Força

Foto de Romarj

Desejada (Carlos Roberto Silva)

Meus olhos se encantam ao se encontrarem com os olhos teus

Que parados, como na foto, penetram fundo nos meus

E me encantam... e assim fico

Eternamente a olhar os olhos teus.

Meu sorriso se abre ao sentir o sorriso teu,

Que afoito, desconcerta o meu coração,

Que de um triste cotidiano de tic tac,

Se deixa tomar por um descompasso e

Fica, como bobo, mas feliz, a sorrir, o sorriso teu.

Minhas mãos, acanhadas,

De brancas, tomam outra cor,

Quando, tuas mãos, como loucas, se atiram

Por sobre elas ,tangendo-as tal qual cordas de um magico violino,

Minha boca, mal balbucia, te amo, te amo te amo,

Não deixas, és louca, jogas tua boca, louca e louca,

A sorver da minha boca , com força, toda a paixão

Meu corpo, já estremecido, entorpecido e sem timão,

Entrega-se sem perguntas ao teu corpo,

Louco, louco corpo, que ouso pensar ... sonhar....

Ser só meu, como se possível fosse ter dono o AMOR.

Carlos Roberto Silva, 19 de novembro de 2002

Foto de Carlos

Eu não sou de ninguém... (Florbela Espanca)

Eu não sou de ninguém!... Quem me quiser

Há de ser luz do sol em tardes quentes;

Nos olhos de agua clara há de trazer

As fulgidas pupilas dos videntes!



Há-de ser seiva no botão repleto,

Voz no murmúrio do pequeno insecto,

Vento que enfuna as velas sobre os mastros!...

Há-de ser Outro e Outro num momento!

Força viva, brutal, em movimento,

Astro arrastando catadupas de astros

Florbela Espanca (1894-1930)

Foto de Patrícia

Endechas a Bárbara Escrava (Luís de Camões)

Aquela cativa

Que me tem cativo,

Porque nela vivo

Já não quer que viva.

Eu nunca vi rosa

Em suaves molhos,

Que para meus olhos

Fosse mais formosa.



Nem no campo flores,

Nem no céu estrelas

Me parecem belas

Como os meus amores.

Rosto singular,

Olhos sossegados,

Pretos e cansados,

Mas não de matar.

Uma graça viva,

Que neles lhe mora,

Para ser senhora

De quem é cativa.

Pretos os cabelos,

Onde o povo vão

Perde opinião

Que os louros são belos.

Pretidão de Amor,

Tão doce a figura,

Que a neve lhe jura

Que trocara a cor.

Leda mansidão,

que o siso acompanha;

Bem parece estranha,

Mas bárbara não.

Presença serena

Que a tormenta amansa;

Nela, enfim, descansa

Toda a minha pena.

Esta é a cativa

Que me tem cativo,

E, pois nela vivo,

É força que viva.

Luís de Camões (1524-1580)

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