Futuro

Foto de carlos alberto soares

POR VOCÊ

FAÇO DA MINHA VIDA, UM COBERTOR
PARA QUE ELA TE AQUEÇA SEMPRE,
EM NOITES FRIAS.

FAÇO DOS MEUS OMBROS, O SEU APOIO,
PARA QUE SE APOIE NELES,
SEMPRE QUE ESTIVER TRISTE.

FAÇO DA MINHA PALAVRA, O ALENTO
PARA COISAS DESIGUAIS DA VIDA,
PARA QUE NÃO PERCA A ESPERANÇA
PELO MUNDO.

FAÇO DOS MEUS CARINHOS, A FONTE
DO SEU SORRISO,
PARA QUE NECESSITE DELES
PARA SER FELIZ.

FAÇO DAS MINHAS ILUSÕES, OS SEUS SONHOS,
PARA QUE SONHE SEMPRE,
EM VIVER AS MINHAS LOUCURAS.

FAÇO DOS MEUS VERSOS, A NOSSA HISTÓRIA,
PARA QUE LEIA SEMPRE, O QUANTO TE AMO.

FAÇO DO MEU AMOR, POR VOCÊ,
UM MOTIVO PARA VIVER,
PORQUÊ ASSIM ESTARÁ SEMPRE JUNTO A MIM.

FAÇO DE TODOS OS SEGUNDOS, DO PASSADO,
PRESENTE E FUTURO, MOMENTOS QUE ME
LEMBREM VOCÊ.

PORQUÊ SE EXISTE ALGO PELO QUE VALE
A PENA LUTAR,
É O AMOR QUE SINTO POR VOCÊ.

Foto de Sentimento sublime

No olhar de uma criança! Osvania_Souza

No olhar de uma Criança!

É nele que encontro
A moradia da paz, da esperança.
O amor no sentido verdadeiro
Um futuro, tranqüilo, e sincero.
Observe quantos segredos
Existem no olhar de uma criança
Parecem tanto nos conhecer
Mesmo sem algo dizer
Podem levar-nos aos prantos
Chegam a desnudar nossas almas
Mostram nossas imperfeições
Nossas falhas, erros e emoções.
Tristezas tão bem escondidas
No fundo de nossos corações
Penso eu que se uma criança
Soubesse expressar sentimentos
Diria-nos neste momento
Não vale a pena viver
De um passado sofrido
Viva de alegrias, de festas.
De fantasias esqueça a melancolia
Viva a vida com prazer
Prazer de poder enxergar,
Ouvir, falar, caminhar.
Provar das gotas amargas
Que um dia poderão adoçar
Quero ser uma eterna criança
Não viver de amargas lembranças
Festejar cada novo amanhecer
Preocupar-me com o acordar
E em doces braços adormecer.
Osvania_Souza

Foto de Graciele Gessner

Amo-te Infinitamente! (Graciele_Gessner)

É loucura! É paixão!
É descontrole do coração;
Amar-te assim, imensamente.

Meus sentimentos sem limites;
Meus versos transbordando...
A folha recheada de emoção,
Efeitos de um amor, de uma atração.

Amar-te é o verbo que conjugo.
Eu te amo nos versos que declamo.
Eu te amo em chamas ferventes,
Feito aço em brasas ardentes.

Eu te amo no infinito da minha alma.
Nem o passado permitiu-me lhe apagar.
Amar-te é a minha incumbência.
Pura história de amor, pura inocência.

Ah, este amor me possui por inteira.
Meus desejos são por você...
Nossas vidas estão tatuadas,
Nossas almas estão predestinadas.
Nosso amor é encontro marcado,
Você e eu somos por Ele desenhados.

Amo-te e não posso negar.
Meu coração denuncia;
Meus olhos brilhantes acusam,
Minhas atitudes me apontam.

Meu amor por ti é visível.
Amo-te infinitamente!
Através dos versos... Do passado...
Do futuro que será diferente.
Do agora... Do nosso presente.

21.07.2008

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Luiz Islo Nantes Teixeira

A FESTA DA PIZZA

FESTA DA PIZZA
(Luiz Islo Nantes Teixeira)
Baseado no Hino Nacional Brasileiro

Ouviram pela nacao os choros das maes entristecidas
E os pais com seus coracoes nas dores agonizantes
E a mancha da impunidade, em passadas atrevidas
Brilhou no ceu de nossos dias em todos os instantes
Se o temor dessa criminalidade
Sentimo-nos cativos pela mafia forte
Em teu seio , o impunidade,
Sera ferido nosso peito por qualquer tipo de morte

Ó Patria abandonada,
Maltratada,
Chora! Chora!

