Cheguei,
Agora ao meu chalé
Estou um pouco cansado
Deito-me em uma rede
Da varanda preguiçosa.
Adormeço.
Acordo,
Com certo frio.
Preciso me esquentar,
Esquentar minha alma.
Vou até o fogão,
Fogão de lenha,
Pego um tição,
Tição
Que parecia apagado
Assopro-o.
Vejo que as cinzas voam, (VOA)
Aparece um vermelhinho
Sinal de uma brasinha,
Este foi de Joaninha.
Nem li tua poesia,
Mas sei que escreveste
Pois, li teu comentário.
Bem, não sou “bidu”
É melhor ir dar uma lida,
Quero criar mais vida.
Ah! Sim, o nome é
“Fada madrinha.
Sim. É isso que ela é,
Fada, fadada
A ter sonhos,
P’ra ela é mais alguém
Ah” Como tem!...”
Veja:
Pegou sua varinha
E acendeu
O fogão p’ra mim.
"Chama da paixão"
Deu um assomprão
E a brasinha
Que estava enfraquecendo,
Acendeu.
Não foi bem um assoprão,
Ao contrário,
Foi um "sugão"
Que arrancou do coração
O fogo,
Da paixão.
E, ainda lhe põe lenha,
Senta-se sobre o fogão
E ali permanece
Acesa,
Assoprando as brasas
E colocando lenha,
Sujando a mão,
Com um sorriso maroto,
Toda faceira.
Mostra
Como é o carinho
Da Rosa,
Do botão
Que se abre palpitante
Como é próprio
De quem herdaste
Essa Arte,
Como de minha Avó
"Vovó Julieta,
Tia Maria,
Todas Portuguesas
Do "Ninho".
Sim foram elas,
Minhas ascendentes
Portuguesas,
Elas me ensinaram
A esquentar
Meu ninho,
Acender meu coração
Com poesias,
Arte que me extasia
E faz que minha vida,
Seja sonho,
Sonho com a Mulher
Portuguesa
Irmã da Brasileira,
Como minha mãe,
Minha esposa,
Minhas filhas,
Minhas netas.
Todas falam esta
M a r a v i l h o s a
Língua Portuguesa.