Fogo

Foto de carlosmustang

O VAZIO

Sem corpo,só alma
Só corpo, só calma
Sem alma, sem corpo
Sem nada, só morto.

Sem fogo, sem medo
O fogo no candelabro aceso.

Só vento, sem chuva
Sem sol, sem mar, só nuvens.

Sem coração, só compaixão
Com coração, só ilusão.

Sem tudo, com pouco
Contudo, que pouco.

Só eu, sem eu, só morto.

Foto de hotmanias

Epopeia do meu amor

Esta guerra dos mortais
Que nunca irá ter fim
Aliados imortais
Este amor que há em mim
Todos possíveis finais
Nada ficará assim
Pois por ti irei lutar
Até contigo ficar

Nem Vénus nem Afrodite
Tamanha grandeza tem
Todos os desejos meus
A dor que maior ninguem
Que nem todos os Romeus
Desejam tanto o seu bem
Pois só a ti culto presto
Para ti eu sou honesto

Esse fogo tão ardente
No qual me mandas-te entrar
Esse teu corpo tão quente
Que me está a puxar
A atracção que se sente
Esta forma de amar
Este meu tão bem querer
Quase de enlouquecer

Foto de Raiblue

Inevitavelmente...

.

Inevitável a vida
Que explode, desmedida
Em círculos de fogo...
Inevitável o encontro
Diante da procura mais lasciva
Do querer mais audacioso
Inevitável a consumação dos desejos
Quando a loucura nos consome, felina,
A mente, a carne, o espírito...
Inevitável a fome
Quando existe o viciado e o vício
Inevitável o prazer
Quando as línguas se reconhecem...
No gosto...no cheiro...na textura...

Tão vital...
Tão natural...
Tão inevitável o tato

Meus seios em tuas mãos
E minha emoção na boca...
Inevitável o gemido
Enquanto as mãos percorrem os caminhos
Inevitável o risco
De se perder nesse labirinto
Inevitável o beijo
Quando os lábios molhados se tocam...
Inevitável a sede
Quando as salivas se misturam
E o mar se derrama na carne...
Inevitável a dança
Quando os corpos se enlaçam
Em suaves movimentos
Delicadas ondas...
Inevitável o céu
Quando os sexos tesos, contraídos
E encharcados, se encaixam...

Tão profundo
Tão dentro
Tão inevitavelmente plenos...

Em eternos segundos de delírio...

(Raiblue)

Foto de Inês Santos

Jogo ardente....

JOGO ARDENTE

Ardo em martírio…
É a minha sentença…
Compactuo num jogo sem equilíbrio!
Mas, para quê? a presença…

Estou queimada pela desavença…
Jogo de regras, doentio…
Para quê? a esperança…
Se estou atediada com a chama do vazio…

Estou consumida com fogo, (atribulada!)
Estou em cinzas de fraqueza, (sou magoada)
Não tenho amparo, nem encanto…
Ò calor! Como dói… (sofro tanto)

Entreguei-me ao ardor da escuridão!
Sou jogador reles, sem ambição…
De alma cinzenta, impura!
Que verdade escaldante e dura…
Vou continuar arder…
Neste jogo até morrer…

Inês Santos

Foto de Sirlei Passolongo

Falando de amor

Hoje eu quero falar de amor
Mas parece que tudo já foi dito...
Já falaram de amor de tantas maneiras
Já disseram que ele é fogo e é bonito
Já fizeram o encontro do mar e as estrelas
Já falaram do amor do sol e da lua
Já disseram que ele é doce
feito mel de abelhas
Já fizeram amor do vento e da areia
Do beijo dos enamorados
no escuro da rua,
do amor que despe o corpo
e veste a alma nua... E ainda assim,
quero falar de amor.

Do amor que desperta a adrenalina
Acende a chama da vida
E feito um vírus contamina
Hoje eu quero falar de amor...
Do amor cantado nas letras de Jobim
Que o poeta borda à mão no poema
e o eterniza nas páginas do coração
Hoje eu quero falar de amor...
Mas posso resumi-lo
a tudo que você é para mim.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de Sonia Delsin

MEU DIVÃ, TALISMÃ... MEU ETERNO E INESQUECÍVEL AMADO.

MEU DIVÃ, TALISMÃ... MEU ETERNO E INESQUECÍVEL AMADO.

Tu foste meu divã.
Meu mais doce amigo.
Meu talismã.
Ao teu lado eu me sentia segura.
Eu me sentia ainda mais pura.
Tu foste assim como eu diria?
A criatura que me acendia.
A alma.
Num eterno fogo das compreensões.
Das decisões.
Me ajudaste a transpor a porta.
Me ajudaste a deixar de ser uma morta.
Meu divã, amigo, anjo, talismã.
Tu foste a esperança do meu amanhã.
E hoje que vivo no amanhã tão esperado eu te guardo como meu eterno e inesquecível amado.