O Brasil, um pesadelo intenso, um raio apagado
De temor e de desesperanca a terra gira
Se em teu perigoso ceu, tristonho e palido
A imagem do Cruzeiro ja nao brilha
Gigante pela propria natureza
Es duro, es temivel, impavido e perigoso
E o teu futuro espelha um prato de pizza

Terra ensanguentada
Entre outras mil,
Es tu, Brasil
O patria abandonada!
Dos filhos deste solo es cruel e vil
Patria abandonada
Brasil!

Derrubado eternamente em berco de sangue
Ao som de tiros que atravessam o ceu profundo
Criticas, o Brasil, o vilao da America,
Chegam de todo as partes do mundo!
Do que a terra mais sofrida
Teus tristonhos, grandes campos tem tantas dores
Nossos bosques enterram-se a vida
E em nossa vida perdemos nossos amores

Ó Patria abandonada,
Maltratada,
Chora! Chora!

Brasil, da dor da perda seja livre
O braco da justica alcance os culpados
E diga a todo o povo calado e triste
Paz no futuro, e cadeia para os condenados
Mas, se ergues da justica a clava forte
E convoca uma reuniao para uma festa da pizza
O Brasil continuara nesta agonizante morte

Terra ensanguentada
Entre outras mil,
Es tu, Brasil
O patria abandonada!
Dos filhos deste solo es cruel e vil
Patria abandonada
Brasil!

Globrazil@verizon.net
http://www.islonantes.com/

Foto de Luiz Islo Nantes Teixeira

AQUELAS AMIGAS VERDES

AQUELAS AMIGAS VERDES
(Luiz Islo Nantes Teixeira)

Sentiremos saudades daquelas amigas
De raizes tao produndas
Que as tempestades nao podem arrancar
Aquelas altas e bonitas
Que escondem as lagoas fundas
Onde as cachoeiras vao mergulhar

Sentiremos saudades daqueles frutos
Que tanto os honestos como os corruptos
Podem vir e saborear
Sentiremos saudades daqueles verdes
Que cobrem a terra com seus tapetes
Ate onde os olhos nao podem alcancar

Preservar e viver com mais paixao
Ter ar mais puro para nossos pulmoes
Respeitar diversidade da criacao
Ver o amor crescer em nossos coracoes
Sentiremos saudades das amigas verdes
Onde amarravamos nossas redes
Admirando o Negro e o Solimoes

Sentiremos saudades do fruto maduro
Quando um dia no distante futuro
Ja nao termos nenhuma beleza para admirar
Quando o solo for seco e bem duro
Derramaremos muitas lagrimas no escuro
Por destruirmos nosso mundo , nosso lar

Sentiremos saudades daquelas amigas
Que como torres erguidas
Abrigam os animais em algum lugar
Aquelas mesmas altas e verdejantes
Onde as serras e cegueira dos ignorantes
So querem desmatar.

© 2008 Islo Nantes Music/Globrazil(ASCAP)
Globrazil@verizon.net or Globrazil@hotmail.com
USA - (1) 914-699-0186 - Luiz
http://www.yesportes.com/
http://www.islonantes.com/

Foto de LUCAS OLIVEIRA PASSOS

AS ESTRELAS

As estrelas Lucas Oliveira Passos

As estrelas estavam lá, no pedaço de céu que me cabia apreciar pela janela, naquele leito de hospital em que eu me encontrava, arrasado e sem entender nada...mais uma vez minha vida mudava completamente, numa guinada imprevizível...a necessidade da cirurgia, a gravidade da doença, e por fim a notícia que tentaram me passar e que me recusava a entender, sabia que era algo terrível, algo que teria que me lembrar e aceitar para o resto da vida, mas naquele momento o bloqueio não permitia, eu não conseguia pensar, apenas aquela imensa tristeza, e um gigantesco desejo de morte que nunca havia sentido antes em toda minha vida.

A enfermeira se aproximou sem fazer qualquer barulho, e cuidadosamente fechou a pequena janela, próxima ao meu leito, minha única referência para o mundo exterior, minha única fuga para os pensamentos terríveis que invadiam minha mente.

