Força

Foto de betoquintas

Terceira sagração (Sarcanomia)

Aula
Hino do Lobo às ovelhas

Venham todas, sem demora,
Mesmo a menor e tímida.

O pastor está morto,
Foi derrubada a trave do cercado.

Não temam explorar a pradaria,
Sintam o gosto do horizonte
E a força da liberdade.

Eu as ensinarei estas coisas,
De que fonte beber;
De que fruto comer
E todos os caminhos.

Conhecerão seus corpos
E conhecerão o meu.

Poderão aproveitar a vida
E saborear este festim.

Eu as farei tocar
Em seu intimo divino
E as farei dançar
Em meu externo mundano.

Receio
Hino das ovelhas ao Lobo

Bom senhor e conhecedor,
Tenha calma e paciência,
Sabemos e sentimos sua verdade,
Mas ainda tememos e receamos!

Vivemos por muito tempo,
Vendo o mundo por uma fresta,
Suportando o peso da lei fria
E recebendo um amor sem paixão.

Agora sabemos e percebemos,
Que possuímos corpo e desejo,
Que isso é natural
E, portanto, divino.

Faça-nos conhecer,
Estes deuses da natureza,
Que bendiz e honra sua gente.

Queremos conhecer,
O toque sagrado
E, como as vestais,
Sermos inundadas.

Nos mostre como nos elevar
E nos eleve em ti.

Aceitamos este acordo,
Tu te nutres de nós
E nós nos completamos em ti.

Consolo
Hino dos deuses às ovelhas

Não vos envergonheis!
Mais vergonhoso foi o pastor
Que, fazendo papel de deus,
As manteve em um curral!

Muitos são os gados,
Tanto quanto os feitores,
Mas mesmo o terrível juiz
Deve obedecer a lei!

Aquele que escreve a norma,
Põe a si mesmo sob juramento,
Mas a lei que não se escreve
E, entretanto, é observada naturalmente,
Mais forte que o poder
E o medo do castigo,
Esta é a lei do Universo.

Amor como nome,
União como forma.
Os deuses em carne existem,
Os humanos em espirito vivem.

Então, recebam as dádivas divinas
E aproveitem as ofertas mundanas,
Nós nos fazemos presente em vós
Quando em vós se fizer presente o Lobo.

Conselho
Hino dos deuses ao Lobo

Bom e fiel guerreiro!
Tomai essas ovelhas
E as conduza pelas pradarias.
As alivie do remorso
E evite o rancor.

O pastor é digno de esquecimento.
Nós somos bem servidos,
Com sua força e língua,
Teu corpo satisfaz as deusas.

Você é a lei natural manifesta,
Seu nome é grande entre os homens
E sua figura temida entre os deuses.

Por causa de seu vigor voluntário,
Pedimos um disfarce ao seu nome.

Não esmoreça na batalha,
Continue a espalhar
A toda criatura consciente
A Lei da Vida.

Que o seu membro
Seja o medianeiro ideal,
Entre a morada dos deuses
E a morada dos homens!

Gratidão
Hino das ovelhas aos deuses

Bons e agradáveis deuses,
Que nos acolhem e aceitam,
Tal qual somos, naturalmente.

Não estigmatiza o que é puro,
Nem corrompe o que é virtuoso.

Estivemos tão longe da verdade
E tão afastadas da realidade,
Que estranhamos nossa natureza,
Mas nos entregamos aos sentidos.

Pedimos para que nos amaciem,
Nos penetrem e nos invada.

Assim preenchidas,
Por cima, pelos deuses;
Por baixo, pelo Lobo;
Renascemos e recuperamos
A posse sobre nós.

Nos inundem com este leite,
Nos consagrem com a seiva
E nós não cessaremos o rito,
Espalharemos o louvor dos deuses,
Fazendo amor repetidamente
Por todo este mundo.

Confiança
Hino do Lobo aos deuses

Soberanos dos mistérios!
De quem recebi feliz missão
Da guarda e entrega da lei.

Dotaram-me da força,
Do vigor e plenitude,
Necessários para sagrar a vida.

Tendo vosso apoio,
Eu sirvo o palo,
Testemunha firme
E durável da lei.

