÃE

Mãe... hoje contemplo suas mãos frágeis e delicadas
e vejo nelas marcas de dedicação delineadas...
mãos que já foram ativas... fortes... tão determinadas,
mãos que amassaram o pão nosso de cada dia,
mãos que souberam ofertar a rosa com alegria,
mãos... onde ainda hoje vibra tanta energia...
Mãos que arrancaram o sustento da vida
com garra e determinação,
mãos que ainda se postam em oração...
Mãos que nos proporcionaram excelente educação,
que sempre mapearam da vida a direção
e indicaram o caminho do bem e do progresso...
Hoje se alcançamos qualquer sucesso
a essas mãos... santas mãos... ele é devido,
mãos que foram à luta...
Mãos que orquestraram em acordes de amor
a vida com sua delgada e suave batuta,
mãos amigas... companheiras...
Mãos de mulher guerreira!
Mãos que em cada delicado gesto
mostraram-nos um rico e intenso universo!
Mãos que nunca se fiaram na sorte
e que nos deram o suporte...
Teceram com trabalho nosso futuro,
mãos que acenderam com sabedoria o escuro...
E como a vida como a lua tem fases,
deixaram para trás o esplendor da lua cheia,
mas em cada uma dessas salientes veias
que marcam essas suas abençoadas mãos
corre o sumo do amor que a nós suas filhas
por toda uma vida devotou... e abençoou...
Um amor ilimitado entranhado para sempre
no âmago do meu ser
que eu sinto de uma forma tão intensa
que com palavras jamais poderei descrever...
Ah! essas santas e abençoadas mãos
que eu venero com toda devoção...
Que eu beijo com amor...
Mãos onde leio a mais linda oração
que nutre e nutrirá eternamente
o meu agradecido coração!

Carmen Vervloet

Foto de betimartins

Amigo confidente

Entreguei uma a uma as dores
Que trazia no meu pobre coração
Era uma lista e tanto, que preenchida
Onde apenas sabia reconhecer as dores...

Falei tanto que não consegui escutar
A suave voz do meu amigo confidente
Ele sorria, divertido, parecia tão paciente
Apenas fez um gesto suave para me calar...

Deu-me suas mãos e convidou-me a voar
Por lugares onde eu nunca tinha estado
Lá de cima poderia ver coisas que jamais
Em minha existência poderei descrever...

Ele me levou a um lugar destruído, terrível
Seu cheiro era nauseabundo, cheiro a morte
Vi um cadáver atrás de outro, crianças, velhos
Não existia salvação, era tudo destruição, apenas...

Mostraram-me minha vida, momentos dela
Como se de um filme tratasse, ferozmente
Logo me leva de novo a terra, mostrando
Como era a fome, o ódio, a ganância e poder...

Voltando a mostrar de novo a minha vida
Apenas sorrindo, calmo e com justiça
Dizendo que nunca estive sozinha aqui
Que Deus habitava no meu coração sempre...

Porque não confiar? Porque sempre lamentar
Apenas meus irmãos não tinham Deus em si
Fazendo as dores do mundo, reinando ali
Nas suas vitimas cegas, altruístas e materialistas...

Eu não sou vitima da dor, mas sim a dor
É minha maior vitima, das atitudes erradas
Dos meus lamentos, de nunca escutar a minha voz
A voz, a tão famosa voz, a voz do meu coração...

Este meu fiel amigo confidente, Jesus meu irmão
Mostrou-me que precisava voltar a renascer de novo
Curar as minhas dores que nada são ao lado de outras
Trajar novas vestes, novo corpo, nova vida, amor...

Feliz eu, coloquei os seus ensinamentos, um a um
Vestindo a humildade, perseverança e a caridade
Revestia minha alma em amor, refletindo a luz
A bela luz do amor, da amizade incondicional...