- Tenho que fechar a janela, os outros pacientes estão reclamando do frio, me desculpe, sei que é a única coisa que parece lhe interessar...

Assim, todas noites, meu céu quadrado e pequeno, contido nas dimensões daquela janela, se apagava irremediavelmente, as estrelas, que eu tanto estudara e pesquisara, por puro deleite, em certa etapa da vida, eram agora meu único consolo, me faziam pensar no tão pequeno que eu era, naquela imensidão tamanha do universo.

Não sabia quanto tempo já se passara desde o dia em que me internei com câncer e uma hérnia abandonada por muito tempo, calculava algo em torno de uns seis meses, tudo fora um sucesso segundo os médicos, mas meu corpo não era mais o mesmo, meus 75 anos pesavam bastante no processo, o restabelecimento era lento, a angústia era grande, havia algo medonho a ser encarado, assimilado e entendido...um amargo na garganta, um peso imenso no peito...por que meu cérebro se recusava a processar a notícia que foram me dar? Minha filha Aninha, por que não aparecia mais no hospital para me visitar?

As lágrimas brotavam abundantemente nos meus olhos, não devia ser assim...tão acostumados com o sofrimento devido aos anos de trabalho voluntário na ajuda desvalidos...comecei a lembrar palavras que foram ditas...concluí que havia acontecido com Aninha algo terrível, agora ela era apenas uma pequena estrela no céu e ao mesmo tempo uma chaga aberta para sempre no meu peito, para o resto do resto de minha vida, pois minha vida agora só seria um resto, que talvez nem merecesse ser vivido...chorei a noite inteira...nunca fora de chorar, nunca chorava, mas era impossível evitar...comecei a recordar o passado e parei exatamente quando Aninha havia entrado em minha vida...antes de nascer...ainda quando era nada mais que uma promessa de vida no corpo de uma mulher, quinze anos atrás...em um ponto de ônibus em Copacabana...

- Tu podes me ajudar? Estou com fome, estou grávida, meu namorado me abandonou, minha família não quer me ver, cheguei de Curitiba ontem e não como nada a dois dias, preciso que alguém me ajude...

Olhei a mulher nos olhos atentamente, estimei não mais que 30 anos para sua idade, observei todo seu corpo, era bonita, estava maltratada, entretanto vestia roupas de qualidade...seus olhos mostravam que estava em situação de carência e mêdo, o corpo, uma gravidez de no mínimo dois meses, senti muita pena dela, eu nunca abandonaria uma mulher à própria sorte, mesmo sendo desconhecida, e assim me senti envolvido e pronto para ajudar...

- Qual é o seu nome, moça?

- Sonia, mas tu podes me chamar como tu quizeres, se puder me ajudar te agradeço muito...Tu és casado, posso ajudar no serviço da tua casa?

Aquela pergunta me fez lembrar que já fora dezenas de vezes, não no papel, mas a muito tempo este conceito de ser ou estar havia perdido o significado em minha vida, deixava o amor fluir da forma que viesse, amava as mulheres incondicionalmente, deixando-as livres para entrar e sair de minha vida como bem entendessem, aprendi a recomeçar sempre que fosse possível, sem olhar para trás e sem me importar com nada, estivera diversas vezes no topo e na base, e sabia que após tempestades a terra se torna fértil e pronta para a fecundação, e que o importante eram os dias de sol que viriam, trazendo lampejos de felicidade...pequenos momentos que tinham que ser aproveitados antes que se acabassem...não fechava nunca qualquer porta que pudesse permanecer aberta em minha vida, essa era minha filosofia de vida, era como eu me sentia...

- No momento estou morando sozinho, se você quizer, eu te levo para minha casa, lá você pode se alimentar, tomar um banho, trocar de roupa e ficar quanto tempo quizer...até ter um lugar melhor para ir...quando quizer ir...

E assim, desde o primeiro dia morando em minha casa, Sonia se posicionava como minha mulher, sem reservas, na cama inclusive, sem nada perguntar, sem nada pedir, com seu olhar meio ausente e distante, por vezes inquieto.

Comecei a perceber que Sonia seria um pássaro passageiro em minha vida e não demoraria a se lançar em novo vôo, e isto me incomodava, havia me apaixonado mais uma vez e agora amava Sonia e a pequena semente que crescia no seu útero, fecundada por outro homem, mas já adotada totalmente por mim. Passei a visitar minhas tias levando Sonia e a promessa de Aninha, cada vez maior em sua barriga, apresentando-a como minha nova companheira, na extrema tentativa de faze-la gostar daquela opção de vida, mas sentia que o olhar de Sonia estava cada dia mais longe.