Ainda que siga solitário,
Vivendo na sombra e rejeição
Devido ao temor dos demais,
Pelo meu excesso de vontade
E extrema paixão na forma,
Continuo com meus votos
Para, pelo meio das donzelas,
Abrir o entendimento
E preencher o conhecimento.

Foto de francineti

Maré Lançante

Maré lançante lança tuas águass sobre mim,
vem com a força da lua cheia,
pois sei que encantas homens, mulheres e sereias.
Maré lançante que vem forte lavando as terras do norte
Maré lançante tuas águas fertilizam as terras de nossas ilhas e alimentam minhas idéias.
Nas águas dos rios da minha terra tive muitos momentos de vida traçados,
Por muito pouco não nasci dentro de um barco
Pelas mãos de uma parteira vim ao mundo no mês de Julho sob o signo de leão e com a proteção de iansã.
Iansã comanda os ventos e as tempestades
eu desde pequena amava os rios da minha terra,
meu primeiro beijo dei a beira de um rio quando admirava um navio,
tantas vezes me banhei num igarapé,
gosto mesmo é de andar a pé,
mesmo longe sinto cheiro de maresia,
não consigo viver sem poesia.
Maré lançante lança tuas águas sobre mim,
eu preciso lembrar do boto e do curupira
imagens da minha infância e da fantasia.
Eu cresci, estudei e me formei, mas nunca esqueci as estórias que acreditei,
até hoje imagino o boto.
Será que ele virá?
Ele vem de noite ou durante o dia?
Veste branco?
Cheira a maresia?
Não sei. Só sei que ele faz parte da minha fantasia.

Foto de betoquintas

Primeira sagração (Sarcanomia)

Chamado
Hino das vestais aos deuses

Acabou a estação de estio,
O gelo derrete,
Vem a névoa e o orvalho.
No solo, as sementes aguardam,
Sobem os vapores,
Juntam-se as nuvens.
Os deuses preparam a chuva,
Venham e propiciem a fertilidade!
Venham sobre nós,
Façam de nossos corpos
O terreno arado e pronto.
Venham em nossos sulcos
E derramem dentro de nós
O néctar vitalizante,
Que despertará as sementes do torpor,
Para que todos aproveitem a safra.
Mostre a divindade pela verga,
Prove a autoridade pela soma.

Vesperal
Hino das vestais aos campineiros

Vinde, obreiros da colheita!
Vede que os deuses não demoram,
Cedo vem as nuvens
E os campos devem estar prontos.

Tragam as enxadas
E firmem os moirões.
Removam as pedras do passado
E as raízes do remorso.

Não podemos atender aos deuses,
Nem honrá-los com nossos serviços
Sem sua vigorosa ajuda.
Abram nossos véus sagrados
E depositem sua força em nosso templo.
Façam com seus corpos musculosos
A sagração de nossos veios,
Amaciem e preparem nossas carnes,
Para receber a dádiva divina.

Ato de labor
Hino dos campesinos às vestais

Formosas damas, eis-nos!
Nunca fugimos às obrigações,
Mal nos chamaste
E nossos membros já atendem.

Somos homens rústicos,
Simples e brutos.
Não possuímos riquezas,
Senão nossas mãos,
Nem temos nobreza,
Senão nosso trabalho.

Ainda assim nos recebe,
O templo sagrado se abre,
Nos revelando segredos e mistérios
Que são negados a reis.

Recompensados com tal honra,
Oferecemos em profusão dessa seiva
Que seus corpos pedem
Em sagrado frenesi.

Monção
Hino dos deuses aos devotos

Eia, fruto de nossos amores!
Nós viemos de longas distâncias,
Escutamos o chamado da carne
E nos preparamos para nutrir este mundo.

Eis a verdade,
O que está embaixo
É igual ao que está em cima.

Benditas são as vestais,
Que com seus véus dançam,
Chamando para si os campesinos,
Para que esta festa na terra
Se reflita no firmamento.

Assim se juntam as nuvens
E nelas derramamos o sagrado néctar.
Enchei os ventres das vestais
Com sua virilidade, campesinos,
Para que, do mesmo modo,
Derramemos a nossa seiva
No ventre da Grande Mãe.

A ninguém seja permitido
Separar e discriminar a vida.
Material e mundana,
É a mesma vida,
Espiritual e sagrada.