Foto de Edigar Da Cruz

VIVER A VIDA - E AME A VIDA

Ame a vida como ela é ...
Com seus dias nublados e outros de sol,
Com suas lágrimas e seus sorrisos,
Com seus insucessos, fraquezas e suas vitórias!
Ame os seus amigos, pois a eles você deve vários momentos de sua vida!
Ame sua família, pois a eles também você deve vários momentos da sua vida!
Ame a Deus, pois Ele é a sua vida.
Demonstre esse amor, pois a vida é muito curta e um pequeno gesto seu, pode salvar a vida de alguém.
Hoje, exatamente hoje, Você já disse a alguém que o ama e o quanto é ele é especial para você?
Pratique uma boa ação, seja um anjo na vida de uma pessoa ... e seja feliz!

Foto de Carmen Lúcia

Ao entardecer...

O vento entoava sua canção,
às vezes suave,
balançando as folhas do trigal
que encenavam clássico bailado.
Por outras... rústica,
em ato de rebeldia
fazendo espatifar-se no ar, a poesia...
E as rimas se entrelaçarem pelo lusco-fusco,
chocando-se com as cores do crepúsculo.
E o verde-dourado-trigal, outrora angelical,
mudava seu tom, sua graduação,
transformando-se num camaleão.

Era o entardecer em rebelião
negando-se a dar passagem à noite...
Revoltando-se ante a escuridão
ameaçadora, extirpadora da empolgação,
agarrando-se aos últimos lampejos de sol,
tentando inibir a ida do arrebol.

Esquecera-se da luz da lua
que traz o prata, beleza nua,
das estrelas cintilantes
que inspiram os amantes...
Da alma que se acalma
e se entrega a essa paz,
quando a noite traz o luar
e os pisca-piscas a estrelar...

E o trigal, quando anoitece,
cala, emudece...Silenciosa prece.
Exerce seu mais inusitado gesto.
Reverencia o fim do dia
curvando-se até o chão.
Coreografia única, ato final.
E aguarda a manhã,
com sua luz matinal!

(Carmen Lúcia)

Foto de fidenildo barbosa dos santos pereira

SOMOS A FORÇA DE UM SIMPLES PENSAR

OLHAR NOTURNO

...Olhos vendados sentimentos divididos,olhos fechados pensamentos comrrompidos,olhos cansados comportamentos adquiridos..O olhar é o mais belo encanto de quem não sabe cantar.Um olhar é a mais rápida viajem de um corpo,é a busca por horizontes desconhecidos.Um olhar é o gesto mais sincero de um ser humano,é como uma troca de identidades.Um olhar nunca se perde,nem doce neblina freia,o caminho percorrido pela luz desse olhar.Existem olhares de varios gostos de varios estilos de formas e medidas até de sabores.Um olhar é a entrega intima do ser,é a combinação de emoções,é um doce delirio submaginario.Um verdadeiro olhar vale mais que um caminhão de rosas,tem brilho infinito que o tempo não pode apagar.Meu olhar é como laço ,se nao tem corda uso cadaço,mas sem doce embaraço não posso ficar.O seu olhar é do tipo carente e tão envolvente não posso negar..Entre tantos olhares viajo autos lugares que só boa mente é capaz de ofuscar.O olhar que procuro é forte e seguro,perdido em qualquer direçao,guiado pelas ondas do mar.

Foto de Paulo Gondim

A falta de ti

A FALTA DE TI
Paulo Gondim
07/04/2011

A suavidade da voz, o sorriso, o olhar
Um toque suave nos cabelos,
Um jeito criança, um segredo no ar
Um certo mistério, sonho, devaneio
Um gesto insinuante, o soluçar
O calor do sangue no pulsar das veias
No peito arfante, volúpia constante
Que teu corpo todo incendeia

É assim que sonhas, assim que divagas
No debruçar solitário da antiga janela
No olhar distante além da rua
Que o pensamento segue pela noite nua

E no sonho, a rua se ilumina
As pedras brilham e brotam flores
Tudo pelo teu olhar
Que se faz enamorar
Pela minha saudade

Ah, quando voltarei?
O tempo se faz inerte
A distância cresce
Na medida em que tudo falece
Pela falta que sinto de ti.

Mas pensar que posso sentir teu calor
A suavidade do toque de tuas mãos
O gosto quente de teu beijo
Mesmo distante, me conforta.
O sono vem e aos poucos me transporta
Navego por fantasias e nelas te vejo
Acordo e corro a abrir a porta

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