Tinha percebido desde o início que Sonia, assim como meu falecido filho Lalo, apresentava sintomas típicos de viciados em drogas, a abstinência estava lhe pesando cada vez mais e chegaria a um ponto em que ela não suportaria ultrapassar...isso me aterrorizava e me fazia passar noites em claro procurando uma alternativa, abri o jogo com ela, mas ela negou tudo e inverteu a situação, dizendo que se eu queria um motivo para me livrar dela e de Aninha. Talvez Sonia nunca tenha sabido o quanto me feriam essas afirmações...o quanto era grande o meu amor por ela.

O tempo foi passando, dias, semanas, meses e finalmente Aninha nasceu, pequenininha, indefesa, totalmente dependente de tudo e de todos, sem saber em que mundo fora lançada e por quanto tempo...eu tentava esconder as lágrimas que brotavam de meus olhos quando observava a total indiferença de Sonia em relação a Aninha, e comecei quase por adivinhação do que viria, a ler tudo sobre crianças.

Quando Aninha completou duas semanas de vida, cheguei de uma entrevista para um novo emprego e não encontrei mais Sonia, ela havia partido, deixando apenas um pequeno bilhete junto ao berço. Sonia levou quase todo dinheiro de nossas reservas, Aninha passou nesse momento a ser responsabilidade e problema apenas meu. Eu me recusei a acreditar, andava pelas ruas olhando em todas as direções, procurando por Sonia, levando fotos, falando com drogados, mas nenhum sinal de Sonia, devia estar longe...talvez em Curitiba...talvez em qualquer lugar do mundo, bem longe dos meus olhos mas ainda dentro do meu coração, ocupando um espaço imenso e significando talvez a maior derrota de toda minha vida.

Sentia uma imensa agonia e abraçava Aninha toda vez que precisava sair para conseguir algum trabalho, agora eram apenas eu e ela, apenas nos dois para enfrentar o mundo e lutar pela vida. Como conseguiria trabalhar e ao mesmo tempo cuidar do bebe, teria que conseguir uma atividade que pudesse ser feita em casa, que não tomasse todo meu dia...tinha que conseguir voltar ao topo, com bastante dinheiro seria mais fácil resolver as coisas... nunca me importava com o dinheiro, mas agora ele era a coisa mais importante para que eu pudesse cumprir meu juramento, daria o máximo do resto de minha vida para que o futuro de Aninha fosse o melhor possívcel...eu sempre recomeçava...já não me assustava com isso... e assim fui vivendo aqueles dias de angústia e amargura, tendo como único prazer observar a vida e o tempo fazendo de Aninha uma menininha cada vez mais linda.

O tempo foi passando e meu trabalho em casa, com desenho, arte final e fotografia, conseguia manter Aninha na escola, ela estava cada dia mais linda, com seus dois aninhos completos, me chamava sempre de paizinho, o que me deixava orgulhoso, eu já aceitava que iria viver apenas para que aquela criança pudesse ser alguém neste mundo hostíl, e assim evitava agora me envolver com outras mulheres, vivia só para Aninha.

Quando Aninha completou quatro anos, escrevi para minha tia que morava em Porto Alegre, que não via já a uns vinte anos. Informei sobre minha vida e minhas preocupações em relação a minha filha, a incerteza das coisas e a necessidade de ter alguém que pudesse ajudar caso eu ficasse doente ou morresse. A resposta de minha tia veio rápida, “venha para Porto Alegre, só aqui poderemos te ajudar, precisamos de alguém de confiança para a fábrica de tecidos, minha filha Tânia separou do marido e já não consegue tocar tudo sozinha, ele participa do conselho de administração, mas não do dia a dia da fábrica, entre em contato, poderemos nos ajudar, sei que você é competente quando está motivado, te esperamos aqui ”.

O convite me deixou orgulhoso e me fez sonhar com a possibilidade de estar perto de Curitiba e conseguir encontrar Sonia, ainda moradora em meu coração apesar de tudo o que acontecera, e assim, em poucos dias eu e Aninha já estávamos reduzidos a apenas duas grandes malas, que continham tudo que tinhamos na vida, também cheias de esperanças e sonhos de melhores dias em nossas vidas.