Partida
Hino de gratidão dos devotos aos deuses

Grandes e respeitáveis deuses!
Aos que reconhecem a paternidade
E não fogem da responsabilidade,
Nós agradecemos a propiciação!

Manifestada seja a lei,
Amor e irmandade.

Somos espirituais e carnais,
Como vós são carnais e espirituais.

Tal como vieram à Grande Mãe,
Vem os homens às mulheres.

Tal como à dádiva do amor
Não se impõe regra ou forma,
Nos unimos ao festim,
Para que o espirito se torne carne
E a carne desperte sua alma.

Não pode haver separação,
São uma e mesma essência.
Portanto venham em nosso meio
Na próxima temporada,
Enquanto continuamos a seguir
O ciclo sagrado e eterno.

Foto de betoquintas

Sarcanomia - Introducão

Ritos do prazer

A celebração dos deuses

De todas as partes da eternidade
Vem todos os deuses e deusas
Até os Elísios fazer Assembléia,
Cada qual seguido pelos devotos
E caravanas de criaturas.
Começa a grande congregação
Entre deuses, criaturas e homens.

Os deuses oferecem como exemplo
O espetáculo do ecumenismo carnal.
Enfim se pode Amar,
Conhecer e manifestar
Tal maior e máxima lei.

Todos os corpos,
Dançando, se encontram.

O Cordeiro afaga o Leão,
Acabou a fúria da homofobia.
As ovelhas virgens
Se oferecem, despudoradas,
Ao velho lobo sombrio,
Acabou a hipocrisia da pedofilia.
As pombas pulam entre os ninhos,
Experimentando muitas uniões,
Acabou a falsidade do adultério.

O Exú Trovador
Pode aplicar sua pena
A contar os atributos de Fátima,
Cuja carne não conhecia
Tão prodigioso pincel.

Pela força do Amor,
Pelo poder da Paixão,
Baixam-se os estandartes,
Depõe-se as armas.
Dissolvem-se os exércitos
Entre anjos e demônios,
Acabaram as diferenças e rivalidades,
Trocam a insípida questão religiosa,
Por uma bela competição lúgrube.

Cessam as predicas fanáticas
Dos sacerdotes farabundos
Com um bom boquete.

Este pobre mendicante das letras
Vitorioso, assiste sentado a cena
No colo daquela deusa,
A quem roubou a sabedoria,
Donde registra aos sucessores
Todos os louvores do êxtase.

Sob o perdão destes herdeiros
Pela letra tremula
E falta de esmero,
Posto a dificuldade
Em por a termo o que é interminável,
Em descrever o que é indescritível,
Ainda tendo as mãos ocupadas.

Foto de Emerson Mattos

Começo, meio e fim

Autores: Ivan e Emerson
Data: 1992

Era um vazio. E dentro do vazio de um ser, surgiu um outro. Era o surgimento de uma nova vida. Vida esta que logo nasceu para o mundo. Vida esta que logo seria a minha.
Sinto uma força fluir sobre mim. Posso andar, correr, pular, gritar; enfim, tudo para mim é alegria. Eu não vivo como adolescente ou adulto...
De repente surgiu um sentimento. O sentimento que denominei como amor. Nascia assim a minha adolescência. Aquela criança que eu era havia perecido...
Com o passar do tempo, o meu sentimento se ampliou... Fez-me sofrer, chorar... Desenvolveu-se de tal forma em minha vida, de uma forma tão brusca, que eu sentia apenas “responsabilidade”. Eu já não estava sozinho, porque minha vida se uniu a uma outra pessoa.
Com o transcorrer do tempo minhas forças e sentidos já não são mais os mesmos. Tudo parece tão difícil: andar, correr, pular, gritar... Já não participo como participava do mundo. Tudo se mostra tão turvo, tão complicado.
De repente uma escuridão, não há o que se falar, não há o que se ouvir, nem o que se ver, o mundo parece não existir mais... Apagou-se assim uma luz. A luz da minha vida.