Foto de vulcão

Alvoroço

Hoje acordei, abri os olhos, olhei ao meu redor e veio novamente aquela sensação de você está ali perto de mim chego até mesmo a sentir o teu cheiro, tua presença, o vento entra pela janela balança a cortina e dela um frio que nunca senti ao seu lado é então que percebo estar só, sinto um vazio, por estar perto e ao mesmo tempo longe, dificil de explicar como foi acontecer, mas te perdi,e agora paira este sentimento que me move que faz com que eu esqueça de mim, quem sou, me perco te perco nos pensamentos de quando você renacia dentro de mim, esquentando meu corpo, até que pegasse fogo aquecendo este coração que hoje ainda vive por você, meu corpo todo se descordenava quando o teu o tocava, a pele arrepiava num só toque através dos teus lábios, as pernas entrelaçavam-se para não perderem-se uma da outra diante de tamanho alvoroço ...
Volte para meus braços como da primeira vez!

Foto de cathy correia

Preciso de ti

Preciso de ti
Do teu sorriso
Da gargalhada
Das tuas palavras
A brincar no meu ouvido.
Preciso de ti
De sentir em mim
Tua alma a deitar-se
Cativa, no meu regaço
De fogo e suor
Deixando traço.
Preciso de ti
Cerro os olhos
E sinto a vertigem
Da tua presença
Apoderando-se de tudo em mim
Tortura que se prolonga
E me deixa exausta.
Como são longas as noites
Eos dias sem ti
Que me deixam loucaSem sentir no meu ventre
O calor da tua boca!

Foto de Daemon Moanir

A mudança do nada!

Fujo do local onde sempre escrevo,
Porque quero fazer de novo uma vida
Sem piano, sem música, sem fado…
Quero, exaspero para além do que respiro.
Um passado eu beijo de amargo,
Já não o tomo ao meu lado.
Desfaço-me e não me apanho mais
As sobras deixo-as onde irão estar pra sempre
E quem quiser que me refaça bocado a bocado.
Mas esse não mais serei,
Nem me procurarei por tais caminhos
Dentro, fora e sob aquele prado
Aquele céu cintilante,
Aquele som vibrante que d’antes era meu
E agora nem algo me diz.

Para trás ficam só os pequenos versos
Ao tempo persistentes.
Os de tons suaves, tão quentes
Que me davam desejos demais ardentes.
Abraço a mudança que repudiava
Apenas pelo egoísmo de minh’alma,
E para meu bem.

O fogo crepita à minha frente
Quase morto tal como a noite,
Que nem me aquece nem sequer arrefece
Nem o espírito nem a mente,
Alumia somente o que escrevo
De maneira a ouvir tragédia
Em cada palavra que da minha boca sai.
Oh! Quem dera esquecer o passado,
Tal como as árvores esquecem que suas folhas caiem
E as deixam cair outra e outra vez.
Oh! Quem dera cortar o fio
Que me prende com vigor a tempos pra trás de hoje,
Porque tal como este é o último poema da minha vida
É o primeiro de uma outra
Em que pretendo antes de nada rejubilar de prazer.

(Não mais escreverei por louco desabafo,
Nem por eterno amor, escreverei porque é
E não por gosto.
Que não tu! Que não tu! Algo que não tu!
Amarga a raiva que sinto por mim e por ti
Por não me quereres, por nada acontecer…
Algo irá ter de mudar, ao pensar em ti estou de novo
Dominado pelos sentimentos, não mais quero estar assim).

As brasas já pouca luz têm
E finda daqui a pouco
A decisão do meu poema,
Que tem de acabar,
Que carrega em cada sílaba
A dor, prazer e o futuro de uma vida
Que hei-de eu fazer?

Estou no ponto do não retorno
A constante baralhação. Não a suporto!
Não aguento tantos sins, tantos nãos
Tantos talvez e ainda demais porquês.
Deus meu, sinto a minha cabeça explodir
Com aquele som horrendo
Grave, continuo, sombrio
Que destruiu tudo o que alguma vez
Fui de bom
Mas isso é passado
Quero o prazer de uma vida nova!
Não mais quero ser amargo!
Mas sem antes que serei depois?
Sinto o peso do meu Mundo sobre mim!
E a confusão rebenta…

Saio da sala a tremer…
Com o caderno numa mão suja e o lápis noutra pior.
Saio da sala a recordar o último vislumbre
De fogo novo, e enegrecido pelo fumo
Saio da sala com os dedos doridos e cheios de bolhas.
A pensar já na demência e dor…
Saio da sala.

Foto de Raiblue

À flor da pele...

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Silenciosamente
A vida escorre
Entre os poros
Porões da alma...

Tudo acontece na epiderme
Onde a emoção é tecida
Molhando os canais naturais
A cada contato...

Basta o tato
E mundos são desvendados
À luz do espírito
À chama do desejo mais cristalino...

Verdades subcutâneas
Que a razão não pode traduzir
É preciso sentir, inflamar
Com o vento que sopra a chama na pele...

Deixar-se queimar em segredo
Renascer do fogo do desejo
Em um simples toque mudo
De um poema em versos livres...sem rumo...

Senão fazer brotar a flor da vida
Nas camadas mais profundas da carne
Descobrindo que o caminho se refaz
Em segundos, à flor da pele...

(Raiblue)

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