Quando os momentos são felizes, passam muito rápido, e assim, Aninha já estava fazendo dez anos de vida. A ida para Porto Alegre fora muito boa para mim, Tânia estava muito abatida com a separação e se dedicou totalmente a mim e a filha, embora tivesse suas duas filhas adolescentes para cuidar. Aninha vez por outra me abraçava e lamentava por mais uma vez não poder ter a oportunidade de conhecer sua mãe. Eu procurava a todo custo esconder as lágrimas que teimavam em rolar de meus olhos cerrados enquanto a apertava fortemente contra o peito, dizendo que um dia isso seria possível, que ela voltaria e seríamos felizes. Estava muito bem posicionado na empresa, como diretor de produção, mantinha dois detetives mobilizados na busca por Sonia que parecia ter se transformado em pó. Não sei até hoje, se foi por me observar sofrendo e sem ninguém para compartilhar, ou se foi para causar ciúmes em Silvio, que a largara para viver com outra mulher, que Tânia começou uma aproximação maior, me fazendo seu acompanhante a festas e jantares e fatalmente acabamos nos gostando e começando um relacionamento amoroso escondido.

Era um sábado de manhã, acordei bem cedo pois havia combinado com Tânia um passeio nas regiões serranas, recebi um recado de Tia Albertina, me chamando no seu escritório, não imaginava o que poderia ser, lembro que eu estava muito orgulhoso com as novas máquinas que haviam dobrado a produção, embora a contragosto dela, que achava que as empresas tinham que operar sem dívidas, e que votara contra a compra do novo maquinário financiado. Tânia ficara pela primeira vez em posição contrária a dela e a de Silvio, durante a votação do conselho de administração. Silvio visitara tia Albertina na véspera e falara em reparar um erro e voltar a viver com Tânia. Até hoje não sei se eu estava certo ou não, mas nunca imaginei ouvir de minha própria tia o que ouví alí;

- Canalha, acabou para você, eu confiei em você e você me traiu, não adimito, não posso acreditar que você se envolveu com Tânia, ela é muito mais nova que você, isso é um desrespeito, quero que você volte para o Rio de Janeiro, não quero você mais aqui, já fiz as contas e este cheque é tudo que você tem direito, pegue sua filha e suma daqui, hoje mesmo...

Rasguei o cheque na frente de minha tia e fui buscar Aninha, preparamos as malas, apenas duas grandes malas, largando todo o resto para trás, novamente cheias de esperanças e sonhos de melhores dias em nossas vidas...

Hoje, um ano após sair do hospital, começo a procurar pelos parentes que me restam e pelos vizinhos, só agora consigo falar em Aninha sem que a voz me escape e um pranto enorme me sufoque, foi muito duro tentar recomeçar a vida e tentar entender como tudo se passou, eu e ela fomos vivendo nosso amor fraternal, que aumentava a cada dia, e nos bastávamos, o mundo não tinha mais sentido, até que a necessidade da cirurgia nos separou pela primeira vez na vida, aquela profunda tristeza e o medo da minha morte foi capaz de matar Aninha, de uma forma tão violenta que o coraçãozinho dela, de apenas quinze aninhos, não aguentou a solidão, se recusou a bater e parou para sempre. Eu e meu velho coração, ficamos em coma várias semanas, porém já tantas vezes vacinado pelas angústias da vida, aguentei firme até hoje, embora não consiga aceitar o que se passou e sinto, cada vez que olho as estrelas, que Aninha está lá, linda como sempre foi em sua curta vida, sempre ao alcance dos meus velhos e cansados olhos, minha amada estrelinha...Minha filha Aninha!

Sigo a jornada da vida, cumprindo minha missão, voltei ao trabalho voluntário com os desvalidos, tentando dar um pouco de utilidade a este resto de vida, sei que é questão de pouco tempo, breve estarei com ela para sempre...junto as estrelas...

Foto de sidcleyjr

Ela

Ela não é musa
Ela representa aqueles seres vencidos pelo medo
Ela não acredita em ficção
Exprimi suas próprias idéias realistas
Ela é da noite quando conversa o puro vinho sagrado
Recordo-me um grande amor do passado
Não há semelhança alguma
Tua alma faz sentir-me como a mesma criança da abelha
Uma abelha do futuro
Pena que criada em cativeiro.
Ela voa nos caminhos de essências que só o amor pode cultuar
O Garoto nas vitrines da vida
Ela Balançou consciência
Suas palavras são levadas a serio
Mesmo que seja uma carente forma de conhecer amizade
Sonho com ela não porque a desejo
No sonho revela grandes importâncias sobre vida
Pequeninas coisas a tornam muito especial
Ela é maravilhosa!