Foto de Emerson Mattos

Tudo Muda

Autor: Emerson
Data: 01/09/05

Um dia minha manhã surgiu
Uma manhã bela e alegre
Cujas alegrias eram constantes
E muitas manhãs brincavam
E minha manhã estava com elas

Sutil o entardecer veio chegando
O entardecer era muito bom
Pois era o entardecer juvenil
Em cujas forças e alegrias
Estavam, ainda, o vigor da manhã

Mas o entardecer ia desfalecendo
Havia sem dúvida um pouco de força
Mas a alegria estava desgastada
O próprio tempo a havia saturado
E no horizonte já se podia ver a noite

A noite até que surgiu esplendorosa
Não havia arrependimento pela sua vinda
O céu estava claro e a brisa lhe fazia carinho
A verdade bela em um lençol de estrelas
Não era esperada uma madrugada sombria
Pois melhor do que estava, estragaria

Mas de repente o tempo se fecha
O lençol estava entorpecido pelo breu
A Lua não podia mais se mostrar
O clima sumariamente começou a gelar
O vento mais forte começou a soprar

Estava tudo deserto em todos os lados
Não havia um corajoso que ali ficasse
Pois a noite, agora, metia medo em todos
Aquele dia: manhã, entardecer e noite
Havia desaparecido até mesmo da memória
Tudo acabou numa noite consternada

Foto de Emerson Mattos

Trinado

Autor: Emerson
Data: 29/08/05

Canta, canta sabiá
O canto que a força sabia
O canto da letra sábia
Que a sábia sabia
Oh! Trino sabiá

Canta, gorjeia canário
Encanta em frente do orvalho
Canta com força de sabiá
Não sabe se ela te leva até lá

E triste é o pássaro
Que não quer trinar
Não quer gorjear
E não quer cantar
Só pensa em voar
Para o lado de lá

O canto encanta
Aquele que sabe escutar
Aquele que canta
Não quer mais voar

O pombo vai arrolar
A ave vai pipilar
O canto é cortesia
Preenche o dia
E a noite vazia

Coruja, pombo, sabiá
Há todas aves que há
Que a profecia sabia
Sem elas não passa o dia
Que perde a sua magia

Foto de Emerson Mattos

Sabor

Autor: Emerson
Data: 26/07/05

Sinto o teu sabor
Teu cheiro, a dor
Sabor do amor
O toque da flor

O mel do teu beijo
O teu paladar
O cheiro do corpo
A força do atrito
De a pele roçar

A tua entrada
A tua saída
O teu balançar
No ritmo certo
De me encantar

O toque na pele
A boca na boca
Sentindo a quentura
Fusão, harmonia
No ritmo da agonia,
Da respiração
E do coração

O jeito de amar
O jeito de olhar
O gesto correto
Pra me conquistar

Eu sinto o teu gosto
O gosto do beijo
O gosto do corpo
O gosto do apego

Na intimidade
Só tenho vontade
Com suavidade
Te amar de verdade

Se eu sinto tua pele
Eu sinto no toque
Se eu sinto com peito
Sinto com afeição
Eu perco a razão
Pensando somente
Com o coração

Foto de pardal

Amor

O amor serve
Para nos completar
Nada existiria,
Sem estar completo

As flores dependem
Do sol,
Mas sem as trevas,
Secar e pereceriam,
Sem o sol,
Não teriam força
Para crescer
Também morreriam

Nas nossas vidas,
Sempre procuramos
Mesmo sem saber o que,
Sem amor não vivemos,
Mas amar nos faz mal

Choramos,
Quando nos deparamos
Com a solidão
Mesmo que insignificante

O mundo está cheio
No entanto,
Sinto-me só

Amar é como estar no céu
Não ser correspondido
É viver no inferno

O amor é representado de
Vários modos
Amamos nossos amigos,
Porque nos fazem felizes

Amamos a vida pelo simples fato
De existir
E existimos pelo simples fato de amar

Foto de brgigas

Tudo se perde no tempo

Tudo se perde no tempo
Desaparece a força e o alento
Pois ele tudo engole
Esconde e escolhe
A ti te vejo a ti já não
A ti te espero e a ti não
Brinca com a nossa mente
Esconde o que quer o tempo
Afasta assim um sentimento
Uma marca um lamento
E tudo passa na saia do tempo
Tudo dança ao ritmo do vento
Ele baralha e faz esquecer
Dá mais uma volta e relembra
Mostra de novo e lembra
Brinca assim só o tempo
Com a força e alento
Esquecendo-se assim do vento.

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