Macro '

Talvez ela exista ** \

Foto de pttuii

Aristóteles de Sousa Escrivão

Num futuro assustadoramente próximo, a fúria de um homem servirá para abrir todos os telejornais do mundo. Cansado de assumir os despistes da condição humana, Aristóteles (chamemos-lhe assim) vai pegar em armas e virar-se contra o poder dos mitos. Sem precisar de andar muito irá, um dia, sair de casa e encarar, olhos nos olhos, a diva da ópera. Luísa Todi, imortalizada num busto de virginal mámore branco no centro de Setúbal, será sequestrada. Tudo se vai passar tão rápido, que quando as pessoas se aperceberem já será tarde de mais. Num dia de Verão, mais um a prenunciar a careca de ozono de que o planeta já padece, Aristóteles colocará em prática anos a fio de saber livresco. À hora a que estas linhas estão a ser produzidas, o criminoso do futuro estuda afincadamente a metodologia dos protagonistas dos mais famosos quinze minutos de fama do mundo. Manuel Subtil, Al Pacino em 'A dog´s day', Vladimir, o ucraniano que sequestrou o dono da pastelaria 'Sequeira' na Avenida da República, em Lisboa. Será rápido na abordagem, terá de conseguir prever todos os possíveis erros e, acima de tudo, ter óptimos pulmões para que todo o mundo o consiga ouvir. Num futuro assustadoramente próximo, Aristóteles vai rodear o busto de Luísa Todi com suficiente C4 para rebentar com a Casa Branca. Com o detonador numa mão, e uma AK 47 na outra, vai esperar que todas as unidades especiais da Polícia cheguem. Depois, logo a seguir, virão dezenas e dezenas de jornalistas. Para finalizar o cortejo da decrépita condição humana, marcarão presença milhares de aves necrófagas. Altos, baixos, velhos, novos, brancos, pretos, amarelos. A capa é humana, mas o interior será com certeza animalesco. Aí, e só aí, quando estiverem reunidas todas as condições necessárias para que o mundo saiba quem é Aristóteles, é que quem estiver a ler este texto perceberá, por esta altura, que esteve a ser enganado. Eu, o autor, identifico-me como Aristóteles Sousa Escrivão, bêbado profissional neste mundo há 53 anos. Acabei de apedrejar o busto de Luísa Todi e, neste momento, estou preso num calabouço policial a tentar imaginar que sou uma pessoa importante. Ai de quem se atreva a quebrar uma ilusão que, além de não pagar impostos, prova a teoria evolucionista de Charles Darwin. Deus nunca teve nada a ver com os macacos fodilhões. A má sorte de mais tristonho dos Austrolopitecus, é que está na origem da minha estadia nesta cela.

Foto de pttuii

Arcos Íris Inc.

O Branco é amigo do Preto. O Castanho está unido por ligações sentimentais ao primeiro, mas nada o liga ao segundo. O Azul tem tendências suicidas, e vê no Verde um refúgio de serenidade cada vez mais raro nos dias que correm.
Os dois já se envolveram com o Preto, mas perante o Branco sempre o negaram. O Roxo espera por uma oportunidade para pedir emprego ao Castanho, que assume funções de administração na empresa de obras públicas do Amarelo.
O Branco é quem verdadeiramente dá a cara neste negócio, e fala-se que poderá ver com bons olhos um take-over feito pelo Rosa. A suavidade de temperamento deste último é vista pelo Azul como uma potencial ‘mais valia’ numa ligação meramente profissional.
A importação de água de um mar cuja localização ainda não foi tornada pública, parece ser o ramo em que o azul melhor se movimenta. A personalidade densa que o caracteriza é, segundo os analistas, a adequada para uma correcta gestão da multinacional.Uma empresa de consultoria, fundada pelo amarelo, poderá ter sido contratada para atestar a veracidade destas constatações. Por trás deverá estar uma Oferta Pública de Aquisição feita pelo Ciano, que desesperadamente luta por se manter à tona de um negócio onde o Branco ainda dita regras.
O Ciano partilha o tom com o Lilás, e é considerado perigoso. Numa desordem alvejou a tiro o Branco, que por ter corrido perigo de vida, reforçou o seu estatuto neutral. O relatório de tendências no arco-íris aponta para um futuro menos denso. O esbatimento de funções é visto com desconfiança.

Foto de Sentimento sublime

O doce e o amargo do passado! Osvania_souza

O doce e o amargo do passado!

A vida me abriu as portas, porém o tempo as fechou.
A vida dizia-me ser útil, e o tempo se quer me avisou.
Que ele passa tão rápido. E será que feliz eu sou?
No início a vida era doce, tão doce como o mel.
Com o tempo amargou-se, amargou-se como o fel.
Foi um passado cheio de sonho, sonho conturbado.
Dedicando-me e trabalhando, para alguém que foi tão amado.
Porém não foi possível, realizar meu sonho dourado.
Pensei que tivesse a felicidade encontrada.
Conheci muitas pessoas, fiz amigos no trabalho.
Poucos amigos do peito, outros somente de agrado.
Tive duas famílias distintas, uma genética e outra profissional.
Para elas eu podia falar tudo que sentia.
Eu falava, eu as ouvia, sem medo e sem pudor.
Tive fases em minha vida, como todo ser humano tem.
Algumas de alegria, outras de dor.
E nestes momentos eu contava:
Com minhas famílias e também com meu amor.
Fui trabalhar em uma cidade, que para mim era estranha.
No início foi difícil, mas eram ossos do ofício.
Não conhecia ninguém, e ninguém me conhecia.
Mas com persistência e coragem.
Continuei carregando minha bagagem.
Conquistei muitas pessoas, fiz novas e grandes amizades.
Fui me acostumando com o ritmo daquela cidade.
Que passei a gostar de verdade.
A vida continuava, e o tempo então passava.
Cuidando de minha casa, da firma que possuía banco que eu trabalhava.
Com muito amor e carinho, dediquei todo tempinho aos três sem distinção.
Foi tanta dedicação, porém tive que fazer uma opção.
Cometi meu maior erro então, pedi sem pensar minha demissão.
Continuei tocando a firma, e cuidando do meu lar.
Porém faltava algo “grandioso” para meu sonho concretizar.
Não podíamos ter filhos, depois de oito anos esse sonho pude realizar.
Foi aí que nasceu então, brotando do meu coração.
Recém-nascida em meus braços, minha filha querida.
A única que adotei em minha vida, minha maior amiga.
E o tempo continua passando:
Voltei para minha cidade em busca da felicidade.
Mas não foi essa a realidade porque aquela cidade estranha.
Entrou em minhas entranhas deixando tanta saudade.
Hoje chego a pensar, naquela cidade estranha onde conheci a felicidade.
E continuo minha vidinha nesta pequena e pacata cidadezinha.
A mesma que me viu nascer, porém não me deixa crescer.
É como se seu fosse um pássaro com asas quebradas.
As tenho e não posso voar.
Então resolvi deixar escrito, meu passado de conflitos.
Um amor mal resolvido, o qual eu me dediquei.
O tanto que me doei e o muito que me entreguei.
Foram muitos anos de minha vida.
De uma estrada comprida , quando olho para trás, me pergunto.
Se o tempo tivesse me avisado, que ele passa tão rápido.
Eu não teria o que lamentar.
Quero dizer a vocês “Olhadores do Passado”
Para o tempo não se manda recado, ou se faz ou não se deixa esperar.
Hoje tenho casa, mas não tenho lar, passo na terra por passar.
Estou apenas vivendo por viver porque o presente não me deixa sonhar.
E tudo aquilo que ajudei a construir, vejo por terra ruir.
Antes que o presente se torne passado resolvi deixar meu recado.
Não sei se irá resolver, mas pelo menos quero aqui dizer:
Desabafar meus sentimentos te contar meus lamentos.
Que há anos guardo no peito, não sei qual será o efeito que poderá te causar.
Mas faça o que tem que ser feito, sem medo de ser feliz.
E como escritora principiante te deseja neste instante.
Um presente e um futuro radiante.
Se ame bastante e seja muito feliz.
Espero que você nunca sinta o amargo do passado.
Mas somente os doces momentos do presente.
Osvania_Souza

Páginas

Subscrever Futuro

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma